Aprovado no concurso da Polícia Civil do Espírito Santo no cargo de Médico Legista
“Seja honesto com você mesmo(a): focar demasiadamente em remuneração, exercendo uma função que não lhe é apraz, pode ter um ‘custo’ muito alto!”
Confira nossa entrevista com Pedro Brandi Oliveira, aprovado no concurso da Polícia Civil do Espírito Santo no cargo de Médico Legista:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Pedro Brandi Oliveira: Minha formação começou com a graduação em Odontologia, pela FO-UFMG. Depois, me formei em Medicina, pela FM-UFMG. Após a última, concluí Residência Médica em Psiquiatria, pelo HC-UFMG e, em seguida, terminei uma segunda Residência Médica, afim à primeira, Psiquiatria Forense, pelo IRS-FHEMIG. Tenho 39 anos e ou natural de Belo Horizonte, MG.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Pedro: A afinidade entre minhas convicções pessoais, principalmente em relação ao exercício de minha profissão e a devida remuneração, me fez buscar uma função pública.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Pedro: Durante algum tempo, conciliei as Residências Médicas (60 horas semanais), com preparação para concursos. Quando concluí essas etapas da minha formação, passei a trabalhar como Médico Psiquiatra, de Equipe de Saúde Mental, da Prefeitura de Belo Horizonte, também conjugando com essa atividade.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Pedro: Além dos dois vestibulares da UFMG e dos dois Processos Seletivos Unificados da AREMG para ingresso nas Residências Médicas, já fui aprovado no concurso de Médico Legista, da PC-MG, em 2013, dentro do número de vagas previstas, embora não entre as primeiras colocações; e fui selecionado, em 2o lugar, para Processo Seletivo Simplificado – SEJUSP, em 2020, para Médico Psiquiatra.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Pedro: Fiquei bastante satisfeito com mais esse resultado positivo, pois, por mais bem preparado que me eu me julgasse, havia outras variáveis “em jogo”, além do meu alcance, como o preparo dos demais candidatos, por exemplo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Pedro: Sempre mantive minha vida social usual, que é, naturalmente, mais “tranquila”, sem extravagâncias. Também como de costume, mantive contato com amigos mais seletos e com familiares que, também, são de vida social menos agitada.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro(a)? Se sim, de que forma?
Pedro: Sou solteiro e não tenho filhos humanos, mas sou tutor de três gatos de rua, que resgatei. Moro com minha mãe, que “não dorme enquanto eu não chegar, sou filho único, tenho minha casa pra olhar”, como diria Adoniran Barbosa. Meus pais foram funcionários públicos, então compreendem bem à rotina de estudos e, na medida do possível, me apoiam bem.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Pedro: Acho que vale a pena sim participar de outros certames, tanto como forma de aprimoramento dos estudos quanto como crescimento profissional – em caso do exercício da função, se compatível com as aptidões pessoais.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Pedro: Difícil precisar, pois estou continuamente estudando para concursos de Médico Legista, desde o término da graduação em Medicina.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Pedro: Sim e, no meu entendimento, a preparação é um processo contínuo, independentemente de haver um edital aberto. Tenho meu objetivo de me manter em carreira pública e estou à procura de um cargo mais afim, o que me estimula na preparação.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Pedro: Experimentei videoaulas, apostilas em PDF e livros de Medicina Legal. Acho os textos escritos mais acessíveis para estudar em lugares e situações mais diversos e mais práticos para se localizar parte específica do conteúdo – embora seja necessário portar um dispositivo de acesso ou impressão em papel, sendo que a última tenho evitado pelo impacto ambiental. Videoaula, por sua vez, estimula outro tipo de memória, todavia, demanda, às vezes, recursos tecnológicos e ambientes diferenciados.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Pedro: Conheci por meio de material de estudo, disponibilizado para divulgação.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Pedro: Dividi o tempo disponível entre os assuntos cobrados, dedicando mais tempo ao que seria mais valorado no certame. Prefiro esgotar um tema antes de me dedicar ao próximo. Faço resumo dos livros de Medicina Legal, que é o tema mais específico do cargo que almejo. Prefiro dedicar mais tempo à teoria, mas não negligencio questões de prova. Estudo de forma flexível, conforme o tempo disponível, a dificuldade em cada matéria ou a cobrança por parte da banca.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Pedro: Embora tenha por objetivo o cargo de Médico Legista, as dificuldades variam conforme o certame pois, embora a função pública seja mais ou menos próxima, algumas bancas entendem que certos conhecimentos específicos podem ser ou não relevantes. De modo geral, tenho mais dificuldade nas disciplinas que são cobradas com menos frequência, como Raciocínio Lógico Matemático ou Informática.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Pedro: Por ter outras atividades fixas, como trabalho, minha rotina de estudos se manteve mais ou menos uniforme.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Pedro: Eu poderia ter estudado um pouco mais o padrão de questões da banca examinadora, estipulando melhor como determinado conteúdo costuma ser abordado pela mesma. Uma conduta mais assertiva, na minha opinião, é manter a continuidade dos estudos, em harmonia com as outras atividades cotidianas, como exercícios físicos e atividades de lazer.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Pedro: Suspender toda uma rotina de atividades, para viajar a outro estado, inúmeras vezes, a fim de cumprir diversas etapas do certame, foi sobremaneira desgastante e dispendioso. Não desisti, pois a aprovação em um concurso de Médico Legista é um objetivo que tenho há muito tempo.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Pedro: Reassumir a função pública para a qual me preparo e me aperfeiçoo continuamente para exercer, é minha principal motivação.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Pedro: Seja honesto com você mesmo(a): focar demasiadamente em remuneração, exercendo uma função que não lhe é apraz, pode ter um “custo” muito alto!