Aprovado em 1° lugar no concurso ALEMA para o cargo de Técnico de Gestão Administrativa - Especialidade Farmacêutico
Concursos Públicos
“O processo de aprendizagem é longo e mais importante que a intensidade dos estudos, é a constância […]”
Confira nossa entrevista com Webysten Ronny Pereira dos Santos, aprovado em 1° lugar no concurso ALEMA para o cargo de Técnico de Gestão Administrativa – Especialidade Farmacêutico:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Webysten Ronny Pereira dos Santos: Meu nome é Webysten Ronny, tenho 28 anos. Nasci em Pimenteiras, uma cidade do interior do Piauí. Mudei-me para a capital do estado, Teresina, em 2014, quando fui aprovado para o curso de Farmácia da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Webysten: Sempre tive em mente que o serviço público seria uma boa oportunidade para mim, devido a possibilidade de ter uma boa remuneração, com uma carga horária de trabalho que considero adequada para manter um equilíbrio de vida. Dessa forma, ser aprovado em um concurso público era uma meta a ser alcançada, principalmente no final do curso de graduação.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Webysten: Sim, eu trabalhava e estudava. Assim que terminei a graduação, comecei a trabalhar e pouco tempo depois fui aprovado em 1º lugar no processo seletivo para o cargo de Farmacêutico da Fundação Municipal de Saúde de Teresina-PI. A carga horária de plantonista me possibilitou uma rotina que permitisse a conciliação com os estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Webysten: Fui aprovado em 1º lugar para Técnico de Gestão Administrativa – Farmacêutico da Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA) e 1º lugar para Farmacêutico no Concurso Público da Prefeitura Municipal de Altos – PI. Em 2020, fiquei em 1º lugar na prova objetiva da EBSERH para o cargo de Farmacêutico do Hospital Universitário da UFPI, mas por falta de títulos na época, em razão de ser recém-formado, acabei ficando fora do quantitativo de vagas. Contudo, fui convocado posteriormente pela lista nacional para o cargo de Farmacêutico do HU-UNIVASF, HU-UFU e Ebserh Sede – DF.
Mesmo com as aprovações, pretendo seguir estudando, como forma de me manter atualizado para caso tenham outras oportunidades que talvez sejam interessantes para mim. Gosto de aprender coisas novas e desenvolver novas habilidades, então isso torna o processo de estudo leve.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Webysten: Minha vida social não mudou muito durante a preparação, haja vista que eu sou uma pessoa muito caseira. Dessa forma, eu conseguia me organizar para ter um tempo com a família e para sair com os amigos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Webysten: Sim. Eles sempre me incentivaram e acreditaram no meu potencial, bem mais do que eu mesmo. Isso foi importante para me motivar a continuar estudando.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Webysten: Foram cerca de 4 meses, com um estudo estratégico. Sempre tive dificuldades em seguir um cronograma, então meu estudo foi baseado em provas anteriores da banca responsável pela condução do certame que eu prestaria provas. Procurei estudar todo dia, mesmo quando a motivação no dia em questão não estava tão presente. Gosto de fazer um estudo ativo, com leitura em voz alta, esquematização de conteúdo e processo de autoexplicação. Nos dias em que o estudo não estava sendo muito produtivo, procurava responder questões, pois notava que conseguia ter um rendimento considerável.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Webysten: As ferramentas que mais utilizei foram PDFs, videosaulas e aplicativos de questões. Eu sempre preferi estudar por PDFs e questões, por ser um método mais ativo e mais produtivo para mim. Considerava assistir as videosaulas quando eu precisava ter uma noção do assunto antes de começar a estudar pelo material em PDF. Isso otimizou meu tempo e me garantia um bom rendimento.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Webysten: Conheci o Estratégia em pesquisa na internet, na busca, inicialmente, por um curso de Informática, que seria cobrado no edital da minha prova e cujo qual eu não tinha nenhum domínio.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Webysten: Não cheguei a usar nenhuma outra plataforma de estudos. O Estratégia foi a primeira que assinei para concurso.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Webysten: Sim. O material em PDF, esquematizado e resumido, com as informações importantes e que são necessárias para dominar o conteúdo de forma estratégica, foi primordial no processo de preparação.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Webysten: Estudava com base em questões, sem um cronograma pré-estabelecido. A meta era fazer de 5 a 10 questões por dia de cada disciplina. Depois eu fazia uma avaliação e classificação dos erros. Se eu tivesse errado por falta de conteúdo, colocava o assunto em uma lista de conteúdos a serem estudados, e já programava o estudo naquela mesma semana; caso fosse um erro de atenção, tentava criar mecanismos para evitá-lo; e se fosse um erro por lacuna de conteúdo (estudei o conteúdo, mas errei por ter esquecido um ponto importante, ou uma classificação, por exemplo), fazia um fichamento com as informações a serem lembradas e programava revisões.
