Aprovado no concurso SEFAZ AL
“Estudar para concurso vai mudar sua vida, com certeza. Além da estabilidade, salário, cargo legal, você, com certeza, vai passar por uma provação que te deixará muito mais forte do que quando entrou. Por isso, vá com tudo e dê seu melhor, que vai dar certo!!!!! E cuide de sua mente. Para mim, focar e pensar positivo fez total diferença!”
Confira nossa entrevista com Bruno Garbois, aprovado no concurso SEFAZ AL para o cargo de Auditor Fiscal:
Estratégia Concursos: De onde você é? Qual é sua idade? E sua formação?
Bruno Garbois: Sou de Juiz de Fora, MG. Tenho 40 anos. Tenho formação em fisioterapia e educação física.
Estratégia: Você chegou a trabalhar na sua profissão? O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Bruno: Meu primeiro trabalho foi na empresa da minha família, uma distribuidora de alimentos. Trabalhei por alguns anos lá, mas resolvi seguir outro caminho: ser professor de tênis. Sou professor de tênis há muitos anos. Apesar de gostar muito da profissão, dar aulas de tênis é muito desgastante fisicamente e percebi que precisava planejar meu futuro para ter outra fonte de renda. Para ter um bom rendimento eu dava muitas aulas, mas sabia que com o passar do tempo não conseguiria manter o ritmo.
Apareceu a oportunidade de eu e minha esposa adquirirmos uma academia de ginástica e passei a acumular as duas funções: empresário e professor de tênis, porém reduzi bastante meu número de aulas. Mantivemos a academia por 5 anos. Recebemos uma boa proposta para vendê-la e acabamos vendendo. Tinha muitos amigos e alunos concursados e conversei com eles para entender um pouco sobre o assunto. Sempre percebi que eles tinham uma ótima qualidade de vida, tinham uma boa remuneração e eram felizes com a profissão. Resolvi, então, iniciar os estudos.
Estratégia: Como foi a escolha pela área fiscal? O que pesou mais para você quando teve que definir esse foco de estudo?
Bruno: Para ser sincero, inicialmente escolhi a área fiscal porque, com minha formação, era a área que oferecia os concursos com as melhores remunerações. Como vários professores que tive são auditores, com o passar do tempo fui aprendendo o que os auditores fazem percebi a importância do cargo. Isso me deixou ainda mais decidido sobre ser auditor.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Bruno: Mantive as aulas de tênis, porém com carga horária reduzida. Trabalhava umas 5 horas por dia. Como gosto muito de dar aula de tênis, não foi tão difícil conciliar. Iniciava os estudos bem cedo (6hs da manhã) e estudava o dia todo. No fim da tarde eu iniciava as aulas e seguia até um pouco depois das 21 horas.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Bruno: O primeiro concurso em que fui aprovado foi para Agente Penitenciário (atualmente Polícia Penal). Foi logo quando iniciei os estudos. Como a prova seria em minha cidade, resolvi fazer para ver como era. Acabei sendo aprovado, mas não assumi o cargo porque achei que como professor de tênis conseguiria estudar mais. Depois fui reprovado em vários, até que começou a melhorar rssss. Fui aprovado para Auditor Fiscal de Guarullhos (8° excedente), Auditor Fiscal de Betim (estou na 3° posição mas o concurso foi suspenso devido à pandemia), passei para a segunda fase para Auditor Fiscal do Distrito Federal (concurso também está suspenso), e agora fui aprovado para o concurso de Auditor Fiscal de Alagoas, na posição 41.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Bruno: Estudei muito tempo sem edital. Meu foco era o concurso de Auditor Fiscal da Receita Federal. Realmente foi difícil, mantive a disciplina nos estudos mas não era um estudo de qualidade. Iniciava e terminava os estudos no horário programado, porém a falta de perspectiva de uma prova a curto prazo me deixava desmotivado. Minha sorte é que minha esposa começou a estudar para o concurso também e isso acabou dando um super gás extra. Muito mais fácil estudar quando temos alguém do nosso lado lutando junto.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Bruno: Quando iniciei os estudos contratei uma consultoria e vários materiais indicados por eles eram do Estratégia.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? O que funcionava melhor pra você? Videoaulas, pdfs, livros?
Bruno: Apesar de ter comprado alguns livros, o que mais utilizei foram pdfs. Também assisti a muitas videoaulas, mas a maior parte do estudo foi com os pdfs.
Estratégia: Quantas horas por dia costumava estudar?
Bruno: Sem edital estudava entre 6 e 7 horas líquidas por dia. Quando saía o edital aumentava um pouco, indo para umas 8h.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos?
