Aprovado no concurso PRF 2021 (1ª fase)
“Para os futuros aprovados, eu digo que embora seja uma tarefa árdua, vale muito a pena. O importante é seguir em frente e não desistir. Parem e avaliem comigo: não há como ter grandes recompensas sem primeiro passar por um momento difícil ou sem fazer por onde merecer”
Confira nossa entrevista com Hugo César Cândido Pessôa, aprovado no concurso PRF 2021 (1ª fase):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Hugo Pessôa: Olá pessoal, meu nome é Hugo César Cândido Pessôa, sou formado em engenharia civil (2018) e atualmente estou em fase de conclusão do mestrado, também em engenharia civil. Tenho 25 anos e moro numa pequena cidade do interior de Pernambuco, chamada Bezerros.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Hugo: Bem, minha decisão de estudar para concursos públicos veio por incentivo do meu pai. Ele é policial militar de Pernambuco, meu pai sempre procurava me incentivar a fazer concursos públicos. De início não concordava muito, até que veio o concurso da PRF de 2018, quando os resultados saíram em 2019, comecei a ver pessoas conhecidas passando, depoimentos de aprovados etc. Isso me frustrou bastante e prometi a mim mesmo que nunca mais passaria por isso. Acho que a vontade pela área policial veio em virtude do meu pai e, após ver um pouco mais sobre essa área, percebi que tinha vocação para isso.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Hugo: Minha preparação, na verdade, foi um misto de possibilidades. De início eu estava apenas fazendo a pesquisa do mestrado, cheguei a fazer alguns projetos, mas sem muito compromisso de me inserir no mercado, costumo dizer que nessa época minha vida estava um pouco parada.
Depois comecei a estudar para o concurso, eu tentava estabelecer horários para que pudesse otimizar o rendimento (usava um quadro de planejamento semanal no meu quarto). Daí em diante comecei minha preparação mais a fundo (estudava para PC-DF nessa época), e assim manteve-se até o final de 2020.
No início de 2021, tive o prazer enorme de fazer parte da Secretaria de Infraestrutura da minha cidade, ocupei o cargo comissionado de Gerente executivo (equivalente a Secretário Adjunto). Nessa época amadureci bastante, aprendi a lidar melhor com as pessoas. Mas as responsabilidades eram muito grandes (em sua essência, isso é bom), o que me impossibilitava de estudar. Quando percebi estava com edital aberto e mal estudava, foi então que tomei a difícil decisão: pedi exoneração do cargo, pois no ritmo que estava, provavelmente não conseguiria lograr êxito na aprovação.
Depois disso me dediquei integralmente ao concurso e, Graças a Deus, deu certo.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Hugo: A verdade é que o concurso da PRF foi o primeiro que prestei, efetivamente falando. Foi nesse que realmente estudei com o objetivo de passar. Cheguei a fazer o concurso para oficial da Aeronáutica, de 2019, sem estudar. Eu realmente não fazia ideia do que era concurso público (acho que eu era o concurseiro loteria: “Vai que eu passe” hahaha)
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Hugo: Bem, eu diria que ainda não caiu a ficha. Creio que as pessoas próximas a mim comemoraram mais que eu (hahaha). Mas acho que é um perfil meu ser bastante seguro. Estou guardando a comemoração oficial para a posse :D.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Hugo: Nesse ponto posso dizer que não foi difícil. Eu sempre fui uma pessoa mais caseira, geralmente só saia para ver minha namorada ou para ir a faculdade. Depois que iniciei minha preparação, aos poucos fui sentindo a necessidade de ficar mais tempo estudando, até perceber que precisava ver menos as pessoas que eu costumava visitar, porém nunca fiz isso com constância, então o impacto não foi grande.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Hugo: Estou num relacionamento de 7 anos (coitada da minha namorada haha), e moro com meus pais. Durante minha preparação, todos sentiram muito minha ausência, foi muito difícil para todos. Minha sorte é que me apoiavam e ainda me ajudavam. Por exemplo: minha mãe sempre me auxiliava nos afazeres de casa, eu praticamente não precisava fazer nada enquanto estava estudando, e mais, ela ORAVA MUITO pelo meu sucesso. Meu pai sempre me ajudava com conversas de apoio, nunca deixando que eu desistisse. Minha namorada estava sempre ao meu lado também, me incentivando. Embora tenha citado só esses, há outras pessoas que me ajudaram nessa caminhada.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Hugo: A minha resposta para essa pergunta é que vai de acordo com o perfil da pessoa. Quando eu comecei a estudar para concursos públicos, foi porque descobri que meu sonho era ser policial. Eu realmente acho que seria infeliz trabalhando em uma área que não fosse essa.
Meu objetivo sempre foi PF/PRF, mas acho muito válido estudar um pouco para outros concursos que apareçam pelo caminho, desde que isso não atrapalhe muito seu real objetivo (o ideal é que a essência dos conteúdos programáticos seja semelhante).
