Aprovado em 29° lugar no concurso SEFAZ-PR para o cargo de Auditor Fiscal
Concursos Públicos
“Ser realista e justo consigo e com a situação em que se encontra. Ter consciência de que a mentalidade é o que define grande parte das coisas. Dificuldades sempre vão existir e o que vai te diferenciar dos outros concorrentes é como você lida com elas […]”
Confira nossa entrevista com Henrique Itiro Ikeoka, aprovado em 29° lugar no concurso SEFAZ-PR para o cargo de Auditor Fiscal:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Henrique Itiro Ikeoka: Sou engenheiro civil, nascido em Umuarama/PR, vivi alguns anos em Guaíra/PR, porém residente de Curitiba/PR desde criança
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Henrique: Sempre me senti um pouco perdido em relação a que caminho profissional gostaria de seguir. Durante a faculdade me veio a ideia de me tornar professor universitário, meu primeiro contato com a ideia de concurso foi descobrindo que era o necessário para dar aulas em faculdades, porém como também exigia mestrado e doutorado, decidi navegar por outros concursos que fui descobrindo ao longo do tempo
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Henrique: Fui muito privilegiado nesse quesito, tive a oportunidade de apenas estudar e trabalhar em alguns freelancers de vez em quando. Não vivi uma vida de luxo, porém nunca me faltou nada de essencial
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Henrique: Fui aprovado na ALEP (3º lugar) a mais de um ano atrás porém ainda não houve a convocação do cargo que prestei; Fiquei a 1 questão de estar dentro das vagas no concurso da CAGE/RS (25º lugar), estou entre um dos primeiros do CR, caso haja uma segunda turma.
A partir da nomeação da SEFAZ/PR creio que me aposentarei dos estudos, gosto bastante da ideia de lecionar ou fornecer mentoria (tinha em mente ser professor), portanto caso mantenha algum vínculo com os estudos será mais para esse lado
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Henrique: Minha vida social foi bastante reduzida na jornada de estudos, saía bem pouco, alguns eventos e finais de semana sempre são bons para descontrair e tirar um pouco o peso da cabeça, mas acho que querendo ou não, quando se está muito focado em algo, deixamos algumas coisas de lado. Além de que não estava trabalhando, então não tinha dinheiro para gastar por aí
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Henrique: Sim, todos os meus amigos e família me apoiaram na jornada, principalmente minha mãe, a qual sou muito grato, que sempre me incentivou e tornou tudo possível. Todos me ofereceram palavras de apoio, fazendo companhia quando estava solitário nos estudos, até se ofereceram a financiar meus estudos caso a situação apertasse
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Henrique: Meu foco desde o início foi o concurso da SEFAZ/PR, estudei por 2 anos e meio no total, porém nesse meio tempo também estudei para outros concursos quando tinha edital. Manter a disciplina não foi muito difícil, pois eu já tinha na cabeça desde o início que isso seria minha vida durante alguns anos e aceitado que mesmo que as coisas ficassem difíceis eu continuaria. Acho que a mentalidade e certeza iniciais foram o que me mantiveram firme.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Henrique: Nunca fui em uma aula presencial, sempre estive ligado em PDFs e videoaulas. Utilizei videoaulas principalmente no começo dos estudos, quando tinha dificuldades em alguma matéria ou para uma revisão mais descontraída. Quanto aos PDFs, foram minha maior fonte de conteúdo, creio que é mais rápido de absorver informações a partir da leitura, porém também é mais cansativo em relação às videoaulas
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Henrique: Conversando com um amigo que já estava estudando para concursos quando comecei
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Henrique: Sim, inicialmente estudei com outros materiais. Senti que o material desse outro curso era muito pouco direcionado para as provas, o professor passava noções sobre a matéria, dava para entender do que se tratava e os conceitos básicos, porém não era o suficiente para matar as questões e ter confiança na hora de resolver uma prova
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Henrique: Fiz o concurso da RFB, porém com apenas 3 meses de estudo e fui reprovado. A intenção foi adquirir experiência real de prova em um concurso grande
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Henrique: Sim, senti que o material era bem voltado para as provas. Várias questões resolvidas da banca responsável pelo concurso ao longo do PDF foi o maior diferencial para mim. Outro ponto relevante foi a qualidade dos materiais específicos de cada edital, como as leis estaduais, que exigiam uma produção rápida e eficaz por parte do curso, que nunca deixou a desejar
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Henrique: Meu plano de estudos consistia em estudar um pouco de cada matéria, estudava todas ao longo da semana, assim como o planejamento de matérias que tinha na escola. Foi o jeito mais eficiente e menos exaustivo que eu encontrei. Estudava em torno de 6 a 8 horas por dia. A partir do final de 2024 optei por um serviço de mentoria que organizava minha rotina
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Henrique: Sempre fiz resumos ao longo das aulas. Minhas revisões consistiam em ler esses resumos que eu mesmo fiz para relembrar o que considerei importante enquanto aprendia. Simulados não eram uma prioridade para mim, fazia apenas um ou outro para medir meu controle de tempo
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Henrique: Considero a resolução de exercícios a parte mais importante da preparação. Entender de fato o conteúdo é importante e não deve ser subestimado, mas, sendo realista, o que irá garantir sua aprovação é saber bem como resolver as questões que estarão em sua prova
Não sei ao certo pois muitas delas eram feitas ao longo dos PDFs e não há registro disso, mas no sistema de questões há 22 mil resolvidas nos últimios 8 meses
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Henrique: Tive bastante dificuldade em contabilidade e TI. Não tive nenhum truque de mestre para superar, apenas passei inúmeras vezes pelos conteúdos ao longo dos ciclos de estudo, li e reli até que em determinado momento as coisas começaram a fazer sentido
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Henrique: A semana em geral foi um pouco mais descontraída, apenas fazendo questões e revisando pontos que considerava mais importante. No dia pré-prova, vi a live de Revisão de Véspera do Estratégia e descansei um pouco a mente
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Henrique: Minha preparação consistiu em explorar ao máximo os possíveis temas, redigi algumas redações para treinar o manejo de tempo e uso de linhas. Meu conselho seria analisar bem seus pontos fortes e fracos e buscar um equilíbrio. Eu tinha consciência que a parte de escrever não era um problema pois tive uma boa base na escola, por isso foquei nos possíveis temas ao invés de escrever várias redações, visto que não estava confiante após ver alguns temas que já foram propostos pela banca.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Henrique: Meus principais erros foram me colocar muito para baixo por não obter resultados a curto e médio prazo e sacrificar mais do que deveria ao longo da jornada. É claro que sacrifícios serão necessários para atingir esse objetivo, mas ainda deve-se manter um equilíbrio e eu não percebia isso, o que afetava tanto minha autoestima quanto meu desempenho
Meus principais acertos foram me inscrever e fazer provas reais ao invés de apenas simulados online, me ajudou muito a viver e me habituar ao verdadeiro clima do concurso; e anotar as nuances de cada banca ao longo da resolução de questões, o que garantiu algumas questões que fizeram a diferença.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Henrique: Nunca pensei em desistir, durante esses anos a aprovação foi o grande foco da minha vida
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Henrique: Ser realista e justo consigo e com a situação em que se encontra. Ter consciência de que a mentalidade é o que define grande parte das coisas. Dificuldades sempre vão existir e o que vai te diferenciar dos outros concorrentes é como você lida com elas, faça tudo o que for possível mas também não se cobre o impossível. Nem todas as pessoas receberão as mesmas oportunidades e facilitadores, isso é incontrolável, portanto foque no que está ao seu controle e dê seu máximo nisso.