Aprovada no concurso ICMBio em 9° lugar para Analista Ambiental e 10° para Técnico Ambiental em Rondônia
Concursos Públicos
“Estude pelo Estratégia. Se não puder/quiser pagar, estude pelo material gratuito, mas acompanhe o máximo que puder. Tenho certeza de que esse foi um diferencial enorme na minha conquista.”
Confira nossa entrevista com Caroline Maldonado, aprovada no concurso ICMBio em 9° lugar para Analista Ambiental e 10° para Técnico Ambiental em Rondônia:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Caroline Maldonado: Eu me formei em março de 2022 em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal da Bahia, tenho 25 anos. Nasci e cresci em Salvador.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Caroline: A área ambiental. Durante o desenvolvimento de meu TCC da graduação (que foi voltado para conservação e preservação ambiental), descobri nos dados e pesquisas do ICMBIO minha principal referência para o trabalho. Sempre soube que queria trabalhar na área ambiental e planejava direcionar minha formação acadêmica para isso.
Descobrindo o Instituto, acabei encontrando informações sobre o último concurso, que havia sido em 2012 ou 2013, se não me engano, assim como o do IBAMA. Me pareceu um bom caminho para iniciar na área ambiental. Antes de conhecer esses concursos, eu não tinha intimidade com o mundo dos concursos públicos e nem desejava estudar para eles.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Caroline: Conciliava 3 horas de estudo diárias com 4h diárias para produção do TCC e 12 horas semanais em que eu trabalhava como monitora na universidade. Isso de setembro até dezembro. Em dezembro realizei minha defesa e encerrei a faculdade, podendo então me dedicar somente aos estudos até a prova.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovada? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação? Pretende seguir estudando ou “aposentou”?
Caroline: Minha vida de concurseira até então é curta: só fiz IBAMA e ICMBIO 2022. Antes do edital estava estudando para ambos, mas no pós-edital decidi investir apenas no ICMBIO, por ser menos extenso. Apesar de não ter me dedicado ao IBAMA, tive minha redação corrigida no cargo de analista ambiental.
No ICMBIO, pela colocação atual, estou em 10º em técnico ambiental (de 16 vagas) e 9º em analista ambiental (de 9 vagas), ambos para Rondônia.
Pretendo explorar o máximo possível do cargo de analista e me especializar na área ambiental. A depender de como desenvolver a carreira no órgão, penso também em me dedicar para o cargo de analista ambiental (no tema monitoramento) do IBAMA em um momento futuro e talvez investir em gestor ambiental no MMA. Tudo irá depender de meu desenvolvimento dentro do ICMBIO e de quanto eu me conectar com o trabalho que realizarei.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Caroline: Foi bem difícil no período em que eu precisava conciliar com a faculdade. Tanto a falta de tempo quanto o cansaço me impediram de ter uma vida social ativa, sem mencionar a própria pandemia que ainda estava muito evidente.
Como comecei a estudar após a autorização e só tive 4,5 meses de preparo, meu convívio social diminuiu consideravelmente, mas eu sabia que essa situação se estenderia por pouco tempo (pelo menos na intensidade que estava). Como meu namorado também estuda para concursos, eu tinha uma ótima companhia de estudo, para revisar, tirar dúvidas e me estimular. Mesmo estudando muito, eu não estava sozinha e estava acompanhada de alguém que entendia bem a situação.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?
Caroline: Não sou casada, mas namoro. Meus pais são servidores públicos e vi minha mãe estudar para concursos por muito tempo quando eu era criança, então eles já tinham familiaridade com o processo.
Tanto meus amigos quanto meus pais ficaram preocupados com a carga horária à qual eu estava me submetendo e com meu cansaço, mas sempre torceram bastante por mim. Algumas pessoas próximas me sugeriram esperar terminar o TCC para me dedicar aos estudos, mas fico feliz de não ter feito isso: se fizesse, não teria passado.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovada? Qual foi o segredo de manter a disciplina durante todo o período?
Caroline: Depois da autorização e antes do edital, conciliava IBAMA com ICMBIO. Como estava começando do zero, os assuntos básicos (Constitucional, Administrativo, Direito Ambiental, Informática…) me permitiam estudar para ambos ao mesmo tempo. De setembro a dezembro estudei dessa forma, 3h por dia, incluindo finais de semana. A partir de dezembro e até a prova em fevereiro me dediquei unicamente ao ICMBIO.
Eu usei o método de “blocos de tempo”. Ou seja, estudava uma hora no máximo por assunto. Como me distraio facilmente, se estudasse mais do que isso do mesmo assunto, meu rendimento reduzia muito. Quando estava muito cansada ou sem foco, parava de ler e estudava por videoaulas. Acho que aumentar gradativamente a carga horária diária também ajudou muito.
