Aprovado em 1° lugar no concurso Câmara de Fortaleza para o cargo de Contador
Concursos Públicos“Para quem está começando, minha principal mensagem é: tenha paciência com o processo e com você mesmo, e, acima de tudo, não desista. Haverá dias difíceis, mas a resiliência é a maior virtude do concurseiro […]”
Confira nossa entrevista com Antônio Leonardo Mariano de Vasconcelos, aprovado em 1° lugar no concurso Câmara de Fortaleza para o cargo de Contador:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Antônio Leonardo Mariano de Vasconcelos: Olá a todos os leitores do Estratégia! Meu nome é Leonardo Mariano, tenho 29 anos e sou de Fortaleza-CE. Minha formação é duplamente focada na área contábil: primeiro, me formei como Técnico em Contabilidade, o que me deu uma base prática muito sólida, e depois aprofundei meus conhecimentos com o bacharelado em Ciências Contábeis. Essa combinação tem sido fundamental na minha jornada de estudos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Antônio: A decisão foi motivada por dois fatores principais: a busca por estabilidade financeira e profissional que a carreira pública oferece, e o incentivo de amigos que já trilhavam esse caminho com sucesso e me mostraram que era um objetivo alcançável.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Antônio: Sim, toda a minha preparação foi conciliando o trabalho com os estudos. Minha estratégia era focar em sessões de estudo consistentes: durante a semana, eu me dedicava a cerca de duas horas líquidas de estudo por noite, após o expediente. Nos fins de semana, com mais tempo disponível, eu intensificava o ritmo, dedicando a maior parte do sábado e do domingo à revisão e ao avanço nas matérias
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Antônio: Na verdade, minha jornada como concurseiro começou ainda na faculdade, como muitos estudantes que sonham com uma carreira pública. A aprovação para o meu primeiro cargo, o de Analista de Trânsito e Transporte, foi a primeira grande conquista, um verdadeiro divisor de águas na minha vida.
Já como servidor, estabeleci como grande objetivo a carreira policial e tive a alegria de ser aprovado no concurso da PRF em 2021. Enquanto aguardava a convocação, um processo que sabemos que pode levar tempo, mantive a disciplina e continuei estudando. Foi nesse período de espera que conquistei outras aprovações, como para Agente de Trânsito, e o resultado que muito me orgulha: o 1º lugar para Contador na Câmara Municipal de Fortaleza, no ano passado.
Finalmente, a tão esperada convocação para o curso de formação da PRF chegou. E, curiosamente, foi durante o curso que saiu a minha nomeação para a Câmara, o que foi uma feliz confirmação de que toda a dedicação e a perseverança nos estudos valeram a pena. Assumir o cargo de Policial Rodoviário Federal em julho de 2025 foi a realização de um sonho.
Quanto ao futuro, meu foco principal agora é absorver todas as responsabilidades e me destacar no meu novo cargo na PRF.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Antônio: Felizmente, essa foi uma área que não exigiu um sacrifício tão grande de mim, pois sou uma pessoa naturalmente mais caseira e focada, o que me ajudou a manter a disciplina. No entanto, houve momentos de renúncia. A situação mais marcante foi na reta final para o concurso da Câmara Municipal de Fortaleza. Em um feriado, poucos dias antes da prova, minha família foi viajar para o interior e eu tomei a decisão de ficar em casa, totalmente focado na revisão.
Foi uma escolha difícil, mas que foi recompensada da melhor forma possível: a aprovação em 1º lugar. Esse resultado me provou que cada hora de estudo e cada sacrifício realmente valem a pena.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Antônio: Sim, tive a sorte de ter total apoio da minha família, especialmente dos meus pais. Meu pai, em particular, sempre me incentivou com uma frase que levo para a vida: “A única coisa que posso lhe dar que ninguém tira é o estudo”. Tendo esse conselho como base, sempre busquei me dedicar ao máximo em minha preparação.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Antônio: Para este último concurso, meu estudo focado começou após a publicação do edital. Como eu já vinha de uma longa jornada de preparação e tinha uma base sólida, pude concentrar meus esforços nesse período. Para manter a disciplina e otimizar o tempo, segui rigorosamente a Trilha Estratégica do Estratégia Concursos, que foi uma ferramenta essencial tanto para minha aprovação na PRF quanto para o 1º lugar na Câmara de Fortaleza.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Antônio: Eu sou um defensor do estudo pelo PDF. Desde o início optei por ele como minha ferramenta principal, pois me permite ditar meu próprio ritmo e fazer minhas marcações, o que considero uma forma de estudo mais ativa. A principal vantagem é, sem dúvida, a otimização do tempo.
