Aprovado em 3° lugar no concurso ITEP RN no cargo de Perito Criminal - Engenharia Química/química (Concurso em andamento)
“Nessa jornada, procure ter gosto por estudar e por vencer desafios. Cada vez que você resolver uma questão difícil, comemore e se desafie a ir cada vez mais longe. Só tem uma pessoa que pode te levar ao sucesso ou ao fracasso: você mesmo”
Confira nossa entrevista com Igor Falcão de Mattos, aprovado em 3° lugar no concurso ITEP RN no cargo de Perito Criminal – Engenharia Química/química:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Igor Falcão de Mattos: Estou com 28 anos e sou de Niterói/RJ. Me formei em engenharia química na UFRJ em 2018.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Igor: Minha decisão de concorrer a uma carreira como concursado se baseia muito na falta de oportunidade dentro da iniciativa privada, principalmente na área de engenharia química. É impressionante a quantidade de colegas que se formaram comigo, que sempre foram dedicados e hoje não atuam na área. Sem falar os que eu vejo sofrendo desempregados, tentando engajar no LinkedIn, por exemplo.
Me encontrava hoje, sabendo que não estava sendo valorizado pela formação e pelo profissional que eu sou. Dentro da iniciativa pública, sei que terei uma remuneração que valorizará a formação que eu tenho.
Já, a área de perícia química me interessa muito, pois é uma oportunidade de trabalhar num ambiente sempre preocupado com excelência, inovação e tecnologia, o que me permitirá evoluir muito como pessoa e como profissional.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Igor: Tem sido uma caminhada curta e intensa até aqui. Comecei a estudar no final de maio/21 (ou seja, 2 meses antes da prova do ITEP) e conciliava com o trabalho em tempo integral. O fato de estar trabalhando de home office, por conta da pandemia, certamente me ajudou a conciliar os estudos, já que não perdia mais tempo no trânsito.
O que foi fundamental para otimizar meu preparo, foram as videoaulas do Estratégia. Ao longo do dia eu deixava rolando as aulas, mesmo sem poder prestar muita atenção, que eu já sabia que o pouco que conseguisse absorver já era muito comparado a se eu não fizesse nada. Isso foi de grande ajuda, tanto para assuntos que eu já dominava e só precisava relembrar, quanto para assuntos que eu comecei do zero, como Medicina Legal e Criminalística. Esses últimos, obviamente, eu retornava às aulas quando podia prestar atenção para absorver o conteúdo completo, mas já não era meu primeiro contato, o que facilitou muito.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Igor: Nessa jornada eu só prestei concurso pro ITEP e pra PEFOCE. Fiquei em 2º lugar no concurso para Perito Criminal Químico para do ITEP, dentro do número de vagas e fiquei em 24º no concurso da PEFOCE, também para perito químico, mas esse eram somente 5 vagas imediatas.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Igor: A ficha ainda está caindo aos poucos. Hahahaha. Mas é uma sensação imensa de alívio e sensação de dever cumprido. Saber que finalmente estou próximo de poder providenciar um certo conforto e estabilidade pra minha família é o que paga esse momento.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Igor: A própria pandemia nos forçou a reduzir o convívio social. Este foi até um dos fatores que me levou a decidir estudar para concurso, uma forma de aproveitar melhor o tempo livre que eu vinha tendo em casa. Sei que é uma oportunidade única e uma maneira de tirar proveito de uma situação adversa.
Além disso, como eu estudei por um período curto, foi mais fácil manter um ritmo pesado durante essa jornada, bem intenso. Acredito que para quem vem estudando desde antes de sair edital, é importante mesclar momentos de maior intensidade e momentos de um ritmo mais sustentável. É o que eu venho fazendo agora que estamos em período sem edital lançado.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Igor: Sou casado e moro com minha esposa e nosso cachorro. E cuidar da casa realmente é uma tarefa que nos demanda bastante tempo. Em tempos de pandemia, é difícil ignorar as necessidades da casa, visto que estamos o dia inteiro nesse ambiente. Até para isso as videoaulas do Estratégia me ajudaram bastante. Qualquer tarefa doméstica que eu ia realizar, estava ouvindo alguma aula. Foi até uma experiência bem interessante, porque assistir aula fazendo alguma atividade me ajudou muito a concentrar e não sentir sono. De certa forma, tirei bastante proveito de uma situação naturalmente estressante e potencializei meu aprendizado.
E o apoio da família foi essencial para manter a saúde emocional e me motivar nessa jornada, afinal, um dos meus maiores objetivos é providenciar uma vida de qualidade para minha própria família.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Igor: Quando a gente começa a acompanhar os concursos, é difícil não ficar tentado por carreiras como a área fiscal, que tem as maiores remunerações e bastante quantidade de vaga, mas eu tenho muita vontade de atuar como engenheiro químico, então é para onde eu tenho focado. A área pericial tem bastante oportunidade, mas existem outros concursos que me interessam bastante, como é o caso do concurso da PETROBRAS, que seria uma excelente carreira para mim como engenheiro. Mas vamos vendo, estou bem focado na área pericial, no momento.
E acho muito válido fazer concursos “intermediários” com a intenção de ser uma ponte até o seu concurso preferido. Mas isso vai variar muito da situação de cada um. Como eu já tenho um emprego formal, de carteira assinada, para mim valeria a pena já um concurso na minha área. Vale ressaltar também, que para alguém que tem condição de dar dedicação exclusivamente para concurso, esses concursos alternativos podem acabar roubando essa exclusividade e assim o candidato perde essa vantagem aparente.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Igor: Foram apenas 2 meses, utilizando o material do Estratégia, exclusivamente. Eu comecei do zero em Medicina Legal e Criminalística e gabaritei ambas as provas no ITEP, então dá tempo de pegar essas matérias nesse tempo. Obviamente que a parte específica eu já tinha uma certa facilidade e domínio, tanto pela minha trajetória profissional como acadêmica, o que me permitiu estar preparado em tão pouco tempo.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Igor: Comecei a estudar no período de abertura de inscrições. Como foi um tiro bem curto, quase uns 100m rasos, foi mais fácil manter a intensidade (Hahahahahah).