Acho que a maior “dica” é não se enganar: siga o plano que você criou. Eu estudava com o temporizador pomodoro do relógio contando cada minuto de estudo e deixava o celular longe, até ele sinalizar o intervalo. Claro que nem todos os dias foram perfeitos, porque a vida acontece e todos nós temos responsabilidades que às vezes não respeitam os cronômetros. Mas não se enganar e ter uma boa noção da quantidade de hora líquidas é essencial.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?
Caroline: Usei PDFS, livros, lives, videoaulas… Tudo que pude encontrar. Gosto muito de PDFS, mas para momentos de “estafa”, videoaulas ajudam muito. Para mim a maior desvantagem do PDFS aconteceu no início: eu não conhecia a maior parte dos termos jurídicos e isso deixava minha leitura lenta e “truncada”. A maior vantagem do material escrito, pra mim, é a memória visual. Tenho facilidade de lembrar de trechos que marquei, localização na folha…
Quanto às videoaulas, gostei muito de acompanhar resoluções de questões por elas. Apesar de serem mais lentas do que em um PDF, a análise das questões me ajudava a fixar coisas que eu não havia apreendido com a leitura.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Caroline: Quando saiu a notícia da autorização do ICMBIO, fui procurar algo no YouTube que falasse a respeito, para me inteirar. O primeiro vídeo que apareceu foi uma live do professor André Rocha analisando os cargos e explicando quais seriam os próximos passos até a prova ser definida. A partir daí comecei a acompanhar de perto o canal do Estratégia, acompanhando todas as lives e aulões que podia.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Caroline: Cheguei a usar materiais gratuitos de outros cursos e tentar acompanhá-los nos aulões, mas sempre preferi os do Estratégia. Achava as aulas mais “limpas”, direto ao ponto e mais dinâmicas, além do canal do Youtube ser bem organizado e constantemente alimentado.
Estratégia: O concurseiro já se dedica tanto hoje para ser aprovado e investe bastante! Imagine chegar na prova e ver questões que abordam assuntos que o professor nem abordou nas videoaulas ou no material em PDF. Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Caroline: Não cheguei a fazer porque até então só fiz ICMBIO e IBAMA e percebi cedo que acompanhar os materiais do Estratégia seria a melhor opção.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou em nosso material?
Caroline: As videoaulas são incríveis e completas. Sentia que tudo que eu precisava saber do assunto (em termos de prova) estava sendo entregue de uma forma muito mastigada e tranquila. Eu gostei muito do Vade Mecum que o Estratégia disponibilizou, todo arrumado e separado por temas (a exemplo da prova do IBAMA). Ajudava muito quando eu tinha que procurar a literalidade da lei para corrigir uma questão. Foi um material incrível e muito bem feito.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?
Caroline: Gosto de variar para me manter atenta, então comecei com um ciclo bem grande de disciplinas (porque estava estudando pra ambos concursos ao mesmo tempo), tentando ver de tudo um pouco para criar uma base. Depois de pesquisar bastante, vi que isso não era o ideal, então comecei a me dedicar mais às disciplinas que eram mais extensas, como as de direito no geral, alternando com algumas mais “leves” como ecologia, recursos florestais…
Comecei com 3h líquidas, subi para 5h e cheguei a fazer 7h diárias líquidas nos 15 dias anteriores à prova. Essas horas eram cronometradas (literalmente), assim como intervalos. Demorei um pouco pra entender como dividi-las no dia, mas eventualmente descobri a distribuição que mais se adaptava pra mim (gostava de fazer 3h de manhã e mais 2h de tarde, por exemplo).
Estratégia: Como fazia revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?
Caroline: Eu gosto muito de resumir à mão, mas percebi muito rápido que eu demoraria absurdos para evoluir dessa forma, pela quantidade de assunto. Comprei alguns mapas mentais à parte, mas no geral revisava pelos meus grifos nos pdfs e pelas questões. Pra mim, o que mais fixava conteúdo eram as questões. Sempre voltava à teoria para encontrar onde estava a justificativa da minha resposta.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Caroline: As questões são essenciais para entender como o assunto é cobrado. Não adianta saber a teoria decorada e não entender a abordagem da banca. Além disso, retornar sempre ao ponto da leitura do assunto que a questão pede ajuda a manter a memória visual ativa e fortalecer as informações. Não sei ao certo o número de questões, mas foram muitas.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Caroline: Direito Administrativo, com certeza. Entender a administração pública pra mim foi quase enlouquecedor no início. Muitas vezes eu não queria sair do módulo em que estava por não ter entendido tudo 100% e isso me travou bastante no começo.
