Aprovado em 6° lugar (CR) no concurso BNDES para Analista - Ênfase: Direito / Nacional (PCD)
Concursos Públicos
“[…] Se não tiver ninguém, vá você e Deus. Você não vai se arrepender quando chegar lá!”
Confira nossa entrevista com Jonathan Alvarenga Silva, aprovado em 6° lugar (CR) no concurso BNDES para o cargo de Analista – Ênfase: Direito / Nacional (PCD):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Jonathan Alvarenga Silva: Eu me chamo Jonathan Alvarenga, tenho 34 anos e nasci no Rio de Janeiro.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Jonathan: Em 2007, eu me formei no ensino médio, e como eu havia terminado o ensino médio aos 16 anos, porque era adiantado, eu fiquei com um ano pra pensar no que iria fazer da minha vida. Durante esse 1 ano, eu me empenhei no vestibular, como todo jovem que recém saiu do ensino médio faz hahaha. Meu objetivo era alcançar uma vaga em alguma universidade pública em Jornalismo. Na primeira vez, não consegui passar. Fiz pré-vestibular na época, e acabei passando pra algumas áreas que não eram a que eu queria. Dentre essas vagas, eu acabei tentando pra Letras Português/espanhol na UFRJ, e passei pra lá. Porém, como não era Jornalismo, eu decidi não ir. Minha mãe, que sempre foi a pessoa que mais me incentivou, soube que uma pessoa que nós conhecíamos, que era uma vizinha, estava fazendo um curso preparatório, que na época era conhecido, e que era pra concursos, ainda naquela época em que só havia cursos presenciais. Essa pessoa havia passado para Caixa Econômica. E foi daí que eu decidi pesquisar sobre concursos – algo que eu nunca tinha visto sobre antes. Foi a partir daí, que ainda com 17 anos, eu entro no curso preparatório presencial para o ministério da fazenda- técnico administrativo. Pago pela minha mãe.
Esse incentivo vindo dela continuou durante toda a trajetória. Porém, em 2012, ela descobriu que estava com câncer e até 2018, que foi o ano em que ela faleceu, eu precisei conciliar o fato de estar vivendo um período bem difícil pessoalmente, a minha faculdade de direito, que ainda fazia na época, e minha preparação para concursos. Por conta disso, precisei diminuir o passo por um tempo na preparação. Mas, resumindo, o que me levou a tomar a decisão de começar a estudar para concurso foi , primeiro de tudo, o incentivo da minha mãe e o que me levou a continuar nessa luta e saga de preparação pra concursos foi lembrar da força que a minha mãe sempre teve pra conseguir qualquer coisa que quisesse. Segundo, por ver que era uma forma de ter um resultado prático e um retorno mais rápido através de um esforço e empenho de estudar em um curto período de tempo.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Jonathan: Eu já passei por várias fases nessa luta e preparação pra concursos. No primeiro momento, eu apenas estudava. Não precisava trabalhar. Até eu passar no meu primeiro concurso público, ainda com 18 anos. Foi pro Detran. A partir daí, toda preparação que fiz, eu precisei conciliar com o trabalho. E, na maioria das vezes, eu utilizava todo o tempo possível pra estudar. Ou mesmo que fosse, apenas pensar e revisar mentalmente, enquanto estava no ônibus, no carro.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Jonathan: Fui aprovado primeiro no Detran, técnico administrativo, em 54º lugar. Passei no IBGE, mas não me lembro a posição. Final do ano passado eu passei para o TRF2- técnico judiciário, estou aprovado no CR para o cargo de AFT e estou aprovado e classificado em 6 lugar (pcd) para advogado no BNDES.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Jonathan: Eu sempre tive uma vida social muito tranquila, eu, por natureza, sou mais caseiro. Tenho poucos amigos, mas durante todo o tempo, eu saía sim pra vários lugares e também sempre tive contato com a minha família mais próxima, que inclui hoje em dia, meu pai, meu irmão e algumas primas e primos meus.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Jonathan: Na maioria das vezes, sim. Meu pai e meu irmão deixavam, quase sempre, que eu tivesse um ambiente tranquilo pra que eu estudasse. E alguns amigos me apoiaram por me ajudarem e entenderem quando eu não podia estar presente em algumas situações.