“Comece com calma, mas com propósito. Entenda que é um projeto de longo prazo e que cada renúncia feito hoje será uma conquista amanhã. Cuide da sua saúde física e mental, mantenha a disciplina e, principalmente, não desanime com os tropeços […]”

Confira nossa entrevista com Mateus Andrade Gonzato, aprovado em 3° lugar no concurso TRT6 para o cargo de Técnico Judiciário – Área Administrativa:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Mateus Andrade Gonzato: Meu nome é Mateus Andrade Gonzato, tenho 24 anos, sou natural de Rodeio Bonito, no interior do Rio Grande do Sul, e sou graduado em Direito pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). Desde a faculdade, sempre tive uma inclinação muito forte pelo Direito do Trabalho, e hoje, posso dizer que sou um concurseiro apaixonado pela área.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Mateus: Durante a graduação, fiquei dividido entre advogar e seguir o caminho dos concursos. A virada de chave veio quando vi um anúncio sobre a abertura do concurso do TRT-4. Aquilo acendeu uma faísca. Já admirava muito a Justiça do Trabalho, fiz minha OAB focado nessa área, e o estudo para concursos acabou se tornando uma escolha natural. Quanto mais eu estudava, mais me via motivado com a ideia de seguir uma carreira pública.

Estratégia: Você trabalhava e estudava?

Mateus: Sim, no meu primeiro ano de preparação eu conciliava trabalho e estudos. Era um desafio diário, já que eu precisava arcar com os custos das provas — como viagens e hospedagens. Mesmo assim, consegui uma boa pontuação no TRT-18 (55/60 na objetiva), o que me deu confiança para tomar uma decisão ousada: largar o trabalho e focar exclusivamente nos estudos. Pedi ajuda à minha família, que me apoiou totalmente, e, com esse suporte, consegui evoluir bastante e conquistar outras aprovações.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?

Mateus: Sim, fui aprovado nos seguintes concursos para o cargo de Técnico Judiciário – Área Administrativa (TJAA):

• TRT 06 – 2º na objetiva / 3º no geral
• TRT 11 – 10º na objetiva / 126º no geral
• TRT 18 – 144º na objetiva / 298º no geral
• TRT 07 – 106º no geral
• TRT 20 – 58º no geral

Pretendo continuar focado nos concursos da Justiça do Trabalho, especialmente para o cargo de Analista Judiciário – Área Judiciária (AJAJ), que é meu objetivo final.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?

Mateus: Minha vida social ficou bastante restrita. Mantive três relacionamentos durante esse período, mas no geral, me afastei das redes sociais, de festas e encontros. As interações sociais que mais me marcaram foram com colegas das salas de estudo — que, curiosamente, se tornaram minhas maiores fontes de apoio emocional e incentivo.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?

Mateus: Minha família foi essencial. Quando decidi sair do trabalho e me dedicar integralmente aos estudos, foram eles que me deram o suporte financeiro e emocional necessário. Quanto aos amigos, me afastei de muitos que não compartilhavam dos mesmos objetivos. Os poucos que permaneceram se tornaram aliados de verdade, compreendendo meus sacrifícios e torcendo por mim.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?

Mateus: Foram dois anos de preparação focada. O que me manteve disciplinado foi a clareza do que eu queria conquistar: independência financeira, estabilidade e, principalmente, o sonho de trabalhar com aquilo que amo — o Direito do Trabalho. Manter essa visão no horizonte me dava motivação até nos dias mais difíceis.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?

Mateus: Utilizei majoritariamente os PDFs do Estratégia, especialmente os simplificados, quando precisava revisar o conteúdo com mais agilidade. Após estudar o material, fazia todas as questões e arquivava aquelas que errei e achei difíceis em flashcards ou documentos no Word. Revisava essas questões semanalmente. A grande vantagem é a praticidade e a profundidade do conteúdo. A desvantagem é que exige muita organização e disciplina para manter a constância.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Mateus: Conheci o Estratégia ainda na época da faculdade, quando comecei a estudar para a OAB. Vi um vídeo no YouTube e me encantei com a qualidade e didática dos professores. Desde então, virei fã e aluno fiel.

Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?

Mateus: Sim, estudei por outros cursos antes. O que mais me incomodava era a falta de profundidade e atualização dos materiais. Muitas vezes, os cursos prometiam ser completos, mas não me preparavam bem para o nível das questões das bancas. Isso me deixava inseguro e atrasava meu progresso.

Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material?

Mateus: Sim, com a assinatura ilimitada, já consegui boas colocações, inclusive nos concursos que mencionei anteriormente. Mas foi com o Estratégia que senti uma verdadeira evolução no meu desempenho.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?

Mateus: Totalmente. A diferença foi gritante. O que mais me ajudou foi o uso do Passo Estratégico e da Marcação dos Aprovados — são ferramentas incríveis que mostram com precisão o que realmente importa para a prova, economizando tempo e otimizando o estudo.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos?

Mateus: Eu optava por estudar uma matéria por dia, o que me ajudava a manter o foco. Meu objetivo era revisar todo o edital a cada mês. Estudava em média 8 horas líquidas por dia, com horários bem definidos e metas semanais.

Estratégia: Como fazia suas revisões?

Mateus: Utilizava flashcards com anotações dos PDFs e questões. Fazia revisões diárias com esses materiais e, aos domingos, realizava os simulados do Estratégia. Isso me ajudava a manter o conteúdo sempre fresco e a entender meu desempenho.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?

Mateus: A resolução de questões foi o coração da minha preparação. No início, fazia cerca de 200 questões por dia. Nos concursos mais recentes, focava na revisão das questões que já havia feito. No total, devo ter resolvido dezenas de milhares. É impossível passar sem praticar — é ali que a teoria vira resultado.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade?

Mateus: Licitações e contratos eram meus maiores desafios. Para superar, criei o hábito de estudar essas matérias todos os dias, mesmo que por pouco tempo. Estabeleci metas semanais de acertos (80% em 100 questões) e, com o tempo, consegui dominar o conteúdo.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Mateus: Na semana anterior, foquei totalmente nas revisões finais: assistia às revisões do Estratégia e revia minhas anotações. No dia anterior à prova, evitei sobrecarregar a mente e priorizei o descanso. Preparar o psicológico também faz parte da aprovação.

Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Mateus: Sim, houve uma prova dissertativa. Na semana anterior à prova, escrevia uma redação por dia. Meu foco era desenvolver argumentos sólidos e claros, sem depender excessivamente de citações de autoridade. A dica é treinar bastante, buscar feedbacks e evitar ser repetitivo. Uma boa redação é simples, direta e coerente.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Mateus: Erros:

• Não ter começado a estudar com seriedade desde os primeiros períodos da faculdade.
• Demorar para descobrir ferramentas como o Passo Estratégico.
• Ter me distraído em momentos decisivos com questões pessoais que não contribuíam para meus objetivos.

Acertos:

• Ter escolhido o Estratégia desde o início.
• Ter feito MUITAS questões e simulado situações reais de prova.
• Ter cultivado amizades com outros concurseiros, o que me motivou a continuar mesmo nos dias mais difíceis.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Mateus: Sim, várias vezes. A preparação é solitária e exige renúncias. O que me manteve firme foi pensar no meu sonho: atuar dentro da Justiça do Trabalho, talvez dar aulas futuramente e conquistar minha independência. A ideia de poder viver do que gosto sempre me reacendeu o ânimo. Mesmo nas fases mais escuras, eu sabia que persistir era a única saída para mudar minha realidade.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Mateus: Comece com calma, mas com propósito. Entenda que é um projeto de longo prazo e que cada renúncia feito hoje será uma conquista amanhã. Cuide da sua saúde física e mental, mantenha a disciplina e, principalmente, não desanime com os tropeços — todos eles fazem parte do caminho. Se você tiver clareza do porquê está estudando, os dias difíceis não serão um fardo, mas um passo a mais rumo à aprovação.