Aprovado em 71° lugar no concurso PC CE no cargo de Escrivão

“Apesar de o estudo para concurso ser uma maratona solitária e muitas vezes muito frustrante, são tais dificuldades enfrentadas durante a preparação que lá no futuro farão com que você valorize ainda mais as suas conquistas”
Confira nossa entrevista com Rodrigo Tavares, aprovado em 71° lugar no concurso PC CE no cargo de Escrivão:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Rodrigo Tavares: Olá, sou Rodrigo Armando Ribeiro Tavares, tenho 25 anos, sou soteropolitano, e me formei em Direito em junho de 2020. Desde então venho conciliando a advocacia com os estudos para concurso público com total enfoque nas carreiras policiais.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Rodrigo: Desde o fim da minha faculdade já estava decidido em seguir a área dos concursos, pois desde a época dos estágios nunca me identifiquei muito com a advocacia, tendo em vista que a rotina de ficar muito tempo em escritório, de frente para o computador redigindo peças, indo ao fórum, etc., nunca me atraiu muito. Além disso, sempre tive como matérias favoritas constitucional, penal e processo penal. Logo, não foi nada difícil decidir seguir a área policial.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Rodrigo: Advogo eventualmente, mas sempre evito pegar causas que sei que irão me ocupar muito tempo. Com o fim da minha faculdade, foquei completamente nesse mundo dos concursos, encarando o estudo como realmente um trabalho, estabelecendo horas semanais, metas, cronogramas, etc., e sempre o priorizando em comparação as demais questões profissionais.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Rodrigo: Venho de três reprovações em concursos. O meu primeiro foi para Delegado Pará e em seguida Delegado Rio Grande do Norte. Reprovações as quais me fizeram enxergar que estava no caminho certo e me motivaram bastante, pois embora não tenha me classificado obtive boas pontuações. Posteriormente, pela similaridade das matérias cobradas resolvi fazer PC Alagoas para Inspetor e PC CE para Escrivão e Inspetor. Na primeira amarguei mais uma reprovação e na PC CE, enfim, consegui realizar uma excelente prova, e conseguir classificar em ambos os cargos.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados(as) na primeira fase do certame?
Rodrigo: É uma sensação de alívio e de orgulho de si mesmo, você percebe que o seu esforço está sendo recompensado e que em um futuro próximo tudo valerá a pena.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Rodrigo: Não adotei nenhuma postura radical, claro que abstenções são necessárias em uma preparação para concurso, mas nada exagerado. Aos sábados e domingos reduzia consideravelmente os meus horários de estudos, buscava distrair um pouco e renovar as energias.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Rodrigo: Não tenho filhos, mas namoro há mais de dois anos. Moro com minha avó e sempre obtive o apoio incondicional dos meus familiares com relação ao estudo para concursos. Não gosto de falar para as pessoas que estudo para concurso, na verdade procuro evitar o assunto, acredito que quanto menos pessoas souberem melhor. No entanto, os familiares mais próximos, com os quais convivo diariamente sabem, e como dito, me dão todo o apoio possível.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior? (Se esse ainda não é o concurso dos seus sonhos, se possível, citar qual é e se pretende continuar se preparando para alcançar esse objetivo).
Rodrigo: O meu foco sempre foi Delegado e tendo alcançado esse objetivo de ser aprovado em algo, posso agora direcionar todo o meu estudo exclusivamente para este cargo. Dá uma tranquilidade e confiança saber que já está aprovado, e que pode contar com algo certo no futuro, mesmo não sendo ainda o cargo dos meus sonhos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Rodrigo: Assim que voltei da prova de Delegado do Rio Grande do Norte voltei o meu estudo para PC AL e PC CE nos cargos de Inspetor e Escrivão, e assim, acrescentei matérias que ainda não tinha estudado, como informática e legislações locais. O restante do edital era similar às matérias que já vinha estudando, logo, só revisei.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Rodrigo: O início dos meus estudos, no meio da pandemia, foi sem edital na praça, fiquei uns 5 meses assim, até que em novembro de 2020 saiu Delegado do Pará. Com relação à disciplina, como dito, sempre encarei o estudo como um trabalho, logo, não podia faltar, mesmo em dias cansado, com dor de cabeça, não importava, era preciso render pelo menos um pouco. O segredo no meu caso foi não procrastinar nem procurar desculpas para não estudar. Cumpria os horários como uma obrigação levada muito a sério.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Rodrigo: Iniciei os estudos com videoaulas para ganhar mais familiaridade com os assuntos. Mas assim que ia terminando as matérias, passava para os pdfs, que no meu caso, são os melhores materiais. Tenho um melhor rendimento e fixação com a leitura, além do que leva menos tempo para revisar. Atualmente reviso exclusivamente pelos pdfs simplificados.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rodrigo: Desde a faculdade já seguia o Estratégia pelas redes sociais e ouvia falar muito bem dos seus materiais. À vista disso, com o fim da faculdade realizei a compra do meu primeiro curso e sucessivamente fui adquirindo outros.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Rodrigo: No início alternava entre duas matérias por dia, primeiro com os vídeos e, posteriormente, com os pdfs, aí já de certa forma revisando os conteúdos. Após formar a base e já estar indo razoavelmente bem nas questões, acrescentei o estudo da lei seca diariamente, e passei a revisar as matérias pelos pdfs simplificados e uma de cada vez.