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Jonathan: Para o BNDES, eu estudei especificamente uns 3 meses, porém, se tratou de um concurso em que veio numa época em que eu já estava estudando e me preparando intensamente para o CNU – AFT. E eu já havia planejado que assim que passasse a prova do CNU, eu ficaria empenhado para o BNDES. O que me fez manter a disciplina, acima de tudo, foi a vontade de mudar a minha realidade, e isso não era apenas sobre sentido financeiro, mas também por encontrar alguma satisfação que fosse por trabalhar em algum lugar onde eu pudesse, de fato, colocar em prática meu conhecimento e minhas aptidões profissionais.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Jonathan: Durante toda a minha trajetória, usei mutias ferramentas: flashcards, caderno de erros, resolução de questões, livros mais teóricos, livros mais práticos, videoaulas, cursos em pdf. A principal vantagem foi que, aos poucos, nós vamos adquirindo a experiência e vendo o que realmente funciona e o que não funciona, no nosso caso. Consegui ver que a maioria dessas ferramentas possui a desvantagem de não ser algo realmente preparado para nós sermos aprovados num concurso. Até que ao conhecer o Estratégia e perceber realmente o que é um material direcionado e, ao mesmo tempo, com conteúdo confiável, e profissionais sérios e dedicados, daí eu vi o que é a vantagem que envolve ter acesso a um curso preparatório pra concursos de verdade.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Jonathan: Acredito que tenha sido pelo Youtube, através dos webinários. Sempre gostei de assistir e acompanhar os vários webinários que tinham sobre os concursos que estavam acontecendo e os que ainda iriam vir ao longo dos anos. Esses webinários me ajudaram a formar e definir quais seriam meus alvos nessa trajetória. Eu era apaixonado por assistir entrevistas com profissionais da área. Conheci carreiras novas através destas entrevistas inclusive.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Jonathan: Sim, o que mais me incomodava era a padronização demais dos materiais. A gente via que não havia uma seleção real do que realmente era importante pra aquele determinado concurso. Não havia um planejamento, não havia exercicios de revisão de qualidade.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Jonathan: Não, porque eu usava muitos materiais ao mesmo tempo.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Jonathan: Sim, eu antes de conhecer o Estratégia, fazia apenas cursos presenciais. O Estratégia foi o primeiro curso que conheci online. E havia uma grande limitação nos cursos presenciais que era a qualidade das aulas. Acontecia muito de ter num grupo de 10 professores, apenas uns dois ou tres que eram realmente focados em nos preparar pra concursos. E isso não acontecia no Estratégia porque não tinha essa barreira geográfica de acesso aos melhores professores. Com o Estratégia, eu comecei a ter acesso a aulas de professores que, antes de serem professores, eram concurseiros e concursados. Era muito bom ver a maneira que eles traduziam para a nossa linguagem, e para nossa necessidade, assuntos complexos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Jonathan: Eu nunca gostei de estudar várias matérias no mesmo dia. O que eu costumava fazer era separar duas disciplinas por dia, onde uma disciplina era a principal, normalmente uma mais densa e outra mais leve. Então, era comum eu separar, por exemplo, direito constitucional e ética em um dia, direito administrativo e regimento interno(se houvesse), direito empresarial e português ( que pra mim era mais tranquilo, por eu ter mais facilidade com essa matéria) etc..
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Jonathan: Eu tinha como hábito tirar os primeiros 30 minutos de cada dia, antes de começar a efetivamente estudar as matérias do dia, eu revia o que eu já tinha estudado na última vez sobre aquela disciplina. Utilizava o método de eu dar aula pra mim mesmo, tentava resumir o assunto até um ponto que eu pudesse explicar pra uma criança sobre o assunto. Comprei um quadro branco, pendurei na porta do meu armário no quarto e simulava aulas. Algumas vezes eu gravava essa aula e assistia depois, acompanhado do meu material de estudo e tentava ver se eu realmente havia absorvido tudo sobre a matéria. Na maioria das vezes, eu esquecia algum aspecto, alguma exceção de uma lei etc, então eu ia aprimorando ao longo do tempo.
