aprovado em 1° lugar na DATAPREV para de Analista de TI

“Isso é uma máxima pra vida: semeie a semente e coma o pão! Nesse mundo de estudos, isso é: estude, mas não abra mão do que te sustenta, daquilo que realmente importa […]”

Confira nossa entrevista com Andreon Souza de Medeiros Roseira, aprovado em 1° lugar no concurso DATAPREV para o cargo de Analista de Tecnologia da Informação – Desenvolvimento de Software – Natal (RN):

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Andreon Souza de Medeiros Roseira: Sou Andreon, também me chamam de Deon! Tenho 28 anos e nasci e cresci em Natal/RN. Recentemente me formei, em setembro de 2024, no Bacharel em Tecnologia da Informação (BTI) pelo Instituto Metrópole Digital (IMD), que faz parte da UFRN como uma Unidade Acadêmica Especializada. 

Dá pra imaginar que sou apaixonado por tecnologia, informática, programação, jogos digitais e por aí vai… Apesar de gostar muito de todas essas coisas, amo mesmo à Deus e minha família!

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Andreon: Vou tirar o elefante do canto da sala: não sou concurseiro! E confesso que não gostava muito da ideia de “fazer concurso público” – claro, um concurso ou outro que abria por aqui eu ainda chegava a me inscrever e fazer, mas nunca levando a sério e estudar pra valer… 

Eu comecei a estudar de forma séria para apenas um concurso: este da DATAPREV 2024. Eis o porquê: tive um contato extenso com a empresa anteriormente! 

Na universidade, precisei cumprir uma certa CH de atividades complementares e, no meu caso, uma das atividades que escolhi foi o estágio não-obrigatório. 

Bom, acabei conseguindo um estágio na DATAPREV, em 04/2022, e só sai no tempo limite de estágio permitido, em 04/2024. Até pensei fazer em o concurso de 2023, mas não levei a sério por não crer que daria tempo de me formar e ter diploma até eles chamarem.

O ponto é que muito me agradei de muita coisa de lá – a equipe, o trabalho, o aprendizado, a boa bolsa e a vivência. Quando passou o tempo do estágio, foi como se eu estivesse saindo de um sonho e voltando a vida comum.

Até que vi uma notícia: “novo edital DATAPREV 2024 foi publicado!” Foi daí que comecei a estudar para esse concurso em particular.

Estratégia: Você trabalhava e estudava?

Andreon: Sim! Já trabalhava (no estágio e, depois do fim dele, em outras coisas) e estudava enquanto estava na graduação, que era no período noturno, pois as contas e os cuidados com a família chegam – por mais que minha esposa trabalhasse, ela não conseguiria arcar com tudo só; eu precisava continuar trabalhando. E isso não mudou quando o edital foi publicado.

O agrado que Deus me deu é que a abertura do edital coincidiu com o fim da minha graduação, então o que fiz foi alocar o tempo que usava para a universidade para estudar exclusivamente para o edital desse concurso – isso dava em torno de 3hr a 4hr/dia.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?

Andreon: Esse foi o único concurso que fiz estudando e, glória a Deus, acabei passando. Até agora é um pouco difícil de crer que passei em 1º para Analista de TI na DATAPREV, uma empresa boa (e que tenho um forte viés por ela) pra fazer algo que é bem divertido: desenvolver softwares. 

E a jornada de quem é da área de tecnologia requer estudo constante – com certeza continuo estudando esse tema! 

No que diz a estudar para concursos… quem sabe no futuro, se surgir algo que o trabalho envolva a área de tecnologia e que seja muito, MUITO melhor que a DATAPREV – tenho um certo carinho por lá. No momento, tenho zero planos de estudar focado exclusivamente em concursos.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?

Andreon: Mantive a minha vida social quase intacta quando comecei a estudar para este concurso porque, como disse antes, tão somente substituí o espaço da universidade (que tinha acabado de ficar vazio) pelo estudo para esse edital. Tenho plena ciência de que, se não fosse o caso, alguns sacrifícios teriam de ser feitos.

