Aprovado em 13° lugar no concurso PC RN no cargo de Escrivão

“Acredite em você mesmo. Escolha um cargo e se dedique para ele, não saia fazendo todos os concursos que surgirem. Ao invés de ganhar tempo, você poderá perdê-lo”

Confira nossa entrevista com Francinaldo Rodrigues, aprovado em 13° lugar no concurso PC RN no cargo de Escrivão:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?

Francinaldo Rodrigues: Sou natural de Marcelino Vieira – RN, atualmente resido em Pau dos Ferros, RN. Sou formando em Direito pela Faculdade de Mater Christi de Mossoró, RN. Tenho 40 anos de idade.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?

Francinaldo: Desde quando me formei, tinha a ideia de após dez anos de formado, depois de constituir algum patrimônio, parar de atuar por uns tempos e me dedicar aos concursos públicos. Assim que se iniciou a pandemia, com o fechamento de comércios e paralisação de muitas atividades, inclusive as atividades forenses, decidi que esse seria o momento de colocar em prática meus projetos adormecidos. Com isso, comecei a pesquisar os concursos que estavam prestes a terem editais publicados, foi aí que surgiu a possibilidade de prestar o concurso da PC RN.

A escolha pelas carreiras policiais se deu em face do que estava sendo previsto pelo projeto inicial da PEC 32/2020, segundo a qual as carreiras de segurança seriam as que iriam permanecer com estabilidade. Como ainda não estava preparado para a disputa do cargo de Delegado, resolvi fazer para escrivão, respeitando a minha limitação técnica de estudos.

Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?

Francinaldo: Eu sempre trabalhei. Mas durante o período de seis meses que antecederam as realizações das provas, eu trabalhei o mínimo possível, somente para me manter financeiramente. Nesse período vendi meu carro para poder ajudar na manutenção das despesas e poder ter dedicação maior aos estudos para os concursos.

Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?

Francinaldo: Fui aprovado em dois concursos: para Agente Técnico Forense do ITEP RN (5° colocado para a Cidade de Pau dos Ferros – são cinco vagas apenas) e para o cargo de Escrivão da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, em 13° colocado.

Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?

Francinaldo: Nos dois concursos, PC e ITEP, fiz pensando em não ser eliminado na primeira fase. No do ITEP eu já tinha uma esperança maior, porém, o da PC RN eu fui prestar no objetivo de ficar entre os 600 candidatos que teriam a prova subjetiva corrigida e, para minha surpresa, quando saiu o resultado preliminar da primeira fase da PC RN, fiquei sem acreditar, estava eu em 12°! A sensação de superação foi muito grande. O do ITEP, já foi uma sensação de dever cumprido, porque foram apenas 15 dias entre as duas provas, não tive como ter uma melhor preparação para o ITEP.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?

Francinaldo: Durante toda minha preparação, fiz o devido isolamento social (sim, ele faz um bem danado), com isso não saía de casa para nada, apenas aos sábados eu iria visitar meus familiares que moram na minha cidade natal. Mas o restante do tempo era dedicação quase que exclusiva. Tirava um tempo apenas para as poucas coisas do trabalho, em média duas horas diárias, o restante era de muito estudo.

Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?

Francinaldo: Não sou casado, não tenho filhos, não namoro, não moro com meus pais. Parte da família não sabia dos meus projetos, a parte que sabia sempre deu apoio, seja com palavras de incentivo ou mesmo compreendendo meu distanciamento.

Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?

Francinaldo: O concurso da PC RN, principalmente o cargo que concorri, fazia parte de meus projetos de vida, gosto muito da parte cartorária. Porém, sempre tive o sonho de integrar a Defensoria Pública, mas irei, se Deus me permitir, assumir o cargo de Escrivão da PC RN como todo orgulho e dedicação que o cargo merece.

Muitas vezes, precisamos de um cargo “escada” para atingir nosso objetivo principal a longo prazo, com isso vale a pena sim fazer um concurso para um cargo, que mesmo sem ser aquele almejado futuramente, mas que você se identifique, para ter segurança e suporte, principalmente financeiro, para o seu objetivo final.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?

Francinaldo: Para o concurso da PC RN, comecei a estudar em Novembro de 2020 e a prova foi em julho de 2021, foram ao todo cerca de sete meses de preparação dedicada.

Já para o cargo de Agente Técnico Forense do ITEP/RN, foram apenas três meses de preparação, concomitante com a preparação para o concurso da PC RN.

Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?

Francinaldo: Para os dois cargos estudei apenas após a publicação dos editais.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?

Francinaldo: De início comecei a estudar por apostilas (PDF’s), mas logo fui buscar por videoaulas no Youtube, daí conheci o Estratégia Concursos. Também, a partir desse primeiro contato com as videoaulas, percebi que melhoraria meu rendimento e passei, então, a utilizá-las com mais frequência.

