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Conjunções subordinativas: aprenda como utilizar e classificar

Olá, queridas e queridos! Tudo certo? Nosso artigo em questão irá tratar de um tema muito importante da língua portuguesa: conjunções subordinativas. Preparado para ter uma visão geral sobre o tema e entrar em contato com muitos exemplos?

O que são conjunções

Conjunção é uma das classes de palavras da língua portuguesa, sendo essencial para a riqueza gramatical existente no português. É caracterizada como uma classe complexa, pelo fato de possuir diversas funções, assim como acontece com as preposições e os advérbios. Outra característica interessante é que elas são invariáveis, ou seja, não dependem de número, gênero, pessoa, grau das palavras que estão ao seu redor.

As conjunções são classificadas em dois grandes grupos: subordinativas e coordenativas. Coordenativas são aquelas conjunções que conectam dois termos, usualmente duas orações, que possuem um sentido completo quando estão sozinhas. Assim, não há relação de dependência entre uma oração e outra, porém, a conjunção atua criando uma conexão entre ambas.

Conjunções subordinativas

O termo que caracteriza essas conjunções tem origem na palavra subordinar/subordinação, que está muito vinculado à noção de dependência. As conjunções subordinativas atuam na ligação entre orações que são dependentes entre si. O que acontece é que uma oração serve de base para a outra: ao ficarem sozinhas, não existe a ideia de um sentido completo.

Dentro das conjunções subordinativas, ainda é possível dividi-las em dois grupos: adverbiais e integrantes. Quando pensamos em conjunções subordinativas, é comum que nosso pensamento seja direcionado às subordinativas adverbiais.

Tais conjunções são utilizadas em orações, tornando-as orações subordinativas adverbiais, e trazendo a elas um sentido de adjunto adverbial. Para construir um conhecimento claro sobre as conjunções subordinativas adverbiais, é interessante correlacioná-las à ideia de circunstância.

As circunstâncias trazidas por elas nomeiam os seus tipos: condicional, comparativa, causal, concessiva, consecutiva, conformativa, temporal, proporcional e final. São 9 tipos de subordinativas adverbiais e existe um mnemônico muito famoso para sua memorização: 6CTPF, 6 tipos começam com a letra C e 1 com T, P e F.

Já as conjunções subordinativas integrantes são aquelas que introduzem uma oração que possuirá alguma dessas funções na frase:

  • Sujeito
  • Objetivo Direito
  • Objeto Indireto
  • Complemento Nominal
  • Predicativo
  • Aposto

Uma técnica muito utilizada para detectar se uma oração é composta por uma conjunção integrante é trocar a oração inteira por “isso” e verificar se a frase continua a possuir um sentido claro. Traremos alguns exemplos mais à frente.

Tipos de conjunções subordinativas adverbiais

Nessa seção, iremos trazer uma breve explicação sobre o sentido de cada uma das conjunções, a conjunção principal daquele tipo e também exemplos de outras conjunções. É importante ter em mente que uma mesma palavra pode, devido ao contexto em qual está inserida, ser classificada como uma conjunção de tipos e finalidades distintas.

tipos conjunções subordinativas
Tipos de conjunções subordinativas

Comparativa

Trazem a circunstância da comparação às orações.

Principal conjunção comparativa: do que (usado depois de mais, menos, maior, menor, melhor, pior).

Outras conjunções: como, assim como, bem como, que, qual (usado depois de tal).

O final de semana passado foi muito melhor do que o antecedente.

Cássio entrou na sala de provas como um rinoceronte: fazendo muito barulho e chamando a atenção.

Larissa é tão bela tal qual a mãe. 

Causal

A circunstância de causa está relacionada ao motivo, origem e razão que faz com que algo aconteça.

Principal conjunção causal: porque.

Outras conjunções: pois, uma vez que, porquanto, visto que, que, já que.

É necessário estudar muito porque a prova a se aproxima.

Não conseguiu um bom resultado visto que não possuía boa saúde.

Jonas caminhou por horas porquanto seu carro quebrou.

Concessiva

É comum que exista uma certa dificuldade em diferenciar o sentido de conjunções concessivas e adversativas. Estamos mais acostumados à ideia trazida pelas conjunções adversativas: uma contraposição ao que fora levantado anteriormente na frase.

No caso da concessão, a ideia expressa após essa conjunção é diversa àquilo apresentado anteriormente, porém, não é tão “forte” e oposta a ponto de anular essa informação anterior.

Principal conjunção concessiva: embora.

Outras conjunções: ainda que, se bem que, conquanto, mesmo que.

Eleonora teria sido aprovada mesmo que estivesse com o braço quebrado.

Embora trouxesse lágrimas em seus olhos, conseguiu seguir em frente.

Consecutiva

A circunstância apresentada é a de consequência. Assim, as conjunções consecutivas iniciam uma oração que indica a consequência do que foi declarado na oração precedente.

Principal conjunção consecutiva: que (após tão, tal, tanto).

Outras conjunções: de maneira que, de modo que, tamanho.

