Aprovado em 3º lugar no concurso TCE-RJ para o cargo de Analista de Controle Externo - Especialidade Tecnologia da Informação:
“Eu basicamente segui a trilha estratégica que fizeram para o meu cargo. Eu gostei muito da trilha, a divisão de tempo de cada matéria foi muito boa, eu não tinha noção de como dividir o tempo de estudo para cada aula, nem definir a ordem das matérias, a trilha me ajudou muito nisso. Além disso, as tarefas são ordenadas de modo que sempre se revisa o que já foi estudado e já vem com cadernos prontos com muitas questões.”
Confira nossa entrevista com Fábio Souza Lima, aprovado em 3º lugar no concurso TCE-RJ para o cargo de Analista de Controle Externo – Especialidade Tecnologia da Informação:
Estratégia Concursos: Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Fabio Souza Lima: Sou de Niterói / RJ, tenho 31 anos e sou Bacharel em Sistemas de Informação, formado pelo Instituto Federal Fluminense (IFF) de Campos dos Goytacazes.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Fabio: Eu fiz o Ensino Médio, o Técnico de Informática e a graduação no IFF – Campos/RJ é um dos maiores polos de petróleo do país e sempre teve uma atuação muito forte da Petrobras, então quase todos os alunos do IFF prestam concurso para a Petrobras. Minha escolha por concursos teve essa influência de tentar trabalhar na Petrobras, mas o principal motivo foi conseguir uma carreira estável. Por isso eu decidi estudar informática, para não ficar restrito à Petrobras e poder prestar concurso para qualquer Órgão, já que existe vaga de TI em praticamente todos os Órgãos.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava ou se dedicava integralmente aos estudos para concurso?
Fabio: Eu comecei a estudar para concurso com 17 anos, antes mesmo de terminar o ensino médio e técnico. Em todos os concursos, mesmo nos primeiros, eu já trabalhava ou estagiava, então nunca pude me dedicar inteiramente aos estudos.
Nos primeiros que passei, eu não estudava especificamente para o concurso, eu ia para a prova com os conhecimentos que tinha da minha formação e com as experiências dos concursos anteriores. Só me preparei especificamente para dois concursos: para o meu cargo atual de Analista Judiciário com especialidade em TI no TRT/RJ e para esse último do TCE/RJ, que fui aprovado estudando pelo material do Estratégia.
No concurso do TRT eu fazia um curso presencial depois do meu trabalho. E como moro em Niterói e trabalhava no Rio nessa época, eu aproveitava as 4h que passava dentro do ônibus me deslocando para o trabalho para estudar.
No do TCE foi mais fácil conciliar com o trabalho, pois estou trabalhando de casa, além disso tirei férias e folgas para ter mais tempo livre para estudar.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Fabio: Os concursos em que fui nomeado:
- Prefeitura Municipal de Niterói – 2008: Técnico de Informática;
- Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON) – 2010: Técnico de Teleprocessamento;
- Universidade Federal Fluminense (UFF) – 2012: Técnico de Laboratório de Informática;
- Petrobras – 2012: Técnico de Exploração de Petróleo – Ênfase em Informática;
- Instituto de Terras e Cartografia do Estado do RJ (ITERJ) – 2012: Analista de Gestão Organizacional Análise de Sistemas;
- Analista Judiciário – Especialidade Tecnologia da Informação no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) – 2014
Desses que fui aprovado assumi somente na UFF, Petrobras e TRT1.
O último foi para Analista de Controle Externo – Especialidade Tecnologia da Informação do Tribunal de Contas do Estado do RJ (TCE RJ), o que fiz com o material do Estratégia.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Fabio: Foram duas situações diferentes. Quando saiu o resultado preliminar, eu estava em quinto lugar. Embora fosse uma boa colocação, eu fiquei decepcionado, pois eu estava em primeiro lugar nesses rankings não oficiais da prova objetiva e fiquei com uma nota abaixo do que esperava na discursiva. Além disso, a banca anulou 4 questões que eu tinha acertado. A anulação faz parte, mas não é uma sensação nada boa.
Como vi uma boa margem para aumentar minha nota na discursiva, eu segui o conselho do professor Herbert Almeida e contratei o curso para interposição de recursos do Estratégia.