Depois de um tempo aceitei que precisaria voltar ao assunto para entendê-lo, mas que naquele momento precisaria avançar. À medida que os assuntos (especialmente de constitucional) se consolidaram na minha mente, comecei a conseguir conectar os assuntos de direito administrativo com o restante das disciplinas.
Acho que a receita foi aceitar que eu não entenderia tudo de vez, desapegar e seguir em frente. Uma hora eu voltaria para aquele tópico e ele faria mais sentido. E assim foi.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Caroline: Assisti todos os vídeos disponíveis de reta final e hora da verdade no canal do Estratégia. Muitas vezes ficava só escutando enquanto dirigia ou realizava afazeres. Já não aguentava mais ler nada, então passei o olho em alguns resumos que tinha e apostei que os vídeos iriam me ajudar no resto. Viajei para fazer a prova e baixei os vídeos do youtube pra poder assistir off-line no avião e nas escalas que faria.
Na véspera, acompanhei ambos aulões de revisão: técnico e analista, assistindo aos vídeos acelerados para poder ver os dois a tempo e anotei tudo que podia, para me ajudar a fixar na memória de curto prazo. Comecei às 7:00 e parei de estudar às 19:30 para poder dormir cedo. O que não consegui terminar, ouvi enquanto me arrumava para a prova e no uber a caminho dela.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Caroline: Ter a estrutura textual na ponta da língua. Ela te ajuda a seguir em frente no texto, mesmo que você não consiga discernir claramente seus argumentos ou onde quer chegar. Serve de base para você encaixar suas ideias numa progressão linear que seja inteligível.
Além disso, acompanhar atualidades, notícias e as próprias lives do estratégia sobre discursivas. Decorei praticamente todos os dados que foram ditos na Revisão de Véspera sobre atualidades de discursiva e anotei todos na prova assim que a recebi.
Além disso, eu sempre tive o costume de escrever à mão. Todos os dias escrevo algo, então não tive dificuldades na adaptação. Não senti dores na mão ou também tive uma boa velocidade de escrita, o que me pareceu ser um problema para muitas pessoas que não têm o hábito de escrever regularmente. O material gratuito liberado com os temas discursivos também foi incrível.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação, quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Caroline: Meu maior erro foi demorar a investir pra descobrir como eu funcionava numa rotina de estudos, logo no começo. Existe muito conteúdo bom na internet, mas cada pessoa tem um cérebro, uma vida e estuda de uma forma distinta e copiar métodos alheios nem sempre funciona. Claro que existem pessoas que estudaram para passar esses métodos e eles podem e devem ser aproveitados. Mas a sua rotina você que estabelece e só você sabe se prefere estudar 6h direto em um dia ou se prefere fazer 2h de manhã, 4h de noite. Ou se pra você funciona melhor acordar às 4:30 da manhã pra ir pra academia antes. Encontrar essa resiliência demorou um pouco, mas depois que me entendi na rotina, decolei nos estudos.
Além disso, eu também errei quando reduzi MUITO minha frequência em exercícios físicos nos dois meses que antecederam às provas. Isso me fez ficar mais cansada e com mais dores, especialmente nas costas. Voltei a me exercitar direito nas últimas duas semanas antes da prova e senti que isso me deu um combustível a mais para seguir na reta final.
Meu maior acerto foi não desistir, mesmo quando pessoas (que queriam meu bem) diziam para eu deixar para prestar concurso em outro momento ou insistiam que eu focasse em trabalhar antes de me dedicar aos estudos. Conselhos muitas vezes são bons, mas só você sabe aonde quer chegar e como aguenta chegar lá.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Caroline: Acho que não pensei em desistir por saber que seria “por pouco tempo”, já que eu estava voltada pra um concurso específico que já tinha data pra ocorrer. Mesmo se eu não passasse e decidisse continuar estudando, a carga horária seria mais tranquila, com finais de semana e folgas. Mas pensei muitas vezes que talvez estivesse “sofrendo” tanto em vão.
Vendo pessoas estudando há 1, 2 anos, achava que por causa do tempo curto seria quase impossível que eu passasse. Especialmente quando vi que teria que viajar para fazer a prova (o que envolve custos extras), pensei se estaria fazendo a coisa certa, se já era meu momento mesmo.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Caroline: Estude pelo Estratégia. Se não puder/quiser pagar, estude pelo material gratuito, mas acompanhe o máximo que puder. Tenho certeza de que esse foi um diferencial enorme na minha conquista.
Além disso, seja verdadeiro com seus desejos e os honre, mesmo quando te sugerirem que talvez essa não seja a melhor ideia. Faça um plano e siga.