Aprovado em 6° lugar no concurso CBM-PI para o cargo de Soldado - Masculino

“Para aqueles que estão iniciando, aconselho apenas duas coisas: ter paciência e persistência. A primeira é devido ao fato de que, com certeza, você passará por situações em que se sentirá injustiçado e revoltado, e poderá achar que isso só acontece com você […]”

Confira nossa entrevista com Brendo Lucas Oliveira Borges, aprovado em 6° lugar no concurso CBM-PI para o cargo de Soldado – Masculino:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Brendo Lucas Oliveira Borges: Sou formado em Engenharia Elétrica pela UFPI, tenho especialização em energia solar e automação residencial e predial, possuo 25 anos, sou natural da cidade de Teresina, Estado do Piauí.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Brendo: Sempre sonhei em ser concursado. O que mais me chama atenção nesse ramo é a questão da estabilidade, pois também pretendo empreender e ter uma estabilidade financeira, é o ideal para o meu plano de vida. Sendo honesto, acredito que meu ponto forte sempre foi estudar, então concurso sempre foi meu sonho.

Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava? 

Brendo: Sim, já trabalho como autônomo, mas desde que comecei a me dedicar aos concursos, sempre priorizei os estudos. Nesse aspecto, minha família foi fundamental para me ajudar sempre que precisei. Assim, eu estudava mais do que trabalhava, o que tornou mais fácil para mim adaptar-me a conciliar trabalho e estudo.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?

Brendo: Aprovado e em boas posições em alguns, como FUNSAUDE (10º lugar, Eng. Elétrica), CBMEPI (4º lugar), COREN-PI (4º lugar, Analista de TI), UESPI (3º lugar, Analista de Informática). Pretendo, sim, continuar estudando, pois, depois de muitas decepções em alguns concursos e vitórias em outros, percebi que, para concursos, o ponto fundamental é sempre manter-se atualizado e estudando. Parar em um concurso que não seja o mais ideal para mim não está nos meus planos.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?

Brendo: Sempre gostei de sair com meus amigos e família, mas ao incluir os concursos nos meus planos, eles se tornaram minha prioridade. Já abdiquei muito de sair com amigos, só não abdiquei completamente de sair com minha noiva e em algumas ocasiões especiais em família. Acredito que para manter o foco, é um bom começo saber criar prioridades. Para mim, foi necessário viver e respirar os estudos para concurso.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma? 

Brendo: Não tenho nada a reclamar quanto à minha família e amigos. Minha mãe e outros são concursados, e todos são extremamente compreensivos com a minha ausência devido ao foco total em concursos, sempre que preciso de ajuda, todos me auxiliam. Minha noiva, em especial, sempre entendeu minhas ausências, principalmente quando estava perto do período de provas, o que sempre foi muito importante para mim. Há sempre alguns que não entendem bem que estudar para concurso é quase como um emprego, e a dificuldade de lograr êxito está cada vez maior. Mas, no geral, todos sabem como está complicado o mercado de trabalho e como é importante ter um bom emprego de concursado.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?

Brendo: Para o concurso do CBMEPI, comecei a estudar no pós-edital, porém, já tinha muita bagagem de conhecimentos básicos (Raciocínio Lógico, Português, Informática) e de Direito (Constitucional e Administrativo) de outros concursos. Basicamente, tive que revisar esses conteúdos e estudar a legislação institucional da corporação. Sempre utilizei os materiais do Estratégia Concursos para criar essa bagagem, e não tenho nada a reclamar do material; é excepcional do início ao fim.

Para manter a disciplina, sempre busquei montar rotinas e horários que poderia cumprir, criando metas diárias (às vezes semanais) possíveis. Mesmo quando não conseguia concluí-las por qualquer motivo que fosse, tentava compensar fazendo muitas questões sobre o assunto.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? 

Brendo: Para me preparar para o concurso do CBMEPI, utilizei todos os PDFs do Estratégia e suas videoaulas, complementando com aulas do YouTube para a parte de redação e legislação institucional, pois meu pacote não englobava todos os conteúdos.

Minha metodologia de estudos é a seguinte: quando estou iniciando uma matéria que nunca vi ou uma matéria que tentei estudar pelo PDF e não consegui assimilar bem, recorro às videoaulas; quando vou revisar, leio os PDFs resumidos e faço questões; quando estou na reta final iminente (faltando 1 mês para a prova), foco em fazer o máximo de questões possível e, se tiver muita dificuldade em algo, recorro ao PDF.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos? 

