
“Aconselho que nunca parem e que estejam dispostos a se colocar fora de sua zona de conforto. Estudar para concursos é como se preparar para uma olimpíada, você é um atleta de alto rendimento […]”
Confira nossa entrevista com Davi Pazini da Rocha, aprovado em 6° lugar no concurso BB para o cargo de Agente Comercial:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Davi Pazini da Rocha: Tenho 21 anos e atualmente curso Economia na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Sou natural de Curitiba-PR.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Davi: Meu primeiro concurso foi em 2016, para a EPCAr, após ver um amigo estudando para o Colégio Naval. Aquilo me despertou a curiosidade e me senti desafiado. Porém, atualmente pauto minha motivação na vontade de contribuir ativamente na sociedade sendo um servidor público, além da estabilidade e boa remuneração.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
Davi: Sim, eu trabalhava das 8h às 15h e estudava das 19h às 22h30. Para o Banco do Brasil, peguei somente o período pós-edital, portanto, apesar de já ter uma base, fui bem metódico no meu planejamento, organizando por semanas e tarefas diárias a serem cumpridas. Não priorizava tanto as horas, mas a qualidade e desempenho nas questões. A disciplina e a constância foram os fatores que mais me ajudaram nessa etapa de conciliação.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Davi: Eu já fui aprovado e classificado na EPCAr (17º lugar), para a EEAr (Controlador de Tráfego, não me lembro a posição, não fiz as demais etapas) e agora para o Banco do Brasil, para agente comercial, em 6° lugar na minha microrregião (91).
Por hora, pretendo me adaptar e desempenhar bem no Banco do Brasil, mas continuarei estudando, seja para me desenvolver dentro do banco seja para outros caminhos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Davi: Durante minha preparação eu estava namorando, então boa parte dos meus finais de semana ficava junto com minha namorada. Mantive boa parte da minha vida social, mas sempre me condicionava a dar meu máximo durante a semana e meus simulados e revisões aos domingos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Davi: Minha família de certa forma já estava acostumada, então apoiaram minha decisão, respeitando meu espaço e tempo de estudo. Meus amigos também compreenderam, procurei também incentivá-los a estudar para o concurso.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Davi: O edital saiu dia 23/12, comecei a estudar no dia 24/12 e estudei praticamente todos os dias até a véspera da prova. Para manter a disciplina, eu busquei me concentrar no objetivo final, que seria minha aprovação, bem como perceber o quanto que minha vida poderia melhorar com essa aprovação. O estudo para mim é um compromisso, então se eu tinha a meta x na semana eu tinha que dar meu máximo para cumprir meu planejamento (apesar de ser flexível para o alterar quando necessário, e também respeitar quando não estava conseguindo render).
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Davi: Usei basicamente o curso do estratégia, focando na leitura dos PDFs e algumas aulas para temas que não havia absorvido bem. A principal vantagem dos PDFs, na minha opinião, é que você dita seu ritmo de estudos, conseguindo fazer sua própria progressão. As inúmeras questões comentadas também auxiliaram na solidificação dos conceitos.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Davi: Conheci em 2020, no início da Pandemia, quando estava na Aeronáutica e havia resolvido voltar a estudar para concursos. Fiz uma busca online e optei pelo estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Davi: Sim, principalmente pelo direcionamento de boa parte do material. Muitos conversam diretamente com as questões e possuem uma linguagem bem clara e compreensível, facilitando até o entendimento de assuntos mais complexos. O sistema de questões também me ajudou bastante, através dos cadernos montados pelos professores no Passo Estratégico. Usei ele nas duas semanas finais, pois tirei férias do meu trabalho e o usei para zerar novamente o edital, focando nos pontos principais e resolvendo as questões propostas e simulados.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Davi: Eu abri cada uma das disciplinas do curso e fiz uma divisão de acordo com a quantidade de aulas que continham. Priorizei as matérias que teria que pegar praticamente do zero: Conhecimentos Bancários, Vendas e Negociação e Informática. Geralmente estudava de duas a três matérias por dia, a depender do tamanho de cada aula. Não fiz a medição por horas líquidas, pois estudava sempre que tinha um tempo livre, além de utilizar bastante as minhas horas mortas com o Estratégia Cast.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Davi: Não fiz resumos, o máximo foi um caderno de erros e alguns flash cards de assuntos importantes (partes no Anki e partes em papel mesmo). Não segui um método específico, como uma curva de esquecimento, mas procurava resolver muitas questões e sempre me atentar para estudar o que eu errava nos simulados.
Como mencionei na pergunta anterior, usei bastante minhas horas mortas, ou seja, se eu estivesse em uma fila eu pegava meus flash cards e fazia uma revisão.
Eu fazia simulado todo domingo, comecei após já estar em um estágio avançado do edital. Coloquei redação somente nos simulados mais perto da prova, acredito que cerca de um mês antes.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Davi: Acredito que a resolução de exercícios é uma das partes mais importantes do estudo. É ali que você conhece profundamente a banca e ativamente aplica o que aprendeu. Infelizmente não tenho o quantitativo exato, pois não somei as questões que fiz nos PDFs. Mas foi entre 3000 e 4000 questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Davi: Tinha bastante dificuldade em conhecimentos bancários e em informática. Minha solução foi resolver muitas questões e aprofundar na teoria caso fosse necessário. Às vezes, quando tinha um tempo livre, eu filtrava essas matérias no sistema de questões e resolvia o máximo que conseguia, anotando somente o que errava, para revisar posteriormente. Também criei um caderno de erros no SQ, em que depositava as questões que respondia incorretamente.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Davi: Estava a pleno vapor. Nas duas últimas semanas finais estava de férias, portanto, com maior tempo livre para estudar. Nesse momento medi minhas horas, fazia entre 6 e 7 horas líquidas. Comecei a baixar o ritmo na quinta feira, para não ficar muito pilhado para a prova. Na véspera eu vi praticamente toda a revisão de véspera do Estratégia e revi meus cadernos de erros. Porém, não resolvi questões.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame?
Davi: Como a redação era em um formato que já estava habituado, procurei somente praticar e entender o estilo da banca. Fazia uma redação por semana em média, intensificando nas duas últimas semanas. No concurso ela era somente eliminatória, então procurei não dispender tanto tempo nesse eixo.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Davi: Meu principal erro acredito que foi demorar para encontrar um método de revisão em que me encaixasse, gostaria também de poder ter tido mais horas para estudar ou otimizar de uma maneira melhor as que tive. Sobre os acertos, acredito que foi o fato de realizar muitas questões e sempre estar em contato com todas as matérias, além de não subestimar as matérias da prova, mesmo já tendo base em alguns tópicos.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Davi: Desistir não, mas passei por momentos bens difíceis, principalmente nas semanas em que estava com provas da faculdade. Minha principal motivação foi a disciplina, eu sei o tanto que meu concurso da EPCAr mudou minha vida, então sei que, por mais doloroso e difícil que o caminho seja, o resultado é recompensador.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Davi: Aconselho que nunca parem e que estejam dispostos a se colocar fora de sua zona de conforto. Estudar para concursos é como se preparar para uma olimpíada, você é um atleta de alto rendimento! Para tanto, o mesmo cuidado que você tem com os estudos, deve ter com seu descanso, família, alimentação e mente. Claro que você deverá abdicar de certos prazeres presentes e o processo não será fácil, mas se você realmente almeja ter um cargo público e mudar seu futuro, o estudo é o seu instrumento para chegar lá.