“Haverá dias ruins, palavras desmotivadoras e o desânimo vai tentar te dominar. Ainda assim, persiga o seu sonho, e ame o processo de estudar e aprender todos os dias”.
Confira nossa entrevista com Maurício de Oliveira Santos, aprovado em 9º lugar no concurso PRF – PI:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Qual sua idade? De onde você é? Qual sua formação?
Maurício de Oliveira Santos: Olá, tudo bem? Meu nome é Maurício de Oliveira Santos, tenho 34 anos, sou natural de Parnaíba-PI e sou formado em Ciência da Computação na Universidade Estadual do Piauí (UESPI).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que escolheu a Polícia Rodoviária Federal?
Maurício: Eu sempre admirei muito as carreiras policiais, em especial, as polícias da União (PF e PRF). Assim, comecei a pesquisar mais sobre elas e acabei optando pela PRF, pelo fato de ser carreira única, o que é definitivamente um grande diferencial na instituição.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava, ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Maurício: Na minha caminhada rumo à aprovação, conciliei estudo e trabalho, pois eu era soldado da Polícia Militar do Piauí (PMPI). Na PMPI, eu tinha uma escala de 24h/72h. No dia de plantão defendia a sociedade, e na folga lutava pela minha vaga na PRF. Mesmo saindo muito cansado depois de 24h de serviço, relaxava um pouco, mas não perdia o ritmo de estudos.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Na PRF ficou em qual colocação?
Maurício: Passei em 10 concursos. Dos quais eu destaco Agente da Polícia Civil do Piauí e Agente da Polícia Federal. Na PRF fiquei em 9º lugar para as vagas do Piauí.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
Maurício: É uma sensação única. Fiquei muito feliz em ver meu nome na lista dos aprovados. Poder ligar para os familiares e dizer que fui aprovado é top demais.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Maurício: Eu sempre fui muito caseiro, mas nunca abri mão de sair nos fins de semana. Servia para relaxar, para recarregar a bateria. Ou seja, distrair-se é essencial para continuar essa jornada de concurseiro.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Maurício: Sou casado e ainda não temos filhos. Desde a época do namoro minha esposa já sabia que eu estudava para concurso, mas foi só no casamento que ela teve noção de que isso não era brincadeira. Porém, ela sempre me apoiou, foi parceira, não só nas aprovações, mas também nas reprovações. Me ajudou em cada fase do concurso até a nomeação. Sem ela, tudo teria sido mais difícil.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Maurício: Sim, desde que sejam áreas afins, como, por exemplo, a área policial, a qual, por anos, tem mantido a sua “espinha dorsal” de disciplinas básicas. Eu já me sinto realizado na PRF e não tenho interesse em outros concursos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Maurício: Eu já estudo há um bom tempo, mas no início da minha jornada, comecei fazendo tudo errado. Depois que aprendi sobre as principais técnicas de estudo e uni isso a um bom material, as aprovações começaram a surgir, uma após a outra. Posso afirmar que entre 8 e 12 meses de estudo correto e disciplinado, leva qualquer um a aprovação.
Estratégia: Durante a fase pré-edital, como fazia para manter a disciplina nos estudos?
Maurício: Eu simplesmente dizia para mim mesmo que eu não tinha outra opção a não ser estudar e me tornar um PRF. Além disso, para manter a disciplina, era necessário estar motivado e, portanto, assistia vídeos institucionais da PRF e me imaginava usando a farda. Gostava também de ler os depoimentos dos aprovados e sonhava em um dia também poder estar aqui, relatando minha tão sonhada aprovação.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens de cada um?
Maurício: Meu material de estudo foi, preferencialmente, o PDF. É claro que eu assisti uma videoaula ou outra, mas foi o material em PDF a minha maior fonte de conhecimento, porque eu me concentrava melhor na leitura e me dava a sensação da autorresponsabilidade nos estudos.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Maurício: Por meio de um amigo que havia passado na Polícia Federal. Já me encantei de cara. Foi amor no primeiro PDF…(risos).
