Aprovada em 3° lugar no concurso TCU para o cargo de Técnico Federal de Controle Externo
Concursos Públicos
“[…] As reprovações, por mais difíceis que sejam, não devem ser vistas como fracassos, mas como etapas do processo — degraus que contribuem para o seu crescimento e amadurecimento […]”
Confira a nossa entrevista com Marina Evora Cambuy, aprovada em 3° lugar no concurso TCU para o cargo de Técnico Federal de Controle Externo:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Marina Evora Cambuy: O meu nome é Marina, tenho 33 anos, sou natural de Brasília (DF) e sou formada em Administração de Empresas pela Universidade de Brasília (UnB).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Marina: Sempre fui movida pelo desejo de construir uma carreira que me oferecesse qualidade de vida e um ambiente profissional saudável e motivador. Iniciei a minha carreira aos 20 anos, atuando na área de Auditoria em uma multinacional. Com o tempo, percebi que o setor público também oferecia oportunidades promissoras, o que me levou a começar a preparação para concursos. Após dois anos e meio de estudos, vieram as minhas primeiras aprovações. Cheguei a tomar posse em um dos concursos, mas o cargo ainda não correspondia às minhas expectativas a longo prazo. Com a pandemia, acabei interrompendo os meus estudos e me dedicando a outros projetos. Em 2023, retomei a minha preparação determinada a conquistar uma carreira que fosse mais alinhada aos meus planos, valores e objetivos de vida.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Marina: Sim, procurava organizar o meu tempo livre da melhor forma possível entre as jornadas de trabalho. Sempre tive mais facilidade para estudar à noite, mas também aproveitava algumas horas da manhã, quando possível, além dos finais de semana. Foi necessário renunciar a alguns momentos de lazer e de convivência com a família para me dedicar plenamente à preparação.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação?
Marina: Tive algumas aprovações durante essa trajetória, as mais recentes foram:
• TCU – Tribunal de Contas da União – Técnico Federal de Controle Externo (3º lugar – AC);
• STM – Superior Tribunal Militar – Analista Judiciário (20º lugar);
• STM – Superior Tribunal Militar – Técnico Judiciário;
• TRE/SP – Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo – Técnico Judiciário • TRF1 – Tribunal Regional Federal da 1ª Região – Técnico Judiciário;
• EMBRAPA – Analista Gestão Estratégica – Inteligência e Planejamento Estratégico (9º lugar – AC);
• SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Analista Técnico (4º lugar – AC);
• Codevasf – Analista em Desenvolvimento Regional – Administração (4º lugar – AC) • CNU – Concurso Público Nacional Unificado 2024.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Marina: Durante o período de preparação, manter uma vida social é, de fato, um grande desafio. Desde o início, estabeleci como prioridade aproveitar ao máximo o tempo que eu tivesse disponível para os estudos, ciente de que o êxito dependeria, exclusivamente, da minha constância e dedicação. Lembro-me, por exemplo, que enquanto eu me preparava para a prova do STM, tinha a expectativa de, após essa prova, poder tirar algum tempo de descanso. No entanto, ainda durante essa preparação, foi publicado o tão aguardado edital do TCU. Diante desse novo cenário, precisei renunciar o meu descanso, reorganizar a minha rotina e direcionar os meus esforços a esse novo desafio.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Marina: A minha família sempre esteve mais ligada à iniciativa privada, por isso, o universo dos concursos públicos era algo distante da nossa realidade. Ainda assim, eles sempre buscaram me apoiar nesse projeto. No dia a dia, contar com a colaboração e a compreensão dos familiares é essencial para tornar a rotina mais leve e sustentável. Apesar disso, essa é uma caminhada que, em muitos aspectos, é solitária. Estudar para concursos exige disciplina diária, longas horas de concentração e, muitas vezes, a coragem de abrir mão de momentos importantes ao lado de quem amamos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Marina: Desde que retomei os estudos para concursos até a prova do TCU, foram cerca de dois anos de preparação — tempo que me ajudou a ganhar ritmo e consistência nos estudos. No entanto, a preparação exclusivamente voltada para o concurso do TCU representou uma fase especialmente intensa: foram 70 dias de máxima dedicação entre a publicação do edital e a realização da prova.
