Aprovado em 2° lugar no concurso PF 2021 no cargo de Agente

“Como eu conciliava faculdade, trabalho e estudos, sobrava-me muito pouco tempo livre. Eu saía bem pouco. No entanto, academia sempre foi algo que fiz todo dia. Separava em torno de 2h por dia para atividade física.”
Confira nossa entrevista com Marcus Toloza, aprovado em 2° lugar no concurso PF 2021 no cargo de Agente:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Marcus Toloza: Eu estou me formando em Engenharia Civil na UnB. Tenho 23 anos e sou de Brasília.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Marcus: Eu trabalhei durante alguns anos na iniciativa privada. No entanto, a última empresa em que trabalhei estava com dificuldades financeiras e o dono dela me recomendou estudar para concurso, porque futuramente era bem provável que ele precisasse reduzir a quantidade de funcionários.
Assim, comecei a estudar para o concurso do BRB. Logo após essa prova, voltei meus olhos para a área policial depois da saída da autorização para o concurso de Policial Legislativo do Senado Federal. Por causa dos rumores de PCDF Escrivão e Senado, resolvi focar na área policial.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Marcus: Eu sempre trabalhei, estudei para a faculdade e estudei para concurso. Eu ainda mantenho essa rotina e confesso que é bem complicado. Eu sempre organizava minha rotina e meus horários, de modo que gastasse o menor tempo possível fazendo coisas que não agregassem.
Eu acordava cedo, estudava um pouco para concurso e depois ia malhar. Em seguida, assistia às aulas da faculdade, almoçava e ia para o trabalho. À noite, estudava mais um pouco para a faculdade e para concurso.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Marcus: Eu prestei 5 concursos na minha vida: BRB, PF, PRF e PCDF Escrivão e Agente. No BRB, fui aprovado por volta da posição 200. Eram 800 vagas e fui nomeado 2 anos após a prova. Na PRF passei fora das vagas imediatas, mais ou menos na posição 3000. E na Polícia Federal, fui aprovado em 2º lugar para o cargo de Agente.
As provas PCDF Escrivão e PCDF Agente ainda não tiveram seu resultado divulgado, mas estou confiante de que fui aprovado nas duas.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados(as) na primeira fase do certame?
Marcus: Sensação de alívio, dever cumprido. De que todo o esforço que eu dedicava aos estudos estava dando resultado. Sensação de que eu trilhei o caminho certo, apesar das inúmeras angústias e agonias durante os estudos, das dúvidas que surgiam se eu estava estudando da maneira correta, etc.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Marcus: Como eu conciliava faculdade, trabalho e estudos, sobrava-me muito pouco tempo livre. Eu saía bem pouco, apenas para alguns aniversários de vez em quando. No entanto, academia sempre foi algo que fiz todo dia. Separava em torno de 2h por dia para atividade física.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Marcus: Eu namoro há mais de 3 anos. Moro com minha mãe. Minha namorada também estuda para concurso, então o apoio foi mútuo durante nossa jornada.
Minha mãe também me apoiou bastante, sobretudo ao me ajudar a preparar as refeições e evitar ao máximo fazer barulho em casa. Ela me propiciou paz para estudar e isso foi essencial para a minha aprovação.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Marcus: Com certeza. A tranquilidade de já estar em um cargo público é excelente para prover paz para estudar para outros cargos. Eu, inclusive, optei por trabalhar durante o tempo de minha preparação justamente para ter mais tranquilidade financeira e conseguir estudar com menos ansiedade, pois, se o concurso demorasse muito para sair ou se eu fosse reprovado, ao menos eu estava empregado e recebia uma certa quantia mensal. Dessa forma, para mim, vale muito a pena fazer concurso escada.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Marcus: Para a PF e PRF estudei por 1 ano e 7 meses.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Marcus: Sim, estudei sem ter o edital também. Eu me guiei por editais antigos e ia estudando para concursos semelhantes que estavam com edital aberto. A saída do Edital de Escrivão da PCDF, em dezembro de 2019, ajudou muito a me dar mais motivação e manter uma pegada constante nos estudos.
Para manter a disciplina, eu apenas me relembrava diariamente de que valeria a pena aquele esforço investido para a aprovação. Bastava estudar com concentração e constância que, em algum momento, eu seria recompensado. Por meio desse pensamento que eu mantinha a minha disciplina.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Marcus: Praticamente só estudei por PDF. Vantagem de você mesmo ditar o seu ritmo de leitura, poder grifar, revisar melhor, etc. A única desvantagem que vejo é que, se o aluno quiser imprimir o material, fica um pouco caro. Assim, optei por imprimir apenas o material das matérias que eu tinha mais dificuldade ou que eram mais importantes, como Contabilidade e Estatística.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Marcus: O chefe da antiga empresa em que eu trabalhava, quando me incentivou a estudar para concurso, recomendou o Estratégia. Gostei do que vi e comprei o curso.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Marcus: No pré-edital, antes de fechar as matérias, eu estudava cerca de 3 a 4 matérias. Quando finalizada uma delas, botava ela em modo revisão e acrescentava uma nova no lugar, mantendo sempre o estudo de 3 a 4 matérias. Quando fechei todo o edital, eu revisava todas as matérias apenas fazendo questões.