O que nunca deixou de ser frequente era minha ida para a igreja, todo domingo e em algumas quartas. Saía de tempos em tempos com amigos para fazer atividades diversas pela cidade e volta e outra dava pra atender reuniões em família, geralmente com o intuito de se divertir e distrair um pouco… é bem possível (diria até que necessário!), mesmo com toda a rotina e o foco necessário.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?

Andreon: Considerando que, normalmente, “passar em concurso público” geralmente é visto como sinônimo de “uma boa vida”, difícil imaginar que não apoiaram! 

Por certo, muito do “incentivo psicológico” foi dado pelo meu irmão (que já foi aprovado em alguns concursos) com a frase “vai no estilo Kamikaze, vai que pode dar certo”, por um chegado do IF que sempre falava sobre concursos no grupo de amigos do WhatsApp e pela minha esposa, com o convívio e incentivo contínuo em casa de formas bem sutis, com simples conversas a respeito desse tempo de estudo – eles não imaginam o quanto sou grato por isso, hoje.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?

Andreon: Estudei a sério do dia que fiz a inscrição (entre 10 a 20 de setembro) até a data da prova – foram basicamente dois meses!

Para manter a disciplina, fixei na minha cabeça duas coisas: 

– Quero muito trabalhar lá (porque já sabia o quão é bom);

– Preciso muito mudar de vida (não estava nas melhores condições).

Resumidamente, muito desejo e uma dose de pressão. 

Ainda dei umas escorregadas feias bem no comecinho, mas essas duas coisas foram o bastante pra se organizar e meter a cara pra estudar com foco.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?

Andreon: Sempre me baseei em aprender e revisar resolvendo questões em uma plataforma que tenha banco de questões – digo que é o cerne de estudar para concursos. Detalhe importante: questões com comentários de professores!

Nas últimas semanas, também comecei a assistir gravações de lives de revisão periódicas, do concurso específico, que algumas plataformas de concurso fazem no próprio YouTube (Estratégia e um concorrente foram os mais utilizados, de longe!), assistindo em 1.75x e indo direto nos conteúdos que sentia mais dificuldade ou que queria revisar. 

Inclusive, os pouquíssimos PDFs que utilizei para revisar conteúdo teórico foram todos provenientes dessas lives – recomendo muito, são uma mão na roda!

Por fim, cheguei a ler artigos na web de assuntos que cabiam maior profundidade, como Arquitetura Hexagonal, por exemplo. 

Resumindo tudo: um banco de questões com muitas questões para resolver, umas aulas gratuitas de plataformas de concurso no YouTube com os PDFs complementares dessas aulas, artigos na web quando queria embasamento teórico e minhas próprias anotações; foi o que eu usei!

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos? 

Andreon: Conheci a corujinha caçando material de revisão de conteúdo no YouTube; encontrei uma live no YouTube que tinha por tema “Segurança da Informação”, um dos assuntos do edital. 

Acabei assistindo e gostei da aula como um todo, daí comecei a seguir o canal, me programando para assistir futuras aulas/lives e comecei a caçar material no blog do Estratégia.

Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?

Andreon: Sim, cheguei a usar desses PDFs gratuitos de outras plataformas antes e depois de conhecer os PDFs e lives do Estratégia – “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”.

Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado? 

Andreon: Bom… sim, este concurso! O acúmulo de todos os fatores, tecidos pela mão de Deus, foi o que me deu esse primeiro lugar – “spam” de questões, videoaulas, etc.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?

Andreon: Uma vantagem do Estratégia em relação aos demais era a quantidade bruta de conteúdo por material/live e a pertinência dos assuntos abordados nos PDFs/lives; ao menos nessa prova, fez uma boa diferença (coisa de ter 2-3 questões que caíram na prova, com resposta garantida, por causa de uma lida de 30min de materiais aliado a resoluções de questões)

Estratégia: Como montou seu plano de estudos? 

Andreon: Como só estudei “pós-edital”, minha abordagem foi de acordo. Não tinha exatamente um plano de estudos, mas tinha um “método”, digamos assim. Para explanar melhor, vou usar vários exemplos desse concurso.

