Aprovado no concurso SEFAZ CE no cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual em 1° lugar

“Após algum tempo, entendi que a aprovação demanda todo um processo de construção de base e de estudo repetitivo através de materiais de qualidade. Então, acredito que meus maiores acertos foram ter utilizado os materiais do Estratégia (principalmente os materiais com marcação dos aprovados, que me davam uma grande objetividade nos estudos), não ter perdido muito tempo fazendo meus planejamentos manualmente (…) e, por fim, a importância que eu dava às revisões (…)”
Confira nossa entrevista com Pedro Thales, aprovado no concurso SEFAZ CE no cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual em 1° lugar:
Estratégia Concursos: De onde você é? Qual é sua idade? E sua formação?
Pedro Thales: Sou de Fortaleza/CE, tenho 28 anos e sou formado em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Ceará.
Estratégia: Você chegou a trabalhar na sua profissão? O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Pedro: Nunca exerci minha profissão. Até tentei um trainee pouco tempo depois de me formar, mas acabei não passando na etapa final. O que me levou a optar por estudar para concurso público foi a possibilidade de ocupar um cargo que me proporcionasse oportunidade de crescimento profissional atrelada à estabilidade do serviço público. Além disso, sempre me identifiquei mais com a função pública do que com a iniciativa privada, apesar desta última ser capaz de oferecer salários maiores.
Estratégia: Como foi a escolha pela área fiscal? O que pesou mais para você quando teve que definir esse foco de estudo?
Pedro: Não comecei os estudos pela área Fiscal. Tinha vontade de passar no meu Estado, então optei por fazer concursos no Ceará. Fiz 2 concursos como “treino”, porque até então não tinha experiência de prova, mas sem sequer focar em uma área específica. Como tinha pouco tempo de estudo e só estudei após a publicação dos editais, acabei não passando. Até que saiu o edital da CGE/CE no fim de 2018, cargo de Auditor de Controle Interno e resolvi encarar. Apesar de iniciar meus estudos após sair o edital, as provas desse concurso foram adiadas 2 vezes. Assim, tive tempo de ver e rever matérias novas e difíceis pra mim na época, como Contabilidade Geral e Contabilidade Pública. Bati na trave nesse e, logo em seguida, começaram boatos de que sairiam os concursos do ISS Fortaleza e SEFAZ CE. Foi aí que ingressei nos estudos da área Fiscal.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Pedro: Durante todo o processo me dediquei integralmente aos estudos para concurso.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Pedro: A aprovação na SEFAZ/CE foi a minha primeira. Na CGE/CE fiquei em 34º, mas o concurso tinha em torno de 20 vagas (imediatas + CR). Cheguei até a ser aprovado no concurso do TJ/CE, para o cargo de Técnico Administrativo, mas bem longe das vagas (acho que por volta da posição 150), então não conto muito com essa.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Pedro: A maior parte do meu estudo foi sem ter edital na praça. Os únicos pós editais que encarei na área fiscal foram o ISS Aracaju e a SEFAZ CE. Fora isso, acho que estudei por volta de 1 ano e meio sem edital específico. Sabia que era necessário estar competitivo para encarar a concorrência dessa área e que de nada adiantaria viajar e investir em provas se não tinha uma base sólida nas matérias clássicas de fisco. Então, mantive meus pés no chão e foquei em terminar minhas metas. Acho que o estudo diário e contínuo foi essencial para minha evolução. Às vezes batia um desânimo, mas acredito que seja algo natural. Nessas horas, buscava mentalizar meu objetivo de longo prazo (ser Auditor “em casa”) pra tentar voltar ao ritmo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Pedro: Conheci por meio de site de buscas mesmo. Vi alguns depoimentos muito positivos de aprovados e então decidi adquirir os materiais. Não me arrependi.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? O que funcionava melhor para você? Videoaulas, PDFs, livros?
Pedro: A grande maioria das matérias estudei por meio dos PDFs. Preferia, na verdade. Mais recentemente, optava sempre que podia pelos PDFs com “marcação dos aprovados”. Sentia que os grifos me ajudavam a ter um estudo mais direcionado. Usei inclusive no pós edital da SEFAZ CE, em matérias que pra mim eram novas, como Administração Geral, Pública e as Economias. Ajudou bastante.
Estratégia: Quantas horas por dia costumava estudar?
Pedro: No pré edital variava entre 5 a 7h líquidas diárias. No pós edital de Aracaju mantive uma média de 7 a 8h líquidas. Já no pós da SEFAZ CE, o ritmo aumentou bastante e fazia geralmente entre 8 a 11h líquidas. Óbvio que não conseguiria manter esse ritmo por muito tempo, mas esse pós foi curto e o edital foi muito extenso. Achei necessário intensificar.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Pedro: Comecei com o ciclo básico de fiscal. À medida que concluía uma matéria, outra era acrescentada. As que já estavam concluídas eu mantinha uma revisão por meio de questões. Assim, o estudo ficava mais objetivo e dinâmico e eu podia me dedicar melhor aos conteúdos novos. Acho que, nessa dinâmica, cheguei a estudar umas 15 matérias ao mesmo tempo. Não era muito bom de organizar meus estudos, então contratei uma consultoria. Assim, os planos e metas já vinham prontos e eu podia focar apenas nos conteúdos.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Pedro: Tinha muita dificuldade em Estatística e Economia. Além dessas, a parte de Títulos de Crédito em Direito Empresarial também era difícil pra mim. Nessas eu não tinha muito o que fazer: tentava fazer a maior quantidade de questões possíveis, para entender como o assunto era cobrado. Fazia isso especialmente quando eu tinha certeza de qual seria a Banca responsável pelo concurso que eu ia fazer. Todas elas eu estudei por PDFs também. Talvez Estatística fosse interessante tentar aprender por videoaulas, mas não coloquei em prática essa ideia.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Pedro: Não sou casado e não tenho filhos. Namoro e moro com meus pais. Mas sempre tive 100% de apoio de todos ao meu redor. Aqui em casa sempre ouvi que o estudo era a melhor forma para vencer na vida, então esse apoio vem desde pequeno.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Pedro: Não tive muita vida social durante minha preparação. Vez ou outra saía pra jantar fora, separava um tempo pra ver filme, mas nada muito frequente. Durante o pós edital adotei uma postura bem radical e abdiquei 100% do convívio social. Vez ou outra ia passear com minha cachorra, pra não ficar maluco de tanto ver a mesa de estudos, mas não tive muito tempo livre nesse período. Tentei seguir a ideia de que quanto antes eu passasse, antes eu voltaria a ter uma vida “normal”. Felizmente deu certo!
