Aprovado em 1° lugar no concurso TRT2 para o cargo de Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade Engenharia de Segurança do Trabalho
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“Uma coisa muito importante nos dias de hoje é o concurseiro não se comparar. Duas pessoas da mesma idade, formados na mesma área há uma mesma quantidade de tempo e estudando para o mesmo concurso podem ter resultados completamente diferentes […]”
Confira nossa entrevista com Felipe Lima Borges, aprovado em 1° lugar no concurso TRT2 para o cargo de Analista Judiciário – Área Apoio Especializado – Especialidade Engenharia de Segurança do Trabalho:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Felipe Lima Borges: Meu nome é Felipe, tenho 27 anos, nascido e criado em Campo Grande-MS e sou formado em Engenharia Civil.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Felipe: O concurso está presente em minha vida desde a infância, quando via meus pais estudando; naturalmente eles sempre me incentivaram a seguir por esse mesmo caminho. E na época em que estava terminando o Ensino Médio e indo para a faculdade de Engenharia Civil, com a qual sempre sonhei, meus pais me mandavam constantemente notícias e editais de concursos de Nível Médio para que eu pudesse trabalhar de forma tranquila enquanto fazia a faculdade. Mas acabava que eu nunca estudava, até porque não estava realmente interessado em passar, não havia tomado essa responsabilidade para mim ainda.
Então eu me formei no início de 2021 e, mesmo após isso, me envolvia em outros projetos pessoais e não estudava de jeito nenhum. Até que lá por abril de 2022 minha mãe me mandou uma notícia sobre um concurso da SES-MS. E eu, como estava trabalhando basicamente como motorista de aplicativo, resolvi estudar um pouco e de fato passei; e de forma bastante rápida o certame andou e comecei a trabalhar em agosto do mesmo ano.
Antes e após isso, eu prestava de vez em quando concursos para a minha área de Engenharia Civil, mas não só não estudava como via uma aprovação numa prova dessa como algo inalcançável para mim, acessível apenas a gente muito melhor do que eu. Até que um dia, no final de 2023, fiz o concurso da EBSERH para Engenheiro Civil, e mesmo sem ter estudado praticamente nada, fui bem. Antes mesmo de ver o resultado oficial, decidi em um momento de reflexão, em janeiro de 2024, que iria dar um jeito de mudar de vida e que me dedicaria a estudar para concursos nessa minha área na qual eu estava formado há 3 anos. Daí, logo após isso saiu o resultado da EBSERH e vi que fiquei em 7° lugar! Esse foi o exato divisor de águas na minha vida, porque foi o momento que confirmou o meu recente propósito e o momento em que eu pensei: “Se sem estudar eu fui bem assim, então imagina se eu realmente me dedicar e estudar de verdade!”.
Foi então que escolhi o concurso do TJ-MS 2024, cargo de Engenheiro Civil, para ser a minha 1° prova estudando pra valer e que conheci o material do Estratégia.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Felipe: Quando fiz esse propósito no início de 2024, eu estava na SES-MS como Assistente de Serviços de Saúde já há 1 ano e meio. E esse meu período de concurseiro dedicado começou ali e durou outro 1 ano e meio, até início do 2° semestre de 2025. Todo esse tempo foi conciliando o trabalho de 8 horas (que na verdade toma muito mais tempo na nossa rotina) com o estudo em casa à noite, muitas vezes adentrando a madrugada. Finais de semana, férias e feriados eram as joias preciosas que eu aproveitava para avançar ainda mais no estudo.
E eu sempre digo que a minha forma de estudar passou por uma constante evolução de jan/2024 a set/2025; e uma das boas mudanças que fiz em 2025 foi estudar menos à noite, não adentrando tanto a madrugada, e acordar mais cedo para estudar antes do trabalho, o que era melhor para os estudos e para o trabalho também, pois eu saía bem mais desperto de casa.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Felipe: Depois do TJ-MS 2024 eu fui escolhendo concursos em que aproveitaria o estudo um do outro, já que as matérias ou seriam as mesmas ou seriam poucas para acrescentar no meu cronograma. Inclusive, para ampliar o leque de possibilidades, e motivado pelo concurso CAIXA ECONÔMICA 2024, fiz a pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho. Dos 17 concursos que prestei, do TJ-MS até aqui, esses foram aqueles em que obtive aprovação:
PREFEITURA DE NAVEGANTES-SC – Eng. de Segurança do Trabalho – 7° lugar;
PREFEITURA DE CAMPO DO TENENTE-PR – Eng. Civil – 34° lugar;
CORREIOS – SESMT – Eng. de Segurança do Trabalho – 6° lugar;
TSE UNIFICADO – TRE-SP – Eng. Civil – 5° lugar;
CORREIOS – Analista – Eng. Civil – 4° lugar;
PREFEITURA DE CAPITÓLIO-MG – Eng. Civil – 14° lugar;
EBSERH 2024 – Eng. de Segurança do Trabalho – 3° lugar;
EMBRAPA – Eng. de Segurança do Trabalho – 12° lugar/1° PPP;
SANESUL – Eng. de Segurança do Trabalho – 8° lugar;
TRT-MS – Eng. Civil – Devo ficar em aprox. 10° lugar;
PREFEITURA DE PARANAVAÍ-PR – Eng. de Segurança do Trabalho – 1° lugar;
TRT-SP – Eng. de Segurança do Trabalho – 1° lugar.