Eu sabia que precisava estudar de tudo um pouco, mas focando no que mais importava do edital, o foco do concurso em si – as matérias específicas. Então, montei uma escala para ter uma rotatividade do que ia estudar a cada dia, de forma que não passasse muito tempo em um único assunto e também que não demorasse a “revisitar” tal assunto. 

Geralmente, só estudava uma “área” por dia (“Desenvolvimento de Sistemas”, “Inteligência de Negócios”, etc), mas buscava ver/resolver questões de vários assuntos na mesma “área” de uma vez só. Detalhe importante: sempre fazendo minhas próprias anotações no primeiro contato.

Exemplo: para um mesmo tópico de uma disciplina específica importante (e.g. em Desenvolvimento de sistemas, os tópicos “Arquitetura Hexagonal”, “padrões de software” e “linguagens de programação”), nunca passei de dois dias consecutivos de estudo e, se pretendia repetir por dois dias, que fosse misturado com conteúdos novos de outras disciplinas – Scrum/XP ou teoria de Banco de Dados, por exemplo. E o máximo de tempo que fiquei sem estudar um assunto específico foi 15 dias – que foram assuntos de Gestão/Governança (ITIL, COBIT e BPMN) e BI (Operações em dados, DL e DW, OLAP e OLTP). Com alguns assuntos mais complexos (que você precise dar uma atenção especial, a depender de sua necessidade) e relevantes para sua prova, você com certeza vai querer revisitar em menos tempo (6 ou 7 dias, por exemplo) mas isso vai depender muito mais de você e da sua prova.

No primeiro mês, peguei uma plataforma de banco de questões de concursos e foquei em fazer questões da banca para me situar dos conteúdos, de como ela cobra os assuntos e ler comentários dos professores a respeito dela – dá pra aprender MUITO dessa forma. Eu fiz isso 90% do tempo de estudo em geral, escolhendo os assuntos dentro das matérias específicas de forma arbitrária com o tal do “spam” de questões. Se, nesse primeiro mês, eu estudei mais de 4 dias os assuntos gerais, foi muito – só pra dar uma ideia do quanto foquei nas matérias específicas.

Já ali no último mês, quando já estava mais firme e confiante no que aprendi, comecei a agregar a resolução de questões com as lives e os materiais em PDF que já citei antes, de forma a revisar e fixar conteúdo. Também comecei a estudar, um pouco mais, as matérias gerais, principalmente Atualidades e Legislação, por ter um pouco mais de dificuldade nestas.

Todos os dias, pegava quatro horas para estudar, mas dando curtas pausas durante essas quatro horas. De horas líquidas, eu estimo que daria umas três horas e alguns minutos variáveis, a depender da disposição pra estudar e do nível de stress do dia, buscando sempre respeitar os limites da mente e do corpo, que nem atividades físicas…

Estratégia: Como fazia suas revisões? 

Andreon: Minhas revisões eram baseadas nos resumos pessoais que fiz nesses dois meses e nos (muitas vezes citados) PDFs das lives – quando os assuntos batiam com o que queria revisar, era ótimo! Também, refazia questões que tinha achado difícil ou que tinha errado, dado um certo tempo, para ver se iria achar mais fácil ou se iria acertar

Não cheguei a fazer muitos simulados – uns dois ou três no máximo – por não ter acesso fácil à simulados prontos (geralmente contemplados em planos pagos, que não era meu caso) e julguei que perderia muito tempo “montando-os” por conta própria. 

Quando a fonte dos “simulados de acesso grátis” secou, decidi investir meu tempo em monitorar (e melhorar) o tempo que estava dedicando a cada questão individualmente, de forma que ele estivesse em torno de 70-80% do tempo médio que a prova iria me disponibilizar por questão. 

Exemplo: a prova que fiz durou 240 minutos. Separando 30 minutos para preencher a folha de respostas, sobram 210; a prova teve 70 questões, então são 3 minutos por questão, ou 180 segundos. A meta, então, era conseguir resolver questões em 126 a 144 segundos… ou seja, em torno de 2 minutos a 2 minutos e 30 segundos.

Bom, acabou que essa estratégia deu certo, porque no dia da prova ainda tive que esperar uns 15 minutos para poder levar a prova e corrigir em casa, mesmo fazendo “double-checks” em todas as questões – tempo de sobra!