Brendo: Ouvi falar do Estratégia já há um bom tempo, mais ou menos em 2017, ainda estava na faculdade, mas só mesmo de longe. Em 2020, pouco antes de sair o edital da PF e PRF de 2021, um amigo meu já tinha a assinatura básica do Estratégia, e ele estudava para carreiras policiais. Sempre foi muito focado, e de certo modo, achei muito bacana quando o vi e quis isso para mim também. Ele me disponibilizou alguns PDFs do Estratégia, a meu pedido, só para eu conhecer o material, e foi nesse momento que decidi que queria estudar para concursos e que o Estratégia seria meu guia nessa jornada.

Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?

Brendo: Meu primeiro concurso foi em 2016, da PMCE. Na época, estudei por um cursinho também online, mas regional. O que mais me incomodou, e inclusive nem me motivei a continuar estudando para concursos na época, foi o fato de que a maioria dos outros cursos são muito aleatórios. 

No Estratégia, à medida que você vai estudando as disciplinas, eu sentia que era como subir degraus. No começo, nada parece ser muito efetivo, pois não é uma fórmula mágica. O fato de você confiar no material e saber que, quando você conseguir chegar ao fim, vai conseguir fazer muitos pontos na prova, é uma coisa que, pela minha experiência, eu só vi no Estratégia.

Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?

Brendo: Não cheguei a ser aprovado nos concursos anteriores ao Estratégia, na verdade eu digo com toda certeza, que passei a estudar para concursos quando eu vi o material do Estratégia, pois para mim antes disso, apesar de eu acreditar no meu potencial de passar, eu achava que passar em concurso era algo que levaria anos, talvez décadas, por não ter um material adequado.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia? 

Brendo: Com toda certeza, sim. A qualidade do material é excepcional. O que eu mais gosto são das questões com gabarito comentado dos PDFs, pois, além de me garantir que são respostas corretas, elas seguem sempre uma linha de raciocínio para uma abordagem abrangente do conteúdo, com comentários muito bem detalhados. Isso facilitava muito para verificar em quais pontos eu estava mais fraco e precisava revisar mais.

As videoaulas para mim também sempre foram fundamentais, especialmente em disciplinas como Direito, que são totalmente fora da minha área de formação. No início, eu tinha muita dificuldade de assimilar (praticamente tive que assistir a todas as videoaulas no início). Hoje em dia, depois de já ter estudado Administrativo, Constitucional, Penal, Processual Penal, etc., eu já consigo pegar às vezes assuntos novos, como legislação específica, apenas lendo a lei seca, após absorver as abordagens que os professores do Estratégia ensinam.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos? 

Brendo: Meu plano de estudos sempre foi muito baseado no edital anterior do concurso, para averiguar quais matérias necessitavam de mais atenção, pelo seu peso e pela minha dificuldade de assimilar o assunto. Depois de definir minhas prioridades, eu selecionava as matérias que claramente precisariam de mais horas de estudo por vídeo e as priorizava no início, para garantir que meu conhecimento ficasse o mais equilibrado possível. Nesse momento, eu dedicava cerca de 2 disciplinas por dia, totalizando umas 6 horas líquidas de estudo.

À medida que eu me tornava mais apto a pegar mais disciplinas e assistir menos vídeos, eu dobrava o número de disciplinas (4 por dia) e a quantidade de questões (chegando a 8 horas líquidas por dia). Estudar por PDF para mim sempre foi bem mais rápido, e quando eu sentia que passava batido, as questões do PDF me mostravam se eu tinha negligenciado demais o assunto. Procurava sempre estudar priorizando a qualidade, não a quantidade.

Na reta final iminente (30 dias antes da prova), eu utilizava bastante as aulas de Reta Final e de Hora da Verdade do Estratégia no YouTube para revisar todos os conteúdos de uma única vez, verificar o perfil da banca, e nesse momento eu ia lapidando os assuntos que sentia estar mais fraco e fazia mais questões dos PDFs, sempre evitando deixar alguma dúvida sobre o assunto de lado, pois sabia que a solução estava lá no PDF, bastava apenas encontrar onde.

Estratégia: Como fazia suas revisões? 

Brendo: Eu sempre gostei muito de anotar as coisas no meu caderno, mas depois do meu primeiro concurso sério, vi que não dava para ser assim, pois não era nada efetivo para revisar. Tentei seguir o conselho de um amigo que disse que utilizava prints dos PDFs para fazer slides; para mim, também não foi muito efetivo. Então, busquei no Estratégia e encontrei os mapas mentais e os Passos Estratégicos. Imprimi todos os que vi e fui riscando em cima deles, acrescentando as coisas que, para mim, eu considerava relevantes. Hoje, tenho vários resumos que só eu entendo.