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concurseiro é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Maurício: É nessa hora que você deve vencer a ansiedade de querer dominar tudo em um mês, e aplicar gradualmente as técnicas. Eu usei um pouco de tudo para poder vencer o edital: ciclo de estudos, mapas mentais, resumos, revisões ativas e espaçadas, exercícios comentados da banca e simulados. Eu costumava estudar 6 horas líquidas por dia e tentava encaixar 4 disciplinas, ou seja, 1 hora e meia para cada disciplina.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Maurício: No início eu tive um pouco de dificuldade com o Português do Cebraspe, mas com um pouco de persistência consegui me adaptar ao estilo da banca. Na prova eu também tive muita dificuldade em Física, por isso deixei todas as questões em branco.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana anterior à prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Maurício: Na semana anterior eu dei uma leve desacelerada e foquei mais em questões anteriores, sem me preocupar em ver novos conteúdos. Já na véspera, não vi nada, pois tive que me deslocar da minha cidade para realizar a prova na capital, Teresina.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Maurício: Eu estudei o material teórico do Estratégia e fazia uma discursiva por semana. Eu aconselho que o candidato não se descuide dessa etapa e a trate com o mesmo rigor das outras disciplinas, pois já vi candidatos com notas altíssimas sendo reprovados por conta de não conseguirem a nota mínima na prova discursiva
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF? E como foi essa prova?
Maurício: Eu gosto muito de pizza, mas tive que me conter durante esse período para não engordar muito. Busquei fazer uma alimentação mais saudável, dormir bem, beber bastante água e fazer simulados do TAF toda semana. Na prova foram exigidos flexão em barra fixa, flexão abdominal, teste de impulsão horizontal e corrida de 12 minutos.
Estratégia: Como foi participar do curso de formação? Teve dificuldade em algo? Alterou sua classificação?
Maurício: Participar do curso de formação foi a realização de um sonho. Eu via muitos vídeos da UniPRF e me imaginava lá. A estrutura física é ótima, o nível dos instrutores é excepcional e “Floripa” é uma cidade linda. No início, sofri um pouco com o frio, mas depois fui me acostumando. Já minha classificação não se alterou após o curso de formação.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Maurício: Como eu disse anteriormente, cometi muitos erros no início da minha caminhada: estudava uma matéria até esgotá-la, e revisões, resolução de exercícios e simulados eram algo impensável. Ou seja, não havia método algum. Quando fui estudar para a PRF já havia sanado esses problemas. Não quero dizer que não houve erros ou falhas na minha preparação, pois se assim fosse, eu deveria ter gabaritado a prova. Mas acredito que consegui gerenciá-los a níveis aceitáveis. Já o maior acerto foi ter aplicado corretamente as técnicas, combinado a um bom material.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Maurício: O mais difícil é vencer a ansiedade. Queremos o nosso cargo público para ontem, porém não é assim que funciona. É claro que, às vezes, a vontade de desistir aparece, mas eu dizia para mim mesmo que não havia outra saída, assistia a uns vídeos motivacionais e todos sentimento negativo ia embora. O concurseiro não pode esquecer de relaxar também, de leve, claro, mas tem que relaxar.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Maurício: Mudar de vida e pertencer a uma das instituições mais respeitadas do Brasil.
Estratégia: Como se sente hoje empossado no cargo para o qual se esforçou bastante para alcançá-lo?
Maurício: Sensação de missão cumprida e sonho realizado. Sinto muito orgulho em dizer que sou Policial Rodoviário Federal.
Estratégia: O que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Maurício: Eu diria que lutem pelos seus sonhos até o fim. Diga a si próprio que seguir em frente é a única opção que você tem. Haverá dias ruins, palavras desmotivadoras e o desânimo vai tentar te dominar. Ainda assim, persiga o seu sonho, e ame o processo de estudar e aprender todos os dias. No final de tudo, no seu primeiro dia da sua nova vida, todas as dificuldades serão esquecidas.