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?

Andreon: Resolver questões é o cerne de estudar para concursos, ponto final. É indiscutivelmente IMPORTANTÍSSIMO! É a melhor (e mais prática) maneira de estudar, aprender, fixar e revisar conteúdo. Foi o que mais fiz nos meus estudos.

Inclusive, tem essa captura de tela que fiz, um dia antes da prova, na plataforma de banco de questões que escolhi:

Claro, em algumas dessas resoluções haviam questões repetidas, como comentei acima, mas também fiz questões por fora, em alguns simulados gratuitos que encontrei aleatoriamente na internet. No total, estimo que resolvi um pouco mais de três mil questões diferentes.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

Andreon: Com certeza foi em Gestão e Governança de TI e Segurança da Informação, pois tive pouco contato com elas, antes; acredito que seja o caso para várias pessoas. E ah, Português, porque a banca foi a FGV! O que dizem pela internet pode ser um pouco exagerado, mas tem um fundo de verdade!!

Graças à faculdade, cheguei a ter um contato inicial com ambas, então não era como se estivesse caindo 100% de paraquedas nelas. Ainda assim, não se compara com o tanto que estudei Sistemas ou Banco de Dados, no curso.

Bem, eu simplesmente as tratei como qualquer outra matéria: “spammar questões, ler resoluções, ler conteúdo teórico extra, revisar, repetir tudo”. Ou algo assim. Não tenho uma resposta ou dica mirabolante nesse caso; eu fiz o básico e deu certo pra mim.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Andreon: Teve uma sugestão dos últimos dez dias antes da prova que o Estratégia disponibilizou em uma live de “Reta Final” que encontrei por acaso – e segui 80% das sugestões! Menos tempo pensando no “cronograma” é mais tempo trabalhando a mente em ler, fazer questões e revisar. 

O máximo que fiz foi trocar um conteúdo ou outro que achei ser mais importante (ou necessário) para minha revisão… mas a sugestão de lá funcionou muito bem!

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Andreon: Quando se fala em acertos, só consigo ser grato por ter seguido os conselhos que recebi de pessoas sobre “estude fazendo questões”, que fiz desde o primeiro dia. Foi primordial!

Quanto a erros, teve dias, principalmente ali por setembro e início de outubro, que eu me distraía muito, fazendo outras coisas sem relação com o concurso em meu suposto “horário de estudo”; isso me custou não só boas horas de estudo como certos problemas, mas não vem ao caso aqui. Em suma, o maior erro nessa jornada foi “não eliminar distrações” – vale salientar que “escapes” não são distrações!

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Andreon: Apesar dos erros, desistir nunca foi uma opção. Como eu disse mais cedo, minha cabeça só precisava se lembrar de duas coisas:

– Quero muito trabalhar lá;

– Preciso muito mudar de vida.

Com isso, a motivação vinha e eu continuava no “grind”.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Andreon: Eu sei que não sou um caso “normal” de quem passa em um concurso desse e atribuo toda a glória à Deus, porque tem vezes que nem eu acredito! Mas tem algumas coisinhas que notei nesses meses.

Quem quer fazer algo cujo a base é estudo (não só concursos!) precisa gostar de estudar ou aprender a gostar – tenho certeza que só consegui esse feito por amar estudar, por mais difícil que tenha sido em muitos momentos. Goste de estudar ou aprenda a gostar!

Também digo que tenha uma meta específica; isso ajuda a manter o foco e ter desempenho satisfatório. A minha meta era começar minha carreira de TI na DATAPREV – coincidiu que a única maneira é via concurso público, então dei o gás pra isso, mesmo que eu não fosse “fã”, inicialmente, de concursos!

Já diz Paulo em uma de suas cartas: Deus dá a semente para semear e o pão para comer. 

Isso é uma máxima pra vida: semeie a semente e coma o pão! Nesse mundo de estudos, isso é: estude, mas não abra mão do que te sustenta, daquilo que realmente importa (seja família, bem-estar ou sonhos pessoais), e seja paciente com os resultados dos seus estudos. 

E acho que é isso. Fé com fé!