Então quando saiu o resultado final da prova discursiva, que ganhei mais de 7 pontos com os recursos e subi duas posições, ficando em terceiro lugar, a sensação foi a melhor possível. Foi um misto de orgulho e agradecimento pelas ajudas que tive para fazer os recursos. Os auxílios da professora Ana Paula Klem do IFF, que me ajudou a recorrer dos descontos que tive em Português, e da professora Paula Fernandes do Estratégia foram cruciais para eu conseguir o resultado.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Fabio: Nunca mudei minha vida social durante os estudos para os concursos que já fiz, continuei vendo meus familiares e amigos normalmente e também continuei praticando atividade física regularmente. No caso desse concurso, como a preparação foi durante a pandemia, o contato com outras pessoas já estava reduzido, mas não adotei nenhuma postura radical nessa preparação, não estudei fim de semana de Natal e de Ano Novo, por exemplo. E nos momentos que me sentia estressado, pois estava estudando 12h por dia em média, ficava um sábado ou domingo sem estudar e aproveitava pra tomar uma cerveja para relaxar.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Fabio: Sou casado e não tenho filhos. Como minha esposa também estava estudando para outro concurso, ela me ajudou bastante. Além do apoio, ela me ajudou até com conteúdo da prova, pois era a primeira vez que eu estudava a maioria das matérias da parte básica e ela me explicou muita coisa, pois já dominava boa parte das matérias de direito e é bem melhor que eu nessas matérias.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Fabio: Essa pergunta é muito pessoal. Eu, por exemplo, não consigo estudar sem edital aberto, por isso não vejo nenhum problema em me dedicar para uma prova específica e depois para uma outra. Mas talvez não seja possível alcançar aprovação estudando só depois de abrir edital em algumas provas, pois depende muito da concorrência, por isso nunca me interessei em concorrer para cargos muito disputados, que as pessoas que passam dizem ter estudado por anos, por conta dessa minha dificuldade em me manter focado sem ter uma data de prova.
Eu nunca tive um concurso dos sonhos, eu sempre busquei um cargo que tivesse um trabalho interessante na minha área de formação e que me proporcionasse uma boa qualidade de vida. Tanto que não fazia concurso desde de 2014 depois que fui convocado para o meu cargo atual. Só voltei a estudar ano passado para essa prova do TCE, pois estava desestimulado no meu trabalho atual e não via nenhuma perspectiva de mudança. Então, a princípio, não pretendo continuar estudando, só farei concurso novamente se me sentir estagnado no meu próximo cargo no TCE e não vislumbrar nenhuma possibilidade de mudança dentro Órgão.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Fabio: Eu estudei dois meses ano passado, até a prova ser suspensa por conta da pandemia. Em novembro o concurso foi retomado, mas só consegui voltar aos estudos em dezembro e estudei até o dia da prova, que foi 6 de fevereiro. Somando esses dois períodos, eu estudei 4 meses para essa prova.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Fabio: Infelizmente não consegui estudar sem edital.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Fabio: Indicação de um amigo.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?
Fabio: Eu basicamente segui a Trilha Estratégica que fizeram para o meu cargo. Eu gostei muito da trilha, a divisão de tempo de cada matéria foi muito boa, eu não tinha noção de como dividir o tempo de estudo para cada aula, nem definir a ordem das matérias, a trilha me ajudou muito nisso. Além disso, as tarefas são ordenadas de modo que sempre se revisa o que já foi estudado e já vem com cadernos prontos com muitas questões, que pra mim é o ponto fundamental quando se estuda para concurso: fazer muitas questões de provas anteriores.
Nas Trilhas, o professor indicava ler os PDFs e evitar fazer resumo escrito, fazer apenas marcações nos PDFs das matérias. Eu segui praticamente à risca, a única diferença é que eu estudei só com os PDFs de marcação dos aprovados, então só marquei PDFs de aulas que não tinham essas marcações. Só Português que não estudei com os PDFs, preferi usar as videoaulas da preparação turbo da professora Adriana Figueiredo, que são sensacionais. Aliás, ela e o Herbert Almeida são, disparados, os melhores professores para concurso que já tive.
Eu também pulava as tarefas de Estatística e Discursiva. Estatística deixei pra estudar na última semana, pois achei que não adiantaria decorar fórmulas muito tempo antes, pois com certeza acabaria esquecendo. E as tarefas da Discursiva eu pulei, pois como comecei a trilha completa faltando dois meses, eu não terminaria todas as trilhas a tempo, se ficasse escrevendo muitos textos.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Fabio: Segui a trilha. Na Trilha Estratégica o professor divide as tarefas de modo que o aluno estude todas as matérias ao mesmo tempo e não perca muito tempo em uma única aula. Quando a aula é muito grande eles dividem em duas partes, estudando outras matérias entre as duas partes. Não sei dizer se é a melhor forma, mas pra mim funcionou muito bem.
