Aprovado em 118º lugar no concurso PC-PA no cargo de Investigador
“Não há recompensa melhor que trabalhar com aquilo que gosta e é isso que me motivou a continuar estudando.”
Confira nossa entrevista com Guilherme de Castro, aprovado em 118º lugar no concurso PC-PA no cargo de Investigador:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Guilherme de Castro: Meu nome é Guilherme, tenho 26 anos, sou de Brasília e sou formado em Direito.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Guilherme: Comecei minha preparação para concursos em 2017, ainda na faculdade. Já adentrei no curso de direito com o objetivo de ingressar na carreira de Delegado de polícia. A escolha da área policial foi vocacional. Após cerca de 1 ano estudando para Delegado recebi a notícia de que a Polícia Civil do Distrito Federal havia sido autorizada a realizar um novo concurso para o cargo de escrivão e posteriormente para agente. Nessa oportunidade abandonei a meta anterior e passei a focar exclusivamente na polícia civil do DF.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Guilherme: Durante a caminhada, mesmo aprovado no exame de ordem posterguei a retirada da carteira da OAB para permanecer focado nos estudos para concurso público, me dedicando integralmente a essa jornada.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Guilherme: Em 2019, enquanto não houve a publicação do edital da polícia civil do DF, prestei os concursos da PM-SC e ASP-GO. Fui aprovado na objetiva de ambos, mas só realizei as etapas do ASP-GO em razão da distância do local do outro processo seletivo, restando na colocação 73 de 70 vagas para o Entorno de Brasília – Luziânia.
Já em 2020 me inscrevi para Agente da PC-DF e o resultado das provas objetivas sai dia 28/10/21. Ao que tudo indica fui bem. Nesse mesmo ano me inscrevi no concurso da PC-PA pela similaridade de editais e de carreira em relação à PC-DF, alcançando a colocação de 118 de 506 vagas após o resultado da prova discursiva.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Guilherme: Foi muito gratificante ver o nome na lista de aprovados do concurso de investigador da polícia civil do Pará. Embora não seja meu foco principal, seria completamente realizado exercendo a função.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Guilherme: Quanto à vida social, mantive poucas saídas durante a preparação do concurso. Sempre fui bastante focado e meus amigos entenderam a situação. Reservei parte dos finais de semana para encontrar a namorada.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Guilherme: Namoro há cerca de 2 anos e sempre contei com o apoio dos meus pais nos estudos. Eles sempre me incentivaram nessa trajetória, já que minha mãe é servidora pública e conhece o processo.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Guilherme: Acredito que só vale a pena prestar concursos nos quais você se sentiria realizado com as atribuições do cargo, já que se trata de um pilar importante da sua vida. Não acho correto realizar concursos almejando apenas a remuneração.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Guilherme: Estudei aproximadamente 1 ano para delegado de polícia e 3 anos para escrivão e agente de polícia do distrito federal.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Guilherme: No início da preparação não havia edital. Buscava seguir o modelo do edital anterior e respeitar o processo de preparação para concursos.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Guilherme: Tanto no pré-edital como no pós, busquei conciliar as videoaulas com os PDFs completos do Estratégia e muitas questões. Esgotei completamente o curso para Agente de polícia do DF. Na reta final busquei revisar pelos PDFs simplificados e questões.
A principal vantagem das videoaulas é a didática e seleção de conteúdo, já que a maioria dos temas abordados em aula são pontos imprescindíveis para a prova. Como desvantagem eu destaco a lentidão.
Quanto ao PDF, destaco como vantagem a completude e rapidez. Como desvantagem a dificuldade de aprendizagem de tópicos mais densos.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Guilherme: Conheci o Estratégia pelo sítio eletrônico após pesquisar bastante a respeito das opções de curso preparatório da época. O que me chamou a atenção foram a qualidade e a extensão do material, bem como uma quantidade elevada de professores muito bons.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Guilherme: Para estudar o vasto conteúdo programático do edital, criei o costume de sempre me organizar por conta própria nos cronogramas. Neles estipulava que disciplinas estudaria cada dia, já com a divisão de pesos. A cada mês fazia um novo cronograma, sempre buscando aprimorá-lo.
No geral, resolvia questões no início do dia das disciplinas do dia anterior e depois estudava uma média de 6 matérias. Depois de bater o edital, esse tempo era quase que exclusivamente para revisões.
No ritmo de pós-edital gastava cerca de 2 horas líquidas nas questões e 50 minutos líquidos para cada disciplina. Sempre fazia intervalos ao atingir 50 minutos em qualquer atividade.
Outro detalhe que deixei de mencionar é que sempre busquei retroalimentar os materiais que utilizei com as questões que errei e com teoria suficiente para resolvê-las, quando necessário.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Guilherme: Tive dificuldade principalmente em contabilidade e estatística. Para suprir essa falha busquei distribuir um peso maior para essas disciplinas.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Guilherme: Na reta final da PC-PA busquei ler os assuntos que possuíam bom custo-benefício e que divergiam do edital da PC-DF, bem como resolver exercícios da banca (AOCP), a qual possui um perfil diferente da que era acostumado (CEBRASPE).
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Guilherme: O estudo para a etapa discursiva é tão importante quanto o da objetiva e não deve ser menosprezado. Busquei treinar o máximo possível de textos e submeti três para a correção especializada do Estratégia Concursos.
Estratégia: Como está sendo sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Guilherme: Com relação às demais etapas do processo seletivo, venho me preparando para o TAF com simulações da etapa em pistas atléticas e com exercícios físicos voltados à resistência.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Guilherme: O principal erro da minha preparação foi deixar de realizar questões em alguns períodos. Hoje acredito que elas sejam fundamentais para o êxito nessa jornada de concursos públicos.
Como acerto posso destacar a constância. Percebi que quando há uma pausa no ciclo de estudos é muito difícil voltar, logo busquei não deixar passarem dias “em branco”.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Guilherme: Com certeza o mais difícil foi a situação de pandemia. Certamente é incomum na história dos concursos públicos certames com tantas suspensões e incertezas. Todavia, nunca tomei desistir como uma opção, já que além de aspirar ser policial civil, dediquei todo meu currículo aos concursos e não teria experiência na advocacia.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Guilherme: Minha principal motivação sempre esteve nas atribuições dos cargos da polícia civil. Não há recompensa melhor que trabalhar com aquilo que gosta e isso que me motivou a continuar estudando.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Guilherme: Minha recomendação para aqueles que estão começando na preparação para concursos públicos é não desistir e manter a constância.
Pelo menos no meu ver, estudar para concurso não é uma corrida de 100 metros rasos, mas sim uma maratona bastante longa.
