Aprovado em 1° lugar no concurso ALE-RS para o cargo de Agente de Polícia Legislativa
Legislativo“Amigos, sei que a jornada de estudos para um concurso público não é fácil, muitas vezes a família não entende o que é ser concurseiro, mas não deixem que isso os desmotive. Se você realmente acredita e tem foco, nada vai tirar isso de você […]”
Confira nossa entrevista com Luís Paulo Silva da Rosa, aprovado em 1° lugar no concurso ALE-RS para o cargo de Agente de Polícia Legislativa:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Luís Paulo Silva da Rosa: Olá amigos. Me chamo Luís Paulo, tenho 38 anos e sou de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Atualmente estou cursando bacharelado em Sistemas de Informação, e sou formado em Gestão Ambiental. Possuo também uma pós-graduação em Direito Penal e Perícia Criminal.
Atuo como Técnico do MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) desde 2019.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Luís: Venho de uma família muito humilde e durante a infância e juventude, vi meus pais passarem por muitas dificuldades para criar a mim e meus irmãos. Vi nos concursos públicos uma boa oportunidade de melhorar tanto a minha vida quanto a dos meus entes queridos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Luís: Quando comecei a estudar para concursos, em 2013, trabalhava em horário integral, e somando o tempo de deslocamento, não me sobrava muito tempo para estudar. Eu tinha uma hora de intervalo, então tentava almoçar o mais rápido possível e aproveitava o restante desse horário para ler legislações e resolver algumas questões. Ao chegar em casa, assistia a videoaulas por cerca de três horas. Utilizava os finais de semana para fazer exercícios relacionados às principais matérias dos editais.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Luís: Fui aprovado e chamado no concurso da Caixa Econômica Federal de 2014, na 21ª posição, para o cargo de técnico bancário. Em 2016, fui aprovado na 58ª posição para o cargo de técnico administrativo na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Em 2019 tomei posse no meu atual cargo, como técnico do Ministério Público (MPRS), no qual fiquei na 17ª colocação no polo respectivo. Fui nomeado para o cargo de técnico judiciário no TJRS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul), no qual fiquei na 500ª posição. Em 2022, fui nomeado para o cargo de policial penal pela SUSEPE, nesse concurso fiquei na 125ª posição. Por fim, em 2024, fui aprovado em 1º lugar para o cargo de agente de polícia legislativa da Assembleia Legislativa do RS.
Agora pretendo estudar para o concurso da Polícia Legislativa Federal.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Luís: Durante meu período de preparação para os primeiros concursos, em que eu ainda não tinha uma boa base de conhecimento para as provas, abdiquei muitas vezes de sair e me divertir com minha família e amigos, pois tinha como principal objetivo minha nomeação em algum cargo público.
Eu não tinha horário determinado para estudar. Utilizava qualquer tempo livre, inclusive durante a madrugada, para esse fim.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Luís: Minha família sempre me apoiou, principalmente minha mãe, que foi meu alicerce durante o período mais difícil. Quando eu estava desempregado ela me ajudou financeiramente, apesar de todas as dificuldades, para que eu pudesse me concentrar apenas nos meus estudos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Luís: Estudei por cerca de 3 meses. Sim, é bem pouco, porém gostaria de reforçar aqui que isso só foi possível devido à base bastante sólida de conhecimento que fui adquirindo ao longo de todos esses anos de estudo. Como já havia estudado para diversos concursos, no último precisei apenas revisar o conteúdo que já conhecia e dar mais atenção às matérias que ainda não tinha estudado anteriormente.
Para manter o foco, durante esse período me afastei bastante das redes sociais. Sim, eu sei que é difícil, e olha que nem sou tão aficionado assim por elas, mas é necessário. Deixava meu celular no silencioso ou desligado, para evitar distrações e interrupções. Também fazia uma pausa de cerca de 10 minutos a cada uma hora de estudo, para descansar um pouco a cabeça. Durante essas pausas eu fazia qualquer coisa que não fosse relacionada aos estudos, como conversar um pouco pelo Whatsapp, tomar um café, etc.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Luís: Logo no início, lá em 2013, eu assistia a muitas videoaulas. Conforme fui ganhando experiência, verifiquei que eu conseguia aprender de forma muito mais rápida lendo livros, apostilas e principalmente em cursos em PDF focados em exercícios comentados.
