Aprovado em 5º lugar (PcD) no concurso PRF (1ª fase)

“Não é algo impossível, é palpável e, até, divertido. Embora haja altos e baixos, “continue a nadar”, não desista. A aprovação está destinada para aqueles que estão dispostos a pagar o preço – adaptação de Sun Tzu”
Confira nossa entrevista escrita com Matheus Peçanha, aprovado em 5º lugar (PcD) no concurso PRF (1ª fase):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Matheus Peçanha: Primeiramente, chamo-me Matheus da Silva Sales Peçanha sou formado em ciências contábeis. Atualmente estou com 23 anos de idade e sou de Boa Vista-RR.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Matheus: A decisão começou em meados de 2017/18, quando tomei conhecimento do que era concursos públicos. Decidi pelos concursos policiais a cerca de 1 (um) ano que foi quando começou a se falar dos concursos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF).
Vejo prestígio nessas duas instituições e tive a vontade de servi-las.
Estratégia: Durante sua caminhada como concursando, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Matheus: Trabalhava e estudava durante a minha preparação. A melhor forma que eu vi de conciliar foi levantar cedo e dormir tarde. Durante o período de setembro de 2020 até maio de 2021, fiquei levantando às 4:00 da manhã e dormia entre 00:00 e 02:00, a fim de conciliar ambos editais, ressalta-se que tentava manter essa rotina diária, contudo, ela era passível de alterações.
Como eu ficava cansado durante o dia, tirava de 2 a 3 cochilos por dia de 20 min.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Matheus: Fiz 8 (oito) concursos, obtendo aprovações em alguns na ampla concorrência e em outros nas vagas destinadas às pessoas com deficiência (PCDs). Meu primeiro concurso foi aos 18 (dezoito) anos, que foi o Conselho Regional de Medicina Veterinária do meu Estado (Roraima), fiquei classificado na ampla (na época não optava pelas vagas destinadas à PCDs).
Além disso, obtive aprovações no Banco da Amazônia e no Instituto de Previdência do Estado de Roraima em 2018 – meu cargo atual. No ano de 2019, fiquei entre os classificados para o concurso ISS Manaus, o qual se tivesse optado pelas vagas destinadas às PCDs, teria sido o primeiro colocado.
Agora, em 2021, consegui duas aprovações, sendo o 5º colocado nas vagas destinadas às PCDs e 1741 na ampla concorrência do concurso da PRF. Já no da PF, fui o 13º dentro das vagas destinadas às PCDs, conforme ordens de classificação extraoficial.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Matheus: Adotei uma posição radical, pois como estava estudando para dois concursos ao mesmo tempo, preferi abdicar de certos prazeres do dia a dia e me dedicar somente aos estudos e treinos.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Matheus: Sou casado, minha esposa entendeu que é uma fase passageira, pois já presenciou isso antes. Ela prestou todo apoio necessário, sendo uma excelente companheira nessa jornada.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Matheus: Em 2018, quando respondi essa pergunta meu foco era BACEN, contudo, o tempo passa e mudamos de opinião. Caso todas as fases sejam superadas, pretendo seguir carreira e, quiçá, voltar a estudar para a prova de perito da PF.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Matheus: Para PF e PRF comecei entre setembro e outubro de 2020, não lembro bem a data exata, logo, aproximadamente, 7 a 9 meses de estudo para esses concursos. Isso não quer dizer que eu parti do zero, já tinha uma ótima bagagem e precisei apenas aperfeiçoá-la.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Matheus: Quando comecei a estudar estava na iminência de sair o edital. Consegui manter a disciplina no estudo em virtude das trilhas estratégicas, estas foram primordiais em minha orientação para ambos os concursos.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Matheus: Usei o material do Estratégia, somente. Foquei muito na leitura de PDFs e na resolução de simulados e questões. A vantagem do PDF é o desenvolvimento do didatismo e a facilidade de estudar ao seu tempo. Por outro lado, questões e simulados preparam o candidato para o grande dia, o ajudando na absorção do conteúdo e sendo excelentes para revisões.