O vento era tão forte que acabou derrubando a casa.

A prova foi muito difícil de modo que as vagas não foram preenchidas.

Condicional

Expressa-se a circunstância de condição, muito ligada à ideia de possibilidade e incerteza.

Principal conjunção condicional: se.

Outras conjunções: caso, contanto que, a não ser que, dado que, a menos que.

A não ser que o transito esteja muito desproporcional, conseguirei chegar a tempo. 

Se eu estiver em um bom dia, a aprovação virá.

Conformativa

As conjunções conformativas são oriundas da ideia de conformidade: estar de acordo com algo. São bastante utilizadas para indicar a concordância entre duas ideias.

Principal conjunção conformativa: segundo.

Outras conjunções: conforme, consoante, como.

Conforme dita a regra, não é possível viajar sem cinto de segurança em meu carro.

Segundo as previsões, haverá boas oportunidades num futuro próximo.

Temporal

A circunstância da temporariedade é apresentada por meio das conjunções temporais.

Principal conjunção temporal: quando.

Outras conjunções: sempre que, logo que, assim que, desde que, depois/antes que, mal.

Mal chegou e já está irritado.

Desde que comecei a controlar minhas horas líquidas, os estudos progrediram muito.

Proporcional

Simultaneidade e concomitância são as circunstâncias trazidas pelas orações proporcionais. A ideia é que uma ação acontece no mesmo momento que um outro acontecimento. Além disso, também é possível evidenciar a ideia de proporção entre duas ou mais ações.

Principal conjunção proporcional: à medida que.

Outras conjunções: ao passo que, à proporção que, quanto mais, quanto menos.

Quanto mais estudo, mais próximo fico da aprovação.

À medida que o curso foi sendo liberado, fui criando mais confiança no professor.

Final

As conjunções finais estão presentes em frases que indicam a finalidade, ou seja, com qual objetivo a ação está sendo realizada.

Principal conjunção final: para/ para que.

Outras conjunções: a fim de.

Tirei uma semana de descanso após o concurso para ter um tempo de descanso.

A fim de melhorar os seus resultados, Mariana está buscando mais foco e concentração nos estudos.

Conjunções subordinativas integrantes

Como fora comentado acima, as conjunções integrantes não trazem a ideia das diversas circunstâncias citadas e exemplificadas. Nesse caso, a ideia é que uma oração completa possua uma função específica numa frase, a qual poderia ser tomada também por somente uma palavra. A conjunção integrante mais famosa é a palavra “que”, sendo visível também a importância da palavra “se”.

Foi nítido que o gabarito de diversas questões estava errado.

Analisaremos se o edital será publicado ainda esse mês.

O mecanismo mais confiável para verificar se estamos à frente de uma oração que possui uma conjunção subordinativa integrante é trocá-la por “isso” ou “aquilo”. Essa tática também nos ajuda a classificar tal oração, ou seja, verificar qual é a sua função dentro da frase.

Foi nítido aquilo. <-> Aquilo foi nítido.

Analisaremos isso.

No primeiro exemplo, a oração com conjunção integrante possui a função de sujeito da frase. Já no segundo caso a função é de objeto direto.

Preciso decorar todas as conjunções de cada um dos tipos?

Vamos direto ao ponto: não, isso não é necessário. O conhecimento de uma variedade de conjunções pode facilitar a resolução de questões, seja para fins de classificação ou também na interpretação de um texto. Além disso, conhecer diversas conjunções e saber como as utilizar é uma ferramenta muito preciosa em uma prova dissertativa.

Por outro lado, decorar uma extensa lista de conjunções não é necessário. Explicamos: é muito mais importante que o aluno tenha o conhecimento sobre a essência de cada tipo de conjunção, ou seja, qual é a circunstância apresentada por esse conjunto de conjunções. Tentamos apresentar as circunstâncias de cada um dos tipos e os exemplos também ajudam bastante nesse entendimento.

Além disso, uma mesma palavra pode ser utilizada em diversos tipos de conjunções, como é o exemplo da palavra “como”, que se encaixa em diversos cenários. Um truque interessante é ter uma conjunção principal de cada tipo bem consolidada e, ao existir a necessidade de classificar uma conjunção desconhecida, tentar a substituir por conjunções conhecidas e que representam uma circunstância específica.

Além disso, por meio da resolução de diversos exercícios e da prática da leitura, é natural que cada vez mais conjunções sejam adicionadas ao vocabulário. Há algumas em que, realmente, há uma certa confusão, como “conquanto”, “porquanto” e “no entanto”. Nesses casos, é interessante consolidar bastante o conhecimento, já que a similaridade na grafia entre elas pode gerar confusões.

Conjunções subordinativas: conclusão

Esperamos que nosso artigo seja útil no seu caminho de aprendizado da língua portuguesa. É como um grande quebra-cabeça: a cada dia em que vamos dominando um conceito novo, a figura geral vai, cada vez mais, tomando forma.

Desejo ótimos estudos a todos e um grande abraço!

Caio Castilho.

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