Não fiz resumos, nem mapas mentais, nem flash cards, etc. Usava apenas questões mesmo e estudava por volta de 3 a 4 horas por dia. Minha meta era bater 28h semanais de estudo.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Marcus: Sim, Contabilidade! Imprimi o material, lia com bastante concentração. Depois, complementei meus estudos com algumas videoaulas para ajudar no aprendizado da matéria. E, claro, muita resolução de questões.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Marcus: Na semana da prova da PF, eu também estava na última semana do semestre da faculdade. Então, havia várias provas e trabalhos acumulados da faculdade para aquela data. Infelizmente, não consegui revisar da forma que gostaria. Foi meio frustrante, mas no final deu certo.
Eu queria ter relido todos os meus cadernos de erros e assistido a algumas revisões em videoaulas. No final, consegui só revisar legislação e algumas coisas de estatística e contabilidade.
Não estudei na véspera. Nessa semana da prova, estudei uma média de 2 horas líquidas por dia.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Marcus: Estudei muito forte para a discursiva, é o meu diferencial. Tirei 12,53 dos 13 pontos possíveis na PF. Fiz 1 redação por semana durante todo o meu tempo de preparação. Foram mais de 70 redações. Contratei o curso de correção de 3 discursivas do Estratégia e ia ajustando os erros com base nos ensinamentos desses professores.
Eu aconselho o aluno a fazer, no mínimo, 2 discursivas por mês e contratar um curso de correção para compreender se está evoluindo e quais são os pontos em que precisa melhorar. Discursiva é prática pura, desde que com a orientação correta!
Estratégia: Como está sendo sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Marcus: Já realizei o TAF da PRF e da PF. Passei nos 2, inclusive tirei a nota máxima em todas as modalidades na PF. Para a PCDF, mantenho minha rotina diária de academia. Estou em forma, dará certo novamente!
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Marcus: Meu maior erro foi gastar muito tempo e energia indo atrás de métodos milagrosos de estudo e tentando fazer tudo que os mais diversos coaches da internet falavam. Descobri que não é verdade que preciso fazer resumo. Não preciso necessariamente sofrer para ser aprovado. Não há necessidade de dormir pouco para estudar mais (essa é a maior falácia). Também não precisa estudar 8, 10 ou 12 horas por dia. Meu erro foi não questionar o que esses coaches falavam e acabar me chateando porque eu não conseguia estudar 12 horas líquidas, nem dormir menos de 8 horas na noite e acordar bem no dia seguinte.
Meus maiores acertos foram fazer um simulado com discursiva toda semana, além de ter estudado todo santo dia, com bastante consistência, durante esse 1 ano e meio de preparação. Resolvi em torno de 30 mil questões, isso foi excelente para eu me sentir ainda mais confiante e preparado para o dia da prova.
Resumindo: estudar com boa constância (pelo menos algumas horinhas por dia 6x na semana) e com um bom material (PDF ou videoaulas do Estratégia) é o caminho da aprovação.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Marcus: O mais difícil foi conciliar o estudo para concurso com a faculdade e o trabalho. Por meio de muito esforço e abdicação, consegui me sair relativamente bem nos três. Considerei parar de estudar algumas vezes, mas logo relembrava de que valeria a pena e que não seria coerente eu deixar de lado todo o tempo que eu investi nesse projeto. Eu acreditava convictamente que a minha aprovação era só questão de tempo.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Marcus: Melhorar de vida. Também sempre tive o objetivo de ter uma boa colocação em uma prova de destaque, para que eu pudesse chamar a atenção de grandes cursos e começar a dar aulas para concurso. Tenho o objetivo, ainda, de um dia me tornar Professor de Português.
A possibilidade de mudar completamente minha vida financeira através da resolução de uma prova em 4 horas e meia em um domingo me chamava muito a atenção. Sabia que dependia de mim. Isso me motivava.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Marcus: Diria para testar alguns métodos de estudo e achar, o quanto antes, aquele com que você se identifica mais. Depois disso, mantenha esse estilo de estudo com consistência. Durma bem e resolva muitas questões e simulados. Não há uma fórmula mágica para ser aprovado. Cada um tem seu método de estudo. O que importa é descobrir aquele com que você mais se identifica e manter a constância no estudo.