Acerca das desvantagens, vejo poucas, pois com um material de qualidade e a assistência prestada no fórum, elas se tornam irrelevantes. A desvantagem é que a leitura de PDF e a resolução de simulados exigem bastante tempo, mas, como eu disse, tal desvantagem se torna irrelevante frente a qualidade dos materiais.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Matheus: Conheci por um colega da universidade.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Matheus: Para estudar todo conteúdo dos concursos, utilizei a trilha estratégia PF/PRF. Eu já era acostumado a estudar várias disciplinas ao mesmo tempo, a trilha teve esse ritmo constante, mesclando conteúdo de ambos concursos ao mesmo tempo, sendo, aproximadamente, de 15 a 18 disciplinas.
Resumo de matéria não fazia, eu tenho o costume de anotar questões que me geram dúvidas ou que são mais difíceis de absorver. Sobre exercícios, foquei bastante neles, perdi as contas de quantas questões fiz. Por outro lado, foram 23 simulados durante a preparação.
O plano de estudo foi delegado à trilha estratégica. O meu tempo de estudo variava conforme minha demanda do trabalho, mas eu tentava manter a seguinte escala:
Manhã: 04:00 às 6h30
Tarde: 15:00 às 20:00
Noite: 21:00 às 00:00 ou 02:00 (esse último horário normalmente no fim de semana).
Essas horas não são líquidas, no meio disso havia pausas para comer, banheiro ou algum outro imprevisto. Sempre busquei estudar nessas horas, sem falta, inclusive durante minha lua de mel hehe…
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Matheus: Inicialmente, estava tendo dificuldades em processual penal, resoluções CONTRAN e estatística. Busquei superá-las através do estudo de questões e algumas vídeo-aulas. Infelizmente, a estatística no dia da prova veio fora dos parâmetros.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Matheus: Última semana foco em revisão por meio do meu caderno de anotações. Véspera de prova, acompanhei a revisão do Estratégia e nela tive a oportunidade de conhecer o trabalho do professor Rodolfo Gracioli que me ajudou a enriquecer o conteúdo de minha redação.
Nas redações que fiz obtive, em ambos concursos, cerca de 90% dos pontos da redação.
PF: 11,43 de 13 (Um erro na redação); e
PRF: 18,5 de 20 (Cinco erros na redação).
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Matheus: Tenho facilidade para escrita, logo, busquei me munir de conteúdo. O professor Rodolfo Gracioli me deu todo o embasamento para ambas discursivas.
Estudei a discursiva nos sábados à noite antes das provas, durante a transmissão do estratégia, e domingo de manhã. Nas duas provas adotei o mesmo procedimento.
Aconselho a escrever, fiz 8 redações durante a minha preparação. Contudo, no meu trabalho preciso escrever bastante, portanto, qualquer técnica de escrita aplicava lá.
Estratégia: Como você está se preparando para o TAF e demais etapas?
Matheus: Estou treinando com um profissional da área para o TAF. Acerca das demais fases, cita-se, a título de exemplo, o psicotécnico, estou lendo sobre o assunto, a fim de evitar alguma surpresa.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Matheus: Meu erro foi não começar a estudar o quanto antes. Além disso, na prova da PF negligenciei o assunto direitos humanos que foi objeto de redação. Na hora da prova, ao ver esse tema perdi minha concentração, o que me fez errar algumas questões fáceis em contábeis e em direito constitucional.
O maior acerto foi confiar no meu material e em mim mesmo.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, o que te motivou a seguir em frente?
Matheus: Estatística com certeza foi o mais difícil durante essa caminhada. Trata-se de uma linguagem que não é fácil, destarte, exigindo bastante atenção e conhecimento acumulado.
Ademais, não pensei em desistir. O que me motivou foi saber que um colega do ensino médio havia sido empossado na PRF, isso me mostrou que o concurso era palpável.
Além disso, quando você define um objetivo, vejo que tem que ser seguido, evitar se desvirtuar dele e sempre continuar seguindo em frente. Como já dizia Dory “continue a nadar” (Procurando Nemo).
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Matheus: É uma sensação excelente, apesar de haver mais fases, saber que foi aprovado na prova objetiva e discursiva traz um alívio.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Matheus: A todos, saibam que concurso exige tempo e esforço. Não é algo impossível, é palpável e, até, divertido. Embora haja altos e baixos, “continue a nadar”, não desista.
A aprovação está destinada para aqueles que estão dispostos a pagar o preço – adaptação de Sun Tzu. Logo, faça sua parte e apenas dê o melhor de si.