Para manter a disciplina, foi fundamental ter comprometimento com o meu cronograma de estudos e priorizar aquilo que foi planejado. Além disso, eu procurava manter uma rotina “minimamente saudável” — cuidando da qualidade do sono, da alimentação e da minha saúde mental —, pois, sem equilíbrio, torna-se insustentável manter um bom desempenho. Acima de tudo, foi nesse período que fortaleci minha fé em Deus. Foi nela que encontrei o apoio e a força que, muitas vezes, já não conseguia encontrar em mim mesma.
Foi, sem dúvida, um tempo de sacrifício, mas também de profundo autoconhecimento. Aprendi a ter paciência com o processo e, principalmente, a confiar na minha própria capacidade.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Marina: Na preparação para o concurso do TCU, optei por focar na resolução de questões, utilizando principalmente os bancos de questões como base de estudo. Para as disciplinas novas, recorria aos PDFs. Costumava começar pelos resumos elaborados pelos professores, por serem mais objetivos e diretos ao ponto, o que me ajudava a otimizar o tempo. Em seguida, partia para a resolução das questões e, caso encontrasse alguma dificuldade, voltava à teoria completa para esclarecer os pontos que eu ainda não tinha compreendido. Nos dias em que eu estava muito cansada ou com dificuldade para compreender um conteúdo mais denso, recorria às videoaulas, que muitas vezes me ajudavam a destravar a compreensão da matéria. A verdade é que não existe um único método. O mais importante é saber ajustar a estratégia e utilizar a ferramenta certa de acordo com o momento e a disciplina estudada.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Marina: Conheci o Estratégia Concursos por meio de amigos que também estavam se preparando. Assinei a plataforma, gostei dos materiais e, desde então, segui com ela durante toda a minha preparação.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Marina: No início, cheguei a fazer um curso presencial, o que foi importante para ter um primeiro contato com o universo dos concursos e entender melhor a dinâmica das provas. No entanto, com o tempo, percebi que o deslocamento diário e as próprias limitações do formato presencial — como o ritmo da turma e a pouca flexibilidade de horários — estavam me fazendo perder um tempo precioso.
Foi então, que comecei a buscar formas de otimizar a minha rotina de estudos e conheci a plataforma do Estratégia. A partir daí, ela se tornou a minha principal fonte de estudos.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovada?
Marina: Sim, cheguei a ser aprovada, mas acabei ficando no cadastro de reserva. Apesar de não ter sido nomeada nesse concurso à época, essa aprovação foi importante para mim, porque me motivou a continuar estudando com mais foco.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Marina: A plataforma do Estratégia foi essencial para otimizar a minha rotina de estudos e acabou se tornando a minha principal base de preparação. A qualidade dos materiais, aliada à flexibilidade de montar meus próprios horários, escolher o ritmo das aulas e focar nas minhas maiores dificuldades, fez toda a diferença.
Outro ponto positivo foi ter acesso aos materiais de diversos editais em um só lugar. Como a trajetória dos concursos costuma ser longa, acabei prestando várias provas durante essa jornada e, ter a assinatura do Estratégia, me proporcionou mais autonomia, melhor aproveitamento do tempo e facilitou a adaptação dos conteúdos à minha realidade — o que foi fundamental para manter a constância durante toda a preparação.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Marina: Confesso que essa sempre foi a parte mais entediante da minha preparação, rsrs. Sempre tive muita resistência em montar cronogramas, controlar as horas líquidas e preencher planilhas, mas entendi, com o tempo, que era algo necessário para manter o foco e vencer o edital.
A minha rotina variava entre 2 a 4 matérias por dia, dependendo do grau de dificuldade e do meu nível de familiaridade com o conteúdo. No período pré-edital, estudava em média 3 a 5 horas líquidas por dia. Já no pós-edital, intensifiquei o ritmo e cheguei a cerca de 7 a 10 horas líquidas diárias. Aos finais de semana, costumava dedicar parte do tempo às revisões e à prática de discursiva.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Marina: As minhas revisões eram focadas, principalmente, na resolução de muitas questões. Além disso, eu costumava consultar o meu caderno de erros e reler os resumos que havia elaborado ao longo da preparação sobre assuntos que eu tinha maior dificuldade. Acredito que, construir o próprio material de revisão é um dos recursos mais valiosos para quem estuda para concursos. Vale a pena dedicar tempo e atenção a essa etapa, mas é importante que isso não comprometa o avanço no conteúdo. Quanto mais claro, objetivo e bem estruturado for esse material, mais eficiente e proveitosa será a revisão, especialmente, quando o tempo é curto e o foco precisa ser total.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Marina: Não me recordo exatamente quantas questões resolvi ao longo da preparação, mas certamente foram milhares, já que utilizava tanto as questões dos PDFs quanto as disponíveis nas plataformas de banco de questões. Na minha opinião, essa é uma das ferramentas mais eficazes, dinâmicas e motivadoras para quem estuda para concursos. Resolver questões me ajudou a identificar os temas mais recorrentes da banca, otimizar o tempo de estudo e consolidar o conhecimento. Além disso, foi fundamental para perceber quais pontos ainda precisavam ser reforçados.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Marina: Entre todas as disciplinas que já estudei, Contabilidade Pública foi, sem dúvida, uma das mais desafiadoras para mim, devido ao seu conteúdo denso e à necessidade de compreender conceitos técnicos de forma sólida.
