Aprovado em 2° lugar no concurso PC SE no cargo de Escrivão

“NÃO DESISTAM! A luta é árdua, mas a vitória é certa. Mantenham a constância nos estudos, não deixem se abalar, aprendam com os erros e tomem prováveis reprovações como uma etapa que será superada e utilizada como aprendizado. Eu consegui e você também vai conseguir. Insista, persista”
Confira nossa entrevista com Lucas Ramiro Macário Souza, aprovado em 2° lugar no concurso PC SE no cargo de Escrivão:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Lucas Ramiro: Chamo-me Lucas Ramiro Macário Souza, tenho 24 anos, nasci e cresci em Aracaju, capital sergipana. Sou formado em História pela Universidade Federal de Sergipe e pós-graduando em Segurança Pública.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Lucas: Minha caminhada nos concursos públicos iniciou devido à dificuldade de conseguir um emprego na iniciativa privada. Quando estava me formando, distribuí currículos em diversos locais, mas as oportunidades não apareciam. Desse modo, observei nos concursos uma forma de conquistar o meu espaço através unicamente dos meus esforços. Durante esse percurso, situações específicas, como falta de concursos e desvalorização da carreira, fizeram eu me afastar da área da educação, na qual sou formado, e o desejo de fazer parte da segurança pública, muito presente em minha infância e adolescência, retornou.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Lucas: Como exposto na última resposta, eu tive dificuldades em adentrar no mercado de trabalho, então tomei a decisão de me dedicar exclusivamente aos estudos. Para isso, meus pais foram fundamentais, pois me deram apoio na tomada dessa decisão e o suporte necessário.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Lucas: O último resultado positivo que eu alcancei foi no concurso da PRF 2021, no qual consegui ficar como excedente. Antes dele, também fiquei na mesma situação no concurso do Corpo de Bombeiro Militar do Estado de Sergipe em 2018. A situação do excedente é um pouco complicada. Temos a expectativa de direito em sermos convocados e nomeados, mas tal ato depende do Estado. Contudo, figurar entre os aprovados é um resultado muito positivo. O concurso para Escrivão da Polícia Civil de Sergipe foi o primeiro que consegui ficar dentro do número de vagas, alcançando a segunda colocação.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados(as) na primeira fase do certame?
Lucas: A sensação foi fantástica, indescritível. Sabia que tinha feito uma boa prova, mas não esperava pela colocação final. Então foi uma surpresa muito boa ver meu nome entre os aprovados e dentro do número de vagas.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Lucas: Pergunta interessante. Ao longo do meu percurso eu tomei várias decisões, algumas boas e outras ruins. Dentre as ruins está a de abdicar um pouco da vida social. Deixei de lado muitos encontros com amigos, conversas com familiares e diversões em grupo para me dedicar aos estudos. Hoje percebo que isso foi um erro. Consegui ter a percepção da importância do convívio social e lazer em um momento crucial, e através de uma rotina organizada encontrei um equilíbrio entre a vida social e a rotina de estudos.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Lucas: Eu namoro há alguns anos e minha namorada, assim como eu, aventura-se no mundo dos concursos. Inclusive conversamos bastante sobre o mundo dos certames públicos, formas de estudo e discussões sobre questões – fato que nos ajuda de maneira recíproca nessa caminhada. Ademais, todos os meus familiares mais próximos me apoiam bastante. Diversas vezes ouvi palavras de apoio e motivadoras de minha mãe, meu pai, minha irmã e de minhas tias que me criaram, e esse carinho me motiva a conquistar coisas maiores sempre.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior? (Se esse ainda não é o concurso dos seus sonhos, se possível, citar qual é e se pretende continuar se preparando para alcançar esse objetivo).
Lucas: Depende se esse concurso é da mesma área do objetivo final. Veja, é totalmente possível conciliar concursos da área da segurança pública – inclusive fiz isso em muitos momentos. Os assuntos são muito parecidos, mudando poucas coisas entre um edital ou outro. Então a pessoa que se prepara para o concurso da PRF/PF, está se preparando também para os concursos das PMs, PCs, BMs, GMs e PPs. Entretanto, acredito que não é válido conciliar concursos de áreas diferentes. Os conteúdos cobrados não guardam forte relação e podem atrapalhar o candidato em seu objetivo final. Até porque os assuntos cobrados na área bancária, por exemplo, é bastante diferente da policial.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Lucas: Olha, especificamente para o concurso da PC-SE foi pelo tempo de abertura do edital até a data de realização da prova (um pouco mais de 2 meses). Contudo, não posso negar a bagagem anterior. Desde 2018 me aventuro no mundo dos concursos públicos e, embora focado na PRF, consigo aproveitar várias matérias para concursos de outras corporações policiais – o que aconteceu com a PCSE.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Lucas: Claro, o estudo antes do edital está aberto, sempre com base no anterior. Confesso que é um pouco desmotivador estudar sem ter a previsão da realização do concurso, mas temos que buscar apoio em algum lugar. No meu caso em específico, sempre pensava na concorrência. Sei que têm pessoas muito boas estudando há anos e prontas para dar o seu melhor, então eu tinha que minimamente tentar me igualar a elas. Se eu quero ser o melhor e passar, eu tenho que estudar bastante para conseguir alcançar o nível dos outros concurseiros. Afinal, não posso dormir no ponto.