Aprovado no concurso PRF
“Me sinto muito feliz e realizado. A sensação de servir a população e de atuar na segurança pública é indescritível, uma honra para mim. A cada dia de serviço me sinto empolgado, pois na vida policial dificilmente um dia será igual ao outro”
Confira nossa entrevista com Gabriel Nunes, aprovado em 24º lugar no concurso da Polícia Rodoviária Federal (Bahia):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Gabriel Nunes: Tenho 28 anos e sou de Salvador (BA). Sou formado em Odontologia, pela Universidade Federal da Bahia.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Gabriel: Num determinado momento de minha vida, vi o quanto a estabilidade seria valiosa e a aprovação em concurso seria uma boa oportunidade. Inicialmente busquei conciliar minha formação com esse sonho, imaginando que seria a única possibilidade de aproveitar meu diploma no ingresso de uma carreira.
Depois, conversando com amigos, soube que a carreira de auditor da RFB não demandava um diploma específico. Empolgado, comecei a estudar algumas matérias básicas. Curiosamente, o início dos meus estudos coincidiu com o auge da Operação Lava-Jato, o que despertou meu interesse pela Polícia Federal e, posteriormente, pela Polícia Rodoviária Federal. Reconheci em mim mais do que o desejo pela estabilidade: desenvolvi uma grande paixão pela área de segurança pública. Ao consultar o Estratégia Concursos, vi que o meu diploma me possibilitaria o ingresso em qualquer das carreiras policiais. Era só questão de ter os melhores materiais possíveis para me tornar competitivo.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Gabriel: Tive o privilégio de me dedicar exclusivamente aos estudos. Durante os anos que exerci a profissão de dentista, consegui juntar algum dinheiro, que seria para investir na própria carreira. Quando me decidi definitivamente por estudar para concursos, estabeleci que este valor seria mais bem investido se fosse no meu sonho: ser policial.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Gabriel: Fui aprovado para os cargos de Agente de Polícia Federal (281º) e Policial Rodoviário Federal (Bahia, 24º).
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Gabriel: Indescritível! Realmente passa um filme na sua cabeça, de tudo o que você passou. Lembrei de todos que me apoiaram, especialmente meu avô, este meu grande incentivador. E, por fim, aquela certeza: a de que tudo valeu a pena!
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Gabriel: Conhecendo como sou, vi que não seria capaz de me distanciar totalmente, mas entendi que precisaria selecionar bastante os eventos que iria comparecer. A vida social precisou ficar bem mais restrita, mas ainda assim não deixei de celebrar aniversários da família e Natal, por exemplo.
Mas, mesmo nos dias que saía de casa, dedicava algumas horas aos estudos. Ainda assim, foi bastante marcante pra mim passar dois verões e dois Carnavais estudando, em casa. Por incrível que pareça, é nesses momentos que surge a confiança e certeza de que a aprovação é questão de tempo.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Gabriel: Sou solteiro, não tenho filhos. Moro com meus pais e minha irmã. Apesar da surpresa inicial, por estar abandonando minha profissão, o apoio deles foi incondicional. Foram meus parceiros durante todo o período, orando, torcendo e me acompanhando. Amor e café nunca me faltaram! (rs). Compreenderam minhas ausências e eu tentava usar esse apoio como motivação.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Gabriel: Acho que vale muito a pena se arriscar por outros concursos. O primeiro material que adquiri do Estratégia era para Auditor da RFB. Posteriormente, com os rumores de novos concursos federais na área policial, me identifiquei com a área e decidi mudar o foco. Entretanto, percebo que o conhecimento nunca é perdido: muito do que estudei para a RFB foi aproveitado nos concursos seguintes. A mudança deu certo, especialmente com o aproveitamento das matérias de Português, Direito Constitucional e Contabilidade.
O concurso que se tem por objetivo inicialmente nem sempre é o definitivo ou o que você vai se identificar. Foi o meu caso, e sou muito feliz com as minhas aprovações. Não penso em seguir estudando para outras provas, ao menos no momento.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Gabriel: Para a Polícia Federal foram quatro meses de dedicação exclusiva para as matérias desse concurso. Para a PRF, estudei focado por menos de dois meses, pois já tinha uma boa bagagem das matérias dos concursos anteriores, precisando apenas fazer revisões e focar em Legislação de trânsito.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Gabriel: No período que estudei para a RFB, não tinha edital na praça. Mesmo assim, mantive a motivação e procurei garantir meu aproveitamento focando nas matérias que seriam certas no exame, como Direito Administrativo, Português e Matemática.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Gabriel: Eu estudei principalmente por PDF’s e, eventualmente, por videoaulas. Acho que esse tipo de estudo, além de mais completo, permite uma personalização da velocidade de leitura e marcação da parte do conteúdo que eu mais tinha dificuldade.
As videoaulas eram úteis em momentos de deslocamento, salas de espera ou quando estava fadigado da leitura. Mas sempre as tratei como um complemento.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Gabriel: Conheci o Estratégia através de pesquisas na internet sobre concursos. Achei o site bastante completo e motivador. Ao questionar colegas já aprovados em concursos, eles me passaram grande confiança, pois já tinham utilizado o material do site para suas aprovações.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Gabriel: Quando comecei, estudava de maneira bastante desorganizada. Após acompanhar algumas lives da equipe do Estratégia, procurei planejar melhor minha rotina de estudos.