Licitações e Contratos também representaram um grande desafio, pois envolvem muitas regras específicas e detalhes importantes que precisam ser assimilados com bastante atenção. Da mesma forma, Administração Financeira e Orçamentária (AFO) se destacou pela sua extensão e complexidade, exigindo um esforço contínuo para absorver todo o conteúdo. Para lidar com essas disciplinas, recorri a diferentes recursos, resolução de muitas questões, o uso de videoaulas e a produção de materiais de revisão, que desempenharam um papel fundamental na fixação do conteúdo.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré prova?
Marina: Concentrei os meus esforços em decorar os assuntos que considerei essenciais para o dia da prova. Além disso, fiz revisões pontuais nas disciplinas mais importantes, garantindo que o meu conhecimento estivesse o mais fresco possível. Além disso, intensifiquei as atividades físicas para ajudar a controlar a ansiedade.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Marina: Sim, a minha prova contou com três questões discursivas, incluindo uma peça técnica. Para esse tipo de avaliação, é essencial treinar a escrita com regularidade — no meu caso, eu reservava os finais de semana para isso. Sempre que possível, contar com a correção de um profissional também faz muita diferença. A principal dificuldade das discursivas é transformar o conhecimento em uma resposta bem estruturada, o que exige mais do que apenas julgar as alternativas como falsas ou verdadeiras. A prática constante ajuda a organizar melhor o raciocínio e aumenta a confiança na hora de escrever.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Marina: No início da minha preparação, acabei direcionando muito esforço para me aprofundar em matérias que, na prática, não eram tão relevantes. Tinha a ideia de que precisava me tornar “especialista” em tudo para ser aprovada, quando, na verdade, o objetivo é apenas saber julgar as questões e isso exige mais estratégia do que profundidade em todos os temas. Outro erro, foi ter interrompido os meus estudos. Voltar ao ritmo depois de uma pausa tão longa foi bastante desafiador. Por outro lado, acredito que um dos meus maiores acertos foi ter feito planejamentos de estudo realistas e adaptados à minha rotina. Além disso, mantive a disciplina e a determinação para seguir o que foi planejado e isso fez toda a diferença ao longo da minha jornada.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Marina: Sim, como sempre tive afinidade com a iniciativa privada, em diversos momentos me questionei se a carreira pública era realmente o caminho que eu queria seguir. Cheguei a duvidar se conseguiria ser aprovada em um bom concurso, quanto tempo isso levaria e as boas oportunidades que eu estaria perdendo na iniciativa privada durante esse período. Por vezes, pensei se todo o esforço valeria a pena. Mas, ao lembrar do tempo e da dedicação que já havia investido, decidia seguir em frente. A minha principal motivação, sempre foi construir uma carreira que me oferecesse qualidade de vida, um ambiente profissional saudável e motivador e além de tempo para me dedicar aos meus projetos pessoais.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Marina: Estudar para concurso é um projeto de médio a longo prazo que exige paciência, perseverança e autoconhecimento. Não existe fórmula mágica, é fundamental escolher bons materiais, testar diferentes métodos de aprendizado e identificar o que realmente funciona para você.
Também é importante aprender a controlar a ansiedade, pois manter o equilíbrio emocional faz toda a diferença ao longo da caminhada. As reprovações, por mais difíceis que sejam, não devem ser vistas como fracassos, mas como etapas do processo — degraus que contribuem para o seu crescimento e amadurecimento.
Acredite no seu potencial, mantenha a fé em Deus e nunca perca o foco. A caminhada pode ser desafiadora, mas a recompensa vale cada esforço. Desejo boa sorte à todos que estão nessa jornada. Que Deus abençoe cada passo de vocês rumo à aprovação!