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Pedro: Acho que se for na sua cidade, sem expectativa, e tendo em mente que aquela prova seria mais um treino do que uma prova decisiva, acredito que seja válido. Fiz isso na prova do TJ/CE, por exemplo. Não posso falar que é uma ideia válida para todos os casos, mas eu encarava dessa forma. Muitas vezes também acho possível fazer uma prova de uma área com matérias semelhantes, se você já for um concurseiro avançado. Por exemplo, se não houvesse expectativa de prova na área Fiscal e saísse concurso pro TCE/CE, acredito que eu acabaria fazendo.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Pedro: Estudei por volta de 2 anos e meio, sendo pouco mais de 2 anos voltado pra área fiscal.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
Pedro: Foi incrível. Tirei um peso enorme das costas, porque esse é um ponto bem negativo do mundo dos concursos: você não tem ideia nenhuma de quando e onde vai passar. Posso dizer que o privilégio de ser aprovado no cargo que eu almejava e no fisco do meu Estado foi bem gratificante. Valeu a pena toda a dificuldade do processo.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Pedro: A última semana foi a mais estressante possível. Consegui manter uma média de 60h semanais durante o pós edital, mas, na última semana, esse tempo aumentou para 74h! Por um lado foi bom ter intensificado, porque consegui rever quase tudo e fiquei mais confiante para encarar a prova. Por outro, teve o ônus: no último dia, exagerei nos estudos e acabei não conseguindo dormir por conta da pressão que coloquei em mim mesmo. Acho que dormi apenas 2h nessa noite e fui pra prova extremamente cansado. Por sorte, a adrenalina afastou o sono e eu consegui me concentrar bastante durante a prova, mas, apesar de ter dado certo pra mim, não recomendo esse ritmo insano no dia da véspera.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Pedro: Não consegui me preparar devidamente para a prova discursiva nesse concurso. Tinha sofrido um rompimento num tendão do polegar direito há algum tempo (sou destro) e, por falta de sorte, a lesão voltou poucos dias depois de sair o edital da SEFAZ CE. Acabei tendo que parar de escrever, fazer muita fisioterapia e tomar alguns remédios. Só fui conseguir voltar a escrever nas últimas 3 semanas antes da prova. Foi um período de bastante tensão, porque não sabia se, no dia, estaria em condições de prestar o concurso. Mas também não deixei isso me desmotivar. Até fiz uma discursiva no final, mas creio que não foi o suficiente. Felizmente, minha nota na discursiva foi até boa e consegui manter minha posição.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Pedro: Acredito que meus maiores erros foram a falta de foco no início dos estudos e a busca por resultados imediatos. Após algum tempo, entendi que a aprovação demanda todo um processo de construção de base e de estudo repetitivo através de materiais de qualidade. Então, acredito que meus maiores acertos foram ter utilizado os materiais do Estratégia (principalmente os materiais com marcação dos aprovados, que me davam uma grande objetividade nos estudos), não ter perdido muito tempo fazendo meus planejamentos manualmente (contratei uma consultoria) e, por fim, a importância que eu dava às revisões (sempre tirava esse período pra fazer questões em exagero, o que, acredito eu, tornava o estudo menos cansativo e me ajudou a aperfeiçoar meus conhecimentos nas matérias).
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Pedro: Não pensei em desistir, mas a incerteza sem dúvida foi o mais difícil. Não sabia quando ou onde iria passar e se iria passar algum dia. Tentava manter meu foco nos fatores que eu conseguia controlar, como a qualidade dos meus estudos e as metas de curto prazo que eu me comprometia a alcançar. Isso ajudava a aliviar a tensão.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Pedro: Acredito que a realização profissional, a vontade de retribuir tudo o que foi “investido” em mim por minha família e a ideia de que, por mais difícil que fosse, eu tinha escolhido aquele caminho e estava, a cada dia de estudos, mais próximo de alcançar meu objetivo.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Pedro: Acho que a ideia central do estudo para concursos é a de comprometimento. Entender que o processo como um todo não é o mais legal, mas é necessário para alcançar o cargo desejado é importante, porque nem sempre você acordará motivado a estudar várias matérias diferentes e isso acontece, acredito eu, com todo mundo. É um processo feito aos poucos, em que você tenta dar o melhor de si a cada tarefa e, se desistir não for uma opção, a cada dia você estará mais perto da aprovação. Não tem jeito: tem que ter paciência e persistir.