Eu costumava estudar três disciplinas por dia, focando na leitura dos PDF’s sendo, preferencialmente, duas de alguma área do Direito. À noite, depois de terminar de estudar, gostava de fazer muitas questões de concurso. Percebi que, para mim, fazer muitas questões era melhor para a memória e revisão do que fazer resumos, que me consumiam muito tempo.
Quando os editais saíam, costumava dedicar maior fração de tempo ao conteúdo novo, passando a realizar revisões mais objetivas das matérias já melhor estudadas.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Gabriel: Minha facilidade com o Direito era compensada com minha grande dificuldade em exatas. Compensava essa dificuldade dedicando um tempo maior a realização de exercícios, conforme a recomendação dos professores. Comprava cadernos e fazia centenas de questões. Esta fórmula me possibilitou significativa melhora.
Acho natural que o concurseiro tenha uma ou outra matéria em que tenha dificuldade. Porém achava fundamental que chegasse a um nível competitivo na disciplina, jamais negligenciando-a por causa de minhas limitações.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Gabriel: As semanas que antecediam a prova foram cruciais para a minha aprovação. Para mim, era momento de refazer questões difíceis e identificar minhas maiores dificuldades, para saná-las em revisão. Eu revisei até mesmo na manhã anterior ao momento da prova. Tinha em mente que uma única questão poderia estar ali, naquela revisão, e me colocar entre os aprovados. Essa estratégia certamente me fez ganhar pontos importantes nas provas.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Gabriel: Na época do colégio eu costumava ser bom em questões discursivas. Na preparação dos concursos, vi que precisava me preparar de maneira ainda melhor. Adquiri cursos para redação e costumava redigir sobre temas sugeridos pelos professores do Estratégia.
Aconselho que os concurseiros não parem de escrever, estejam atentos às atualidades e que sejam detalhistas, pois problemas de grafia e erros de pontuação podem fazer grande diferença na classificação.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Gabriel: Mesmo antes da época de concurseiro eu já costumava correr. Para o TAF, precisei me preparar ainda para as provas de natação (PF), salto, barra e abdominal (PRF). Esse preparo foi iniciado cerca de um mês antes do TAF. O fato de já ter feito natação e de já correr há algum tempo me ajudaram a conquistar meus objetivos num prazo tão curto.
Estratégia: Como foi participar do curso de formação? Teve dificuldade em algo? Alterou sua classificação?
Gabriel: Foi uma experiência extraordinária. Viver numa cidade diferente, conhecer novas pessoas com grandes histórias de superação e me preparar tecnicamente para um serviço público de excelência foram coisas que marcaram a minha vida. Acredito que amadureci alguns anos em poucos meses. O CFP da PRF foi de altíssimo nível e não alterou a classificação dos aprovados.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Gabriel: O meu maior erro foi ter começado os estudos de maneira desorganizada. Poderia ter tido um aprendizado muito mais eficiente se tivesse sido mais metódico no início da jornada.
Acho que o meu grande acerto foi ter me condicionado à dedicação de corpo e alma para a aprovação, só parando de estudar quando visse meu nome no Diário Oficial. Foi um aprendizado para a vida: nada é capaz de nos parar quando estamos realmente decididos a mudar a nossa história.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Gabriel: O mais difícil é reconhecer que sacrifícios precisam ser feitos. Dedicamos tempo de nossa juventude, nos afastamos de amigos e, por vezes, algumas pessoas tentam nos desestimular. Nem todo mundo compreende. Como sabia que algumas pessoas não partilhariam desse sonho comigo, contei meus planos para o mínimo de pessoas possível. E
m alguns momentos, batia algum desânimo, mas em nenhum momento pairou sobre mim a dúvida de minha capacidade. Nesses momentos, procurava mentalizar tudo o que tinha me levado àquele momento e à minha decisão por estudar para concursos. Logo o ânimo voltava. As reprovações, o cansaço e a sensação de repetição são etapas necessárias para a aprovação. Concurso é uma fila: o que importa é não sair dela!
Estratégia: Como se sente hoje empossado no cargo para o qual se esforçou bastante para alcançá-lo?
Gabriel: Me sinto muito feliz e realizado. A sensação de servir a população e de atuar na segurança pública é indescritível, uma honra para mim. A cada dia de serviço me sinto empolgado, pois na vida policial dificilmente um dia será igual ao outro.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Gabriel: Estudar para concursos é um investimento que requer tempo, dedicação e coragem. Não desista, porque concurso é fila: o que importa é não sair dela. Cada dia de estudo é um importante passo nesse caminho. A alegria de trabalhar num órgão de interesse público, que realmente faz a diferença na vida das pessoas, é algo muito gratificante. Pode ter certeza: a aprovação é ainda melhor do que você imagina.
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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]
Um abraço,
Thaís Mendes