Aprovado em 6° lugar na SEFAZ-RJ para o cargo de Analista em Finanças Públicas - Especialidade: Contábil-Financeira
Fiscal - Estadual (ICMS)
“[…] desistir não era uma opção. Se não desse certo nesse, daria certo em um próximo.”
Confira nossa entrevista com Guilherme Cezarette, aprovado em 6° lugar na SEFAZ-RJ para o cargo de Analista em Finanças Públicas – Especialidade: Contábil-Financeira:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Guilherme Cezarette: Meu nome é Guilherme Cezarette, tenho 24 anos, sou formado em direito pela Universidade Estadual de Minas Gerais, nascido e crescido em São José do Rio Preto, interior de São Paulo.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Guilherme: Minha maior motivação para iniciar os estudos vieram da dificuldade de encontrar boas oportunidades no setor privado. Meus pais já me indicavam o concurso público como uma possível solução e em fevereiro de 2024, depois de algum tempo tentando me estabelecer na iniciativa privada, decidi migrar para os concursos públicos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Guilherme: Eu tive a oportunidade de só estudar durante esse período de preparação, mantive dedicação integral aos estudos com total apoio dos meus familiares.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Guilherme: Até o momento prestei apenas dois concursos, sendo esse da SEFAZ RJ o último.
Meu primeiro concurso foi o de Auditor Fiscal de Tributos Municipais da cidade de Ribeirão das Neves/MG, quando estava com apenas 4 meses de estudo. O certame ofertava 7 vagas para preenchimento imediato.
Achei uma oportunidade condizente com a minha qualificação nos estudos à época e fui faze-la. No resultado final das provas, antes da avaliação de títulos, ocupei a 4ª posição, alcançando 92/100 pontos.
Fiquei muito contente com meu resultado nos dois certames, mas pretendo continuar estudando para outros concursos, voltados preferencialmente à área de controle. O próximo desafio será a CGE-SP.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Guilherme: Minha família foi meu principal alicerce para iniciar os estudos. Eles me incentivaram a iniciar essa trajetória e me deram todo o suporte financeiro, assim como a tranquilidade para estudar em um bom ritmo, porém sem loucuras.
Durante o tempo que me mantive estudando (aproximadamente 1 ano e 2 meses) tive algumas oscilações na vida social, pois quando o edital estava aberto tendia a manter menos relações com amigos e namorada, mas quando não havia edital, levava uma vida social bem ativa.
Como tenho um bom suporte familiar e não precisei trabalhar durante a preparação, foi bem mais simples conciliar vida social e estudos sem perder a qualidade deles.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Guilherme: Eu descobri o concurso para Analista da SEFAZ RJ uma semana antes da abertura do edital, então eu estudei focado para ele praticamente durante o período que o edital esteve aberto.
Nesses 3 meses estudei, em média, 6 horas diárias com folgas aos domingos, mas em ritmo bem acelerado, pois haviam matérias que nunca tinha antes estudado, como AFO, Contabilidade Pública e Economia, haja vista que estava estudando para a área fiscal anteriormente.
Para manter a disciplina, me mantive centrado nos meus objetivos de passar em um bom primeiro concurso.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Guilherme: Minha principal fonte de estudos eram os PDF’s do Estratégia e leituras da lei seca.
Para as matérias que eu já tinha conhecimento prévio ou que tinham pouco peso no concurso, utilizei o “Passo Estratégico” e as demais matérias li todos os PDF’s do curso regular, e mais de uma vez.
As principais vantagens dos PDF’s são a velocidade acelerada para avançar os conteúdos e a completude da informação. Também há o fato de que ler exige mais concentração do que apenas assistir aulas, então, para mim, serve como uma maneira de prevenir horas de estudo dispersas.
Apenas utilizei as videoaulas para Matemática Financeira e Estatística que, para mim, são matérias mais complexas de serem entendidas por meio textual, então a didática do professor nos ajuda a compreender melhor.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Guilherme: Conheci o Estratégia por meio de propagandas e fóruns online sobre concursos públicos.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Guilherme: Sim, cheguei a utilizar a assinatura de outro curso, porém achei desorganizado e havia muita demora para atualizar os conteúdos e os materiais, bem como montavam os matérias faltando alguns tópicos dos editais.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Guilherme: Sim, minha primeira preparação foi utilizando o material de outro curso, obtive a aprovação, porém senti que para concursos mais difíceis eles não seriam o cursinho mais adequado.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Guilherme: Senti que o material do Estratégia é mais completo e organizado, há mais rapidez em atualizar o material e montar os cursos, principalmente entre o pré-edital e o pós-edital.
Uma grande diferença são os PDF’s do “Passo Estratégico”, trazendo conteúdo resumido para revisão e estudos de tópicos de pouca relevância, bem como traz a análise estatística pontuando os assuntos com mais relevância em cada matéria.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Guilherme: Montei meu plano de estudos levando em consideração as matérias mais relevantes no certame conjuntamente com as matérias que nunca havia estudado.
