Aprovada em 1° lugar (PCD) no CNU (Bloco 4 - FUNAI) para o cargo de Especialista em Indigenismo
Concursos Públicos
“Eu aconselho que simplesmente comece. Que não espere chegar a segunda-feira. Que não espere chegar o início do ano. Que não espere comprar um computador novo. Que não espere lançar o edital. Apenas comece […]”
Confira nossa entrevista com Monique da Silva Ribeiro, aprovada em 1° lugar (PCD) no CNU (Bloco 4 – FUNAI) para o cargo de Especialista em Indigenismo/Psicologia:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Monique da Silva Ribeiro: Sou formada em Psicologia, tenho 33 anos e venho de uma cidadezinha do interior da Bahia, chamada Morro do Chapéu.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Monique: Eu vinha de um ritmo de trabalho muito intenso e com pouco reconhecimento e valorização. Num dia de muito cansaço, decidi que daria um basta e começaria a estudar para concursos públicos, com o objetivo de trabalhar na minha área de formação, ter reconhecimento, estabilidade e uma remuneração que me permitisse ter o mínimo de qualidade de vida.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
Monique: Sim, trabalhava 40 horas semanais e estudava. Eu aproveitava cada tempo livre. Uns dias mais outros menos, dependia do cansaço. Durante o trânsito ia ouvindo as aulas, fazia faxina ouvindo as aulas, lavava prato ouvindo as aulas. E assim aproveitava cada momento oportuno do dia. Além disso, eu reservava no mínimo 2h para sentar e ler o material, o que fluía mais facilmente porque eu já havia “ouvido” sobre aquilo. Cancelei todas as minhas assinaturas de streaming de séries e filmes e passei a maratonar apenas os vídeos do Estratégia.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada?
Monique: Eu fui aprovada e convocada para os cargos de Psicólogo Organizacional da Ebserh e Técnica Judiciária – Área Administrativa do TRF 5. Além disso, fui aprovada dentro do número de vagas para o cargo de Especialista em Indigenismo – Psicologia da FUNAI (CNU). Também fui aprovada para o cargo de Analista Judiciário – Área Apoio Especializado – Psicologia no TRF 5.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Monique: Eu precisei dar uma pausa na vida social. Não tem como não haver uma abdicação. Mas a gente sabe que é passageiro e que um dia vai valer a pena. Costumava me apegar a uma frase que li em algum lugar, que dizia: “é justo que muito custe o que muito vale”. Assim, pedi o apoio e a compreensão dos meus amigos e familiares e foquei completamente nos estudos. Entretanto, com o passar do tempo fui sentindo muita falta, então tentava tirar ao menos um momento do fim de semana para compartilhar uma refeição com eles, para não me isolar completamente.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira?
Monique: Sim, tive o apoio, a ajuda, a compreensão e o suporte dos meus familiares e amigos. Eles perdoaram e compreenderam minhas ausências. Me animaram nos dias em que eu achava que não iria conseguir passar. Levavam comida pronta pra eu não precisar preparar.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Monique: Para o CNU estudei com foco e disciplina por mais ou menos 6 meses. O que me ajudou a manter a disciplina foi a vontade de mudar de vida. Me lembrar todos os dias desta frase: “O que você faz hoje te deixa mais perto de onde você quer estar amanhã?”.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Monique: Usei videoaulas e PDF. A vantagem da videoaula é poder ouvir enquanto faço uma obrigação doméstica, por exemplo. E também é uma forma mais fácil de a gente se aproximar do assunto quando há uma resistência em encarar a concentração para estudar. Para mim vantagem do PDF é que o processo de aprendizagem por esse método me parece mais efetivo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Monique: Indicação de amigos.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
Monique: Sim, comecei a estudar por outra plataforma de cursos. Nessa outra plataforma havia videoaulas boas, entretanto o material escrito era de baixa qualidade e não me ajudava a aprender.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material?
Monique: Não cheguei a fazer nenhuma prova de concursos enquanto usava esse outro material. Mudei para o Estratégia antes disso.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Monique: Senti diferença em relação a qualidade dos PDFs, o que consequentemente me ajudou a aprender mais os conteúdos. Os PDFs são muito bem elaborados e a seleção de questões ao final do material facilita muito.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Monique: Até montei um plano de estudos para me guiar. Mas, no fim das contas, não conseguia seguir à risca. Então tentava estudar de uma forma mais livre, mas lembrando de variar as matérias. Não consigo precisar ao certo horas líquidas diárias. Dependia muito do cansaço. Mas tentava estudar ao menos 2h por dia e intensificar nos fins de semana e feriados.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Monique: Confesso que não fazia muitas revisões e simulados. Respondia as questões ao final dos PDFs e costumava assistir aos vídeos da hora da verdade como forma de revisão.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Monique: Extremamente importante. Às vezes você acha que entendeu o assunto, mas somente quando vai responder uma questão e erra é que entende de verdade.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade?
Monique: Tive dificuldade com as matérias de orçamento público e direito administrativo. Não sei se superei (rs), mas minha estratégia era assistir às videoaulas para tentar entender melhor.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Monique: A ansiedade e a tensão me fizeram querer estudar mesmo na véspera da prova. Então, ao invés de aliviar, eu intensifiquei os estudos. Na noite anterior à prova, tentei dormir cedo para acordar bem.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame?
Monique: Eu treinei algumas vezes. Escrevi alguns textos. Minha preparação maior foi em relação às atualidades e à construção de repertório sobre os assuntos. Com relação à estrutura de texto e à escrita, não tenho dificuldade. Aconselho que as pessoas treinem, escrevam, exercitem.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Monique: Meu principal erro foi não ter respondido mais questões e simulados. Meu principal acerto foi aproveitar cada momentinho do dia pra encaixar os estudos.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir?
Monique: Nunca pensei em desistir. Mas me desanimei muitas vezes achando que não conseguiria. Entretanto, desistir de tentar nunca foi uma opção pra mim. Minha motivação era a vontade de mudar de vida.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Monique: Eu aconselho que simplesmente comece. Que não espere chegar a segunda-feira. Que não espere chegar o início do ano. Que não espere comprar um computador novo. Que não espere lançar o edital. Apenas comece. A gente não precisa de nada além da nossa decisão de começar. Comece com o que você tem hoje. Se o que você tem hoje é um celular e 30 minutos por dia, comece e dê o seu melhor nessas condições. Se o que você tem hoje são 30 dias até a prova, começa e se permita testar o seu desempenho com o que foi possível estudar. Assim, a gente vai dando pequenos passos a cada dia e, de repente, a gente olha pra trás e percorre uma maratona.