Aprovado no Concurso PGE PE
“Se você tem a oportunidade de estudar, não a deixe passar, pois cada estudo é enriquecedor e nos torna pessoas melhores”.
Confira a nossa entrevista com o Cleyton Santos, aprovado em 7º lugar no concurso PGE PE para o cargo de Analista Administrativo de Procuradoria, especialidade em Gestão Pública:
Estratégia Concursos: Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Cleyton Santos: Eu sou formado em Engenharia Civil, mas também faço graduação de Ciências Contábeis. Tenho 26 anos. Sou de Triunfo-PE, mas atualmente moro em Recife.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Cleyton: Bem, alguns fatores me levaram a estudar para concursos, tais como: estabilidade financeira, uma remuneração melhor do que a que receberia na iniciativa privada, progressão na carreira, plano de saúde, tranquilidade para constituir uma família, etc. Enfim, todas as vantagens que o serviço público proporciona.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Cleyton: Durante um bom tempo tive que conciliar os estudos para concurso com um Mestrado em Engenharia e, enquanto o edital estava aberto, também dei aulas em um curso técnico de edificações. Era uma rotina muito puxada, pois eram dois estudos bem pesados, tendo que me dedicar tanto a vida acadêmica como em adquirir novos conhecimentos no mundo dos concursos, além de ter que preparar aulas para o trabalho.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Cleyton: Durante minha trajetória como concurseiro fiz 2 concursos apenas, mesmo já estudando desde maio/2018. Nesse período, fiquei em 12° lugar para um concurso de Engenheiro Civil, porém não fiquei dentro das vagas. Depois fiz o concurso para Analista de Gestão Pública da Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco, e graças a Deus, consegui a aprovação dentro das vagas, em 7º lugar, sendo que estou esperando a nomeação.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Cleyton: A sensação é de felicidade, mas principalmente de alívio (parece que você tira todo peso do mundo de suas costas). Eu pensava que iria explodir e sair gritando, mas não. Fiquei olhando para tela do computador, observando a lista dos aprovados e refletindo tudo que eu tinha passado até chegar naquele momento. Por fim, agradeci a Deus por estar me proporcionando tudo aquilo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Cleyton: Eu sempre tive uma vida social movimentada, não em relação a festas, coisas desse tipo; mas em relação a fazer várias atividades durante a semana. Seja antes ou depois do edital, sempre mantive praticamente a mesma rotina: treinava todos os dias; jogava bola de três a quatro vezes por semana; via minha namorada umas três vezes por semana também; saia em alguns finais de semana; fazia o mestrado e o trabalho durante a reta final do concurso.
Mas também tive que abdicar de muitos momentos familiares, com minha namorada e, principalmente, madrugadas de sono para poder bater minha meta diária de horas líquidas de estudo. Chegava a dormir pouquíssimas horas por dia para não poder abdicar de outras coisas que eu gostava de fazer.
Estratégia: Você tem filhos? Mora sozinho ou com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Cleyton: Eu namoro, mas não tenho filhos. Moro na capital, Recife, enquanto meus pais moram no interior. Minha família e namorada foram essenciais nessa caminhada. Eles sabiam que todo aquele esforço que eu estava fazendo, de certa forma, refletiria sobre eles, seja podendo proporcionar uma vida melhor ou mesmo me tornando uma pessoa mais “leve” para conviver com eles. Sempre procuraram respeitar minhas horas de estudo, sabendo que se fossem mandar uma mensagem para mim, provavelmente eu responderia horas depois.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Cleyton: Acho que vale a pena fazer concursos que tenham matérias correlatas com o curso que você almeja. No meu caso, por exemplo, como pretendo cargos da área fiscal, acho interessante fazer concursos que tragam no edital Direito Tributário, Contabilidade Geral e Pública, dentre outras.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Cleyton: 4 meses, porém já trazia a bagagem dos outros meses que foram direcionados para outro concurso.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Cleyton: Cheguei sim. Sempre mentalizava que uma hora o edital iria sair e que, quando saísse, eu precisaria estar pelo menos competitivo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Cleyton: Conheci o Estratégia por indicação de alguns amigos, os quais sempre me falavam do alto índice de aprovação dos alunos matriculados nos seus cursos e dos professores gabaritados que possuía.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?