Quando o assunto era algo totalmente novo, como legislações específicas da instituição, eu preferia assistir videosaulas rápidas para adquirir uma noção do conteúdo e depois procurava estudar o PDF e fazer questões, separando alguns exercícios para fixação do conteúdo, e outros para fazer depois de 3 a 4 semanas, como forma de revisão.
As horas líquidas de estudo variavam bastante, mas eram, no mínimo, de 2 h por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Webysten: As revisões eram feitas com base em aplicativos de flashcards e releitura dos fichamentos, geralmente aos sábados. Dedicava os domingos para responder uma prova com tempo cronometrado. Depois do simulado, eu verificava a resolução das questões, identificando os tipos de erros cometidos e organizando os direcionamentos necessários (se faria revisão de conteúdo, ou se era um conteúdo novo que eu precisava estudar, ou se era preciso maior atenção em erros simples, etc.).
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Webysten: A resolução de exercícios é a forma mais estratégica e assertiva de se estudar. É na resolução de questões que conseguimos identificar lacunas de conteúdo, informações mal compreendidas, além de permitir observar os padrões de questões que geralmente são cobrados pelas bancas. Com o tempo e disciplina, a prática de exercícios gera uma visão mais apurada quanto a eventuais “pegadinhas”. Dessa forma, resolver questões, dedicar um dia específico para fazer simulado cronometrado e corrigir os simulados, são diferenciais no processo de preparação.
Não lembro exatamente quantos exercícios fiz no decorrer dos estudos para o último concurso, mas procurava resolver, no mínimo, 10 questões de cada conteúdo por dia, além de simulados aos domingos.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Webysten: Além de informática para concursos, que eu não dominava quase nada, também tive dificuldades durante a preparação com a forma como a língua portuguesa era cobrada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No começo do processo de estudos, eu errava cerca de 70% das questões, o que não era interessante, já que no concurso que eu iria me submeter, as questões de português correspondem a pouco mais de 30% da prova. Dessa forma, para contornar essa dificuldade, resolvi, no primeiro momento, assistir muitas aulas de resolução de questões específicas da FGV, procurando identificar os raciocínios envolvidos para acertar as questões. Associado a isso, mantive um ritmo de resolução de exercícios específicos da banca, sempre com a prática de entender os erros cometidos. Com o tempo, comecei a identificar padrões de cobrança da FGV; procurei treiná-los e, com isso, consegui ter melhora no número de acertos nos simulados.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Webysten: Procurei manter uma rotina igual as semanas anteriores, sem excesso de estudos ou diminuição deles. Foquei em resolver questões e estudar pontos importantes que tinham alta probabilidade de cair na prova.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Webysten: Confesso que negligenciei um pouco a prova discursiva, o que foi um erro no percurso dos estudos. Devido a essa prova ter sido uma redação dissertativa-argumentativa, e eu me considerar um bom leitor e ter uma boa base de escrita de textos, acabei deixando para me preparar na semana do exame. Como treinei muito pouco, tive dificuldades em fazer a construção do meu texto no momento da prova. Contudo, devido ter feito a prova objetiva de forma mais rápida, por já estar habituado à resolução de questões, sobrou tempo suficiente para desenvolver uma redação que alcançasse uma boa nota e contribuísse para o bom resultado. Na semana da prova, procurei ler redações nota máxima de concursos anteriores da mesma banca, para ter uma noção de como eu deveria construir um texto nos moldes solicitados.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Webysten: Entre os principais erros, destacaria o fato de ter negligenciado um pouco a prova discursiva, o que poderia ter prejudicado no resultado final do certame. E, como acertos, pontuo a resolução de questões, a identificação dos erros e as revisões periódicas.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Webysten: Considero-me perseverante e, apesar de alguns dias bater o cansaço, não cogitei desistir. Entendia que os dias de desânimos faziam parte do processo, que passariam, e que no dia seguinte as coisas já poderiam fluir melhor.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Webysten: O processo de aprendizagem é longo e mais importante que a intensidade dos estudos, é a constância. Estudar um pouco por dia, resolver muitas questões, com uma meta razoável de resoluções por dia e dedicar um tempo para corrigir os erros, são pontos preponderantes para uma boa preparação. O conhecimento é uma construção diária!
Durante a preparação para concursos, é importante entender a nossa condição humana. Praticar 30 minutos de caminhada por dia ou alguma outra atividade física, além de tentar manter uma rotina de sono de qualidade, é fundamental para melhorar o desempenho cognitivo e a resistência corporal, diminuindo a ansiedade e o estresse inerentes ao processo de preparação.
Outra dica importante é sobre os estudos na semana da prova. Acredito que a rotina não deva mudar muito, porque geralmente o novo tende a nos trazer um pouco de ansiedade, o que não é interessante. Então, o ideal é manter um ritmo saudável de preparação, com foco em revisão de conteúdos com alta probabilidade de serem cobrados no seu concurso, sem exageros de estudo intensivo nos dias antecedentes a prova, que possam cansar o corpo e a mente e que talvez prejudiquem o desempenho.
E, por fim, sejam perseverantes! O processo pode ser longo e é individual para cada pessoa, mas os resultados são gratificantes.