Inclusive, enquanto concedo essa entrevista, estou em processo de mudança de Campo Grande/MS para assumir o cargo da Embrapa, em Sinop-MT, que foi a primeira dessas aprovações que resultou em uma convocação.
Também já tem quase 1 ano que espero pelo edital da PETROBRAS, que atualmente é minha última grande meta. Após a convocação da Embrapa dei uma freada nos estudos, até por conta de toda essa mudança de vida, mas pretendo logo retomá-los.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Felipe: Eu já sempre fui de sair pouco, mas nesse período diminuí ainda mais os eventos fora de casa, fiz alguns sacrifícios pelo caminho. Nunca zerei a vida social ou o lazer, acho que a gente precisa sim desses momentos; até os estudos ganham com essa oxigenada no cérebro. Mas diminuí-los foi muito necessário, especialmente para alguém que tem mais de 9 horas da rotina diária comprometida com tudo que envolve o trabalho.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Felipe: De um modo geral entenderam e apoiaram sim. No caso dos meus pais, já era algo que eles incentivavam desde a adolescência, então continuaram, também apoiavam financeiramente algumas viagens para eu prestar prova. Os parentes e amigos compreendiam minhas faltas, mas chegou um momento em que eles e até meus pais falaram que eu estava estudando demais, apesar de eu, como concurseiro, não ter essa visão; algumas coisas são relativas.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Felipe: Manter a disciplina não foi um desafio, porque eu já estava em voo de cruzeiro estudando para outros concursos. Quando soube desse TRT-SP, meses antes do edital sair, já estudava as matérias que tinham mais probabilidade de virem. Acabou que, com o edital, eu precisei incluir apenas umas 2 ou 3 matérias, sendo que 1 delas eu já havia estudado lá atrás, meses antes. Então, no caso das matérias novas, foi um estudo pós-edital de quase 4 meses.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Felipe: Sou fã dos PDFs do Estratégia, especialmente os das matérias de Engenharia. Mas recorro bastante às videoaulas nas matérias de Direito, regimentos e afins, pois percebi que absorvo melhor conteúdos mais conceituais com um professor ali destrinchando e explicando o assunto; essa para mim é a grande vantagem da videoaula sobre o PDF, ainda que os PDFs do Estratégia sejam bastante didáticos. Já as vantagens do PDF é você poder avançar o conteúdo mais rapidamente e também se deparar com diversas questões comentadas recheando a teoria.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Felipe: Logo que tomei a decisão de estudar, em jan/2024, eu procurei por materiais na internet, e o PDF de Aula 00 do Estratégia para Engenharia Civil deve ter sido o primeiro que apareceu, e eu abri. O que lembro, com certeza, é que duas coisas me encantaram: o texto do PDF que não era demasiadamente acadêmico como um livro de faculdade e a rapidez para aparecer uma questão comentada, mostrando que aquilo que você está lendo não é banal ou introdutório demais, pelo contrário, foi de fato cobrado em algum concurso. Já tinha visto e ouvido falar por cima do Estratégia, mas foi ali que eu decidi que me tornaria aluno.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Felipe: Me tornar aluno do Estratégia me fez ter uma percepção bastante diferente do que eu pensava ser o estudo para concurso. Isso me mostrou que sem um guia como esse eu iria me embrenhar por caminhos que provavelmente não me levariam a aprovação alguma, ou que levariam muito mais tempo. Isso porque os professores têm experiência com as bancas, com o histórico de provas daquele órgão, então eles sabem o que mais devemos estudar e o quanto devemos nos aprofundar em um determinado conteúdo, afinal o estudo para concursos é bastante diferente do estudo da faculdade. Sem essa noção o aluno pode por exemplo acabar se aprofundando demais em um conteúdo quando na verdade a banca quer naquele conteúdo apenas um conhecimento geral ou então muito direcionado.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Felipe: Como citei, ao longo do 1 ano e meio meu estudo passou por uma escadaria em que cada degrau foi uma evolução. Quando comecei, eu tinha dificuldade de estudar outra matéria além da Engenharia, mas logo subi um degrau e comecei as de Direito que eram necessárias naquele momento.
