Aprovado em 22º Lugar no Concurso PETROBRAS (Ênfase em Ciências de Dados)
Concursos Públicos
“Seria injusto não citar os excelentes professores com quem tive o privilégio de aprender por tantos anos de UFRJ. Entretanto, nesses meses, minhas principais fontes de informação foram as excelentes videoaulas e os PDFs do Estratégia”.

Confira nossa entrevista com Leonardo Gama Assumpção, aprovado em 22º Lugar no Concurso PETROBRAS (Ênfase em Ciências de Dados):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Leonardo Gama Assumpção: Oi pessoal! Tenho 27 anos e nasci em Nova Iguaçu, RJ! Formei em Matemática Aplicada na UFRJ: um curso com muita flexibilidade para escolher ênfases compatíveis com suas intenções profissionais. Mais recentemente, criaram a ênfase em Ciência de Dados, inclusive.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Leonardo: Sempre carreguei nas costas a preocupação em escolher uma carreira na qual eu me sentisse fazendo algo de bom pelo país e pelo mundo. Até ano passado, tentar direto um doutorado fazia todo sentido sob essa perspectiva… até que vi um e-mail de um professor anunciando a abertura desse Edital. Muita coisa passa na cabeça nessas horas (em que vamos decidir se vale a pena investir tantas horas de estudo sem uma garantia de que vai passar daqui a alguns meses ou anos). Porém, a empolgação com a ideia, me imaginar lá dentro contribuindo com algo que pode fazer tanta diferença numa grande empresa (vide a crescente de investimento na área), foi o que me fez decidir até mais rápido do que imaginei (3 dias depois do e-mail, já estava focado nisso).
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Leonardo: Só o mestrado mesmo. Foi um estilo de vida bem econômico para poder focar nos estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Leonardo: Esse foi meu primeiro concurso, então o que mais quero é assumir esse cargo e fazer o melhor que eu puder lá dentro. Porém, ainda tem coisas burocráticas, como a entrega de documentos… e sou do time que só comemora depois que for lá trabalhar, uns dois dias só pra ter certeza (risos). Tudo indica que é um ótimo ambiente pra se trabalhar, então não me vejo pensando em concurso em um futuro próximo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Leonardo: Minha vida social realmente deu uma boa reduzida nesse tempo. No entanto, tentei não ser muito rígido comigo mesmo a esse respeito, porque a presença e o apoio de familiares e amigos é importante pra aguentar o ritmo.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Leonardo: Tenho um relacionamento estável (oi Vivian, beijinhos) e tenho um total de zero filhos até o momento. Meus pais me apoiaram de imediato. Minha mãe era aquela da família que enumerava os editais em aberto e dizia: “Faz concurso! Faz que você passa, meu filho!”; meu pai é do tipo que apoiaria qualquer que fosse minha escolha, mas ficou especialmente feliz em saber que meu trabalho será relacionado a algumas de suas áreas favoritas (geofísica, geologia, ciências de um modo geral).
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Leonardo: Foram 360 horas líquidas de estudo, divididas em dois meses (Obs.: por trás desses dois meses de ‘preparo específico’, está uma vida toda dedicada ao aprendizado de disciplinas relacionadas à matemática, computação e às outras ciências). Encontrei um grupo de estudos e me senti mais inclinado a manter o foco e disciplina sabendo que meus colegas estavam ali, dia a dia, compartilhando questões, tirando dúvidas, trabalhando juntos. Trocamos muitas questões inéditas, uns com os outros, qualquer questão que errássemos viraria comentários e dúvidas no grupo.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Leonardo: Seria injusto não citar os excelentes professores com quem tive o privilégio de aprender por tantos anos de UFRJ. Entretanto, nesses meses, minhas principais fontes de informação foram as excelentes videoaulas e os PDFs do Estratégia. Aquela pesquisada básica no Google ao ver conceitos novos, que não estivessem muito claros numa primeira leitura, também foi importante para garantir que eu não fosse entender algo pela metade ao escrever meus resumos e cartões no Anki, já que uma questão errada anula uma certa, é preciso ter confiança naquilo que está aprendendo, sem que isso tome muito tempo também. Outras Ferramentas dignas de crédito: um editor de texto feito para programadores, no qual eu ia anotando as ideias principais e meus próprios resumos das videoaulas; e o ANKI: melhor ferramenta do universo para ajudar a memorizar, via repetição espaçada, qualquer conhecimento que possa ser colocado no modelo pergunta e resposta.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Leonardo: Meus respeitabilíssimos amigos do Telegram, e o Google terminou o serviço (de mostrar as estatísticas e algumas prévias dos materiais simples e de boa redação).