Eu ainda não amadureci bem a ideia, talvez eu preste concurso para Perito PF, mas o que eu posso responder, sem dúvidas, é que continuarei estudando, independentemente de ser para concursos ou não, pois não desejo estagnar meus conhecimentos. Creio que, no final, o que vai definir se farei outro concurso ou não é meu crescimento dentro da instituição. Mas, de qualquer forma, sei que serei muito feliz nesse cargo.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Hugo: Comecei minha preparação em maio de 2019, entretanto esse período foi o início da preparação e eu realmente estava perdido, estudava pouco e era desatento. Foi assim até setembro de 2019, quando adquiri o material do Estratégia. Consegui melhorar a qualidade dos meus estudos e fiquei estudando apenas para PC-DF até dezembro de 2020 e, daí em diante, foi quando foquei na PF/PRF efetivamente falando.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Hugo: Acho que é essencial estudar antes do edital, quando se trata de um concurso dessa dimensão. Não há tempo viável de estudar com qualidade sem uma preparação prévia. É claro que se você já vem estudando para outros concursos, existe essa possibilidade, pois você pode se adaptar ao edital. Isso foi bem próximo do que aconteceu comigo, pois comecei com PRF (estudei pouquíssimo), depois migrei para PC-DF, passei mais de um ano, e apenas próximo de sair o edital (aproximadamente um mês) que estudei para PF/PRF.
Para manter a disciplina, eu sempre procurava pensar no meu sonho. Olhava vídeos de policiais em ações, via fotos bacanas, acho que era um dos poucos motivos que me faziam manter as redes sociais ???? (evitem usar, ela atrapalha bastante), eu também costumava me imaginar fardado, trabalhando. É uma bela injeção de ânimo.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Hugo: Acho que eu sou um autêntico Coruja (hahaha), pois eu usei praticamente todos os materiais do Estratégia (qualitativamente e não quantitativamente).
Minha metodologia consistia em ler os PDF’s e resolver as questões. As videoaulas eu só recorria quando não entendia bem o assunto. Para revisar, eu usava a Marcação dos Aprovados, o Passo Estratégico e os Bizus Estratégicos, além de resolver bastante questões no SQ do Estratégia. Além disso, contratei a assinatura Platinum para melhorar meu desempenho.
Eu diria que não há vantagens e desvantagens de cada material, isso varia de acordo com sua necessidade. O importante é saber usar bem tudo que o Estratégia dispõe ao seu favor e cito como exemplo os Bizus Estratégicos, que em apenas 1 PDF é apresentado todo conteúdo programático de uma matéria de forma bastante resumida e em poucas páginas (geralmente entre 25 e 30). Mas se você não tiver o conhecimento do assunto (apresentado ao longo das aulas), o Bizu se tornará sem efeito.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Hugo: Eu geralmente conversava com um colega meu, que também se preparava para concurso. A gente procurava se ajudar com dicas etc e foi aí que ele comentou sobre o Estratégia Concursos. A partir daí comecei a usar os simulados gratuitos e percebi quão fraca estava minha preparação. Foi aí que tomei a decisão de adquirir o material da Coruja.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Hugo: Eu diria que depositei minha confiança nas Trilhas Estratégicas, por meio delas eu tinha um estudo direcionado. Ela me ajudava a dar atenção aos pontos mais pertinentes do edital, estudando mais os assuntos com maior incidência e, também, me dizia quando devia revisar os assuntos. O meu ciclo de estudos estava montado lá, e eu realmente não precisava fazer nada além de estudar (hahaha).
Embora o Estratégia tenha uma infinidade de recursos, creio que tanto as Trilhas Estratégicas quanto as Trilhas individuais (trilhas da assinatura Platinum), são o seu grande diferencial, pois ela lhe ajuda a situar-se nos estudos, traz tranquilidade (se você seguir o que a trilha determina, você com certeza chegará preparado para a prova) e lhe poupa de esforços (você não perde tempo decidindo o que é que vai estudar naquele dia ou naquele momento). Para qualquer colega que deseja iniciar sua preparação, aconselho fortemente a seguir as Trilhas.
Durante o pré-edital eu estudava em média 5 ou 6 horas diárias. No pós-edital estudava em média 8 horas, mas sempre que podia eu estendia.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Hugo: Acho que uma grande dificuldade minha, era a memorização. No geral eu não tinha dificuldade em aprender, o grande problema era a memorização, como exemplo legislação de trânsito: se determinada infração era leve, média, grave ou gravíssima; ou as resoluções, comprimentos mín e máx dos veículos etc. Eu sempre levava puxões de orelhas da minha coach Waleska Alvarenga (a qual sou muito grato pois teve papel fundamental na minha preparação), ela costumava dizer que não admitia que eu errasse letra de lei (hahaha), e me colocava para ler a lei seca ou ver mapas mentais (materiais disponíveis na plataforma). Creio que essa estratégia me ajudou muito.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Hugo: Durante o pós-edital, no primeiro mês, acabei ficando muito aflito devido ao trabalho, não conseguia conciliar. Após sair do emprego, dei meu máximo. E ver que todos os dias estava dando o melhor de mim, foi o que me ajudou a ficar mais calmo. Durante essa época, acordava, ia treinar e passava o resto do dia estudando. Tentava manter uma rotina constante, que me proporcionasse uma boa noite de sono, um bom treino e, principalmente, um bom rendimento nos estudos.