As videoaulas tinham um papel secundário, mas importante. Eu as via como uma ‘consulta a um especialista’: quando um tópico no PDF ficava muito complexo, eu recorria a videoaula daquele assunto para ter uma explicação mais didática. A desvantagem era que, para o dia a dia, elas tomavam mais tempo.
Para organizar tudo isso, a Trilha Estratégica foi minha bússola, me dizendo exatamente qual meta cumprir. E para as revisões, o Passo Estratégico foi fundamental, pois me direcionava para os assuntos com maior probabilidade de cair na prova, tornando a revisão muito mais eficiente.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Antônio: Meu primeiro contato com o Estratégia foi por indicação de amigos que já estudavam para concursos. Comecei a utilizar o material recomendado por eles e a qualidade, especialmente dos PDFs, me agradou bastante desde o início, o que me fez continuar.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Antônio: Não, meu método inicial era outro. Eu estudava de forma autônoma, utilizando pesquisas no Google, mas sem seguir um método ou uma ordem lógica. Essa abordagem se mostrou ineficaz, pois o conhecimento ficava disperso e, por consequência, os resultados não apareciam
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Antônio: Sim, cheguei a prestar um concurso nessa fase inicial. O resultado foi um reflexo direto da minha falta de método na época: infelizmente, não atingi nem a pontuação mínima exigida no edital.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Antônio: Sim, a mudança na minha preparação foi substancial. Antes do Estratégia, eu sentia que estudava muito, mas de forma desorganizada. O grande diferencial foi encontrar tudo o que eu precisava em um só lugar, com uma metodologia clara. Os materiais em PDF, escritos por professores que realmente entendem de concursos, me deram a profundidade necessária.
Mas o que realmente transformou meu estudo foram as ferramentas de planejamento: a Trilha Estratégica acabou com a minha dúvida sobre ‘o que estudar hoje?’, enquanto o Passo Estratégico e os resumos otimizaram minhas revisões, me fazendo focar no que era estatisticamente mais importante. A preparação deixou de ser reativa e passou a ser totalmente estratégica.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Antônio: A base do meu planejamento foi a Trilha Estratégica. Eu decidi confiar na metodologia e não gastar tempo criando um ciclo de estudos próprio. A grande vantagem da Trilha é que ela já define a ordem e a carga horária de cada disciplina. Geralmente, ela propunha o estudo de duas matérias por dia, o que eu achava ótimo para não saturar.
Quanto às horas líquidas, minha meta era ser consistente: buscava fazer de 2 a 3 horas líquidas de segunda a sexta. Aos sábados e domingos, o ritmo era mais intenso, e eu conseguia fazer entre 6 e 8 horas líquidas, aproveitando para cumprir as tarefas mais longas da Trilha, como os simulados.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Antônio: Minha metodologia de revisão foi totalmente guiada pela Trilha Estratégica. Eu não criava meus próprios resumos, pois confiava nos materiais já oferecidos. O processo incluía a resolução de muitas questões, a revisão dos resumos ao final dos PDFs e a realização de todos os simulados propostos pela Trilha. Além disso, utilizava o Passo Estratégico como uma ferramenta-chave para revisões mais focadas e eficientes
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Antônio: Eu considero a resolução de questões a espinha dorsal de qualquer preparação de alto nível. É a atividade que transforma o conhecimento passivo, da leitura, em conhecimento ativo e aplicável. Perdi a conta de quantas fiz, mas foram muitos milhares.
