Aprovado em 49° lugar para o cargo de Escrivão no concurso da PC CE

“Eu me perguntava todos os dias, “Qual é o meu sonho?” e eu respondia a mim mesmo que a minha dedicação tinha que ser diretamente proporcional a minha vontade de realizá-lo, e quando eu imaginava o meu sonho realizado, mais eu me dedicava e me esforçava para alcançá-lo”.
Confira nossa entrevista com Paulo Diego Duarte, aprovado em 49° lugar para o cargo de Escrivão no concurso da PC CE:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Paulo Diego Duarte: Meu nome é Paulo Diego, tenho 29 anos, sou natural de Recife (PE), onde moro atualmente, sou formado em direito, pós graduado em direito penal e advogado militante na área criminal.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Paulo Diego: Eu sempre gostei muito de estudar, desde pequeno. Na minha época de escola, eu era um aluno muito tímido, bem calado, no entanto eu prestava muita atenção nas aulas e buscava me destacar através dos estudos, então estudar era o que eu fazia de melhor.
Um pouco antes de concluir o ensino eu já via o concurso público como a melhor forma possível para eu mudar de vida e construir uma carreira profissional de sucesso, foi nesse momento que eu decidi estudar pra concurso.
No entanto, no começo, ainda muito jovem aos 17 anos, minha principal motivação era a independência financeira e a estabilidade. Apesar de eu ter ambições a longo prazo já que eu estava estudando pra entrar na faculdade de direito e almejava seguir carreira jurídica, antes da faculdade, ainda com nível médio, eu não tinha um foco específico e estudava pra todo tipo de concurso.
Nesse início de caminhada, consegui aos 18 anos a minha primeira aprovação em concurso, que foi para o cargo de agente comunitário de saúde da Prefeitura do Recife. Na época isso me ajudou muito, pois eu estava num trabalho com horários flexíveis, pertinho de casa, que permitia eu estudar e concluir a faculdade, e eu tinha conseguido a minha independência financeira.
Quanto a área policial vem mais por vocação mesmo e talvez por influência indireta do meu pai, que é policial militar, tendo atuado por mais de 33 anos, e apesar de não ter me estimulado diretamente, eu sempre o admirei pelo exercício da nobre função.
E eu me identifico bastante com a atividade de polícia judiciária, sempre fui apaixonado por direito penal e por investigação criminal, então exercer essa função, prestar esse importante papel social na elucidação de crimes, atuar na segurança pública no intuito de proporcionar maior tranquilidade à população é uma satisfação enorme.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Paulo Diego: Minha caminhada nos concursos públicos começou muito cedo, desde os 19 eu já era concursado, então eu precisava conciliar o trabalho com os estudos. E pra isso eu construía cronogramas e organizava os meus horários, separando sempre um horário pra estudar.
Foi só então no final do ano passado, em novembro mais ou menos, que eu comecei a me dedicar inteiramente aos estudos de concurso para acelerar a minha aprovação, pois já havia decidido que 2021 seria o ano da aprovação. Pra isso parei de advogar e utilizei todo o tempo que eu tinha para estudar.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Paulo Diego: Já fui aprovado em 8 concursos, o primeiro foi pra agente comunitário de saúde da Prefeitura de Recife-PE, depois fui aprovado pra agente de trânsito de Olinda-PE, em seguida pra guarda municipal de Recife-PE, depois veio minha aprovação no exame de ordem, OAB-PE. Já nesse ano, estudando com foco total e dedicação exclusiva, consegui 4 aprovações; passei na PRF, fui aprovado no concurso da PCDF para agente de polícia, e por último veio a aprovação para a PCCE, tanto para escrivão, no qual consegui ficar na 49ª colocação, quanto para inspetor que estou atualmente na posição 201, e aguardado o resultado da prova discursiva para ver a colocação final.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados na primeira fase do certame?