Bruno: Como falei, fiz um bom tempo de consultoria. Nessa época estudava 3 matérias por dia, e as revisões eram bem espaçadas. Depois fiz um pequeno período de coaching (no Estratégia mesmo), aprendi a fazer mais revisões (de 24 horas, 15 e 30 dias) e passei a estudar 4 matérias por dia. Comecei a utilizar uma tabela de excel para controlar meus estudos e revisões e isso fez muita diferença no meu aprendizado.
Nunca fui muito de fazer resumo, preferia fazer marcações no pdf. Duas coisas que comecei a fazer mais no final, antes dessas aprovações, e que me ajudaram muito, foram: iniciar o dia lendo lei seca por 50 minutos e criar um arquivo de word com as questões que errava ou tinha dúvida. Para a prova da Sefaz AL, li toda a legislação específica diversas vezes e quando chegou a prova eu estava voando, errei apenas 1 questão das 30 de legislação. Como essa matéria tinha peso maior, fui muito bem na prova objetiva (fiquei em 16°). Em relação ao caderno de word com as questões, eu fui revisando e reduzindo ele até que ficou bem enxuto, de modo que pude, por meio dele, revisar todas as matérias na semana anterior ao concurso.
Em relação especificamente à memorização, isso realmente sempre foi uma pedra no meu sapato. Com o tempo, e com vários concursos, percebi que não precisava decorar tudo. O importante, para mim, era entender o que estudava e aqueles assuntos mais espinhosos, que não dava para “puxar” com o raciocínio na hora da prova, eu colocava no meu arquivo de word para ler na semana anterior ao concurso. Muito difícil decorar algo por muito tempo, mas uma semaninha rola rssss.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Bruno: Li um livro do Willian Douglas que ele dizia que temos que gostar de todas as matérias. Brabo isso rsss, mas eu tentava não pegar antipatia com nada. Mentalmente dizia para mim mesmo que gostava e seguia firme. Quando sentia que estava pior nos exercícios, aumentava um pouco a carga horária. Acho que é importante ter em mente que, se está difícil para você, provavelmente está difícil para todo mundo. Então, senta a bunda na cadeira e estuda que dá certo!!!
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Bruno: Sou casado com uma mulher incrível! Minha grande companheira de batalha. Ela começou a estudar um pouco depois de mim e, com certeza, devo muito de minha aprovação a ela. Muito importante ter alguém que te apoie do seu lado. Tenho dois filhos maravilhosos, são gêmeos e estão com 17 anos. Também foram importantíssimos na minha aprovação. Entenderam que eu teria que ficar mais ausente por um tempo e, além de aceitar isso, sempre me deram muita força.
Eles acompanharam de perto a dedicação e as abdicações que devem ocorrer para alcançar um grande objetivo na vida, e sei que essa experiência vai ser muito relevante para a vida deles. Isso me deu muita força para não desistir (algumas vezes pensei em parar de estudar e trabalhar na empresa da família, mas segui em frente, principalmente por eles). Meus pais também me apoiaram muito, e foram também muito importantes na caminhada.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Bruno: Eu e minha esposa paramos com quase tudo. Temos muitos amigos e sempre gostamos de sair e viajar, mas diminuímos muito tudo isso. Nossa folga era sábado à noite (tomávamos um vinho e víamos netflix na maioria das vezes ou íamos para casa de amigos) e domingo à tarde. Viagem cortamos totalmente.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Bruno: Acho que vale muito a pena fazer concursos, mas da sua área. No início fiquei estudando para a Receita Federal e para mais nada. Não foi muito bom. O concurso não vinha e a motivação para estudar só diminuía. Estudar com edital na praça é outra coisa, a motivação é muito maior. Uns 70%, no mínimo, das matérias para área fiscal são as mesmas. Se você estuda para concursos em sequência, vai ficando cascudo nelas. Quando sai o edital você foca naquelas matérias específicas e dá para chegar bem em tudo. Posso dar 2 exemplos que ocorreram comigo:
A prova da Sefaz DF foi 1 semana antes da prova da Sefaz AL (meu foco). Eu somente estudei para Sefaz AL, e na prova do DF tinham muitas outras matérias, a maioria já havia estudado para outros concursos. Legislação, matéria com mais peso na prova, nem li para não me atrapalhar em Alagoas. Dei uma sorte danada que a parte de legislação veio bem abrangente, e meu conhecimento anterior serviu para matar várias questões. Acabei passando para a segunda fase do concurso do DF bem classificado, e fui aprovado em Alagoas.
