Aprovado em 2° lugar no concurso TRT-20 para o cargo de Técnico Judiciário - Área Administrativa - Especialidade Agente da Polícia Judicial
Concursos Públicos
“Acredito ser importante para quem está começando essa aventura, entender que a aprovação em boas colocações não é algo que acontece do dia pra noite […]”
Confira a nossa entrevista com Jonatas de Jesus Queiroz, aprovado em 2° lugar no concurso TRT-20 para o cargo de Técnico Judiciário – Área Administrativa – Especialidade Agente da Polícia Judicial:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Jonatas de Jesus Queiroz: Me formei em Engenharia Agronômica na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Sou católico, casado, pai de 3 meninos, tenho 32 anos e nasci em Salvador-BA.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Jonatas: Diante da realidade de nosso país, o serviço público se encontra entre as melhores opções de trabalho. Tive a influência direta de minha mãe que é servidora municipal há muitos anos e decidi também seguir esse caminho. Assim, me tornei servidor público em 2017, trabalho numa Autarquia Municipal no interior do estado da Bahia.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Jonatas: Conciliar o trabalho com os estudos sempre foi uma tarefa muito árdua, mas se tornou possível graças a dedicação de minha esposa, que assumiu o cuidado quase que integral dos nossos filhos pra me conceder tempo para estudar.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Jonatas: O meu primeiro concurso foi em 2016, quando fui aprovado em 1° lugar para o cargo de operador de estação de tratamento de água, cargo que ocupo até hoje. Desde então, não prestei mais concursos até o ano de 2022, quando decidi voltar a estudar na busca de um cargo em um Tribunal Federal. Prestei concurso para o TRT5, mas tive apenas 3 meses para estudar e apesar de ser aprovado, fiquei mal classificado. Fiz também o TRT12, onde fiquei em 72°, TRT21, fui o 35°, TRF5, onde alcancei o 3° lugar em Sergipe, por último fiz o TRT20 em que fiquei em 2° lugar. Todos esses concursos de Tribunal, prestei para o Cargo de Policial Judicial. Quanto ao dar continuidade aos estudos, eu decidi, por hora, parar de estudar, já que o concurso do TRT20 oferecia vagas já em seu edital. Chegou o momento de priorizar outras coisas, principalmente a família que pagou um grande preço com a minha “ausência”.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Jonatas: A minha vida social precisou de uma significativa mudança. Eu estudava em média 5h por dia e nos outros momentos do dia, eu tinha que me dividir entre o trabalho e a ajuda nas atividades domésticas. Foram dois anos e meio sacrificados em função desse objetivo. Somente aos domingos eu não estudava, como católico dedicava esse dia ao culto divino e ao lazer com a família.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Jonatas: Eu tenho o privilégio de ter uma esposa maravilhosa que entendeu o tamanho da missão e que me deu todo suporte para alcançar esse objetivo. Os meus filhos são apenas crianças que não entendiam a razão pela qual eu passava tantas horas trancado no quarto e foi ela quem segurou a barra. Quanto aos amigos, esses sempre me incentivaram a perseverar nos estudos, assumindo em diversas ocasiões os meus plantões, para que eu pudesse viajar e fazer as provas.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Jonatas: Direcionado exclusivamente para a prova do TRT20, eu dediquei uns 6 meses, porém, 80% do edital era idêntico aos demais que já havia prestado para esse cargo. Assim, tinha então uma preparação acumulada de 30 meses. Para manter a disciplina eu, primeiramente, pedia a Deus todos os dias pra renovar a minha vontade e determinação e tinha um ótimo calendário com os objetivos diários, semanais e mensais. Junto a isso, foi indispensável excluir a maioria das redes sociais, pois me fazia perder muito tempo útil.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Jonatas: A maioria absoluta do conteúdo que utilizei, foi em PDF, porém, para estudar Português, eu percebi que as videoaulas eram um caminho mais eficaz, pois as formas que o conteúdo era cobrado eram melhores expostos nas videoaulas. As Trilhas Estratégicas me ajudaram muito a construir um cronograma de estudos.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Jonatas: Foi uma indicação de um amigo muito querido. No tempo que ele estava estudando para a Polícia Civil e usava o material do Estratégia, a sua aprovação e nomeação foram um grande incentivo.