Paulo Diego: Nossa, a sensação é indescritível, é uma alegria e emoção muito grandes, vem aquele alívio e sentimento de dever cumprido e que todo o esforço valeu a pena. Por mais que eu tinha a sensação de que eu seria aprovado, pois a prova estava num nível altíssimo, e eu sabia que tinha feito uma boa prova, ver o meu nome na lista de aprovados e classificados dentro do número de vagas imediatas é simplesmente sem palavras.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Paulo Diego: Conciliar vida social e os estudos sempre é um dos maiores desafios pra quem estuda pra concurso público. Até o final do ano passado, eu tentava ter o mínimo de vida social, saia pouco, separava um tempo pra dedicar a minha filha, a família, tentava relaxar um pouco, assistindo a um bom filme ou série, mas sempre batia aquele sentimento de culpa, como se tudo que eu tivesse fazendo, com exceção de estudar, era perda de tempo. E eu via que querer dedicar tempo a tudo, só iria atrasar ainda mais minha aprovação e eu estaria adiando a vida que eu sempre sonhei em viver.
Por isso em 2021, eu adotei uma postura radical e decidi me dedicar exclusivamente aos estudos, e disse a mim mesmo que esse ano seria só pra investir no meu futuro e na minha carreira. Então eu vivia basicamente em “prisão domiciliar”, só trancado no quarto, estudando de domingo a domingo, 10 a 12 horas por dia, só saia pra comer e voltava, meu único momento de descanso era quando eu ia dormir.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro?
Paulo Diego: Eu sou divorciado, tenho uma filhinha linda de 8 anos e no momento estou solteiro, namorar é um desafio pra todo concurseiro, então é algo que eu deixo para o futuro. Eu moro com meus pais e dois irmãos mais novos. Minha família sempre me apoiou e incentivou nos estudos, meu pai é o meu parceiro de corrida e treino, e ele também é advogado, então debatemos os assuntos jurídicos, o que é muito bom. Minha mãe me dá todo o apoio que eu preciso na minha alimentação e nos cuidados com a minha saúde.
Então a família acaba sendo a equipe técnica do concurseiro, que está por trás, nos bastidores, fornecendo todas as ferramentas possíveis para que o êxito seja alcançado, e é isso, a conquista e a felicidade do concurseiro acaba sendo a de toda a família também.
E essa participação familiar, essa soma de esforços, facilita todo o processo, porque renunciar tudo pra estudar é um caminho muito árduo, e quando não temos esse apoio familiar para trilhar esse caminho, torna-se ainda mais difícil, então sou muito grato, sobretudo aos meus pais.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Paulo Diego: Eu acho que é preciso ter muito cuidado quando o assunto é conciliar os estudos para concursos distintos, isso vai depender demais do nível em que se encontra o concurseiro. Em se tratando de alguém com nível avançado, com uma base excelente de conteúdo, em diversas matérias, acredito ser possível a conciliação.
Caso contrário eu recomendo focar em uma única área, seja ela policial, tribunais, fiscal, pois você aproveita a grande base de conteúdo inerente a essa área, que é a espinha dorsal de todo o conteúdo programático, e quando for o caso, vai adicionando uma matéria ou outra para adaptar a cada concurso especificamente.
A caminhada do concurseiro é longa, e como se diz, a gente não deve estudar pra passar, mas até passar, e eu ainda digo mais, devemos continuar estudando até passar no concurso dos nossos sonhos, e no meu caso é para delegado de polícia. Então eu pretendo continuar me preparando para aproveitar os diversos concursos para delegado que estão para sair em diversos Estados.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Paulo Diego: Como eu já havia começado os estudos de forma intensa desde o segundo dia do ano, para prestar os concursos da PF, PRF e PCDF que era o foco principal, eu acabei construindo uma base bem sólida de conhecimento, o que adiantou bastante minha preparação para o Ceará.
