Aprovado em 3° lugar no concurso FUB para o cargo de Técnico de Tecnologia da Informação
Engenharias e TI
“A jornada de um concurseiro vai além da inteligência; exige persistência, estratégia e, acima de tudo, autoconfiança. Em um caminho onde a maioria desiste, o esforço sempre supera o talento […]”
Confira nossa entrevista com Matheus Ribeiro Gomes Herculano, aprovado em 3° lugar no concurso FUB para o cargo de Técnico de Tecnologia da Informação:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Matheus Ribeiro Gomes Herculano: Sou o Matheus Herculano e tenho 30 anos. Nasci e cresci em Ceilândia no Distrito Federal, formado em Análise de Sistemas pelo UniCeub. Fui Bombeiro Militar do DF por 6 anos e agora em outubro tomei posse como Especialista em Tecnologia da Informação na Agência Nacional de Mineração.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Matheus: Apesar de me sentir atraído pela carreira de bombeiro, principalmente pela atividade fim, eu procurava um desafio que me motivasse em outros aspectos, como uma melhor remuneração e mais qualidade de vida.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Matheus: Enquanto trabalhava no Corpo de Bombeiros do DF, eu me dedicava aos estudos. Era uma rotina intensa, mas aprendi a otimizar cada minuto livre. Durante os plantões mais calmos, eu revisava o conteúdo e, às vezes, até na viatura parada aproveitava para ler algum material ou resolver flashcards. No carro, ouvia videoaulas, e mantinha uma rotina disciplinada, mesmo com a agenda apertada. A organização e o comprometimento foram fundamentais nesse processo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Matheus: Ainda continuo estudando para algumas carreiras de auditoria e controle. Minhas aprovações em concursos públicos incluem:
- Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) – Nomeado em 2017 para soldado operacional.
- Agência Nacional de Mineração (ANM) – Aprovado em 4º lugar, onde atuo atualmente como Especialista em Tecnologia da Informação.
- Banco de Brasília (BRB) – Aprovado em 19º lugar e nomeado para Analista de TI.
- Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) – Aprovado em 1º lugar e nomeado para Analista de TI.
- Superior Tribunal de Justiça (STJ) – Aprovado em 2º lugar Analista Judiciário na área de TI.
- Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF 1) – Aprovado em 27º lugar Analista Judiciário na área de TI.
- Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – Aprovado, mas desisti no decorrer do processo no cargo de Analista Judiciário na área de TI.
- Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) – Aprovado em 1º lugar para o cargo de gestor de TI.
- Funpresp – Aprovado em 18º lugar e assinei termo de desistência.
- Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT 10) – Aprovado para Analista Judiciário na área de TI.
- Conselho Federal de Biologia (CFBio) – Aprovado para Analista de TI.
- Superior Tribunal Militar (STM) – Aprovado Analista Judiciário na área de TI.
- Fundação Universidade de Brasília (FUB) – Aprovado em 3º lugar para Técnico de Tecnologia da Informação.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Matheus: Minha vida social se tornou bastante limitada. Por um longo período, priorizei os estudos e abri mão de festas e encontros. No entanto, sempre me esforcei para manter um certo equilíbrio, aproveitando pequenos momentos de lazer com a família e amigos, sem culpa, mas com consciência.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Matheus: Com certeza, tive um apoio fundamental. Minha família sempre respeitou minha rotina de estudos, e os amigos mais próximos entenderam minhas “ausências” temporárias. Essa compreensão foi essencial para que eu conseguisse manter o foco sem carregar um peso emocional.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Matheus: Fiz o concurso da Fundação Universidade de Brasília (FUB) apenas para treinar e manter o ritmo, pois não estava estudando especificamente para ele. Na época da prova, eu vinha de uma série de concursos para tribunais e agências reguladoras, que eram o meu foco principal.
Para manter a disciplina, eu encarava os estudos como um trabalho, com horário, metas e resultados a serem alcançados. Eu constantemente mentalizava as conquistas materiais e pessoais que um cargo público melhor me proporcionaria, tanto para mim quanto para minha família, e revisava minhas aprovações anteriores para não perder o foco. Eu me cobrava uma produtividade mínima de 4 horas líquidas de estudo por dia.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Matheus: Para me preparar, utilizei principalmente cursos em PDF e videoaulas. Os PDFs foram essenciais para aprofundar meu conhecimento e manter o foco, enquanto as videoaulas me auxiliavam nas matérias mais teóricas e nos dias em que a leitura era mais cansativa.
Também fiz bastante uso de sites de questões e abusei dos flashcards. A maior vantagem dessa abordagem foi a flexibilidade, mas, por outro lado, a vasta quantidade de conteúdo às vezes podia causar dispersão
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Matheus: Conheci a plataforma por indicação de um amigo, que também estudava para concursos, em 2016, quando me preparava para o CBMDF.