Eu usava os exercícios de formas diferentes em cada fase: no início, para fixar o conteúdo recém-estudado; durante a preparação, para identificar lacunas e pontos fracos; e na reta final, através de simulados, para aprimorar minha estratégia de resolução e controlar o tempo. É o exercício que realmente mostra onde você está e o que precisa melhorar
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Antônio: Eu identifiquei dois grandes desafios na minha preparação: Raciocínio Lógico, por ser uma matéria que exige uma forma de pensar diferente, e o Português da FGV, que é um caso à parte.
Minha abordagem foi admitir a dificuldade e atacá-la de frente. Para RLM, percebi que só o PDF não bastava para mim; eu precisava ver a resolução dos problemas passo a passo, então foquei nas videoaulas.
Para o Português da FGV, a chave era entender a ‘mente’ do examinador. Isso só foi possível com a resolução exaustiva de provas anteriores. Eu fiz centenas de questões, lia os comentários dos professores para cada alternativa e, aos poucos, comecei a identificar os padrões e as ‘pegadinhas’ típicas da banca. Foi um trabalho de insistência, que exigiu mais tempo e muitos exercícios, mas que deu resultado.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Antônio: Na semana final, segui o que a Trilha Estratégica propunha para a ‘Semana de Revisão’. O foco foi 100% em revisar os pontos-chave, principalmente através da releitura de marcações nos PDFs e do meu caderno de erros, sem estudar nenhum conteúdo novo.
No dia anterior à prova, minha principal atividade foi acompanhar a tradicional ‘Revisão de Véspera’ do Estratégia, que se estendeu até o final da tarde. Foi uma ótima ferramenta para repassar os tópicos mais importantes de forma leve e ganhar uma dose extra de confiança. Após o evento, aí sim, o foco foi total em descansar e me preparar mentalmente para o dia seguinte.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Antônio: Minha preparação para a discursiva foi baseada em consistência e método, seguindo as orientações da Trilha Estratégica. A meta era praticar uma redação por semana, simulando as condições reais de prova.
O meu conselho é não negligenciar essa etapa. Aconselho a começar a praticar desde o início dos estudos, mesmo que de forma simples, e a entender profundamente os critérios de correção da banca. Além disso, é muito importante ter suas redações corrigidas por professores especializados, pois o feedback externo é o que realmente nos faz evoluir.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Antônio: Meu principal erro, sem dúvida, foi no início da jornada: a falta de um planejamento claro. Eu tinha vontade de estudar, mas perdia muito tempo e energia tentando descobrir por onde começar e qual matéria priorizar. Sentia que estava ‘patinando’, sem sair do lugar.
Meu grande acerto foi ter encontrado o Estratégia Concursos. A metodologia, especialmente a Trilha Estratégica, resolveu meu problema de planejamento. Ela me entregou um roteiro de estudos pronto, me dizendo o que e quando estudar, o que me permitiu focar apenas em aprender o conteúdo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Antônio: A ideia de desistir nunca foi uma opção real para mim. Eu sempre acreditei em uma máxima que ouvia entre os estudantes mais experientes: “concurso público é uma fila, e a regra é não sair dela”.
Minha maior motivação era essa certeza no processo. Eu sabia que cada hora de estudo, cada exercício, era um passo à frente nessa fila. Enquanto eu estivesse me movendo, mesmo que devagar, uma hora a minha vez de ser chamado chegaria. Essa mentalidade me deu a tranquilidade e a perseverança para continuar.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Antônio: Para quem está começando, minha principal mensagem é: tenha paciência com o processo e com você mesmo, e, acima de tudo, não desista. Haverá dias difíceis, mas a resiliência é a maior virtude do concurseiro.
Cerque-se de um material de qualidade, que você confie, para não perder tempo com informações desencontradas. E por último, lembre-se que o grande segredo é a constância. Aquela frase clichê de “sentar a bunda na cadeira” é a mais pura verdade, mas eu a traduziria como “criar o hábito”. Criem o hábito de estudar um pouco todo dia, com disciplina. A soma desses pequenos esforços diários é o que, no final, constrói a sua aprovação.