Então, quando passaram esses concursos, eu comecei a me dedicar especificamente para o concurso da PCCE em junho, como as provas aconteceram em setembro, a preparação durou cerca de 3 meses em estudo intensivo.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Paulo Diego: Para o concurso da PCCE, especificamente, não, a preparação iniciou pós edital. Uns dois meses antes de sair o edital da PF e PRF, eu já havia começado o meu cronograma de estudos, até então com uma carga horária mais reduzida, de 4 a 6 horas diárias, e encarava esse estudo como se fosse um trabalho mesmo, que eu deveria me dedicar.
E desde o começo do ano foi quando eu intensifiquei os estudos e mudei o cronograma, aumentando a carga para 10 a 12 horas diárias. E é o recomendado a se fazer, independentemente da carga horária diária, o concurseiro deve intensificar os estudos quando o edital está na praça, é como um corredor de maratona, que começa o seu percurso num trote mais leve e acelera nas ultimas voltas, assim também é o concurseiro.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Paulo Diego: O Estratégia fornece ao concurseiro todas as ferramentas possíveis para se fazer a melhor preparação pra concurso, mas eu me identifico bastante com as videoaulas, eu consigo absorver melhor os conteúdos, então foi o material que eu mais utilizei.
A principal vantagem das videoaulas é a absorver de forma mais sedimentada o conteúdo pra quem não teve contato com a matéria ainda e pra quem já domina, é uma excelente forma de revisão, porque como podemos acelerar a aula, acostumamos o nosso cérebro a ter um raciocínio mais rápido e absorver e revisar mais assuntos por minuto.
Por isso, acompanhar todos os eventos ao vivo do Estratégia no Youtube, todas as aulas de reta final, os eventos da “Hora da Verdade”, das “Apostas Finais” para as discursivas, sobretudo a revisão de véspera, tudo isso me ajudou a revisar todos os principais conteúdos, aloca-los em minha memória de curto prazo, e sem dúvidas foi um grande diferencial na minha preparação pra o concurso da PCCE.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Paulo Diego: Eu conheço o Estratégia desde o tempo que eu estava na faculdade de Direito, eu utilizava, inclusive, as videoaulas para me ajudar no entendimento das disciplinas e isso melhorava o meu rendimento nas provas. Como eu comecei a minha caminhada no mundo dos concursos muito cedo, eu era antenado com as principais informações que envolviam concursos públicos e também no trabalho realizado pelos cursinhos. Foi aí que eu conheci, de fato, o Estratégia.
Na época, eu lembro que eu tinha feito um estudo dos principais cursinhos do mercado, e conclui que o Estratégia estava muitos passos a frente, com um material de qualidade excepcional, os melhores PDFs, as videoaulas mais direcionadas e uma metodologia excelente. Desde então, eu passei a adquirir vários cursos do Estratégia na minha preparação para diversos concursos.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Paulo Diego: Eu acredito que um diferencial fundamental na preparação para concursos públicos é a organização. Então, antes de estudar pra qualquer concurso, eu lia todo o edital, imaginava a carga horária necessária para finalizar todo o conteúdo programático e montava um cronograma com o tempo necessário para finalizar todas as matérias.
No concurso da PCCE, especificamente, como eu já tinha uma boa base formada, fiz um plano de estudo para revisar toda a matéria e treinar a parte discursiva. Normalmente eu estudava duas matérias por dia, sempre achei melhor, poucas matérias por dia e aumentar a carga horária de cada uma delas, pois eu sentia que eu rendia melhor e isso acelerava a finalizar o conteúdo, do que colocar várias matérias por dia com carga horária menor.
Em relação a carga horária diária de estudo, pra PCCE, eu estudava todos os dias da semana, cerca de 6 a 8 horas por dia, e no domingo eu separava umas 4 horas, e tentava relaxar a mente no restante do dia pra iniciar a próxima semana com toda a força. E a preparação durou cerca de 3 meses até a prova. Quanto a memorizar uma grande quantidade de conteúdo, o segredo é fazer o estudo ativo, quando a gente está assistindo as videoaulas, estamos, passivamente, absorvendo informações, e aprendendo a matéria, contudo é com o estudo ativo que vamos fixar e memorizar esse conteúdo.