Alguns degraus depois e finalmente montei meu cronograma de estudos, que ia se alterando conforme um concurso passava ou outro surgia no meu radar. Geralmente esse cronograma era composto de 2 a 3 matérias por dia durante a semana e umas 4 até 6 nos sábados e domingos. Durante a semana acredito que estudava umas 2 a 3 horas líquidas, e no final de semana talvez chegasse a umas 4 a 5 horas.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Felipe: Fiz simulados apenas no concurso da CAIXA 2024. No caso dos PDFs eu grifava o que era mais importante e revisava lendo apenas os grifos. Nas videoaulas eu anotava no caderno tudo que era importante também, fazia uma espécie de resumo; e da mesma forma eu revisava apenas lendo essas minhas anotações. Basicamente eram essas as minhas formas de revisão, mas também assisti a muitas Revisões de Véspera do Estratégia no YouTube, e de alguns meses para cá comecei a usar as questões não só como reforço do conteúdo, mas como revisão também.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Felipe: Na verdade não cheguei a estimar quantas questões foram, pois fazia as dos PDFs, as das videoaulas, as do Sistema de Questões… Foram muitas mesmo. O que eu aprendi resolvendo questões foi que você acha que aprendeu um certo conteúdo até ver a criatividade que a banca tem para trabalhar aquele conteúdo e ele chegar na sua prova de um jeito meio disforme; não errado, claro, mas apresentado por um ângulo que você simplesmente não imaginou. Então tem que fazer questões, mas muitas mesmo, de preferência as da banca que vai organizar o seu concurso, senão provavelmente você vai errar questões cujo conteúdo conhece, o que é o mais triste de tudo. Estudar para concurso é um jogo de estratégia: você aprende o conteúdo e aprende a forma com que a banca vai te cobrar esse conteúdo; sem essas 2 coisas não tem como ser aprovado.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Felipe: As de maior dificuldade eram realmente as de Direito, regimentos e afins, e as videoaulas foram a minha salvação, especialmente as do professor Herbet e da professora Nelma.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Felipe: O que faço nas semanas de véspera é revisar todo o conteúdo das matérias. No dia anterior da prova a intensidade da revisão vai às alturas (rsrs). Esse é o dia em que o Estratégia geralmente faz a ótima Revisão de Véspera, que já me rendeu alguns acertos nas provas.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Felipe: Meu caso é muito específico porque a vida toda gostei de ler e escrever, então nunca tive grandes dificuldades para ir bem nas discursivas. A verdade é que quase não estudei para essas provas, só uma vez por um curto período que comecei a ler alguns modelos de redação nota 10 para reforçar meu conhecimento. E quando as discursivas eram estudo de caso, o estudo das específicas já estavam valendo. Mas aconselho que os concurseiros não deixem a discursiva de lado, pois nessa prova mesmo do TRT-SP ela jogou muitos do topo para o chão e catapultou outros do chão para o topo. No meu caso foi ela a responsável por me colocar em 1° lugar, tive a maior nota de discursiva no meu cargo. Em um concurso como esse, em que eles chamam pouquíssimos engenheiros, isso faz toda a diferença.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Felipe: O principal erro foi ter de subir esses degraus de evolução ao longo do tempo, sendo que muitas dessas mudanças eu sabia há meses que precisava fazer. Estudar todas as matérias, fazer um cronograma, diversificar os conteúdos dentro do estudo de uma mesma matéria… Um iniciante que lê essa entrevista tem a chance de começar muito mais avançado do que eu comecei.
E um dos principais acertos foi escolher o Estratégia como guia educacional. Há muitos cursos no mercado, dos quais não posso falar porque não consumi seus materiais e serviços, mas o fato é que o Estratégia me colocou no caminho certo rumo à aprovação. Outro grande acerto foi dedicar esse 1 ano e meio da minha vida a isso, ou seja, de fato estudar. Parece óbvio, mas é o que muitos não fazem apesar de quererem uma aprovação. Esse meu eu do presente e meu eu do futuro certamente agradecem ao meu eu do passado pelas escolhas e sacrifícios.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Felipe: Nunca pensei em desistir. Muitos pensamentos ruins, medos e inseguranças passaram pela minha cabeça, mas minha vontade de mudar de vida e todos os meus sonhos relacionados a isso são antigos e fortes demais. Conforme contei no início, antigamente eu não agia, não fazia o que precisava ser feito, mas quando encontrei nos concursos da minha área uma oportunidade para realizar os meus sonhos, eu agarrei com toda a minha força de vontade. A única desistência que me permiti ter foi nos dias em que o sono pós trabalho era tão forte que não conseguia assistir 1 minuto de videoaula sem cochilar, e aí desligava tudo para ir dormir. Mas no dia seguinte eu tirava o prejuízo do dia anterior e seguia em frente. Que todos tenhamos objetivos sólidos para que não desistamos deles.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Felipe: Uma coisa muito importante nos dias de hoje é o concurseiro não se comparar. Duas pessoas da mesma idade, formados na mesma área há uma mesma quantidade de tempo e estudando para o mesmo concurso podem ter resultados completamente diferentes. A rotina, a experiência, o emocional, tudo afeta nossos desempenhos e resultados. Então, minha mensagem para os concurseiros, é que eles não se comparam com ninguém, apenas se inspirem, não desistam, foquem na sua estratégia, faça o difícil que precisa ser feito e depois colha os frutos e desfrute muito.