Aprovado em 1° lugar (CR) no concurso EBSERH para o cargo de Analista Administrativo - Administração - HUB-UNB - Brasília (DF)
Concursos Públicos
“[…] É imprescindível a constância e analisar as suas dificuldades e onde deseja chegar, por vezes vai precisar de mais tempo que outros, tudo é um verdadeiro “depende”, mas que concurso público é para todos […]”
Confira nossa entrevista com Alexsander da Silva Oliveira, aprovado em 1° lugar (CR) no concurso EBSERH para o cargo de Analista Administrativo – Administração – HUB-UNB – Brasília (DF):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Alexsander da Silva Oliveira: Olá, sou o Alexsander da Silva Oliveira, tenho 30 anos, natural de Brasília, formado em Administração de Empresas, pelo Centro Universitário Unieuro, e Pós-graduado em Gestão Pública, pela Faculdade de Ciências de Wenceslau Braz. Filho de pais nordestinos, família simples e empregados domésticos. Sou mais um “da Silva” do nosso país, estimulado pelos pais a estudar para mudar a realidade da nossa família e ter melhores condições de vida. Segui à risca o script, estudei em escolas públicas e tirei as melhores notas. Estudei em Brasília até o (antigo) 1º ano do ensino médio e terminei na Escola Estadual do entorno. Passei pelas Escola Classe 01 SHI Sul (1ª a 4ª série), Polivalente na W3 Sul (5ª a 8ª) e o Centro de Ensino Médio – CEMSO (1º ano) e terminei na Escola Estadual da Cidade Ocidental (2º e 3º) e logo em seguida, em 2013, adentrei no curso superior como bolsista do PROUNI e ao final de 2016 estava formado em Administração. Em seguida, já em março de 2017 comecei a trabalhar como colaborador terceirizado na Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste – SUDECO, onde permaneço e sigo buscando o tão sonhado cargo público efetivo.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Alexsander: Fui estimulado desde cedo a estudar e buscar condições melhores de vida. Ter um emprego digno e que me proporcionasse trabalhar tranquilo e com boa remuneração diferente daqueles trabalhos exercidos pelos meus pais, embora dignos, muito cansativo e exaustivo ao ponto de prejudicar a saúde. Então, à medida que a idade foi chegando, o estudo ficando cada vez mais sério e ao analisar o mercado de trabalho, tive a certeza de que o meu desejo profissional seria o serviço público, a estabilidade e poder contribuir quem sabe para um serviço público de melhor qualidade à sociedade.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Alexsander: Sim. Ao dizer que sou mais um “da Silva” inclui essa rotina. Por exemplo, no 2º ano do ensino médio, em 2011, eu comecei a estagiar e foi assim até o final da minha faculdade, tanto para ter algum dinheiro como para manter os meus custos básicos e necessários e já começar a viver a realidade de um trabalhador. Então, de 2011 a 2016, eu estagiei e em 2017 eu comecei no regime CLT na iniciativa privada. Destaca-se que eu comecei a estudar para concurso em 2017, mas de maneira desorganizada e ainda tentando entender tudo aquilo, logo a partir de 2018 eu comecei a estudar de verdade para concurso, conciliando trabalho e estudo. Então estudava e ainda estudo, normalmente, depois do trabalho, por vezes no horário de almoço do trabalho, aos finais de semana e feriados também. Sempre busco manter uma rotina mais consistente e de estudos todos os dias, mas pelas intercorrências do dia a dia, nem sempre isso acontece e nem sempre bato a tão falada média de horas líquidas por dia. E, pessoalmente, essa é uma questão para mim polêmica, pois acredito que a consistência e qualidade de estudo é mais importante do que inúmeras horas de estudo, o estudo não é fácil, é doloroso, cada um terá seu tempo e cada um tem suas dificuldades, então o equilíbrio é a chave. Claro, que existem pessoas fora da curva, quase geniais, inclusive conheço gente assim, mas quero dizer que eu estou dentro da média clássica e que ao tomar posse no cargo público efetivo como na EBSERH, estarei provando tudo que estou