No meu caso eu assistia a aula, printava a tela com as informações da aula, jogava no paint e salvava essa imagem, que continha todos slides da aula, as anotações do professor, as questões resolvidas, os quadros resumos e tudo que era relevante. Depois quando eu ia estudar, já não precisava voltar mais nas videoaulas, eu ia nesses slides que eu printei, e conseguia a partir daí absorver bem o conteúdo de uma aula de 30 minutos em 10 minutos de leitura. Quando eu finalizava o curso, eu tinha todas as aulas em prints, aí eu começava a estudar por esses prints e simultaneamente construía vários resumos das matérias, organizando por assuntos, de forma esquematizada e escrevendo todos os conceitos com as minhas próprias palavras, como eu entendi os assuntos.
Dessa forma com uma simples leitura dos meus resumos eu conseguia trazer todo aquele conteúdo que eu já sabia que estava na minha memória de longo prazo para a memória de curto prazo e tinha todas as informações na ponta da língua, como a gente costuma dizer.
Outra forma de estudo ativo, que ajuda na memorização dos conteúdos, é explicar os assuntos para outra pessoa, como se a gente estivesse ministrando uma aula pra ela, ou fazer isso para um amigo imaginário ou um boneco, ou outro objeto qualquer, de forma que a ideia é você verbalizar, falar os assuntos, e fazer isso com tranquilidade, precisão e perfeição.
E claro, não podemos esquecer de umas das principais formas de estudo ativo, que é fazer muitas questões, e poder enfatizar ainda mais àquelas que a gente errou, para refazê-las e fixar ainda mais o conteúdo.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma disciplina? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Paulo Diego: Para esse concurso da PCCE, eu não tive muita dificuldade porque a prova foi basicamente língua portuguesa, informática e direito. E a parte discursiva foram 4 questões de direito, então foi uma prova predominantemente jurídica, o que facilitou a preparação.
Se fosse pra eleger a matéria que eu mais tive dificuldade, seria a de informática, porque embora eu já tivesse estudado demais para a PF, PCDF, DEPEN e outros concursos, o conteúdo de informática da PCCE era bem diferente, então eu tive que dar um foco especial.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Paulo Diego: Eu sou do tipo de concurseiro que não consegue descansar até a prova, eu fico ligado no 220, mandando informações para a minha memória de curto prazo até o momento que eu estou no local de prova, aguardando para entrar na sala. Então, na semana da prova, eu assisti todas as aulas de reta final do Estratégia, os eventos de “Hora da verdade”, “Apostas Finais”, e respondia muitas questões, isso me ajudava a rever os principais pontos da matéria, aguçar minha memória de curto prazo e afiar o meu machado, como o diz o professor Thallius.
E na véspera de prova, o meu ritual é sempre o mesmo, acordar cedo e acompanhar a super revisão de véspera que o Estratégia prepara com muita qualidade e entusiasmo. E mesmo após a revisão, eu ainda lia alguns dos meus resumos que achava importante e procurava estar na cama até as 23:00. No dia da prova, acordo cedo e fico revisando alguns conteúdos até dar a hora de sair para o local de prova, então basicamente eu só paro de estudar quando estou dentro da sala de prova, e só descanso mesmo quando eu entrego a prova ao fiscal, que é o momento onde eu fico aliviado, respiro fundo e penso: “Acabou, fiz tudo o que eu podia, dei o meu melhor”.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Paulo Diego: Como eu tenho formação jurídica, eu acabei tendo mais facilidade na prova discursiva, pois eu já tinha enfrentado outras provas assim antes, seja na segunda fase da OAB ou em outros concursos que eu tinha feito. E por lidar no dia a dia com muitas questões práticas na rotina de advogado.
Na minha preparação pra o concurso da PCCE, eu não fiz nada muito específico, acompanhei os eventos do Estratégia de “Apostas Finais” para as provas discursivas, eu buscava ficar por dentro das ultimas discussões dos tribunais superiores para saber os temas mais relevantes da atualidade e procurava fazer questões e elaborar situações problemas para eu responder.
