Aprovada no concurso SEDEST DF

Quando começava a desanimar eu pensava assim: tem alguém mais inteligente estudado para esse concurso agora e então continuava estudando. Funcionou para mim.

Confira nossa entrevista com Amanda Cruz, aprovada no concurso SEDEST DF no cargo de Especialista em Assistência Social – Psicologia:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?

Amanda Cruz: Tenho trinta anos e sou psicóloga. Venho de Nazário, cidade pequena do interior de Goiás. Meu pai é um trabalhador do campo e minha mãe foi professora do Estado, hoje aposentada. Minha irmã seguiu carreira acadêmica, é bióloga.

Atualmente vivo em Brasília com meu marido, que também é servidor público.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Amanda: Vários motivos, como estabilidade e remuneração, mas tem mais. Minha origem é pobre, eu e minha família passamos por dificuldades, se minha mãe não fosse servidora pública não teríamos acesso a saúde privada e renda garantida todo mês, por exemplo. A renda da minha família nunca foi alta, mas a estabilidade financeira de minha mãe foi o que permitiu que eu e minha irmã pudéssemos ir para universidade.

O exemplo que tive em casa foi um dos fatores que me ajudou a seguir por esse caminho. O fato de morar em Brasília também, aqui as oportunidades para quem quer seguir a carreira pública são muitas, mesmo na minha área que não costuma oferecer tantas vagas quantos outras.  

Estratégia: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?

Amanda: Inicialmente, em 2017, tentei conciliar o trabalho na clínica com os estudos, mas não funcionou para mim, admiro muito quem consegue. Meu marido me deu suporte financeiro e apoio, então comecei a me dedicar “integralmente” aos estudos em 2018. Essa “integralmente” deve ficar entre aspas, porque faço o trabalho doméstico e todos sabemos que ele toma várias horas do dia e nunca acaba, deve ser sempre levado em consideração.

Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovada? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?

Amanda: O concurso da SEDEST, hoje SEDES, foi o segundo e último em que fui aprovada até agora. O Primeiro foi o concurso da EBSERH, fiquei no cadastro de reserva para Brasília, em quinto lugar, só tinha uma vaga para o Distrito Federal, mas fui chamada para outra unidade da federação pelo cadastro nacional, optei por não ocupar a vaga. O cargo era para psicologia organizacional.

Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?

Amanda: Valeu a pena!!!

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?

Amanda: Abri mão de muitos momentos em família e com os amigos, vários feriados, finais de semana e datas especiais, mas outras vezes decide apertar nos estudos durante a semana para poder aproveitar, sem culpa, os finais de semana.

Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?

Amanda: Sou casada, vivo com meu marido e não tenho filhos. Meu marido me apoiou desde o começo. Ele me ajudou a escolher materiais de estudo, deu dicas, apoio financeiro e emocional, assumia as tarefas domésticas quando a data das provas se aproximava e nunca reclamou por eu passar finais de semana inteiros na frente do computador.

Meus pais entendiam o meu propósito, já alguns conhecidos e parentes mais distantes costumavam dizer as seguintes frases quando eu dizia que estava estudando para concurso: “Então você não faz nada”, “ Você só estuda, que vida boa”, “Ahh… Então você não trabalha”, “ Esse negócio de concurso vai acabar, não vale a pena mexer com isso”, entre outras coisas.

Um saco!! Parentes…

Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?

Amanda: Sim, continuo estudando, até porque ainda não fui nomeada. Meu foco continua sendo na área de psicologia, é o que gosto de fazer. Não tenho um concurso dos sonhos, no entanto, o trabalho da psicologia nos tribunais me atrai e a remuneração costuma ser muito boa.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovada?

Amanda: Acredito que uns cinco meses, mas eu já tinha familiaridade com parte do conteúdo.

Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?

Amanda: Sim. Quando começava a desanimar eu pensava assim: tem alguém mais inteligente estudado para esse concurso agora e então continuava estudando. Funcionou para mim.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?

Amanda: Sempre uso muito os cursos em PDF com a lei seca ao lado. Costumo fazer resumos e mapas mentais também. Para mim, é o melhor tipo de material.

Gosto muito das videoaulas, elas costumam sanar dúvidas que persistem com os PDFs. Mas as videoaulas têm uma desvantagem: tempo. Quando são longas eu acelero até o ponto que não prejudica minha compreensão.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

 Amanda: Busca no Google.

Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?

Amanda: No começo tive muita dificuldade para me organizar exatamente por esse motivo. Cometi muitos erros e perdi tempo. Hoje me organizei de uma forma que está funcionando.

Estudo duas matérias por dia: português todos os dias, umas duas horas por dia; e outro disciplina no restante do dia, umas cinco horas. Resolvo muitas questões diariamente, tanto do que estou estudando no dia quanto das matérias que já fechei. Aos finais de semana, reviso meu material que foi preparado justamente para isso e faço uma redação.  

Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?

Amanda: Tive dificuldade com licitação, aí precisei estudar LRF e percebi que licitação é muito bom. Não é brincadeira, a comparação ajuda, pensar que tem coisa mais chata para estudar torna as coisas mais fáceis. Sempre pode piorar, então seja grato pelo que você precisa estudar hoje, aceite que a matéria é chata, grande e difícil, mas que mesmo assim você precisa estudá-la. 

Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?

Amanda: Na véspera sempre reviso e faço questões. Foco em informações que precisam ser decoradas para ficar tudo bem fresco na memória.

Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Amanda: Foi a prova discursiva que me colocou dentro das vagas nesse certame. Minha nota foi alta e isso é mais fácil do que possa parecer. Fiz uma redação por semana até a data da prova, a prática é indispensável.  Segui o roteiro de vocês, sem fugir do básico, treinei exatamente a estrutura recomendada.

É importante treinar para perceber os deslizes que cometemos – costumam se repetir – treinar a transcrição, o limite do número de linhas e escrever sobre temas que você ache chatos ou não entenda muito, eles vão aparecer na prova e você vai precisar improvisar.

Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.

Amanda: Meus principais erros, no começo, foram não encarar a lei seca, revisar com pouca frequência e resolver poucas questões.

Algo que me ajuda muito é ter meu material sempre organizado, principalmente o de revisão. O material de revisão é extremamente importante, ele deve ser sintético e objetivo. Informação visual funciona muito para mim, recomendo.

Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?

Amanda: A principal dificuldade foi ver o tempo passar, meus colegas de faculdade trabalhado, fazendo mestrado e doutorado e eu ainda sem emprego e dependente.

Pensei em desistir várias vezes, diante de matérias difíceis, editais enormes e após reprovações. Acabava sempre decidindo continuar pensando o seguinte: já estou nessa a mais de um ano, meu marido me apoia, vale a pena tentar por mais um tempo.

Estratégia: Qual foi sua principal motivação?

Amanda: Estabilidade e salário, o serviço público costuma pagar acima da média do mercado.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Amanda: Dedique-se diariamente. Aquela festa no fim de semana pode esperar e sempre tem alguém muito inteligente estudando agora.

Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]

Abraços,

Thaís Mendes