dizendo, não existe milagre nem método infalível, mas existe esforço, equilíbrio, as dificuldades, os sacrifícios e cada um deve saber o que são essas dificuldades para poder estudar e alcançar seu objetivo. Digo isso, porque dentro dessa rotina, já cheguei a estudar 8h, 6h, 4h e, atualmente, tenho variado entre 2h e 1h30, dentro da minha rotina. É fato que a quantidade de horas líquidas estudadas, principalmente, a depender do seu nível e desejo faz a diferença, mas quero dizer que o importante é não parar, ter consciência de onde quer chegar, qual nível da prova, do cargo, do concurso, e que com essas ‘x’ horas de estudo e rotina você poderá conseguir o seu objetivo, o importante é jamais desistir. Ainda assim, existe outro fator fundamental que deve ser levado em consideração e que é extremamente difícil conviver com ele, o fator comparação. Por experiência, digo que esse é um dos grandes vilões atualmente e aumenta muito a nossa ansiedade, prejudica o estudo e faz muito querer desistir ou acreditar que é incapaz.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Alexsander: Em resumo, comecei a estudar em 2017, de maneira errada, 2018 comecei a estudar de maneira mais focada, mas sem resultados ainda. Passa 2019, ainda na luta, mas poucas provas no radar, chega 2020, meus pais se mudam para Goiânia e eu vou morar sozinho, chega à pandemia e eu tenho crises de ansiedade, bate aquele desespero e o medo de ser mais um no meio de tantas mortes, sem ter aproveito muito a vida. Comecei a duvidar do meu processo, alguns resultados na trave, paro de estudar completamente, e vou tentar empreender no mercado digital. Passa 2020, 2021 e, no início de 2022, parei com a ideia do empreendedorismo pelas frustrações para tentar novamente o concurso público, tendo em vista a inúmera quantidade de provas a vista. Então, a partir de 2022, um pouco mais maduro, volto a estudar do zero, começo a fazer dezenas de provas, uma vez que sou da carreira administrativa, fui para a estratégia “tudo ou nada”, e os primeiros resultados vieram aparecer em 2024. Passei nos concursos temporários do MPA (32ª posição, Nível Superior, cargo ATIVIDADES TÉCNICAS DE COMPLEXIDADE INTELECTUAL – QUALQUER ÁREA DE FORMAÇÃO) e MGI (219º colocado, cargo ESPECIALISTA EM ANÁLISE DE PROCESSOS DE NEGÓCIOS), esses foram suficientes para me mostrar que, finalmente, eu estava no caminho. Em seguida, veio a aprovação na EMATER-DF, 98º colocado, no cargo de Técnico Especializado – Administração. E neste ano, veio a aprovação no Conselho Federal de Serviço Social – CFESS, 7º colocado, cargo Assistente Técnico de Tesouraria; FUNPRESP-EXE, 71º colocado, cargo ANALISTA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR – ÁREA 1: ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO. Estou aguardando também o resultado final da SENAPPEN (temporário) que possivelmente devo estar na lista de aprovados e também aguardo o resultado do Concurso Nacional Unificado da Justiça Eleitoral. E claro, a aprovação no importante concurso da EBSERH, nas primeiras colocações, para o cargo de Analista Administrativo – Administração.
Então, ainda continuo na luta, ainda serei nomeado, e ainda continuarei estudando para chegar ao cargo que eu almejo no Judiciário.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Alexsander: Como eu acabei passando na minha adolescência por algumas mudanças de residência, possuía pouquíssimos amigos. E os que me restaram, foram importantíssimos para este processo de estudo. Foram eles que muitas vezes me deram dicas e ainda quando nos encontramos falamos do mundo dos concursos. Daí no início da caminhada, muitas vezes deixei de sair com a família e a namorada. Hoje, mais maduro, procuro ter um equilíbrio, tendo em vista que atualmente moro com a minha namorada, uma importantíssima peça também na minha vida, e a rotina corrida com o trabalho e as obrigações do dia a dia. Então a vida social sempre foi bem enxuta e sim houve sacrifícios para poder estudar por várias vezes.
