
“O estudo com dedicação para concursos públicos é solitário e difícil, mas é recompensador para quem deseja entrar no serviço público. […]”
Confira nossa entrevista com Rodrigo Bastos, aprovado em 1° lugar no concurso SEPLAG Niterói/RJ para o cargo de Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental – SEPLAG – Gestão Governamental:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Rodrigo Bastos: Sou engenheiro químico por formação. 36 anos. Natural do Rio de Janeiro/RJ.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Rodrigo: A opção por estudar para concursos públicos foi em função de um desejo por transição de carreira.
Estava há 12 anos na iniciativa privada, trabalhando como engenheiro de implantação, em plantas industriais químicas. Não tinha mais o interesse e motivação para trabalhar com projetos envolvendo processos químicos, tampouco de migrar de área dentro da Engenharia Química.
Digo que sou um ex-engenheiro muito feliz pela trajetória que cumpri nesses 12 anos. No entanto, entendi que tinha fechado um ciclo e não tinha mais motivação para trabalhar na área.
A decisão de começar a estudar para concursos, na realidade, foi a consequência da decisão de romper com a Engenharia. Um fato curioso é que tomei a decisão de iniciar a estudar para concurso público exatamente alguns dias depois de iniciar meu último emprego, como engenheiro de projetos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Rodrigo: Sim, por 2 anos e meio (março/22 a novembro/24) estudei e trabalhei, simultaneamente.
Estudava diariamente, das 18h às 20h. Em 3 dias da semana que trabalhava presencialmente, eu aproveitava para fazer questões durante os deslocamentos casa-trabalho-casa.
Aos sábados e aos domingos aumentava a carga de estudos, chegando a estudar 5 a 6 hrs líquidas em cada dia.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Rodrigo: Concursos:
- TRF 2 – Técnico Judiciário do TRF2 – 112º colocação. Meu cargo atual.
- CNU Bloco 7
- Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário do INCRA
- Analista em Ciência & Tecnologia – Cadastro de Reserva
Em relação a continuar estudando, ainda estou pensando e considerando sobre.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Rodrigo: Por conta da decisão de querer acelerar meu processo de aprovação em algum cargo público, tive que abrir mão de muitos eventos com amigos e família.
Aqueles aniversários que duravam a tarde toda de sábado, por exemplo, realmente eu declinava a grande parte dos convites.
Não que eu tenha me isolado por completo, mas eu tinha a consciência de que com a rotina de trabalho, eu precisava aproveitar ao máximo das horas livres para avançar no conteúdo e aumentar o % de acerto em questões.
Aos fins de semana, quando eu saía, eu dava preferência para eventos não muito cansativos, somente a partir do final da tarde ou de noite, voltando cedo para casa.
Após uma prova e outra, eu priorizava uma viagem com minha esposa, até para equilibrar um pouco e conseguir descansar.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Rodrigo: Sim, minha família me deu o máximo apoio nesse processo. Meu pai era servidor público de carreira, da prefeitura do Rio de Janeiro. Minha mãe é servidora aposentada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e me apoiaram.
Mas a pessoa que mais me apoiou com certeza foi a minha esposa, pois foram 2 anos e meio, como falei, de muitas horas de dedicação (tanto nas noites dos dias de semana, quanto nos dias de fim de semana) de estudo em que tivemos de abrir mão de momentos juntos como passeios, eventos, séries, filmes, etc.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Rodrigo: Eu me matriculei inicialmente em um curso presencial, que me ocupava o sábado inteiro. Logo percebi que não era a forma mais eficiente de absorver conhecimento.
Em setembro de 2022 fiz a assinatura do Estratégia e comecei a estudar em um pré-edital da Polícia Federal. Mas como não havia previsão de novo concurso, e acompanhando a alta quantidade de concursos para a área Administrativa, decidi em março de 2023 começar a estudar para essa área, e iniciei ciclos de pós-edital em pós-edital.
Sabia que seriam sprints que me exigiriam bastante, principalmente de algumas disciplinas novas para mim. Mas também sabia que o mais importante era estar estudando, que o progresso e a evolução viriam como uma questão de tempo e de confiança no processo.
Para manter a disciplina o que fiz foi sempre seguir, à risca, a Trilha Estratégica do Pós-Edital em que eu estava inscrito.
Estudei muito mesmo para as provas de Analista Legislativo da Câmara dos Deputados (Dez/23), Técnico em Logística – IPEA (Fev/24) e EPPGG – Bloco 7 – CNU (Ago/24).
Mesmo não tendo a redação corrigida para esses cargos, alcancei boas colocações e a bagagem acumulada foi um diferencial na aprovação para esse concurso da Seplag de Niterói.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Rodrigo: 100% de estudo ativo, por meio da leitura dos PDFs das aulas e memorização por resumos e mapas mentais. Não assisti a nenhuma videoaula.
A vantagem do PDF é a rapidez e a objetividade, sem dúvidas. No entanto, acredito que o diferencial mesmo foi a quantidade massiva de questões realizadas, sempre analisando criticamente os comentários das questões que errava ou que acertava tendo dúvidas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rodrigo: Por indicação de um amigo, hoje, inclusive, já servidor público da Seplag de Niterói, aprovado no concurso de 2018.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Rodrigo: Eu me matriculei inicialmente em um curso presencial, que me ocupava o sábado inteiro. Logo percebi que não era a forma mais eficiente de absorver conhecimento, principalmente, porque não havia um direcionamento claro de o que e como estudar durante os dias da semana.
