Aprovado em 1° lugar (CR) no concurso TRT-RJ para o cargo de Técnico Judiciário - Área Administrativa - Especialidade: Agente da Polícia Judicial
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“Acho que procurar ter organização no dia a dia, encaixar o estudo na rotina, usar um assistente digital de tempo para contabilizar as horas líquidas e registrar tudo em planilhas, faz toda a diferença […]”
Confira a nossa entrevista com Rodrigo Menezes de Oliveira, aprovado em 1° lugar (CR) no concurso TRT-RJ para o cargo de Técnico Judiciário – Área Administrativa – Especialidade: Agente da Polícia Judicial:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Rodrigo Menezes de Oliveira: Eu sou de Brasília, mas moro no Rio desde os 4 anos. Sou graduado em Relações Internacionais pela PUC-Rio (área em que nunca atuei) e pós-graduado em Economia e Finanças pela FGV. Eu tenho 32 anos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Rodrigo: O meu primeiro emprego, ainda antes de me formar, foi no extinto banco HSBC. E, assim, trabalhei em outros 3 bancos ao longo de 9 anos. Na pandemia, fui promovido para trabalhar em São Paulo e lá fiquei por 2 anos e meio. Em 2023, acabei passando por um desligamento em massa repentino, o que me fez voltar para o Rio e querer buscar algo diferente, melhor e seguro. Por isso, caí no mundo dos concursos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Rodrigo: Não, apenas estudava.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Rodrigo: Passei no CR do processo seletivo do TCE de 2024, mas acabei não sendo chamado e no TRT-SP 2025, em 48º lugar. Como ainda não houve convocação e ainda tenho muito tempo livre, sigo estudando para outros concursos, mas sem nenhum específico em vista. O meu objetivo final é na área fiscal.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Rodrigo: Até 3 meses antes das provas, eu tirava um dia na semana para não ter obrigações de estudo, eu colocava no meu planejamento da semana um dia livre. Eu acho que esse descanso é essencial para assimilar bem o conteúdo. Nos 3 meses precedentes de alguma prova importante, eu quase não tive vida social, eram 1 ou 2 saídas no mês. No final de semana, eu costumava ir à academia ou ir à praia com amigos pela manhã e deixava o resto do dia para estudar.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Rodrigo: Super, era o sonho da minha mãe que eu fizesse concurso. Apoio tanto na rotina, emocional e financeiro.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Rodrigo: Eu já estudava para concursos havia 1 ano, mas direcionado ao TRT RJ, estudei por 3 meses. Adequei os estudos aos meus afazeres pessoais e rotinas em casa. Usei bastante o gerenciador de foco do Windows e contabilizei tempo e progresso em planilha específica. Comecei com sessões de foco de 25 minutos para 5 de descanso, depois, passei para ciclos de 50 minutos para 5/10 de descanso. É mais proveitoso planejar dessa forma do que estudar longos períodos sem parar. Da mesma forma, muitas videoaulas tem 30 minutos, eu finalizava duas e tirava uma pequena pausa.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Rodrigo: Aulas on-line pelo Youtube, videoaulas do portal, Passo Estratégico, muitas questões soltas e de simulados e um curso de redação específico para essa prova. A vantagem das lives é que elas são bem focadas na prova, passando pela expertise dos professores sobre a banca. Como os materiais são bem completos, fica muito extenso para assimilar completamente e, às vezes, o perfil da banca cobra muito mais um tópico ou outro. Também comprei um Kindle, que ajudava quando estava fora de casa, viajando, no transporte público, enfim, em momentos fora de casa que conseguia ler os PDF’s, geralmente para revisão.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rodrigo: Indicação da minha irmã, que já estuda para concursos há mais tempo que eu.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Rodrigo: Os PDF’s são bem completos. O PDF resumido ajuda muito na preparação final e o Passo Estratégico resume bem os principais pontos, principalmente na Reta Final. As lives e revisões de véspera também são ótimas e, muitas vezes, contemplam parte importante da prova. Os simulados também ajudam muito, vários conteúdos dos simulados notei em algumas provas. Além disso, as Revisões de Véspera e as lives de Reta Final trazem o conteúdo de forma sucinta e direcionada, podendo servir para mais de uma prova.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Rodrigo: Eu segui a ordem das videoaulas e, em paralelo, fui preenchendo meu caderno ao lado do PDF. Dava, aproximadamente, 6 a 7 horas líquidas por dia. No último mês, em alguns dias, chegou entre 10 a 12 horas. Eu dividia a semana por matérias e, o dia, entre manhã, tarde e noite. As matérias mais pesadas eu deixava pela manhã, para estudar mais descansado. À tarde, tirava um descanso para dormir um pouco e ir à academia. Como eu estudo para concursos de diferentes áreas, a distribuição de matérias muda um pouco diante do calendário das provas.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Rodrigo: Através dos meus cadernos e controlando diariamente pela planilha o momento de revisar cada aula. Geralmente, a cada 7, 15 e 30 dias revisando o conteúdo. Quando resolvia algum exercício com um conteúdo importante, eu dava uma revisada na matéria e complementava.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Rodrigo: Extremamente importante, principalmente, para conhecer o estilo de cobrança da banca. Estar familiarizado com a redação das questões, o tipo de pegadinhas e conteúdos mais recorrentes é uma ótima ferramenta. Fazer o estudo reverso para matérias não específicas também me ajudou muito, pois ao começar pela leitura da questão, é possível direcionar o entendimento para o conteúdo cobrado.