Apenas uma opinião minha:
Gostaria de pontuar que não gosto muito da palavra “sacrifício”. Parece-me que ela é colocada como condição para se alcançar as coisas, como o cargo público. Como se você não fizer um sacrifício JAMAIS alcançará aquilo. O que não é verdade, por exemplo, o que pode rotular sacrifício para uma pessoa pode não ser para outra, então, acredito que sim deve haver consistência e foco para o que deseja. A palavra sacrifício me remete a dor, angústia, dar algo da minha vida em troca de algo e para quem está começando a estudar isso assusta e faz com que você queira desistir. Coisa que não concordo, o concurso público é uma escolha, um desejo, um sonho, seja pelo salário seja por melhores condições de trabalho, seja até mesmo por uma raiva ou frustração com a iniciativa privada. Deve haver maturidade e compromisso com a vida que deseja. É entender que aquilo é passageiro e te trará melhores condições para sua vida. Estudar para concurso público é uma escolha e assim deve ser levada a sério como qualquer outra atividade, por exemplo, ao fazer um curso superior existem momentos em que precisa entregar atividades que requerem prazo e para cumprir esse prazo será necessário se dedicar e deixar de outras coisas. É exatamente isso o concurso, você quer fazer uma boa prova, quer ter um bom resultado, precisa estudar um tanto de coisa, então é se dedicar e fazer com que o processo seja suficiente para você.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Alexsander: Meus pais como principais influenciadores desde o início, quando morávamos todos juntos, buscavam me deixar confortável para poder estudar. Amigos, os poucos que tinha, também me auxiliaram indicando caminhos, professores, melhores provas, melhores cargos e trajetórias e até compartilhando conhecimento. A minha namorada também sempre me apoiou ouvindo minhas dores e me dando palavras de incentivo, assim como ela é servidora da Secretaria de Saúde do Governo do Distrito Federal, ela também passou pelo processo.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Alexsander: A maior disciplina é a vontade de vencer. Uma rotina comum, altos e baixos, muitos dias não consegui bater meta de estudo, mas sempre estou estudando. Além de alcançar a aprovação, nomeação e posse, quero dizer para todos à minha volta que o melhor é a constância, por mais que demore, por mais que os dias sejam intensos, o melhor é estudar e ter vontade de alcançar o seu cargo público.
Eu como sou da área administrativa, formado em Administração, e quase todos os concursos saem para essa área, a partir de 2022, comecei com a estratégia “vale tudo” ou “tudo ou nada”, dentro do meu estudo de matérias básicas, no aprofundar dessas matérias, eu comecei a fazer muitas provas, até mesmo sem estudar a parte específica desses órgãos. Acontece que com o tempo e as inúmeras questões resolvidas, comecei a pegar o jeito de algumas provas e o negócio começou a andar. Muitas vezes também comecei a estudar a parte específica como lei orgânica, resoluções, planejamento estratégico do órgão etc., faltando uma ou duas semanas para a prova. Eu sei que é uma loucura, mas como eu disse, dentro da minha realidade e rotina foi o que me restou para tentar alcançar as aprovações. E assim está dando certo, até eu conseguir fechar um bom conteúdo de matérias, seguir o planejamento e conseguir focar mais em melhores cargos e concursos. Como já falei, o negócio é não parar.
Outro detalhe que eu tinha muita dificuldade era a discursiva e nesse retorno comecei a estudar especificamente para fazer redações que me dessem boas pontuações e assim faço até hoje, inclusive, antes de adquirir cursos, eu consegui muito material do próprio Estratégia e outras empresas no YouTube.
Logo, para a prova da EBSERH foi desse jeito, estudei a parte específica de maneira bem rápida nas duas últimas semanas, peguei a parte ali que eu queria dentro do curso do Estratégia Concursos e fiz algumas várias questões. O detalhe que me permite fazer essas loucuras foi que em 2022, salvo engano, eu assinei um dos primeiros lotes da Assinatura Vitalícia. Eu sei que não é a melhor maneira esse planejamento, mas também é um teste para mim, quero provar que é possível para todos que o estudo salva, a estratégia deve ser moldada conforme sua rotina e, principalmente, como é possível alcançar a aprovação com o tempo sem perder a saúde mental.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Alexsander: Dentro do meu estudo, inicialmente, estudei somente pelos PDFs do Estratégia, que até hoje são excelentes. É fato que muitos cursos, atualmente, possuem bons materiais, mas no quesito material escrito, o Estratégia ainda consegue se destacar. Então, hoje, eu estudo muito pela mescla de questões, PDF e até videoaulas, como aquela Revisão de Véspera. O maior desafio é o próprio concurso, cada vez mais é exigido muitos conhecimentos, logo o material escrito é fundamental porque abarca os inúmeros detalhes que muitas vezes uma videoaula pode não conter por conta do tempo e até mesmo para a aula não ficar sem nexo, maçante e o arquivo da aula ficar enorme.