Eu sempre estudei escrevendo, mas dessa vez segui a dica do professor da Trilha e não fiz nenhum resumo, fazia apenas uma leitura da aula e muitas (muitas mesmo!) questões de provas anteriores. Meu plano de estudo era fazer o máximo de tarefas da Trilha por dia, não tinha nenhuma meta definida, nem planilha de acompanhamento. Fazia uma Trilha a cada dois dias, estudando em média 12h por dia.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Fabio: Embora eu seja de TI tive mais dificuldades nas matérias de TI, do que nas básicas. Credito isso à qualidade dos PDFs das aulas de matérias básicas, que são excelentes (principalmente Controle externo, Dir. Administrativo e Dir. Constitucional). A única matéria da básica que tive muita dificuldade foi Auditoria Governamental, pois tinha uma quantidade absurda de matérias para estudar. Na específica tive dificuldades nas matérias de banco de dados, pois os PDFs não eram muito organizados e nas matérias Redes de Computadores, pois é a área que tenho mais dificuldade. Em todos os casos, minha estratégia foi fazer muito exercício com questões de provas anteriores para tentar compreender melhor a matéria e como a banca explora esses conteúdos.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Fabio: Na última semana, eu estudei o Bizu Estratégico de todas as matérias, fazendo muitas questões em seguida, e vi no YouTube as revisões da “hora da verdade”, mas deixava para ver depois que terminavam as lives para conseguir reproduzir o vídeo de forma acelerada.
Na véspera também fiz essa revisão Bizu + YouTube. Aliás, acertei umas 5 questões com dicas de professores nessas revisões da “hora da verdade”. A mais emblemática foi a da professora Nelma Fontana, na véspera da prova ela que disse que se caísse algo de Judiciário na prova de Constitucional seria composição do CNJ. No caminho da prova acessei pelo celular esse artigo, decorei a composição e a questão caiu na prova.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Fabio: Eu foquei mais em absorver o máximo de conteúdo, em vez de treinar para a escrita dos textos, o que acredito que foi um grande erro na minha preparação. Eu aconselharia escrever o máximo de textos possíveis simulando situação de prova, especialmente, para quem, assim como eu, não tem o hábito de escrever usando papel e caneta.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Fabio: Meu maior erro foi negligenciar a prova discursiva, deveria ter treinado mais a escrita. Nessa prova eram quatro questões discursivas, totalizando 110 linhas, valendo 100 pontos (1/3 dos 300 da prova toda). Eu acabei perdendo 9 pontos em aspectos microestruturais, apresentação e legibilidade, esses pontos poderiam fazer muita diferença no resultado e não perderia a metade se tivesse treinado.
Eu citaria como acertos: ter feito milhares de questões de provas anteriores; avançar no estudo das matérias sempre revisando o que já tinha estudado; fazer provas objetivas, simulando situação de prova; não criar metas para mim mesmo, não fazer estatística de aproveitamento nas questões ou acompanhamento, apenas estudar o máximo possível a cada dia; e nos momentos que estava mais estressado não me forcei a estudar mais, preferi tirar um dia de descanso.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Fabio: Sem dúvidas a questão da pandemia, que trouxe muita incerteza se realmente ocorreria a prova. Mas eu sempre imaginava que poucos candidatos conseguiriam manter o ritmo com tantas incertezas, por isso nem pensei em desistir. Sempre estimei que no máximo uns 10 candidatos estavam estudando tanto quanto eu para essa prova. Outra coisa que usava para continuar estudando era olhar no site do TCE, a estrutura remuneratória do Órgão e o contracheque dos servidores que ocupam o cargo que eu concorria. (risos)
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Fabio: Minha principal motivação para fazer essa prova e continuar estudando foi insatisfação com meu trabalho atual, acho meu trabalho desvalorizado na unidade que atuo e minha unidade muito desvalorizada no Órgão, por isso decidi buscar uma opção melhor. Pesquisei bastante sobre o TCE RJ, gostei do plano de carreiras deles, das possibilidades da carreira, vi entrevistas de servidores que trabalham lá bem satisfeitos e acredito que terei condições de trabalho muito melhores.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar onde você chegou!
Fabio: Eu percebi que concurso público é uma fila, depois que se presta concursos seguidos, dá para reparar que os nomes próximos ao seu na classificação sempre são os mesmos e com o tempo alguns não aparecem mais, pois foram chamados e pararam de fazer as provas seguintes. Meu conselho é o mais clichê possível: só continuar estudando, que a vaga vai ficando cada vez mais perto e logo chegará a aprovação e a convocação.