Nessa nova jornada de estudos, comecei a acompanhar os vídeos gratuitos no YouTube, depois adquiri alguns materiais pontuais e, por fim, os cursos completos. Foi um divisor de águas na minha preparação.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Matheus: No início da minha jornada, utilizei materiais de outros cursos, mas o que mais me incomodava era a superficialidade e a falta de organização. Eu sentia que os conteúdos não iam direto ao ponto, nem aprofundavam o suficiente para os detalhes cobrados pelas bancas. Além disso, encontrei muitos erros nas questões comentadas e frequentes desatualizações.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Matheus: Em minhas primeiras tentativas em concursos, os resultados não foram satisfatórios. Apesar do esforço, percebi que a qualidade do material era um fator decisivo. Foi essa frustração que me levou a buscar algo mais sólido e completo, que encontrei no Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Matheus: Sim, os materiais do Estratégia oferecem profundidade e organização. Os professores direcionam o aluno para os pontos mais importantes, além de indicar os aspectos menos relevantes quando o conteúdo é extenso.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Matheus: Optei por um método de estudo com ciclos, guiado por um professor mentor. Minha estratégia era alternar matérias que exigiam mais memorização com aquelas que demandavam raciocínio.
Eu me cobrava uma produtividade mínima de 4 horas líquidas de estudo por dia, mas, na média, estudava entre 3 e 5 horas líquidas, adaptando-me à rotina dos meus plantões no quartel. O planejamento semanal e as metas diárias foram cruciais para manter o foco e a flexibilidade.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Matheus: Minha mentoria incluía um esquema de revisão mensal e eu também usava o aplicativo ANKI para a revisão espaçada. Além disso, todo final de semana eu fazia um simulado e treinava a escrita de uma questão discursiva.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Matheus: Resolver questões foi um pilar fundamental da minha preparação. Era como afiar a espada para a batalha. Além de reforçar o conteúdo, essa prática me ajudou a entender o estilo das bancas e as “pegadinhas” mais comuns. Posso dizer, com tranquilidade, que fiz mais de 20 mil questões, o que considero essencial para as minhas aprovações.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Matheus: Minha maior dificuldade foi com a disciplina de Português. Para superá-la, intensifiquei a resolução de questões comentadas e busquei videoaulas específicas para reforçar os tópicos mais problemáticos. Além disso, criei resumos simples e objetivos para revisar com frequência e fixar o conteúdo.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Matheus: Na semana da prova, concentrei-me 100% em revisões e na resolução de questões, sem estudar nenhum conteúdo novo. Separei os resumos das matérias mais cobradas e os revisava todos os dias. No sábado, véspera da prova, estudei apenas pela manhã e dediquei o resto do dia para descansar e me concentrar. Mantive uma alimentação leve, a mente tranquila e confiei no meu processo de preparação.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Matheus: Sim, houve prova discursiva. Para me preparar, eu treinava bastante com redações semanais, focando em temas relacionados à minha formação.
Além disso, eu lia textos bem escritos para aprimorar meu vocabulário e a estrutura da escrita. Meu conselho é: escreva! Quanto mais você treina, mais confiante se sente no dia da prova. E não ignore a correção, mesmo que seja por conta própria, usando como base os espelhos de prova e os critérios da banca.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Matheus: Meus maiores erros foram:
- Tentar estudar todo o conteúdo de uma vez no início da minha preparação;
- Não revisar com consistência nos primeiros meses;
- Subestimar a prova discursiva nas primeiras tentativas.
Já os meus acertos foram:
- Corrigir rapidamente a minha rota de estudos;
- Usar ferramentas de desempenho e estatísticas para focar no que era mais cobrado e direcionar meus esforços para as minhas maiores dificuldades;
- Escolher os materiais de estudo certos e confiar no método até o fim.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Matheus: Em nenhum momento quis desistir, sempre tive o pensamento que o tempo passaria do mesmo jeito, estudando ou não. Sempre mentalizei que era melhor fazer um sacrifício agora de dois ou três anos e poder desfrutar eternamente das conquistas.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Matheus: A jornada de um concurseiro vai além da inteligência; exige persistência, estratégia e, acima de tudo, autoconfiança. Em um caminho onde a maioria desiste, o esforço sempre supera o talento.
Não espere o momento perfeito para começar. Comece com o que você tem e onde você está. Com constância e foco, os resultados aparecerão.
Lembre-se: cada hora de estudo é um passo a mais rumo à sua nomeação. Quando você chegar lá, vai perceber que cada renúncia valeu a pena.