Os professores tinham muito boa vontade, mas o modelo de assistir aulas presencialmente é realmente ineficiente. Deslocamento, atrasos dos professores, desvio de foco nas aulas, assuntos que não agregam, ausência de um cronograma/ciclo de matérias a ser seguido.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Rodrigo: A diferença que senti foi de que eu estava com um material de ótima qualidade e, de que seguindo a Trilha você já está obedecendo à distribuição recomendada de tempo por disciplina, em função dos pesos no edital e da quantidade de aulas a serem estudadas.
Enfim, a Trilha é uma ferramenta excelente pois você só se preocupa mesmo em estudar, sabendo que está cumprindo um cronograma equilibrado, sem a necessidade de se preocupar com outros fatores.
Outras ferramentas:
Sistema de Questões do Estratégia (não só as questões e os comentários propriamente, mas também as Análises de Desempenho disponíveis).
Planilhas das Trilhas Estratégicas com o monitoramento do Avanço e da Performance nas disciplinas estudadas.
Resumos e Mapas Mentais
Simulados
Bizús Estratégicos.
Hoje tenho revisado pelo Passo Estratégico, que é uma ferramenta excelente para concurseiros avançados, pois é um material mais focado no que mais tem caído nas provas.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Rodrigo: Estudei por ciclos, sempre combinando teoria-revisão-questões, seguindo sempre a ordem definida pela Trilha Estratégica.
Em média, semanalmente, eram 3 horas líquidas por dia (contando com o aumento de hrs líquidas nos finais de semana).
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Rodrigo: Só fazia resumos de algumas aulas que eu tinha muita dificuldade de assimilar conteúdo.
Hoje já não elaboro mais nenhum resumo.
Fazia as revisões pela leitura dos resumos prontos e dos mapas mentais, seguida sempre de uma bateria de questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Rodrigo: A resolução de questões é fundamental para chegar o mais preparado e competitivo no dia da prova.
O jogo é a prova do concurso, que é composta pela resolução de questões. E o seu treino precisa incluir muitas questões, principalmente a medida que você avança no edital.
É claro que cumprir a base teórica é uma etapa importante do processo, mas desde o seu primeiro dia de estudos você precisa se acostumar a resolver questões.
Com o tempo você se dá conta de que é a melhor forma de revisar o conteúdo e de memorizar os conceitos que mais caem nas provas.
Um outro ponto importante é a gestão do tempo no dia da prova. Quanto mais questões e mais simulados fizer, mais você vai conseguir gerenciar seu tempo durante a prova, para dar preferência para as questões de nível fácil e médio, por exemplo.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Rodrigo: Direito Constitucional e Direito Administrativo. Na primeira principalmente as partes de Repartição de Competências e de Organização dos Poderes. Em Administrativo tive muita dificuldade com os conceitos de Licitações e Contratos, por conta da densidade de informações na nova lei de 2021.
Superei (parcialmente, pois ainda não tenho domínio) pelo aumento de horas de estudo nessas disciplinas, priorizando a resolução de questões e a revisão por resumos e mapas mentais.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Rodrigo: Basicamente cumpri as tarefas da Trilha Estratégica da última semana, pela leitura dos Bizús Estratégicos e pela resolução das questões dos cadernos propostos nos bizús.
Tinha a consciência de que eu já vinha estudando há muitos meses o conteúdo (considerando os últimos editais). Não havia o porquê de querer revisitar os diversos PDFs (aulas).
Segui as orientações dos coaches que elaboram os bizús, de revisar o que tinha mais chance de cair no dia da prova.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Rodrigo: Aconselho a, no mínimo, estudar o curso básico de discursivas do Estratégia e, em um pós edital, treinar pelo menos uma discursiva (por provas anteriores) por semana.
Não se trata de uma fórmula certa. Algumas pessoas tiveram uma base de discursivas da época de ensino médio, que, acredite, mesmo passando muito tempo, os conceitos básicos de estruturação, coesão e coerência você não perde, ou pelo menos, recupera bem rapidamente. Outras não tiveram essa base e tem muita dificuldade em elaborar discursivas, e irão precisar de uma preparação mais direcionada e específica.
O hábito de leitura de livros, jornais, notícias, etc é um fator que auxilia muito na elaboração de textos, principalmente para a parte de concordância e ortografia.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Rodrigo: Erros: Reestudo de aulas e não confecção do meu próprio material de revisão.
Acertos: resolução de questões, todos os dias, principalmente nas disciplinas em que meu % de acerto estava abaixo de 70/75%.
Gerenciamento do meu desempenho, por aula.
Disciplina para seguir as Trilhas Estratégicas.
Realização de simulados.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Rodrigo: Em momento algum considerei essa possibilidade de desistir.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rodrigo: O estudo com dedicação para concursos públicos é solitário e difícil, mas é recompensador para quem deseja entrar no serviço público.
O caminho para aprovação é longo, requer muita disciplina e persistência, mas planejando e organizando bem a rotina, o estudo se torna um hábito do qual você não abrirá mão, até alcançar o seu objetivo.
Oriento a seguir o canal do Estratégia nas redes sociais, assistir às lives dos professores sempre que um concurso é autorizado ou publicado, acompanhar as promoções e ofertas.