Aprovado em 1° lugar no CNU (Bloco 1 - MCTI) para o cargo de Analista em Ciência e Tecnologia / Engenharias e Ciências Exatas
Concursos Públicos“Acredito que definir bem os objetivos iniciais, isto é, saber responder o motivo de você querer estudar para concursos é o grande diferencial […]”
Confira a nossa entrevista com Daniel Ferreira Cesar, aprovado em 1° lugar no CNU (Bloco 1 – MCTI) para o cargo de Analista em Ciência e Tecnologia / Engenharias e Ciências Exatas:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Daniel Ferreira Cesar: Me chamo Daniel Ferreira Cesar, tenho 42 anos, sou bacharel e Doutor em Física e bacharel e especialista em Teologia. Nasci em Campos do Jordão – SP, mas morei boa parte da minha vida em Caraguatatuba – SP.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Daniel: Primeiramente, poder contribuir com o crescimento do país, por meio das políticas públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação. Além disso, ter rendimentos maiores, estabilidade profissional e a possibilidade do teletrabalho.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Daniel: Sim, durante todo o tempo que estudei para concursos, continuei trabalhando como Professor de Física para o Ensino Médio. Contudo, para otimizar o meu desempenho, reduzi a minha carga de trabalho pela metade, deixando de realizar uma atividade secundária que exercia, a autoria e edição de material didáticos de física. Assim, mesmo trabalhando, consegui ajustar a minha rotina de trabalho com as horas de estudo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Daniel: Desde que comecei a estudar para concursos, em agosto de 2023, prestei três concursos. O primeiro foi a de Analista em Ciência e Tecnologia do CNPQ, em janeiro de 2024. Nesse concurso, fui eliminado na primeira fase. O segundo concurso, foi o do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), para o cargo de Tecnologista. Nesse concurso, estou aprovado em Cadastro de Reserva na 8° colocação. Esse concurso teve 5 etapas, começando em janeiro e terminando apenas no final de abril. O terceiro concurso foi o CNU, que ocorreu em agosto. Após a publicação do edital, atrasei em 1 mês o início dos estudos do CNU, por causa da prova objetiva do CTI Renato Archer, que ocorreu no final de janeiro. Contudo, com o adiamento do CNU em maio, consegui recuperar o mês perdido. Além disso, me beneficiei por poder tirar férias em julho, podendo me dedicar integralmente ao CNU, durante todo esse mês. A curto prazo, eu não tenho pretensões de estudar para outro concurso. Contudo, a longo prazo, é provável que sim.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Daniel: Naturalmente já sou mais caseiro, sem uma vida social agitada. Mas, ainda assim, reduzi ao máximo os eventos que pudessem me tomar muito tempo ou me cansar mentalmente. Participava apenas de eventos familiares pontuais e/ou profissionais obrigatórios.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Daniel: Apenas a minha esposa e a minha enteada sabiam que eu estava estudando para concurso. Foi uma decisão tomada em família. Para que desse certo esse projeto, mudamos as rotinas que tínhamos em casa, além de estipular os horários para determinadas atividades que costumávamos fazer juntos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Daniel: Estudei, praticamente, de fevereiro até agosto, data da prova. Apenas interrompia por algumas semanas, entre março e abril, para realizar as demais etapas do concurso do CTI Renato Archer. Acredito que ter um objetivo final claro, montar um cronograma e ter metas de estudo bem definidas foi um diferencial para me manter disciplinado.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Daniel: Em todos os concursos, eu sempre usei o material do Estratégia Concursos: apostilas em PDF + videoaulas (quando necessário!). A vantagem é que o material PDF cobria todos os assuntos. Além disso, como já tinha o hábito de estudo e leitura, conseguia ler entre 20 e 25 páginas por hora. Isso possibilitou cobrir quase todo o edital. Algumas matérias, aquelas que não ia conseguir estudar, ou porque os PDFs eram muito longos ou porque eram de mais difícil compreensão, acabei utilizando o recurso da videoaula, mas assistia na velocidade 2,5x ou 3x!
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Daniel: Durante a pandemia, eu trabalhei para o Estratégia Concursos como conteudista, resolvendo questões. Além disso, a minha esposa estudou para o concurso do TJSP pelo material do Estratégia nessa mesma época.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Daniel: Nunca usei materiais de outros cursos!
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Daniel: Sim, estudar com o material do Estratégia fez a minha preparação ser mais objetiva.
Primeiro, o fato de o material cobrir todo o edital, como foi no caso do CNU. Segundo, a organização do material e o banco de questões ajudaram muito na preparação, facilitando o aprendizado.
Terceiro, as dicas que os professores deram durante as lives de abertura de análise do edital foram fundamentais para que eu conseguisse montar um cronograma e um ciclo de estudos eficiente.
O banco de questões foi uma ferramenta diferenciada, servindo tanto para revisões como para fixação de conteúdos novos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Daniel: Estudava por ciclos de estudos, com cerca de 6 matérias por ciclo. As horas líquidas variavam, haja vista que a minha carga horária não era contínua ao longo da semana. Mas consegui fazer algo entre 3h e 6h líquidas. Durante as minhas férias de julho, cheguei a bater 7h líquidas em muitos dias.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Daniel: Todas as revisões fiz apenas por questões!
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Daniel: A resolução de exercícios foi outro diferencial, pois aquilo que não fixava na leitura do material, fixava nas questões que errava.
Infelizmente, eu perdi a planilha Excel com os registros, mas certamente mais de 5.000 exercícios.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Daniel: Certamente, AFO foi a que mais tive dificuldades. No caso específico do CNU, as disciplinas do Eixo Temático 5 foram complicadas também. A única forma de superar, foi fazendo muitos exercícios.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Daniel: Procurei descansar mentalmente e apenas assistir os vídeos “Hora da Verdade” e “Revisão de Véspera” no Youtube do Estratégia. Não li nenhum material.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Daniel: Essa etapa foi a mais tranquila, pois uma das atividades profissionais que eu desempenhava antes de começar a me preparar para concursos era a de autoria de materiais didáticos de física. Então, já tinha facilidade com a escrita e a gramática. Mas, ainda assim, procurei compreender a estrutura da prova dissertativa, os possíveis padrões de resposta que a banca poderia exigir e como estruturar o tema na folha de resposta.
Aconselho o treino da escrita. É a melhor forma de progredir.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Daniel: Acho que o principal acerto foi focar em resolver questões. O principal erro, foi não ter tido um equilíbrio entre o estudo e o descanso. Descansei menos do que deveria. Talvez, se eu tivesse gerenciado isso melhor, poderia ter conseguido render mais.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Daniel: Embora o cansaço mental tenha sido intenso nos meses finais, a motivação para atingir o objetivo proposto inicialmente foi maior. Então, saber exatamente o motivo que te leva a estudar para concurso, faz toda a diferença. Sem isso, corre-se o risco de desistir no meio da jornada.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Daniel: Acredito que definir bem os objetivos iniciais, isto é, saber responder o motivo de você querer estudar para concursos é o grande diferencial. Após isso, é definida a estratégia e a forma de estudo e começa a jornada. O começo sempre é difícil, mas, depois de vencida a inércia, a tendência é progredir. As dificuldades vão aparecer, é natural, por isso que os objetivos devem ser sempre claros, para serem motivadores diante das dificuldades.