Os PDF’s são ótimos, trabalhando de forma sucinta cada conteúdo, mas as videoaulas ajudam a compreender melhor o conteúdo de forma que evita de se recorrer a memorização.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Francinaldo: Como já citei, conheci o Estratégia através da buscas por aulas grátis disponíveis na plataforma o Youtube.

Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?

Francinaldo: Para superar a grande quantidade de conteúdo dos dois editais, precisei fazer uma boa programação. Assim, inicialmente fiz um cronograma de horas de estudos diárias de acordo com a quantidade de conteúdo do edital, dedicado mais tempo para aquelas disciplinas que eu não tinha tido muito contato, como Contabilidade, Administração e Medicina Legal. Quando decidi estudar para os dois concursos ao mesmo tempo, peguei os editais e separei os conteúdos comuns e os incomuns, de forma que a programação fosse estudar metade do tempo disponível para as matérias comuns e metade para as matérias divergentes.

Nessa programação, diariamente eu estudava cerca de quatro matérias por dia. Não costumava fazer resumos, apenas fazia algumas anotações mais importantes, aquelas que normalmente tem dois conceitos e se faz necessário diferenciá-los. Eram apenas anotações pontuais. O resumo é importante, mas eu considerava que não poderia me dar ao luxo de parar para fazer resumos.

A base do estudo foi mais por videoaulas, vendo e revendo, e acompanhando todas as aulas ao vivo, principalmente a programação da Hora da Verdade, que foi muito importante para o meu desempenho.

Sempre que dava um intervalo de 10 a 15 minutos, pegava o aplicativo do Estratégia e ia resolver questões, resolvi muitas, mas não sei a quantidade exata. Nunca parei para contabilizar número de horas de estudo por dia, acredito que temos que ter uma programação, mas apenas por questão de disciplina e foco, não podemos modelar e engessar o estudo de forma que pareça uma maratona, temos mais é que conhecer e respeitar os nossos limites.

Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?

Francinaldo: Tive bastante dificuldade em disciplinas como Contabilidade e Medicina Legal. E para superar, tive que estudar pelos dois métodos: videoaulas e PDF’s.

Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?

Francinaldo: Na reta final, fui mais por aulas ao vivo e fazia a complementação por leitura de lei seca, para as disciplinas jurídicas.

Na véspera da prova fiquei antenado na revisão de véspera, depois procurei relaxar.

Mas vez por outra, ia responder questões e verificar se tinha alguma coisa que eu poderia complementar, com isso eu usava o aplicativo do Estratégia que tem comentários dos professores nas questões e assim eu não precisava sair dali para revisar aquele conteúdo que eu estava sentindo-me inseguro.

Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Francinaldo: Para as provas subjetivas, minha preparação foi leitura de alguns PDF’s dedicados a elaboração de redação. Também, durante a preparação, dediquei alguns minutos para fazer redações, as guardava e dias após as corrigia, como se não fosse eu que tivesse feito aquilo. Ajuda bastante a melhorar a escrita e, consequentemente, as notas.

Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?

Francinaldo: Para o cargo de Escrivão não teremos TAF, apenas um teste de micro, para o qual venho realizando alguns treinos, seguindo os ditames do Edital.

Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?

Francinaldo: Sempre há erros, entre eles, não ter elaborado um melhor material de resumos para a reta final.

Quanto aos acertos, acredito ter sido acreditar no material que tinha em mãos e não ficar buscando outras fontes, que apesar de importantes, podem te levar ao estudo em círculos, ou seja, estudar a mesma matéria várias vezes por materiais de fontes diversas.

Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?

Francinaldo: O mais difícil foi acreditar em mim. Esses foram meus primeiros concursos, estava meio sem norte de como enfrentar as provas e de como eu iria me sair nelas. Sempre bate aquele medo de fazer a escolha e ficar na incerteza se fez ou não a melhor escolha. Nunca pensei em desistir, sempre tive a esperança de que iria conseguir e, com a graça de Deus, vieram as conquistas.

Estratégia: Qual foi sua principal motivação?

Francinaldo: A principal motivação foi a necessidade. A partir do momento que renunciai à minha carreira de advogado, de bens e conquistas patrimoniais, tinha que conseguir dar o meu melhor para atingir meus objetivos iniciais, e isso sempre me dá forças nas horas de maior cansaço.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Francinaldo: Para aqueles que querem se dedicar aos concursos, digo: Primeiro acredite em você mesmo, escolha um cargo e se dedique para ele, não saia fazendo todos os concursos que surgirem, ao invés de ganhar tempo, você poderá perdê-lo. Segundo, sempre acredite em você, tenha muita disciplina e auto conhecimento, saiba que pode ser que você não tenha seis horas livres para estudar todos os dois, mas o tempo que tiver aproveite, muitas vezes o que valem não são quantas horas se estuda, mas o quanto você está concentrado no estudo. É necessário se desligar de muitas coisas que pode te desviar do foco, como política, futebol, baladas, redes sociais. Por fim, saiba que tudo tem seu tempo e a cada reprovação começa o um novo ciclo de estudos.