Além disso, eu sempre imprimia as questões dos PDFs, fazia todas e marcava as questões que eu errava. Geralmente, era com elas que eu mais aprendia e que mais me auxiliavam na hora de revisar.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

Brendo: Para mim, as questões são fundamentais, servem para traçar o perfil da banca, para lapidar os conteúdos, para agilizar o aprendizado de forma geral, acredito que já estou na casa das 20 mil questões.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

Brendo: Para mim, as maiores barreiras iniciais foram os direitos, de modo geral. Para superar, eu confiei no material e, principalmente, nas videoaulas do Daud e do Renan (que sou fã demais). Foram excelentes. Depois, estudei com os outros professores de direito e sempre fui aprendendo muito mais coisas. Para mim, direito não é só decoreba depois de ter visto a aula desses excelentes mestres, e hoje em dia, eu não sinto mais dificuldade e até gosto de estudar direito.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Brendo: Minha rotina na última semana foi focada totalmente em questões. Eu as utilizava para revisar de forma efetiva todo o conteúdo. Quando me sentia um pouco enfadado de fazê-las sozinho, eu utilizava as aulas de reta final e hora da verdade para manter-me fazendo questões, mas de forma mais lenta. Isso porque buscava realizar as questões ao vivo, com os professores explanando o conhecimento e revisando os conteúdos que eles achavam mais relevantes para o concurso.

Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Brendo: Para a redação eu não foquei muito nesse concurso, utilizei as aulas do Estratégia para melhorar meu português de forma geral, mas eu já tinha bastante bagagem do concurso da ALEMA (1ª aplicação), onde havia feito em torno de 20 redações, depois de já ter estudado pelas aulas de redação disponíveis na plataforma, mas fazendo redações por conta própria, as vezes pagando para alguns professores da minha região para corrigir.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Brendo: Acredito que o principal erro foi ter a ideia errada de que um concurso seria o último. Hoje sei que, para qualquer concurso, sempre é uma trajetória e, mesmo quando estou preparado e tiro uma pontuação excelente, ainda corro o risco de não passar, seja por azar de anular uma questão que acertei ou pela concorrência ter sido elevada demais.

O fracasso me afetava bastante no início, e como segundo erro, que é até aceitável, cheguei a interromper completamente minha rotina de estudos por alguns meses (3 meses) quando fui fazer a prova do Tribunal de Justiça (TJ) e estava bastante preparado. Entretanto, ao chegar, aproximadamente, 40% da prova não estava no edital.

Como acerto principal, considero que foi sempre acreditar em mim mesmo e confiar que seria apenas uma questão de tempo, pois tenho a capacidade suficiente e o material ideal para chegar à aprovação. Outro acerto importante foi sempre me atualizar sobre como estava o mundo dos concursos. Olhava as notícias para ver os editais que saíam. Sou fiel seguidor do Insta do Estratégia e, sempre que via notícias de que um edital grande estava por vir, isso sempre me motivava mais. Inclusive, foi por causa disso que decidi voltar a estudar, após o TJ, para o concurso da Petrobras de 2022.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Brendo: Eu geralmente não pensava em desistir, pois tenho uma personalidade forte quanto a isso. No entanto, já houve situações, como no concurso da FUNSAUDE, em que anularam 2 questões erroneamente e uma que era para ser anulada não foi. Entrei na justiça, mas não deu em nada. Também teve o caso do TJ, que para mim foi um choque total na época. Enfim, são situações extremamente revoltantes no momento, e nessas ocasiões, passa pela cabeça sim. No entanto, sempre fica aquela ideia, e quando eu via as notícias, acabava sempre voltando a estudar, pois na minha cabeça, sempre pensei que a aprovação, mantendo o estudo com o material certo, seria apenas uma questão de tempo.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Brendo: Para aqueles que estão iniciando, aconselho apenas duas coisas: ter paciência e persistência. A primeira é devido ao fato de que, com certeza, você passará por situações em que se sentirá injustiçado e revoltado, e poderá achar que isso só acontece com você. Mas é assim para todo mundo. Se eu soubesse disso no início (antes de sentir na pele), teria sido mais fácil aceitar. A segunda é devido ao fato de que, com o excelente material do Estratégia, é apenas uma questão de tempo até você lograr êxito. Se você tiver sorte, talvez passe no seu primeiro concurso, como um amigo meu passou para perito. Se você for um pouco mais azarado, como eu, vai demorar um pouquinho mais, mas quando vier, serão vários. Persista que um dia você chegará lá, e, com certeza, valerá cada minuto investido.