Aprovado em 9° lugar no concurso TCE AM no cargo de Auditoria Governamental
“O conselho que eu dou é: PAGUE O PREÇO. Vejo muitas pessoas que querem algum cargo ou tem algum objetivo importante na vida, mas que não pagam o preço da renúncia, da abdicação para focar nos seus objetivos”
Confira nossa entrevista com Paulo Afonso Ferreira, aprovado em 9° lugar no concurso TCE AM no cargo de Auditoria Governamental:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Paulo Afonso Ferreira: Tenho 30 anos e sou formado em engenharia. Sou natural de Manaus-AM.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Paulo: Logo que me formei, com o Brasil já iniciando uma crise, foi complicado achar oportunidades de emprego e começaram a surgir alguns concursos, comecei na área de engenharia e depois fui migrando para outras áreas. Além disso, a estabilidade e a boa remuneração me chamaram atenção.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Paulo: Depois de algum tempo estudando, passei para o cargo de Técnico Previdenciário na Manaus Previdência, e a partir daí comecei a estudar e trabalhar. Era uma rotina muito desgastante, sempre aproveitava minha hora de almoço para ler livros, resumos e mapas mentais. Quando surgia algum concurso que me interessava, eu tirava férias para poder acelerar o ritmo de estudos.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Paulo: O primeiro concurso que passei foi o da Manaus Previdência, no cargo de técnico previdenciário, em 2015, e em 2016 fui nomeado. Em 2017, vieram o TRT-11 e o TRF-1, onde fiquei bem colocado no cadastro reserva e pude ver minha evolução. Então, em 2018, obtive o primeiro lugar no cargo de Assistente Administrativo da DPE-AM. Após isso, decidi migrar para área fiscal e de controle, fiz o ISS-MANAUS e obtive a 4ª colocação no cargo de Técnico Fazendário (Nível Superior). E, por fim, o último concurso que fiz foi do TCE-AM e estou em nono lugar, aguardando o resultado dos recursos da discursiva.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Paulo: A sensação é de dever cumprido, mas às vezes demora até para cair a ficha. É tanto estudo e renúncia, é muito bom poder ver que isso vale a pena.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Paulo: A minha postura em relação a vida social foi um pouco radical, em especial quando estava com os editais abertos. Pelo fato de trabalhar e também estudar, o tempo ficava muito limitado. Eu tinha que usar os finais de semana e feriados para acelerar meus estudos. É uma situação bem difícil, mas aqueles que estão perto de você acabam entendendo e torcendo por você.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Paulo: Sou casado e moro com minha esposa, que me acompanhou nessa batalha. Ela também estuda e entende que tivemos que abrir mão de muita coisa para conseguir manter um bom ritmo de estudos. Não foi fácil, mas ela foi minha companheira nesses anos difíceis e juntos, como família, vencemos.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Paulo: É o famoso concurso escada né? É complicado, vejo que depende muito da situação de cada um, principalmente financeira. Vejo que se você está em um concurso intermediário, tem que conciliar trabalho com estudos, a pessoa pode acabar se acomodando também, e o cargo fim vai ficando cada vez mais distante. Mas creio que se a pessoa realmente quer o cargo fim, ela vai continuar até conseguir.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Paulo: Eu estudei cerca de um ano voltado especificamente para o TCE-AM. Mas foi um ano muito atípico, teve a pandemia e foi muito difícil manter um bom ritmo. Apesar disso, nunca parei, mesmo que bem poucas horas por dia, eu estudava.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Paulo: Acredito que estudar sem edital é essencial hoje em dia. A concorrência é muito grande e os editais cada vez maiores. O ideal é o concurseiro escolher uma área que se identifique e se manter nela, estudando a longo prazo. Em relação a disciplina, deve-se tentar fazer do estudo um hábito. Você escolhendo uma área, sempre vai aparecendo oportunidades e, com isso, você pega o ritmo e vai se motivando cada vez mais.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Paulo: A minha preparação para concursos foi muito baseada nos PDFs do Estratégia, algumas matérias também via videoaulas, principalmente quando estava cansado. Também utilizei alguns livros para aprofundar, em matérias essenciais para área de controle, como AFO e contabilidade pública.
Creio que as principais vantagens do PDFs, é que é um material enxuto, sem perder muito a qualidade, você consegue evoluir rápido nas matérias que você nunca viu. O Passo Estratégico foi muito importante para minhas revisões, na reta final.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Paulo: Conheci através de amigos concurseiros, sempre tentávamos analisar os melhores materiais.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Paulo: Acredito que os estudos são um ciclo: primeiro focava muito na teoria, depois partia para revisão e muitos exercícios. Eu estudava de 2 a 3 matérias por dia e tinha umas 4h por dia para estudar durante a semana. Aumentava para 6-8h nos finais de semanas e feriados, nas férias também era essa média. Além disso, as revisões são muito importantes, eu fazia pequenos resumos e mapas mentais que ajudavam muito. E o Passo Estratégico foi essencial na reta final.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Paulo: Em um primeiro momento, tive dificuldade em contabilidade. É uma matéria que é um pouco indigesta no começo, tem que ter calma. Mas posso falar que hoje: é uma das minhas matérias preferidas! Com o tempo, comecei a gostar. Para mim, foi por meio de muitas questões que vi evolução.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Paulo: Sempre falo que a reta final não é a hora de aprender coisas novas e sim de revisar muito. A ansiedade vai batendo e a gente começa a não reter mais tanta informação. Então revisei muito e vi aulões do Estratégia.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Paulo: A prova discursiva, para mim, é questão de prática. Na hora da prova, ficamos tensos, então quanto mais você praticar, vai se sentir seguro e vai ter confiança.
Eu fazia umas duas questões por semana, com foco na banca FGV. É bom também você ter um método para conseguir estruturar o pensamento, fazer um tópico frasal, sempre trazer algum argumento de autoridade.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Paulo: Eu acho que demorei muito para perceber a importância das revisões. Com o tempo vi que todo bom candidato tinha um bom método de revisão. É muito pessoal, mas com o tempo desenvolvi o meu.
Acredito que meu grande acerto foi focar em áreas específicas, quando comecei a focar em áreas específicas, como fiscal e controle, vi que meu resultado foi melhorando. E essas duas áreas são boas de conciliar, pois as matérias são semelhantes.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Paulo: A parte mais difícil foi a renúncia, adiar alguns sonhos, ficar longe de amigos e da família, em prol dos estudos.
E sim, já passou pela minha cabeça desistir, acho que passa na cabeça de todos né? Mas sempre lembrava que fazia isso pela minha família, para melhorar a nossa qualidade de vida.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Paulo: A minha principal motivação, com certeza, foi minha família, minha amada esposa, poder dar uma boa qualidade de vida para meus futuros filhos e ter uma segurança financeira em um tempo de crise que o país atravessa.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Paulo: O conselho que eu dou é: PAGUE O PREÇO. Vejo muitas pessoas que querem algum cargo ou tem algum objetivo importante na vida, mas que não pagam o preço da renúncia, da abdicação para focar nos seus objetivos. E, sendo mais específico, também aconselho vocês a escolherem uma área, como muita sabedoria. Veja qual seu perfil, não saia fazendo qualquer concurso que apareça.