Na véspera eu assisti o aulão de revisão. Os professores tinham uma metodologia muito boa para revisar com leveza e sem muita pressão, isso ajudava a lembrar dos pontos pertinentes e a me acalmar para o próximo dia.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Hugo: Eu sempre fui resiliente nesse sentido. Eu nunca fui de praticar muito, mas eu sempre tive facilidade em argumentar minhas ideias (foi minha sorte). Mas, mesmo assim, o mínimo de treino é necessário, e fiz isso algumas vezes para ver como estava o tempo de produção, se estava rasurando muito etc. Mas o que elevou minha nota, foi usar a metodologia do esqueleto de redação da professora Janaína Arruda e os dados que o professor Rodolfo Gracioli, passados na revisão de véspera. Ver o professor Gracioli acertando o tema foi sensacional, senti até que estava filando (hahaha).
Estratégia: Como está sendo sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Hugo: Como tinha dito anteriormente, meu pai é policial militar, então ele sempre me ensinou a estar preparado para as situações. Um velho ditado dizia que é melhor suar no campo de treino do que sangrar no campo de batalha. Após alguns meses que iniciei minha preparação, percebi a necessidade de também preparar meu corpo. Daí em diante eu venho me preparando (com antecedência). Hoje eu uso o seguinte raciocínio: se alguém quer prestar concurso na área policial, o TAF deveria ser algo natural. Sei que é difícil, mas garanto a vocês que se iniciarem essa preparação com antecedência, não terão dificuldades, nem precisarão intensificar seus treinos na véspera (aumentando o risco de lesões). Usem a atividade física como uma forma de desopilar dos estudos.
Para as outras etapas sigo com naturalidade, estou providenciando os exames juntamente com alguns colegas. Para o psicotécnico estou dando apenas algumas olhadas nos materiais, não quero estudar muito a ponto de chegar com muita tensão, nem negligenciar a ponto de não saber do que se trata.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Hugo: Acho que meu maior erro foi sempre ter cobrado muito de mim. Levei isso tudo com muita responsabilidade, isso é bom, mas creio que eu exagerei na dose (hahaha). Sempre dizia para mim mesmo que deveria passar nesse concurso, pois era a chance da minha vida. Em virtude dessa cobrança, fiquei absurdamente nervoso durante a prova, cheguei a errar coisas absurdas e até mesmo errar na hora de passar o gabarito. Creio que tudo deve acontecer no seu tempo, não há a necessidade de se cobrar tanto, e é isso que aconselho para os futuros aprovados. Outro erro que devo citar, foi ter feito poucos simulados, assim como ter treinado pouco para as redações.
Sobre meus acertos, diria que o maior foi ter confiado minha preparação nas Trilhas Estratégicas. Como falei, em todos seus aspectos trazia resultados positivos.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Hugo: Acho que o mais difícil durante a preparação é se distanciar de quem gosta, da família, dos pais, da namorada, mas felizmente a causa nobre se sobressaí e é possível contornar essa situação.
Nunca pensei em desistir. Cheguei a parar alguns meses (mais de uma vez), isso foi uma falha dos meus estudos. Para retornar, sempre pensava no que fiz pra chegar até ali, as coisas que abdiquei e percebia quão absurdo seria parar depois de tudo que já tinha feito.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Hugo: Umas das minhas principais motivações era o sonho. Como eu disse, eu comecei a perceber que ser polícia era a minha vocação. Meu pai também era fonte de inspiração, sempre o admirei tanto como chefe de família, como policial, isso me ajudava a querer ser isso também.
Outro ponto importante foi ver o prestígio social da instituição, não há dúvidas que a PRF é muito respeitada devido a seus resultados. Não poderia deixar de falar da minha necessidade em fazer a diferença. Quero muito tornar o Brasil um lugar melhor para se viver, acho que não poderia fazer de melhor forma a não ser combatendo a criminalidade.
Por fim, a boa remuneração e estabilidade financeira. Esses pontos não são os mais importantes pois, na minha opinião, são consequência, mas obviamente fazem parte da motivação.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Hugo: No início é sempre difícil, porém, aos poucos, com a constância, você vai praticamente se viciando em estudar (hahaha), de forma que quando não estudar, você ficará sentindo falta. O importante é adquirir a rotina, quando você fizer isso, estará bem próximo da aprovação, só precisará se manter firme.
Para os futuros aprovados, eu digo que embora seja uma tarefa árdua, vale muito a pena. O importante é seguir em frente e não desistir. Parem e avaliem comigo: não há como ter grandes recompensas sem primeiro passar por um momento difícil ou sem fazer por onde merecer.
Importante conselho que dou é não se comparar a ninguém, cada um tem seu tempo. Se alguém disser que estuda 10 horas e você 5, não desanime, o importante é fazer com que suas 5 horas sejam as melhores possíveis dentro da sua realidade. O importante é dar o melhor de si. Dê o seu melhor, não pare, sonhe, lute e conquiste!