Aprovado em 1º lugar (vagas reservadas para cotas) e em 60º lugar (ampla concorrência) no concurso da PF 2021 para o cargo de Papiloscopista
“O maior erro é duvidar de si mesmo, e eu sou culpado disso. Ficar acreditando que é um advento cósmico a sua aprovação. Concursos são a combinação de esforço e um pouco de sorte. Mas uma hora acontece. O maior acerto, correndo o risco de soar que estou fazendo o jabá, foi utilizar o Estratégia. Eu realmente sou 100% grato. O material é bom. As dicas são certeiras.”
Confira nossa entrevista com Hugo Leonardo Ribeiro, aprovado em 1º lugar (vagas reservadas para cotas) e em 60º lugar (ampla concorrência) no concurso da PF 2021 para o cargo de Papiloscopista:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formadoem que área? Qual sua idade? De onde você é?
Hugo Leonardo Ribeiro: Eu sou formado em Engenharia Aeroespacial pela UFMG, tenho 28 anos e sou de Belo Horizonte.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Hugo: Eu sempre tive facilidade em fazer provas e pouca paciência para lidar com os processos falhos de RH, concursos são uma ótima via para quem se vê nessa realidade, pois são, de certa forma, uma maneira metódica de você ser avaliado (apesar das inconsistências que aparecem por ai). A área policial é uma área interessante pois, como eu entendo, é uma área com um nível teórico mais superficial. Entretanto, esse nível é contrabalanceado pela presença de avaliações que envolvem outros aspectos além dos que envolvem estudos, tais como saúde, capacidade física e mental. Se você possui características que se interseccionam com esses quesitos e possui disposição para a natureza do trabalho policial, essa é uma boa área para iniciar os estudos.
No meu caso, eu acho que possuo as características necessárias e acredito no trabalho relacionado à segurança pública, portanto, como um concurseiro novato, escolhi essa área.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Hugo: Eu comecei a estudar para concursos no final de 2018, assim que abriu o edital para o certame anterior da Polícia Federal. Naquela época, ainda não havia terminado a faculdade e apenas estudava. Em 2019, me formei e passei a trabalhar como freelancer. Todo o serviço que faço é de casa, isso me permitiu conciliar o trabalho com o estudo, pois quando não estava fazendo algum trabalho ou alguma forma de lazer, estudava.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Hugo: Como citado anteriormente, eu comecei a estudar para o certame de 2018 da polícia federal, na época me inscrevi no mesmo cargo, Papiloscopista, e fui convocado para o TAF. Foi uma convocação inesperada em 2018, pois estava estudando apenas desde que o edital havia sido aberto, tanto que a nota foi a mínima possível para ter a redação corrigida, de qualquer maneira fiquei feliz com o resultado de pouco tempo de estudo. Cheguei a realizar o TAF, mas decidi na época contra continuar no certame.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Hugo: Sinceramente, foi bem surreal. Fiquei feliz, porém comedido. Tenho visão monocular e me cadastrei para as vagas de PCD, ficando classificado em 60º na ampla e 1º lugar de PCD. A luta até a nomeação/posse é, aparentemente, árdua.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Hugo: Eu sempre fui o “nerd” da sala, até mesmo na faculdade que eu fiz, que era composta por outros do mesmo tipo, sempre gostei de ficar em casa. Sou apaixonado com computadores. Então o antes e o depois da época de estudos se manteve quase inalterado. Basicamente, durante a semana eu estudava e em um dos dias do fim de semana eu ia para a casa do meu irmão ou de algum colega.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Hugo: Eu sou solteiro, não tenho filhos. Namorei dos 15 aos 25 e, após o término, não estou “na procura”. Moro com a minha mãe.
Minha família é, foi e sempre será o meu maior apoio. Me apoiaram de todas as maneiras possíveis, monetariamente, psicologicamente e até fisicamente. Minha mãe é treinadora física, já preparou muitos candidatos para provas físicas de concursos, então ela sempre pegou no meu pé para manter a forma.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Hugo: Depende do indivíduo, depende do concurso. Por exemplo, se o seu concurso dos sonhos é algo que ocorre uma vez a cada 10 anos, provavelmente não é viável prestar apenas esse concurso. Porém, se você tem, digamos, o apoio da sua família, apoio monetário, não está com a corda no pescoço, talvez possa valer a pena para você. É bastante circunstancial. Mas acredito que valha a pena definir a sua área e ir escalando concursos.