Em interpretação de textos, por exemplo, acredito que a resolução de questões seja a melhor forma de aprender. Quase todos os concursos cobram esse conteúdo, muitas provas de Português, inclusive, não incluem nem questões sobre Gramática, apresentando apenas as de interpretação. Além disso, os textos podem ser de inúmeras modalidades e vertentes, o que torna a prática por questões a melhor forma de treino e aprendizado.
Por fim, ver os comentários e a maneira de resolução dos professores ajuda muito, mesmo quando já se sabe o gabarito. Algumas dicas, gatilhos e estratégias que nos ajudam a economizar tempo durante a prova podem ser aprendidos observando a forma como os professores desenrolam o exercício. Não me lembro do número de questões, pois estudo para mais de um concurso e sigo estudando. Fazer os simulados também tem muito valor, pois na maioria das vezes, são questões inéditas redigidas pelo professor com base na prova. Na semana antes da prova, eu costumava revisar também os simulados.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Rodrigo: Sem dúvida: Direitos Humanos. Não pela matéria em si, mas era um conteúdo muito extenso para apenas 5 questões de peso 1. Valia mais a pena focar nas específicas, assim, tratei essa matéria de forma mais sucinta, direta e estratégica, usando bastante da orientação dos professores sobre o perfil de cobrança da banca. Resolvi muitos exercícios da banca dessa matéria e procurei aprender com a resolução dos professores. Assistir as lives de reta final também ajudou muito pela orientação e expectativa dos professores.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Rodrigo: Dez dias antes da prova, eu parei de estudar novos conteúdos e foquei em revisões e exercícios. Na semana pré-prova, assisti todas as lives dos Profs. do Estratégia com as revisões e apostas de Reta Final para a prova. No sábado, apenas a Revisão de Véspera e descanso. Acredito que, chegar na prova descansado, é fundamental.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Rodrigo: Era uma redação de 30 linhas sobre atualidades. Fiz o curso de redação completo, vi as aulas do Prof. Rodolfo que, por sinal, são excelentes e comprei um caderno unicamente para treinar as redações. Estar antenado sobre assuntos, matérias, acontecimentos da mídia, tudo que seja potencial para ser tema na prova de redação/discursiva. Na semana pré-prova, eu reli todas as redações que fiz. No meu planejamento semanal, eu costumava deixar um dia para redação.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Rodrigo: Erros: focar em assimilar todo o conteúdo nos detalhes; estudar muito na véspera da prova e chegar nela cansado; deixar a discursiva/redação para última hora ou reta final.
Acertos: Estudar de forma estratégica, não tentando assimilar tudo sobre a matéria, mas sim os pontos com maior incidência de cobrança; fazer estudo reverso em matérias não específicas, ou seja, começar pelas questões da banca dos últimos anos e aí partir para o material/conteúdo; resolver as questões/simulados e focar em aprender via comentários do professor, não na quantidade de acertos/erros; ver só os pontos principais na véspera para chegar na prova com a mente bem descansada. Treinar bem para a prova de redação/discursiva.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Rodrigo: Sim, no início do ano, eu pensava em desistir e voltar para o mercado, porém, eu notei que comecei a passar de fase em alguns concursos, passei no CR do TCE. Vi que as coisas estavam andando e eu estava evoluindo. Um grande amigo me disse, no início do ano: “Concurso é uma fila e você não pode sair dela”, por isso, acho que temos que estar preparados para quando chegar a nossa vez nessa fila.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rodrigo: Acho que procurar ter organização no dia a dia, encaixar o estudo na rotina, usar um assistente digital de tempo para contabilizar as horas líquidas e registrar tudo em planilhas, faz toda a diferença. Eu diria que a palavra-chave é: estratégia. Ninguém nunca vai conseguir estudar TUDO, mas é perfeitamente possível saber o que é mais recorrente/relevante.
Administrar o tempo e o descanso também é fundamental, por exemplo, é mais fácil fazer 6 sessões de foco de 25 minutos do que estudar por quase 3 horas seguidas. Planejamento e organização contam muito nessa hora.
Finalmente, investir tempo e dedicação em redação. O que me tirou do 17º e me levou para 1º lugar, foi justamente a nota de redação, a maior do concurso deste cargo. Ter uma boa redação é algo que você leva para qualquer prova de concurso e para a vida. Não existe fórmula pronta, nem certo ou errado, por isso, é importante estar aberto para testar o que melhor se adapta a você e buscar sempre evoluir. É uma jornada muito exaustiva que exige dedicação, mas alguns gatilhos e estratégias podem fazer o caminho melhor. Embora seja uma competição por vagas, é importante não se comparar aos outros (por mais difícil que seja), pois as pessoas partem de caminhos diferentes, com condições desiguais.