Nunca fui de fazer simulados, não achava muito prático.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Jonathan: Não me lembro quantos exercícios eu fiz mas eu me preocupava em, mesmo se eu não pudesse por algum motivo fazer muitas questões, eu tinha como alvo fazer os exercícios das aulas em pdf, no final de cada aula.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Jonathan: Por eu ser do Direito, eu sempre tive dificuldade pra qualquer assunto que envolvesse cálculos, então, quando tinham concursos, como por exemplo, os de auditor, que exigiam contabilidade, pra mim, sempre foi muito sofrido. A forma que eu fiz pra superar foi tentar dedicar mais tempo de estudo e utilização das videoaulas pra tentar entender assuntos que, através da aula teórica, eu não conseguia visualizar de uma forma mais objetiva e clara.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Jonathan: Eu tentava fazer um planejamento diferenciado na última semana, só de revisões. então separava cada dia pra uma matéria ou no máximo duas, em que fizesse uma revisão naquele mesmo esquema, de dar aulas pra mim mesmo.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Jonathan: O que algumas vezes eu utilizava para me preparar para a prova discursiva era, quando estava no meu pacote, usar o Passo Estratégico. Ali tem diversas perguntas sobre as matérias que estimulam a gente a raciocinar sobre o ponto em questão, e o uso do raciocínio crítico e construtivo é fundamental para a elaboração de uma resposta completa numa prova discursiva. Além disso, eu sempre tentei fazer um estudo ativo, onde eu durante a leitura dos pdf’s ou das videoaulas, eu preparava um resumo não detalhado, mas direcionado, onde depois era o meu material pra eu rever e tentar elaborar respostas, caso caíssem numa discursiva. Além disso, eu já tinha muito bem desenhado na minha mente um esqueleto , uma estrutura que servia para a construção de qualquer texto, envolvendo a ideia principal, seguida de argumentos que corrobora e validassem essa ideia.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Jonathan: Sem dúvida nenhuma, o meu maior erro foi eu ter me acomodado totalmente assim que eu passei no meu primeiro concurso público, que foi o Detran. Embora eu tivesse entrado muito novo, com 18 anos, se eu tivesse continuado num ritmo estruturado e com disciplina, eu já teria alcançado e obtido resultados melhores em um menor espaço de tempo. Além também, de eu ter pecado também por não conseguir manter a constância e a disciplina, algumas vezes, porque acontecia muito de eu começar com todo o empenho, mas após uma semana, eu me perder totalmente no planejamento, acumular matérias vencidas pra estudar e acabar chegando o dia da prova sem que eu tivesse fechado, pelo menos, os tópicos centrais de cada disciplina. O meu maior acerto foi eu sempre ter, durante toda a trajetória, uma mentalidade de que, independente do que aconteça, eu passando ou não, eu sempre iria tirar algo como aprendizado. O meu lema sempre foi dizer pra mim mesmo, que: “Eu nunca perco. Eu ganho ou aprendo!” Esse pensamento me deu força pra poder continuar seguindo, mesmo diante de incontáveis reprovações.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Jonathan: Sim, muitas vezes, eu pensei em desistir. Algumas vezes eu tive que diminuir o passo por conta de obstáculos e impedimentos alheios a minha vontade e que influenciavam no meu rendimento nos estudos. Mas, a minha maior motivação sempre foi de que pra eu mudar a minha realidade, inevitavelmente, eu teria que passar em outro concurso. Eu já era servidor, então, não existia a opção de eu abandonar onde eu já estava pra começar do zero numa vida privada. Então, eu sempre via uma única saída pra que eu mudasse minha situação, que era: estudar e passar em outro concurso.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Jonathan: Acima de tudo, acredite que ser aprovado em um concurso público não é sinal de ser mais inteligente que ninguém, mas sim, de estar mais preparado e disciplinado, tendo as melhores ferramentas que te permitam chegar lá.
Além disso, é primordial que você prepare o seu cérebro para esse objetivo. Acredite, de fato, que você pode colocar o seu nome na lista dos aprovados e classificados. Veja você mesmo trabalhando naquele cargo que você almeja. O seu cérebro é treinável, e totalmente possível para se desenvolver da mesma forma que se desenvolve um músculo, à base de treino, dedicação, esforço e disciplina!
Não se permita ser influenciado por coisas que você vai escutar ao longo dessa trajetória, e você vai ouvir muitas coisas. Vai ouvir que concurso é para loucos, que é “carta marcada”, vai ouvir que você não precisa fazer concursos grandes, vai ouvir : “tenta fazer um concurso menor, esse é muito difícil pra você”, dentre tantas outras coisas. Mas, se cerque apenas de pessoas que vão te estimular e realmente estarem felizes com o seu sucesso. Se não tiver ninguém, vá você e Deus. Você não vai se arrepender quando chegar lá!