Cleyton: Sempre fiz uma mescla de aulas em vídeo com PDF, mas para esse concurso em específico, prevaleceu o estudo com PDFs.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concurseiro é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Cleyton: Inicialmente, tive algumas dificuldades para conciliar a quantidade matérias, porém organizei um cronograma de estudos e as coisas começaram a caminhar. Sempre estudei várias matérias por dia, reservando de 50 a 60 minutos para cada uma delas. Não costumo fazer resumo, na verdade, fiz apenas um resumo até hoje estudando para concursos. Procurei focar bastante em exercícios, durante bom tempo mantive o estudo reverso (resolvendo questões sem nunca ter visto o assunto, lendo os comentários dos professores nas questões e depois indo para as aulas). Foquei bastante em fazer releituras. Fiz um plano de estudos priorizando a parte específica do concurso. Estudava de 6 a 7 horas líquidas, sendo que, aos finais de semana, chegava a 8 horas líquidas.
Estratégia: Você tinha mais dificuldade em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Cleyton: Sim. Administração Geral e Pública, por serem bastante subjetivas e terem vários doutrinadores que caem em prova. Para superar, resolvi muitas questões com gabaritos comentados pelos professores do Estratégia.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Cleyton: As últimas duas semanas foram muito turbulentas, muitas angústias. Olhava para a concorrência e pensava que não iria dar, mas mesmo assim mantive um ritmo intenso até às vésperas da prova. Lembro que a prova foi em um domingo à tarde, e que estudei até os últimos instantes possíveis.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Cleyton: Tenho que confessar que negligenciei um pouco o estudo da prova discursiva, porém como tinha muita prática em escrever artigos científicos e também estudei com muito afinco os conhecimentos específicos da prova (a discursiva era com base nos conhecimentos específicos), consegui me sair muito bem, tirando 39,38 de 40 pontos possíveis. Tive a “sorte” de ter estudado bastante o assunto da discursiva, que foi bem específico, pois escutei de muitos candidatos bem preparados que nunca tinham ouvido falar do assunto que havia caído.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Cleyton: Meu maior erro foi achar que estava fazendo a prova de minha vida e me pressionar tanto que psicologicamente fiquei muito cansado, pensando em como seria se não desse certo. Estava estudando a menos de um ano quando passei nesse concurso (o mais natural seria não passar, pois não trazia uma experiência grande de outros concursos); acabei me pressionando tanto que não se tornou muito saudável, durante um tempo, estudar para esse concurso. Então, o erro maior foi ter jogado todo meu emocional em uma prova.
Como acerto, creio que a disciplina e persistência foram fatores-chave para alcançar êxito nessa aprovação. Além de ficar caladinho, estudando sem ninguém saber, pois muitas pessoas torcem contra, infelizmente. Energias negativas podem atrair coisas negativas.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Cleyton: O mais difícil com certeza foi manter o ritmo intenso até às vésperas da prova. Acordar todo dia e saber que seria mais um dia como os outros, mais um dia que teria que ficar focado mesmo sabendo da incerteza que seria passar. Depois de um tempo, parei de pedir a Deus para passar e comecei a pedir apenas força e sabedoria para continuar mantendo o ritmo de estudos. Desistir nunca pensei, mas muitos dias estudei bastante desanimado.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Cleyton: Além da conquista pessoal, sabendo que não foi sorte, foi trabalho duro; pensava muito na alegria da minha família e namorada, do orgulho que sentiriam.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Cleyton: Estude, dedique-se dia a dia que Deus vai honrá-lo, seja mais cedo ou mais tarde. Se você tem a oportunidade de estudar, não a deixe passar, pois cada estudo é enriquecedor e nos torna pessoas melhores. Quando você ver seu nome na lista de aprovados, vai pensar: “Caramba, valeu a pena”.