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Leonardo: Meu curso, por alguns dias, foi o famoso “nenhum”. Sem curso algum, percebi que o tempo que eu levava pra extrair e organizar informações confiáveis para estudar era considerável… lembrando que já comecei tarde os estudos. Esse foi um dos fatores determinantes para investir no Estratégia. Ter as informações organizadas em um só lugar me permitiu focar no que importa: entender a matéria, preparar meus cartões de revisão no Anki, fazer questões de provas anteriores (além das inéditas do próprio Estratégia e dos colegas de Telegram) e investigar onde preciso melhorar.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Leonardo: Minha organização não foi das mais exemplares (risos). Porque a organização e o planejamento de revisões que eu precisaria já é nativa do Anki, então eu só foquei em ir absorvendo consistentemente os conteúdos das aulas e PDFs, com anotações e tudo o mais. Errar questões é o primeiro passo para acertá-las, então o banco de questões também foi legal pra mostrar onde eu precisava reforçar, na teoria, ou mesmo ir atrás de novas fontes (como o manual original da biblioteca Scikit-Learn) e tirar dúvidas com os colegas. Meu “dia médio” de estudos tinha 7 horas líquidas, geralmente, divididas em duas matérias. Almoçava vendo videoaulas de matérias em que tenho mais facilidade, e meus horários mais produtivos eram dedicados às partes mais pesadas e novas para mim.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Leonardo: Minhas revisões eram preparadas durante os estudos, através da criação de cartões no Anki. Assistia às videoaulas em velocidade 2.0x nas partes em que estivesse confiante, e pausava ou colocava mais lento em partes mais delicadas de absorver de primeira, para fazer anotações em texto nesses casos. Depois de assistir, transformava as anotações em cartões (cuidando pra não ter muito conteúdo em um mesmo cartão, seguindo alguns princípios para que os cartões não fiquem muito fáceis ou muito difíceis). Não usei diretamente os simulados como fonte de revisão, mas como indicador de áreas que eu precisaria reforçar, e também como fonte primária de informação ao preparar os cartões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Leonardo: Bom, todo mundo sabe que fazer muitas questões é fundamental no preparo do candidato. Entretanto, também é igualmente importante voltar nas questões que errou (ou acertou sem querer… quem nunca?) e dar uma revisada, tentar entender o que faltou para que você consiga chegar ao gabarito; será um tópico que você ainda não viu? talvez um esquecimento casual? ou talvez uma simples “manha de prova”. Em todo caso, esquecer de revisitar as questões ‘perdidas’ seria descartar uma excelente oportunidade de adicionar aquele conhecimento à mochila e garantir o ponto se tal coisa for cobrada novamente, ainda que de outra forma.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Leonardo: Muitos conceitos contemplados em edital foram novidade pra mim, mas a maior dificuldade foi em aprender a “não achar chifre em cabeça de cavalo”, como dizem. Em relação a Banca Cebraspe, o jeito que eles escrevem é um jeito, digamos assim, especial. Digo com todo respeito à banca, obviamente, mas especificamente pelas palavras que eles conseguem escolher, habituar-me às construções frasais quase que indecifráveis, certamente, foi um desafio. Porém, as questões anteriores ajudaram bastante a pegar o ‘sentimento’ sobre como separar frases ‘erradas disfarçadas de certas’ e frases ‘certas disfarçadas de erradas’.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Leonardo: Muita revisão e pouca matéria nova. Dá vontade de continuar vendo coisa nova (vai acostumando: ciência de dados é um tema infinito), mas tentei segurar a onda e me concentrar só em revisões.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Leonardo: Meu erro mais curioso foi não marcar uma questão. Fiquei pasmo quando recebi, no site do concurso, a imagem da folha de prova e vi que não marquei nada na 115. Eu ia acertar! Provavelmente, foi um castigo por não ter feito, quando criança, algum dever de casa de pintar bolinha na escola. Felizmente, deu tudo certo. Agora respondendo ao que a pergunta realmente pediu: errei ao não fazer provas simulando as condições do concurso, com cronômetro, papel e caneta. Custou-me alguns pontos por má administração do meu tempo de prova: demorei demais na parte de conhecimentos gerais (português e inglês).
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Leonardo: Desistir, jamais! Se eu ficasse um dia sem revisar, no dia seguinte, imagine só: teria o dobro de revisão pra fazer no Anki! Não pode deixar acumular.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Leonardo: O preparo é como uma maratona, não um tiro de 100 metros. Estudar é cuidar do futuro. Porém, também é importante estar atento às necessidades do presente. Construir um ambiente adequado para dormir bem, alimentar-se bem, encaixar um pouco de exercício (quem sabe uma caminhada ou corrida) na rotina são passos importantes pra aguentar a intensidade dos estudos de um modo consistente e manter o foco no que importa. Chega mais longe quem consegue achar um bom balanço entre presente e futuro. Pronto, fim do “modo coach” (risos). Aproveitando, não recomendo o estudo no estilo “decoreba”, sem uma boa ferramenta de repetição espaçada, qualquer que seja. Bons estudos. Abraços!