Não faço resumos, não tenho paciência, pois ao meu ver leva muito tempo, os pdfs simplificados satisfazem muito bem esse quesito. Com relação às questões, sempre separei um horário por dia para resolver algumas, e procuro resolver simulados no sábado. No que tange às horas de estudo, normalmente estabeleço de segunda a quinta de 6 a 7 horas de estudo, e sexta, sábado e domingo em torno de umas 3, 4 horas por dia.
O cronograma de estudos foi montado de acordo os editais das provas que iria fazer, bem como o meu desempenho em cada matéria. Quando estava inseguro, voltava e revisava a matéria toda de vez. Atualmente faço isso de três em três meses ou até menos, como forma de estar sempre com o conteúdo na memória.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Rodrigo: Tive muita dificuldade em informática e em medicina legal no início, então preferi iniciar os estudos por videoaulas e depois partir para os pdfs, já com uma boa noção dessas matérias. Facilitou muito na compreensão.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Rodrigo: Reta final busco intensificar ainda mais os estudos, aprofundo a leitura da lei seca e de assuntos que são decorebas. Gosto de ler também a parte especial do Código Penal porque são muitos detalhes. Já no dia anterior ao da prova costumo revisar sim, mas nada exagerado, normalmente à tardezinha já paro e vou fazer outra coisa. Chegar exausto para fazer prova pode ser um tiro no seu próprio pé.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Rodrigo: Costumo tirar os finais de semana para treinar as provas discursivas e acredito que desenvolver um pensamento mais crítico ao estudar os assuntos também é de grande valia para esta fase.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Rodrigo: Assim que corrigi a prova desconfiei que tinha passado, logo, comecei a treinar os exercícios que serão exigidos no TAF. Por já frequentar academia há um bom tempo, não tive muitas dificuldades nos exercícios de força, mas na parte aeróbica tive que correr atrás. Atualmente alterno os dias de treinos em musculação e corrida.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Rodrigo: No início comecei fazendo alguns resumos, e isso, na minha opinião atrasa muito, apesar de muitas pessoas gostarem muito de estudar escrevendo, não é o meu estilo, perco muito tempo assim. Para mim, o fundamental é uma leitura atenta do pdf, com questões e lei seca.
E sobre os acertos, acredito que seja eu ter desde logo estudado a lei seca, isto porque as primeiras leituras são maçantes e lentas, mas depois é tudo muito mais rápido. Ajuda a subir suas notas consideravelmente.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Rodrigo: O mais difícil é sem dúvidas você querer aproveitar um final de semana, um feriado e não poder ir porque tem que estudar. Sempre gostei muito de sair, passear, e com os estudos esses lazeres foram colocados de lado de certa forma, não completamente, mas de forma significativa. Sobre desistir nunca foi uma opção, sempre soube e sei que uma hora a aprovação virá, pode demorar um pouco mais ou um pouco menos, mas ela chega.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Rodrigo: Com certeza ter uma vida confortável, trabalhar com algo que eu goste e poder ajudar meus familiares quando preciso.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rodrigo: Apesar de o estudo para concurso ser uma maratona solitária e muitas vezes muito frustrante, são tais dificuldades enfrentadas durante a preparação que lá no futuro farão com que você valorize ainda mais as suas conquistas.
Todo o sofrimento enfrentado e todas as reprovações colhidas são esquecidas com uma única aprovação. O estudo para concurso levado a sério e com dedicação é infalível. Uma hora sua prova virá e com ela uma dose de sorte, o que, sem dúvidas te fará ser aprovado.