O meu conselho pra quem vai enfrentar uma prova discursiva jurídica, como foi o caso da PCCE, é escrever bastante, criar um padrão de escrita objetivo para responder qualquer questão, estar por dentro dos temas atuais no mundo jurídico, estudar as principais jurisprudências e súmulas, e fazer um estudo ativo de qualidade, sempre buscar explicar pra alguém os assuntos estudados, fazer resumos, utilizando suas próprias palavras, e fazer o maior número possível de questões para aumentar o repertório.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Paulo Diego: Eu venho me preparando para o TAF, fazendo sessões diárias de exercícios em casa, eu sinto que tenho rendido melhor assim do que quando eu estava indo pra academia. Eu tenho uma barra fixa em casa, colchonete pra fazer abdominais, o que facilita nos treinos, então procuro fazer sessões todos os dias e sair pra correr em dias alternados. Para as demais fazes do certame, eu estou tentando me manter tranquilo mentalmente, buscando controlar a ansiedade e dar um passo de cada vez, vencer etapa após etapa.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação, quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Paulo Diego: Especificamente para esse concurso da PCCE, não acredito que houve erros para apontar, não acho que eu teria mudado alguma coisa na minha preparação. Quanto ao maior acerto, sem dúvidas, eu diria que foi a organização, traçar um plano de estudo focado pra esse concurso, e executá-lo com muita dedicação e persistência, foi o que me levou a aprovação.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Paulo Diego: O mais difícil na caminhada foi manter o ritmo de estudos. Minha carga horária diária estava pesada, até porque eu já havia entrado numa pegada intensa desde o começo do ano quando estava estudando pra PF e PRF, e meu plano de estudo incluía os domingos, então eu não tinha muito tempo pra descansar.
O melhor momento do meu dia era quando eu me deitava a noite pra dormir, era quando eu conseguia, de fato, desligar um pouco a mente e descansar. Tive que abdicar do tempo com minha filha, minha família, o que foi difícil, mas buscava não pensar muito nisso e focar no objetivo, eu sabia que isso era só uma fase e que ia passar, e quanto mais eu aguentava firme, mais rápido a aprovação viria.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Paulo Diego: Minha filha foi a minha maior motivação. Ela foi a que mais sentiu a minha falta nesse período de estudo intenso e era doloroso abdicar de nosso tempo juntos pra continuar focado nos estudos, mas eu só pensava em fazer todo esse sacrifício valer a pena.
Eu precisava dar o meu máximo pra poder dar a melhor vida possível pra ela e quando ela entrava no meu quarto e me perguntava se eu já tinha conseguido passar para a polícia, eu me motivava ainda mais e dizia pra ela que a cada dia estava mais perto e eu sentia no olhar dela, um grande orgulho de mim e isso me trazia um renovo incrível para continuar.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Paulo Diego: Escolher estudar para concurso público não é uma decisão fácil, é um caminho árduo, longo, cheio de espinhos, e que sabemos que vamos tropeçar bastante até chegar ao final. No entanto, a vida é feita de escolhas, e as mais difíceis são aquelas que mais impactam o nosso futuro. Estudar para concurso, certamente, é uma dessas escolhas difíceis que vai exigir muita renúncia, força de vontade e dedicação, mas no final, quando você vê o seu nome na lista dos aprovados, percebe que tudo valeu a pena.
Eu me perguntava todos os dias, “Qual é o meu sonho?” e eu respondia a mim mesmo que a minha dedicação tinha que ser diretamente proporcional a minha vontade de realizá-lo, e quando eu imaginava o meu sonho realizado, mais eu me dedicava e me esforçava para alcançá-lo.
Então a mensagem que eu deixo a todos que estão trilhando esse caminho ou aos que estão pensando em começar é foquem em uma área, organizem um plano de estudo coerente com sua realidade e tempo disponível, e se dediquem ao máximo, façam todos os concursos que puderem fazer, pois a cada concurso o conhecimento e a experiência irão sempre se acumular e uma hora, certamente a aprovação virá.