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Jonatas: Quando me tornei aluno, eu fiquei impressionado com a riqueza do material. Estudar Direito Constitucional, Administrativo, Penal, Processual Penal, Humanos foi muito bom, dava até prazer de ler aquelas apostilas robustas. As Trilhas Estratégicas foram muito importantes para organizar os estudos, elas deram um norte a minha preparação que começou meio desorganizada. Os cadernos de questões foram indispensáveis, pois era ali que eu treinava tudo o que aprendia. Também fiz muito proveito do grifo dos aprovados, sobretudo, no início da preparação para resumir as apostilas.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Jonatas: Eu usei a base da Trilha Estratégica e adaptei-a à minha realidade. Estudava 5h líquidas por dia e estudava 3 matérias num mesmo dia, dividia as horas de acordo com a importância e tamanho da matéria.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Jonatas: Eu revisava com os meus próprios resumos e através da resolução de questões somente.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Jonatas: A resolução de questões é indispensável para conhecer o jeito com que cada banca examinadora aborda o conteúdo. Nas provas de concurso, não basta conhecer apenas o conteúdo, é necessário saber quais as questões que se repetem, os assuntos mais cobrados, até como decifrar um enunciado de uma questão é primordial. Tudo isso só é possível com a resolução de questões. Eu resolvi mais de 15.000 questões ao longo desses 30 meses.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Jonatas: A minha maior dificuldade foi com as matérias exclusivas do cargo de Policial Judicial. O material do Estratégia me deu uma boa base, mas eu percebia que era necessário aprimorar o conhecimento e buscar outras fontes, pois as bancas começaram a exigir novos assuntos e tomar como referência, doutrinadores da área de segurança diferentes dos outros certames. Busquei então, livros sobre o tema e outros materiais que enriqueceram a minha preparação. Tive dificuldade também com a matéria de Português, mas só até entender que eu precisava das videoaulas da Profa. Adriana Figueiredo. Essa mulher é espetacular.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Jonatas: A semana que antecedeu a prova, eu foquei na resolução de questões, resumos de alguns conteúdos que julgava ser importante e leitura de lei seca. Além disso, aumentei as horas de estudo para 7h. No dia pré-prova, eu estudei apenas lei seca para não vacilar em um detalhe. Estudei até entrar na universidade onde iria fazer a prova.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Jonatas: Acredito que o meu principal erro foi no início da minha preparação não entender que iria precisar de um bom tempo para sedimentar todo o conteúdo que estava estudando. Esses concursos de Tribunais são bastante exigentes e têm uma concorrência muito qualificada. Quanto aos acertos, eu vejo que a definição de um bom planejamento de estudo foi o diferencial, porém, isso só aconteceu depois de meses de estudo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Jonatas: Pensei em desistir do cargo de Policial Judicial por ser um cargo muito difícil de alcançar a nomeação. São poucos cargos nos tribunais e por não ser uma atividade fim do judiciário, as oportunidades são raras. A maioria dos cadastros de reserva só nomeiam até o terceiro colocado, com raras exceções. A minha motivação para continuar, foi reconhecer que eu estava me especializando nesse cargo e que haveria boas oportunidades nos próximos certames.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Jonatas: Acredito ser importante para quem está começando essa aventura, entender que a aprovação em boas colocações, não é algo que acontece do dia para a noite. É necessário um tempo para amadurecer o conhecimento, então, nada de cobranças exageradas no início dessa jornada. A escolha do cargo também é decisiva para aumentar as chances de aprovação e nomeação. Também é indispensável reconhecer que essa busca é só por um trabalho e não pela a razão de ser da sua vida. É fundamental se dedicar, investir tempo e recursos, mas também não perder de vista que a vida é muito mais que trabalho, carreira, dinheiro, uma vez que tudo isso vai passar e só vai restar as boas ações que fizemos por amor a Deus e ao próximo.