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Igor: Majoritariamente utilizei o material do Estratégia. Passava o dia inteiro assistindo às videoaulas e em momentos que eu podia focar mais, eu utilizava as apostilas em PDF. A grande vantagem da videoaula era poder acelerar o vídeo (x2) e poder assistir enquanto realizava outras atividades, a desvantagem é a perda de detalhes pela própria falta de atenção. Era justamente aí que o estudo cauteloso dos PDF’s complementava o aprendizado.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Igor: Ao buscar as opções no mercado, assisti algumas aulas do Estratégia no YouTube e uma aula de degustação no site da matéria específica. Gostei bastante do foco e da abordagem, decidindo assim pelo curso.
Outra vantagem foi o sistema de assinatura que me deu muito mais flexibilidade e permite um investimento mais a médio prazo.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Igor: Como tive pouco tempo, ao longo do dia eu focava em videoaulas, geralmente 2 matérias diferentes (uma pela manhã e outra pela tarde). À noite eu foquei nos meus resumos e nessa parte eu ia bem focado, só mudava de matéria após terminar de preparar o resumo de toda a parte teórica daquela disciplina. Isso implicou em estudar até 2 semanas a mesma matéria.
Como durante o dia eu mesclava através das videoaulas, eu mantinha o conteúdo sempre fresco.
Meus resumos são bem enxutos, basicamente com tópicos e palavras chave e destaco somente o que eu acho que não vou conseguir lembrar ou que é muito importante decorar.
Além disso, eu montava uma folha a parte, de cada disciplina, onde eu listava tudo que eu precisava decorar. Desde fórmulas a termos específicos, ou todos os nomes dos sinais que caem em Medicina Legal. Isso deu mais ou menos 2-3 páginas por disciplina, onde eu olhava várias vezes ao dia e me “tirava tabuada” para conseguir decorar tudo.
Nessa fase dos resumos, eu me forcei a dar uma puxada bem mais forte, ficando estudante até 4h da manhã, tendo que levantar-me cedo pra trabalhar no dia seguinte. Após os resumos completos, eu relaxei esse horário, ficando até meia noite no máximo.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Igor: Português é uma dificuldade para mim e estou trabalhando com isso agora no período entre editais, mas acabei não priorizando essa matéria na reta final.
Medicina Legal também foi um desafio e esse método de resumo e “formulário” me ajudou muito para acompanhar e decorar tudo que precisava.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Igor: Essa puxada que eu mencionei antes, ficando até as 4 da manhã estudando, foi pensada justamente para uma reta final mais tranquila. Meu objetivo era levar a semana anterior a prova bem leve, para não ter problema de desempenho por falta de atenção, desgaste ou cansaço emocional. Então, na semana da prova, me deitava no máximo até meia noite e focava bastante nos meus resumos ou em pontos que tive dificuldade ao longo da preparação.
A véspera foi mais cansativa porque vim de outro estado fazer a prova e cheguei no dia anterior. Mas também foi focada em revisão e tentei dedicar uma boa noite de sono (ou o máximo que a ansiedade me permitiu).
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Igor: Esse certamente é uma grande pedra no sapato. Eu negligenciei bastante a preparação para a discursiva como um todo e eu não recomendo. O ideal é exercitar a escrita e a linguagem utilizada nesse tipo de resposta, para estar o mais confortável possível no dia da prova. Na nossa área, a nota da discursiva corresponde até a 50% da nota final. É impressionante o quanto as posições mudam ao divulgar a nota da discursiva. Então é importante dar muita atenção a essa preparação e fazer com bastante zelo no dia da prova.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Igor: Eu gostaria de ter dado mais atenção para Português e para a discursiva. Outros momentos que eu desperdicei foram quando eu deixei o estresse me tirar da jogada. Cheguei a perder um final de semana brigando com o estresse e irritação que não consegui aproveitar o estudo. Hoje enxergo que deixei me abalar um pouco e que poderia ter lidado melhor com esses momentos.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Igor: O curto período de preparação foi um aliado nessa luta, porque eu sempre podia me dizer que faltava pouco e dar um fôlego a mais. Cada final de mês que tinha que pagar as contas já era uma boa motivação (Hahahahahah). Não conseguir garantir um mínimo de conforto depois de tanto tempo me dedicando à minha carreira e formação, é realente frustrante e enxergo na oportunidade do concurso esse reconhecimento desejado.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Igor: Pensar na minha família e no que eu quero construir para eles; além da oportunidade de investir em uma carreira que me dará a liberdade para crescer, me valorizando como o profissional que sou.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Igor: Um ponto muito importante é achar sua motivação, porque é isso que vai te levar mais longe quando os momentos difíceis chegarem. E para isso, é buscar algo forte mesmo, apenas pensar em remuneração e conforto pode não ser suficiente para te dar essa força. Já olhar para o que você quer construir em relação a seu legado para sociedade, sua família, garantir condições dignas para aqueles que você ama e poder impactar alguém com suas decisões, podem ser um bom caminho para achar o que irá te mover.
E um conselho muito importante: acredite em si mesmo! Ir fazer uma prova confiante, já é metade do caminho andado.
Nessa jornada, procure ter gosto por estudar e por vencer desafios. Cada vez que você resolver uma questão difícil, comemore e se desafie a ir cada vez mais longe. Só tem uma pessoa que pode te levar ao sucesso ou ao fracasso: você mesmo.