O outro caso foi o concurso ISS Betim. Aprova foi logo depois de Alagoas. Só pude estudar a legislação específica na semana do concurso e consegui ir muito bem (fiquei em terceiro). Claro que dei muita sorte, mas o que quero dizer é que a bagagem que adquiri com os vários concursos que fiz antes me deixaram muito bem naqueles 70% das matérias, o que fez toda a diferença. Agora, como o nível está altíssimo, se tiver concursos próximos, acho que você deve focar em apenas um, mas fazer a prova do outro como treino, se isso for possível né.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Bruno: Especificamente para o concurso de Alagoas, estudei 3 meses. Iniciei assim que saiu o edital.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
Bruno: Pra falar a verdade, nem acreditei. Tinha ido muito bem na prova objetiva, mas já tinha saído o gabarito preliminar da prova discursiva e vi que tinha ido muito mal. Achei que não iria dar pra mim. Acabou que a objetiva me salvou rssss. Estava malhando e saiu o resultado. Um amigo, que também fez o concurso, me mandou mensagem e eu entrei no site do CESPE para ver. Eles colocam as notas apenas, e não dava pra saber a posição. Meu coração estava disparado. Depois de uns 10 minutos apareceu uma tabela com a classificação e eu estava em 39. Meu Deus, corri pra casa feito doido. Bom demais!!!! Vale todo o sacrifício.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Bruno: Essa prova, especificamente, foi muito diferente. Como nós tínhamos feito prova no DF no fim de semana anterior, resolvemos alugar um apartamento em Maceió e fomos do DF direto pra lá. Passamos a semana apenas estudando, sem ter que trabalhar, e resolvemos estudar “apenas” 9h por dia, e o resto do tempo malhamos e vimos série no netflix para relaxar. Deu super certo. Cheguei na prova com a mente preparadíssima.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Bruno: Nossa, a discursiva decidiu o concurso, foi muito importante. Teve gente que subiu mais de 50 posições e foi aprovada. Eu fui mal, caí de 16 para 39, depois dos recursos, para 41. Fiz um curso de discursiva e isso me salvou. Perdi pouquíssimos pontos em português. O que me ajudou muito também foi a ajuda do Décio Terror. Ele era aluno da academia que fui proprietário e o conheci lá. Além do cara ser gente boa demais, ele é muito fera em português. Ele me deu dicas preciosas. O que me afundou foi que eu não segui a linha correta de raciocínio da banca na questão 1 e tirei 1,06 em 25 pontos. Aconselho fortemente fazer um curso de discursiva e se dedicar bem para ela.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Bruno: Erros sempre há né. É um aprendizado e parte dele é errar e aprender com os erros. Meu principal erro, eu acho, foi deixar a parte mental afetar meus estudos. Como eu já não era muito novo, e tinha outras boas opções para seguir na vida, foi muito desafiador seguir estudando. Quando veio aquela crise dos concursos, no final do governo Dilma, foi brabo. Todo mundo falava que iria ficar um bom tempo sem concursos, e isso me afetou bem.
Por incrível que pareça, um livro de Tênis, “O jogo interior de tênis” me ajudou muito rssss. Seu escritor é considerado um dos precursores do Coaching no mundo. O livro é antigo mas é top, principalmente para quem joga tênis. Basicamente, ele divide nossa mente em 2 seres: o ser 1, que dá as ordens e cobra os resultados, e ser 2, que executa. Para ele, a excelência no esporte (ou outros tipos de desafios) só é alcançada quando calamos o ser 1, e deixamos o ser 2 atuar livremente, sem pré-julgamentos. Sei que parece doideira rssss, mas fiz isso. Parei de escutar minha mente e foquei em apenas estudar. Segui assim até o dia das provas e deu certo!!!
Meu maior acerto foi, sem dúvidas, nunca desistir!!!!
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Bruno: Por incrível que pareça, o mais difícil foram as oportunidades que foram aparecendo. Dizer não para elas, e seguir nesse caminho às vezes incerto, foi muito desafiador. Pensei algumas vezes em desistir, mas acabei tomando a decisão correta.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Bruno: Meus filhos, sem dúvida. Queria muito mostrar para eles, que acompanharam de perto, como a disciplina e o foco em um objetivo são fundamentais para eles se darem bem na vida. E os frutos já estão sendo colhidos: os dois passaram na Universidade Federal de Juiz de Fora, com 17 anos. Não tenho palavras para descrever como isso me deixou orgulhoso.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Bruno: Bom, primeiro lhes digo que não será fácil. Todos que alcançam isso deram muito duro. Muitos não tiveram a sorte que eu tive, de ter um certo recurso financeiro, esposa lutando junto, família ajudando, etc, e conseguiram vencer. Estudar para concurso vai mudar sua vida, com certeza. Além da estabilidade, salário, cargo legal, você, com certeza, vai passar por uma provação que te deixará muito mais forte do que quando entrou. Por isso, vá com tudo e dê seu melhor, que vai dar certo!!!!! E cuide de sua mente. Para mim, focar e pensar positivo fez total diferença!
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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]