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Alexsander: Uma mescla de propagandas e amigos. E os amigos, mais experientes, muitas vezes já servidores, sempre falando a mesma coisa: o material para estudar é o escrito, videoaula para complementar e o melhor é o Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Alexsander: Nunca estudei por outros materiais, mas já comparei. E posso afirmar que o material escrito do Estratégia ainda é o melhor e mais completo. Essa é a principal ferramenta que eu utilizo juntamente com o site de questões de outra empresa, por conta dos comentários de professores e alunos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Alexsander: Desde o início eu sempre estudei pelo menos duas matérias por dia e a meta era estudar 4h-líquidas por dia, considerando ainda revisões e de segunda à sábado, domingo descanso. Com o passar do tempo isso foi se alterando como mencionei, alguns dias foram 4h, outros 6h e até 8h, mas também teve 30 minutos, 1h, 1h30. Hoje eu busco estudar pelo menos 2h por dia e todos os dias, mas nem sempre consigo, porém estudo 30min que seja, mas todos os dias.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Alexsander: Inicialmente, eu testei muita coisa: grifos, anotações, resumos, vários métodos de revisões. E as revisões são um tanto engraçadas, porque em alguns métodos as revisões são tantas que as vezes você perde mais tempo na revisão que avançando no material. E o que eu digo é… faça seu teste, veja o que funciona para você. Meu método de revisão atualmente é muito por questões, se eu percebo que estou mal, procuro estudar novamente, entender o que eu fiz errado, mais exemplos, gráficos, imagens, tabelas, o próprio PDF, videoaula, e etc. Outro detalhe importante e que utilizo muito, é a inteligência artificial, o plano grátis mesmo, peço para me detalhar o assunto, explicações, o como e o por quê. Claro que o uso é moderado e existem absurdos lá dentro, mas para quem tem algum conhecimento ajuda bastante.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Alexsander: A resolução de exercícios é fundamental. Foi algo que eu deixei de lado no início e foi um erro. As questões te mostram como o assunto pode ser cobrado, muitos assuntos se repetem e mostram a tendência das bancas. Detalhe: assuntos novos são cobrados sempre, mas quando você se acostuma a fazer questões de concurso e pega o macete de um “exceto”, “todos”, “defeso” etc., consegue ter um direcionamento. E no planejamento ideal, aquele último acerto, quando pega para fazer somente questões da banca para o concurso que irá prestar, você consegue pegar um diferencial gigantesco de como a banca “conversa” com o candidato. Outro fato importantíssimo, as questões no final do material PDF do Estratégia são primordiais. Quando estou entediado ou cansado, aquelas questões contribuem de maneira significativa. São questões pontuais que te ajudam “no norte” da matéria.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Alexsander: As principais disciplinas que eu tenho dificuldade são as exatas e português. Esses não têm jeito, material somente videoaula. Por exemplo, gosto muito do professor Brunno Lima e já o acompanhava em outros cursos do mercado e o Estratégia foi cirúrgico em trazer ao time. Outro professor que gosto muito é o Fabrício Dutra, excelente professor e muito didático, explica de maneira muito fácil.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Alexsander: Correria como sempre. Nervosismo e ansiedade. Com a minha estratégia “tudo ou nada”, nas duas últimas semanas peguei as legislações de parte específica que constavam no edital da EBSERH, inclusive observei os detalhes ali dentro do material do Estratégia, e tentei captar o máximo de informações possíveis até o dia anterior da prova. No sábado, eu peguei e fiz o batidão das matérias até umas 16h e o restante do dia fui cuidar da casa e descansar.
Detalhe importante, a prova da EBSERH eu escolhi fazer estrategicamente, uma vez que no mesmo dia iria ocorrer a prova do TRT, um concurso de grande expressão e que exigiria também um alto nível, mas pensando que muitos candidatos poderiam escolher fazer essa prova por ser de tribunal, escolhi fazer a prova da EBSERH, porque no concurso anterior eu passei perto da classificação, e poderia bater com concorrentes específicos que também estão buscando entrar no serviço público como o 1º concurso.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Alexsander: Eu tinha muita dificuldade em provas discursivas, a ponto de escolher somente cargos de nível técnico para não ter que fazer a prova discursiva. Inclusive, já tive aprovação em concurso e que deixei de fazer a redação e fui desclassificado. Hoje, a discursiva é fundamental para qualquer cargo, o que a gente mais observa é cada vez mais a discursiva está sendo cobrada para provas de nível técnico (ensino médio).
Dessa forma, quando eu retornei a estudar em 2022, tirei um tempo para me dedicar a essa fragilidade, saber o que as bancas desejam como respostas, entender os tipos de provas discursivas. Comecei a estudar com material gratuito mesmo, material do YouTube, vi inúmeros vídeos, incluindo o do Estratégia e de candidatos que já tiveram notas excelentes. Então, a partir disso, eu comecei a pontuar nas discursivas de maneira exitosa com boas notas, até mesmo com provas as quais eu não dominava muito o conteúdo, mas eu entendi o que escrever e o como. Discursiva virou um diferencial e, atualmente, apesar daquele frio na barriga e nervosismo sobre o tema, até gosto quando cai.