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Lucas: Usei em conjunto as videoaulas e PDFs do Estratégia, além de meus resumos. Todos os materiais do Estratégia são muito bons, então extrai o melhor de cada um. A vantagem das videoaulas é a didática dos professores. Nunca aprendi tão facilmente. Já a desvantagem é o tempo. Em 30 minutos de vídeo não conseguimos bater o que vemos com o mesmo tempo no PDF. Além dessa rapidez que o PDF proporciona, é um material bem completo. Sempre que quero me aprofundar na matéria é para os PDFs do Estratégia que eu vou atrás.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Lucas: Minha namorada me apresentou o Estratégia. Ela já tinha contato com o material e me apresentou. Vi, gostei e não larguei.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Lucas: Eu organizei minha rotina através de um Ciclo de Estudos. Basicamente, trata-se de uma organização na qual eu separo tempo específico para cada matéria e vou passando por eles de maneira cíclica até bater a meta estabelecida. Destarte, reservava mais tempo às matérias que mais caíam questões na prova. Assim, tinha uma rotina de leitura da lei seca; leitura dos resumos; se necessário, leitura de partes do PDF; e, por fim, resolução de questões. As questões foram fundamentais para a memorização do conteúdo, mas a leitura da lei seca também foi importantíssima para as matérias relacionadas ao Direito. Quanto às horas de estudo, já cheguei a bater 7h líquidas por dia. Contudo, percebi que se eu diminuísse teria um rendimento muito melhor – e foi o que aconteceu nos últimos meses. Atualmente dedico em torno de 4h a 5h líquidas de estudo.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Lucas: Com certeza, Exatas era o meu pesadelo. Olha, vou dizer que a didática dos professores do Estratégia fez eu superar essa barreira, viu? Inclusive, se me permitem, aproveito esse momento para mandar um grande abraço para Brunno Lima e Vinicius Silva, a maneira que vocês dão aula me fez gostar do mundo das exatas (incrível).
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Lucas: Dia de estudo! A semana anterior à prova eu deixo dedicada a uma super revisão. Reviso TODO o conteúdo de todas as matérias, linha por linha. É um momento bem cansativo, mas é o sprint final. No dia anterior da prova eu assisti a revisão final do Estratégia, sempre tem dicas muito boas para serem aproveitadas no dia da prova. Já no dia da prova, logo após acordar e tomar um café da manhã reforçado, eu leio algumas letras de lei que considero pertinentes, geralmente relacionadas a legislação extravagante.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Lucas: Em 2019 havia logrado êxito na prova objetiva do concurso de Oficial do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, mas reprovei na discursiva. Desse dia em diante o valor que eu passei a dar para a redação foi o necessário. Isso me fez acordar e perceber como uma boa redação pode ser um divisor de águas. Assim, toda a semana eu fazia uma redação e lia sobre assuntos que poderiam ser cobrados em uma possível discursiva. O Estratégia proporciona para nós, alunos, temas muito bons para estudarmos, os professores disponibilizam exemplos de folha de resposta e como abordar o tema – o que ajuda bastante no direcionamento do estudo da discursiva. Ademais, em particular eu contei com a ajuda de minha sogra. Ela é professora de língua portuguesa e sempre corrigia minhas redações me dando conselhos. Tive essa ajuda importante.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Lucas: O TAF sempre está presente nos concursos da área policial, então eu interpreto esse momento como um conteúdo para o qual devo estar preparado. Desse modo, treino 5 dias da semana dedicado aos exercícios cobrados no Exame de Aptidão Física. Claro que após o resultado, caso haja a aprovação, a intensidade aumenta – mas de maneira moderada, para que não ocorra uma lesão indesejada.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Lucas: O meu grande erro foi não ter encontrado o equilíbrio entre os estudos e o convívio social e isso acabou trazendo alguns problemas a longo prazo. Contudo, aprendi muito com esse fato e hoje estou 100% melhor que antes. O meu maior acerto eu vou dizer que é justamente aprender com os erros. Gente, no percurso que trilhamos em busca do cargo dos sonhos muitos erros acontecerão e eles continuarão acontecendo se não tomarmos a decisão de compreendê-los e combatê-los. Isso é um processo de autoconhecimento que acabamos adquirindo com o tempo, mas é muito importante para nos desenvolvermos e melhorarmos a nossa forma de estudar.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Lucas: Claro, em muitos momentos pensei que eu não tinha a capacidade de passar em um concurso público. A forma de seguir em frente foi a família, pois sempre que eu me desestabilizava eles estavam ao meu lado para me reerguer.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Lucas: Pode parecer clichê, mas poder ajudar a população com o meu serviço é algo que me motiva. Concursado eu vou ter a possibilidade de utilizar o serviço para, com minha contribuição, proporcionar o desenvolvimento de toda a sociedade e ajudar o próximo. Claro que além disso tem o lado financeiro, né!? Conquistar a independência financeira é algo que todos nós almejamos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Lucas: NÃO DESISTAM! A luta é árdua, mas a vitória é certa. Mantenham a constância nos estudos, não deixem se abalar, aprendam com os erros e tomem prováveis reprovações como uma etapa que será superada e utilizada como aprendizado. Eu consegui e você também vai conseguir. Insista, persista.