Eu estarei contente com esse concurso por um tempo. Durante o exercício, pretendo adquirir uma graduação em computação para abrir o caminho de perito. Entretanto, depende de como eu vou me dar bem com a função de Papiloscopista. Posso me apaixonar e decidir não trocar.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Hugo: Em 2018 eu estudei após o edital aberto, por um período de aproximadamente três meses. Nesse certame, eu estava me preparando desde o início de 2020.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Hugo: Como estudei desde o início de 2020, fiquei um período estudando sem edital.
Estudar é um hábito. Qualquer hábito precisa ser construído gradativamente. Desde o início da faculdade, comecei a manter o hábito de estudar pelo menos uma hora por dia. Quando comecei a estudar para o concurso fui aumentando gradativamente: duas horas por dia, três, quatro. Depois de um tempo passa a ser indolor.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Hugo: Quando comecei a estudar, experimentei videoaulas, PDFS, livros, apostilas entretanto, o formato dos PDFs e as videoaulas do estratégia foram os que eu mais me identifiquei.
Videoaulas têm a vantagem de serem mais fáceis de entender algum conteúdo, entretanto, ocupam mais tempo e, geralmente, são mais superficiais que o PDF.
O PDF traz a informação de maneira mais completa e fornece essa informação mais rapidamente que na videoaula. Eu, particularmente, adotei o PDF como a principal ferramenta, apenas recorrendo à videoaula quando não entendia algum conceito.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Hugo: Eu busquei no google “melhor curso para concursos”, fiz uma coletânea e o estratégia teve a melhor cotação.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Hugo: A minha maior estratégia é decorar o mínimo possível de ser decorado. Na minha opinião, tentar entender a lógica por trás daquilo que se estudar é o mais importante. Existem coisas que devem ser decoradas, mas elas não são tão abundantes. Por exemplo, quando você lê que se os cargos de presidente e vice-presidente se tornarem vagos, eleições serão convocadas. Se você criar uma conexão que eleições indiretas logo no começo de um mandato não fariam sentido, você pode guardar o fato de que seria mais para o final do mandato que elas poderiam ser chamadas, aí você vai criando essas conexões e fica mais fácil de lembrar.
Não gosto de resumos, já tentei fazer e não os leio. Para mim, a maneira mais eficaz de treinamento são os exercícios. Devo ter feito mais de 10 mil questões. Certamente fiz todas as questões de todos os PDFs do curso do Estratégia.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Hugo: Português nunca foi o meu forte, desde a escola. Eu até acho que escrevo de maneira aceitável, mas fazer prova de português é diferente de saber escrever.
Ainda por cima, acho extremamente insuportável estudar português.
Nesse caso, a videoaula tornou mais tragável o conteúdo. Eu via e revia videoaulas e fazia exercícios (repetidamente).
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Hugo: Eu não estudei nada na semana anterior à prova e isso vale também para o dia de estudo.
Entretanto, acho válido assistir às streams pré-prova. Os professores são semi-videntes, mandam uns bons chutes para você saber.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Hugo: Eu tinha um certo “treinamento” para redações que vinha do ENEM. Eu assisti às aulas do Estratégia de redação e anotei algumas dicas.
Uma peça chave é fazer redações e pedir para alguém corrigir, seja uma monitoria, seja professor particular. Alguém que saiba o tipo de redação que deve ser feito. É, praticamente, impossível melhorar na redação sozinho.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Hugo: Como foi citado, minha mãe é treinadora física e desde os 15 eu treino com ela. Mas, normalmente, fazemos uma corrida diária. Chegando perto do TAF, assim que saiu a nota da prova escrita, passei a simular todos os dias o exame. Ia para o clube, fazia as barras, pulava, corria, nadava. Eu já sabia nadar, então não tive problemas nessa parte.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Hugo: O maior erro é duvidar de si mesmo, e eu sou culpado disso. Ficar acreditando que é um advento cósmico a sua aprovação. Concursos são a combinação de esforço e um pouco de sorte. Mas uma hora acontece.
O maior acerto, correndo o risco de soar que estou fazendo o jabá, foi utilizar o estratégia. Eu realmente sou 100% grato. O material é bom. As dicas são certeiras.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Hugo: Acreditar que você vai conseguir é sempre o mais difícil. Já cheguei a pensar em desistir e o fiz. Mas voltei. O seu sistema de suporte é o mais importante. Se apoie em pessoas que te apoiam.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Hugo: A carreira pública é tida como um graal da felicidade. Dependendo do seu cargo, você tem estabilidade financeira, independência e a noção de que você está trabalhando para o interesse público. A principal motivação é o olho no prêmio, é lembrar que é possível você atingir essa meta.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar onde você chegou!
Hugo: Não tire os olhos do objetivo, não escute aqueles que tentam te dissuadir. Apenas você sabe o que você quer e depende apenas você conseguir.