Dessa maneira, dei mais importância em um primeiro momento 1) às matérias que tinham mais relevância e eu nunca tinha estudado; 2) logo após fiz revisões intensas daquelas que mais tinham relevância e eu já tinha estudado; 3) e, por fim, estudei somente o necessário daquelas que tinham pouca relevância e eu nunca tinha estudado.
Diferentemente da maior parte dos aprovados, eu estudava apenas 1 matéria por vez até o fim, por exemplo, cheguei a ficar 3 semanas seguidas estudando apenas AFO, fazendo apenas pontuais revisões/questões de outras matérias nesse período.
Durante o pós edital estudava em média de 5 a 6 horas líquidas diárias, de segunda à sábado.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Guilherme: Costumava fazer revisões por meio de questões e releituras aceleradas dos PDF’s e dos meus grifos neles. Nunca cheguei a fazer resumos ou simulados.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Guilherme: As questões são o termômetro para entender o quão proficiente você está em determinado assunto para a finalidade “prova”. Muitas vezes acontece de entendermos a matéria, focarmos em detalhes, mas não focarmos nos detalhes que realmente caem em provas.
Dessa maneira, as questões são o principal mecanismo para te direcionar aos pontos importantes da matéria para a finalidade concurso público, otimizando a relação tempo/estudo.
Não sei ao certo quantas questões fiz, pois utilizava diversas ferramentas para faze-las (questões dos PDF’s, do Sistema de Questões do Estratégia e de outros sites especializados em questões), mas sei que fiz muitas.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Guilherme: Acredito que para essa preparação específica não tive dificuldades, pois já havia feito o alicerce das matérias no ano anterior.
No início da minha trajetória dos concursos, tive dificuldades em Contabilidade Geral. Para pessoas que vêm de outras áreas, como eu, a Contabilidade parece uma ciência muito abstrata à primeira vista, mas aos poucos fui compreendendo e hoje considero meu ponto forte.
Por essas razões, Contabilidade Pública não acabou se tornando um problema nesse concurso específico, pois já tinha fortes bases do estudo prévio de Contabilidade Geral.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Guilherme: Como tinha pouco tempo de preparação específica para esse certame, não descansei nenhum dia próximo a prova, pelo contrário, foram os dias que eu mais estudei.
Me programei para fazer a revisão de todas as matérias mais relevantes nas duas últimas semanas antes do concurso, tentando estudar as matérias com o maior grau de detalhamento possível.
Por essas razões fiz revisões até o último dia antes da prova, dia o qual decorei pontos específicos dos quais não conseguia segurar a informação por muito tempo.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Guilherme: Durante a minha preparação acabei não dando a devida atenção a prova discursiva (o que considero um erro da minha preparação).
Como havia visto que a prova não avaliaria estrutura textual específica e apenas o conteúdo do texto, foquei em tentar descobrir quais seriam os possíveis temas cobrados para estuda-los à exaustão, e assim o fiz.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Guilherme: Creio que meu principal acerto esteve no meu plano de estudos, priorizando as matérias e conteúdos certos e ignorando algumas coisas que, mesmo constando no edital, tinham pouca relevância e/ou pouca incidência em provas da banca CEBRASPE. Essa estratégia me levou a 2ª melhor nota da prova objetiva, com 212/260 pontos.
Contudo, meu pior erro durante o estudo para esse certame foi a minha falta de atenção à prova discursiva, pois não treinei redação e nem fui a fundo sobre a forma de cobrança da banca sobre a correção da discursiva, muito disso por falta de tempo, pois eram muitas matérias que deveriam ser estudadas em um curto período. Por essas razões, minha classificação caiu de 2º para 6º lugar com a correção da prova discursiva, a qual obtive 35,69/50 pontos.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Guilherme: Algumas vezes pensei em desistir pelo cansaço e o desgaste mental causado pelas inseguranças advindas da possibilidade de os esforços não lograrem êxito, mas era firme em minha cabeça a ideia de que concurso público, no meu momento atual, seria minha melhor opção de carreira.
Como sempre tive muito apoio familiar, desistir não era uma opção. Se não desse certo nesse, daria certo em um próximo.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Guilherme: Acho que o melhor conselho para um concurseiro iniciante que almeja um bom cargo é não ter pressa para a aprovação. Crie uma rotina de estudos e um bom planejamento a longo prazo, fazendo concursos mais simples no começo e aumente gradativamente o grau de dificuldade.
Não comece tentando abraçar os super concursos, escolha uma área, crie uma base sólida das matérias comuns daquela área no primeiro ano e depois pense em prestar concursos intermediários e só depois disso migrar para os mais difíceis, assim acredito que a jornada fica mais tranquila e menos frustrante.