A principal vantagem dos cursos em PDF é conseguir vencer o edital de forma muito mais rápida. As videoaulas também são muito importantes e explicativas, entretanto demandam maior tempo de estudo, o que pode ser uma desvantagem dependendo da proximidade da prova.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Luís: Conheci o Estratégia Concursos ao fazer uma busca na internet, enquanto procurava esse tipo de curso. Optei pelo Estratégia após ler diversos relatos positivos referentes à qualidade do material, que é escrito de forma clara e objetiva por professores especialistas nas matérias em questão.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Luís: Sim, cheguei a usar outros materiais. O que mais me incomodava era o excesso de conteúdo, que muitas vezes não estava focado no edital. Na maioria das apostilas as questões não eram comentadas e, na minha experiência, esses comentários foram de grande importância para que eu pudesse absorver melhor o conteúdo.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Luís: Sim, fui aprovado, entretanto complementava meus estudos com materiais que achava pela internet, além de sempre fazer muitas questões. Sempre fui de ir atrás e não esperar apenas pelo conteúdo programático do cursinho.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Luís: Sim, senti diferença. O diferencial foi ter encontrado nas apostilas marcações em grifo de partes importantes da matéria, além dos resumos que são bem claros e objetivos, tornando a revisão mais simples, já que não é necessário reler toda a apostila para lembrar-se do conteúdo. Por fim, há também o rol de questões, que além de comentadas são focadas na banca que irá realizar o concurso.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Luís: Meu método de estudo foi totalmente baseado na repetição da leitura. Não fiz anotações, pois apesar de saber que algumas pessoas conseguem memorizar melhor o conteúdo ao escrever, para mim isso nunca funcionou muito bem. Prefiro ler todo o material e depois revisar o conteúdo através dos resumos e das questões, pois acredito que assim consigo economizar tempo.
Estudava por cerca de 3 a 4 horas por dia, e prefiro estudar apenas uma matéria por vez ao invés de estudar um pouco de cada.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Luís: Minhas revisões foram baseadas em simulados, resolução de provas anteriores do mesmo concurso, além dos próprios resumos das apostilas.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Luís: Acredito que resolver questões é a melhor forma de fixar o conteúdo, pois ao corrigi-las você tem a oportunidade de saber onde errou, para evitar o mesmo erro na hora da prova.
Nossa… não tenho ideia de quantas questões resolvi estudando para o último concurso, quem dirá durante todos esses anos, mas foram centenas de questões resolvidas durante os anos.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Luís: Sempre fui um aluno intermediário em Português, mas com o passar do tempo e com tantos concursos prestados, percebi o quanto essa matéria é importante para a aprovação. Dessa forma, resolvi dedicar muito tempo ao estudo da gramática, morfologia e análise sintática, bem como interpretação de texto e redação, com a finalidade de algum dia poder gabaritar essa matéria. Posso dizer que hoje me considero um aluno nota 9.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Luís: Na semana da prova foquei nas matérias específicas do concurso, que são pouco cobradas, visto que já havia estudado bastante as matérias principais da prova. Além disso, passei mais de 60% do tempo resolvendo questões.
No dia anterior, li alguns resumos e assisti a algumas videoaulas curtas. Recomendo a todos que não se sobrecarreguem com excesso de conteúdo no dia anterior à prova, pois isso, com certeza, vai impactar no seu desempenho.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Luís: Acredito que meu principal erro foi não ter começado antes, pois prestei meu primeiro concurso aos 25 anos.
Meu principal acerto foi ter focado bastante na leitura e resolução de questões, além de sempre buscar a correção das provas para saber quais foram meus erros e não cometê-los em provas futuras.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Luís: Sim. Em dezembro de 2014, fui chamado na Caixa Econômica Federal para realizar os exames admissionais. Fui aprovado em todos, me tornando apto para o cargo. Entretanto, nesse período houve um grave problema político dentro da CEF e todas as contratações foram congeladas. Como já estava com o cargo garantido, pedi demissão da empresa onde trabalhava havia 4 anos, ficando, assim, sem nenhuma fonte de renda, me sentindo desolado e perdido. Foi quando tive o apoio da minha mãe, conforme citado anteriormente, e acredito que essa foi minha maior motivação para continuar.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Luís: Amigos, sei que a jornada de estudos para um concurso público não é fácil, muitas vezes a família não entende o que é ser concurseiro, mas não deixem que isso os desmotive. Se você realmente acredita e tem foco, nada vai tirar isso de você.
Como conselho prático de alguém que já passou por tudo isso, não deixem de realizar muitas questões, de todas as matérias do edital, além de utilizar materiais de excelência, com conteúdo todo comentado (incluindo as questões). Sugiro que leiam as apostilas e assistam às videoaulas, mas durante os estudos verifiquem qual método é mais eficaz para você.
Por último, mas não menos importante, não desanimem caso não sejam aprovados no seu primeiro concurso. Eu mesmo não fui aprovado logo de cara. Sucesso a todos!