Em especial, na minha preparação um tanto diferente, eu gosto de prestar muita atenção no planejamento estratégico do órgão, missão, visão, valores, últimos feitos, isso aliado com o material que eu já estudei, mais conhecimentos de Direito Administrativo e Constitucional são fundamentais para conseguir dissertar sobre qualquer tema dentro da minha área.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Alexsander: São complementares. O principal erro cometido e que ainda erro é conseguir encaixar a minha rotina com a minha preparação, mas que de alguma forma eu tento compensar isso, a constância de estudar todos os dias e estrategicamente, pois nem sempre consigo fazer uma rotina de acordar muito cedo ou conseguir estudar até madrugada para ter mais horas de estudo. Outro erro foi dar a pausa em 2020, mas acredito que foi parte do meu amadurecimento e essencial para a minha visão de vida. Dentre esses erros e acertos, contar com o material certo sempre foi fundamental, assim como adquirir, de verdade, a Assinatura Vitalícia, porque me deixa acessar vários conteúdos que eu tinha curiosidade e até “pescar” um material mais completo de um concurso para tentar colocar na minha preparação.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Alexsander: Isso antes da minha pausa era constante. Não sabia se estava no caminho certo, mas sabia que já tinha avançado bastante. Em 2020, quando eu parei para empreender no mercado digital, estava decidido a nunca mais voltar, foi muito sofrimento para mim, tentar e tentar e não conseguir nenhum resultado. E eu precisava mudar de vida, dar aquela chacoalhada. Então no empreender, eu conheci um amigo muito louco que abraçou a ideia comigo e fomos desbravar o mercado digital. Posso dizer que tentamos quase tudo, mas não progredimos como gostaríamos e tivemos muito prejuízo. Então, em 2021 para 2022, que vários concursos foram anunciados que sairiam, eu decidi retornar e largar o empreendedorismo. Nesse ínterim, em decidir voltar ou não, conheci um outro amigo, que é a cara do serviço público, ele fala com muito desejo em ser servidor para mudar a realidade do serviço, não somente ganhar a boa remuneração, mas fazer um trabalho diferente e chegar a cargos de autoridade e poder para alterar a realidade do nosso país. Isso, com certeza, acendeu novamente a minha vontade em ser servidor, ele sempre me fala das remunerações, estabilidade, comparações com o mercado privado, planos de carreira, o trabalho em si, a possibilidade de fazer coisas realmente relevantes. Quando eu o conheci ele já tinha sido aprovado em 2º lugar no Conselho Federal de Medicina Veterinária, no cargo de Agente de Fiscalização, mas continuava estudando para o tão sonhado cargo público federal. Trabalhamos juntos por mais de um ano no emprego o qual estou e então ele foi nomeado no Conselho, e pegou tudo de cara sendo muito bem-visto dentro da Autarquia. Ele também é um colecionador de aprovações e logo mais deve assumir no cargo de Analista Administrativo do Ministério do Planejamento e Orçamento e aguarda o resultado de outros grandes certames que ocorreram em 2024 e 2025.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Alexsander: O que eu poderia aconselhar a quem deseja começar a estudar para concurso é procurar informação. Que tipo? Comece a procurar como montar um cronograma de estudo e quais os tipos de cronograma, metodologias de estudo, como fazer uma discursiva para concurso (é diferente do ENEM, por exemplo). Identificar qual área deseja, qual cargo, qual a remuneração desses cargos. Comece a estudar o mais rápido possível, pois as provas estão aumentando cada vez mais. Compre boas assinaturas e materiais, se não tiver como, vai no gratuito mesmo. Veja milhares de vídeos sobre e tire um tempo para imergir nesse mundo, vai ver que existem inúmeros casos de pessoas que são consideradas fora da curva, mas esses são um ponta apenas. Existe esse outro lado, como o meu, que tem o sonho e se adequa a realidade para conseguir chegar lá. Entender que o processo poderá levar 3, 6 ou 12 meses, mas também poderá levar 1, 2, 3 anos ou mais, vai depender muito da sua realidade, sua rotina e qual cargo deseja. Tenho um amigo, Analista Técnico Administrativo do Poder Executivo, que estudou por mais ou menos 10 anos para ser aprovado na carreira de EPPGG, pois o último concurso foi em 2013, o qual ele bateu na trave, continuou estudando não especificamente para esse cargo, mas quando saiu no Concurso Nacional Unificado, ele fez e conseguiu o cargo dos sonhos.
É imprescindível a constância e analisar as suas dificuldades e onde deseja chegar, por vezes vai precisar de mais tempo que outros, tudo é um verdadeiro “depende”, mas que concurso público é para todos. E com certeza, cercar-se de pessoas boas e com mesmo propósito que te façam querer ser melhor. Começar por honrar pai e mãe, sua família e ter um desejo ardente de querer provar para todos que você é capaz, não importa como, mas vai conseguir.