Aprovado no Concurso CGE CE
“O concurseiro deve manter-se determinado, programar-se, planejar o futuro. A disciplina e o controle são elementos fundamentais para quem busca tal objetivo. A conquista é demorada e deve ser feita passo a passo, de modo que ninguém aprende tudo da noite para o dia. O principal é ter fé e estar determinado a cumprir seus objetivos. Apesar das dificuldades, com muito esforço, a vitória certamente virá”
Confira nossa entrevista com Manoel Flores, aprovado no concurso da CGE CE no cargo de Auditor de Controle Interno:
Estratégia Concursos: Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Manoel Garcia Junior: Sou formado em Engenharia Civil, tenho 28 anos e sou de São José do Rio Preto – interior de São Paulo.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Manoel: Com o término de minha graduação, comecei a trabalhar na iniciativa privada e percebi que a exigência nesse setor é muito alta. Na época, eu trabalhava mais de 8 horas diárias, inclusive em fins de semanas. Percebi que tudo girava em torno da vontade dos superiores, podendo ocorrer até uma demissão inesperada.
Esses fatos me causavam certo desconforto no trabalho. Devido à baixa no setor de obras de construção civil em 2016, acabei recebendo a tão inesperada demissão. Dessa forma, resolvi procurar melhores condições de vida e principalmente de trabalho (estabilidade, bom salário e folgas programadas) optando por iniciar minha carreira de estudos após tal experiência.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Manoel: Dedicava-me inteiramente aos estudos, procurando aproveitar o dia da melhor forma possível. É de extrema importância na vida de um concurseiro haver um planejamento eficaz para que os estudos possam render e o aprendizado comece a se consolidar. Apesar de não trabalhar, eu procurava encarar o estudo como se fosse um emprego, tendo que cumprir a carga horária determinada (máxima possível visando um aprendizado saudável) e tendo disciplina com os horários.
A prioridade na minha carreira de estudante era cumprir o programado, então enquanto eu não concluísse a carga horária estabelecida eu não sossegava – enquanto o estudo não se esgotasse, outros compromissos ficavam para depois.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Manoel: Aprovação dentro do número de vagas eu tenho apenas a do último concurso que foi o da CGE CE (Auditor de Controle Interno – Obras públicas, 2ª colocação).
Porém, na minha temporada de estudos acabei prestando vários concursos e dou destaque para os seguintes concursos os quais estou no cadastro de reserva:
19º TCE MG – Analista de Controle Externo – Engenharia
17º TCM BA – Auditor Estadual de Infraestrutura
36º Prefeitura Municipal de São Paulo – Engenheiro Civil
34º ARTESP – Especialista em regulação de transporte – Engenharia Civil
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Manoel: Foi muito bom ver o meu nome na lista de aprovados, é difícil descrever com palavras o sentimento, porém um fato que marcou o resultado foi um abraço que dei em minha mãe e a satisfação que todos (eu e os meus familiares) sentimos naquele momento.
Entretanto, no concurso da CGE CE o sentimento de satisfação ocorreu de forma parcelada. Não pude ter o alívio logo de cara, pois o concurso foi dividido em várias fases. A cada passo era um alívio e uma preocupação com a próxima etapa.
Quando saiu o resultado da prova objetiva e convocação para o curso de formação (CF), eu fiquei muito surpreso. Em tal resultado, acabei na terceira colocação e realmente não esperava nem ser aprovado para o curso – que apenas levou 12 candidatos na área de obras públicas para essa segunda etapa. O fato já foi a primeira emoção, mas eu sabia que não era o fim, ainda havia o curso de formação.
No CF ficamos um mês em Fortaleza – CE fazendo o curso com 160 horas de aulas presenciais e muito estudo em casa após a carga horária do dia. Foi um mês em Fortaleza sem ver a praia, rs. A prova do curso de formação era classificatória e eliminatória, dessa forma, as vagas ainda não estavam definidas. Dei o meu máximo e consegui fazer uma boa prova. Quando vieram os resultados a alegria foi grande, consegui subir à segunda posição, mas ainda tinha o exame psicológico, também eliminatório.
A fase do psicológico foi superada e consegui o resultado positivo, logo em seguida, os títulos, que de certa forma já sabíamos por termos feito amizade com o pessoal do curso, e então a felicidade veio com maior tranquilidade.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Manoel: A minha postura sempre foi a de priorizar o estudo. Quando saia um edital importante a análise a ser feita era se eu já havia estudado as matérias, a quantidade de matérias que eu deveria dar atenção especial e o calendário de estudos que eu deveria cumprir. Sempre tentei ser o mais sistemático possível com a programação, haja vista que eu não trabalhava, assim o estudo deveria ser prioridade.
Vale ressaltar que eu sempre gostei de fazer atividade física e sempre reservei uma hora diária para tal fim. Na minha opinião é muito importante esse momento, por uma questão de saúde e até de descanso mental. Nos dias em que eu não realizava a atividade física, para tentar render mais nos estudos, eu percebia que a mente acabava se cansando e nos outros dias de estudo o fardo era ainda maior.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Manoel: Eu moro com os meus pais e tenho namorada. Ainda não tenho filhos. Dedico esse trecho para agradecer aos meus pais e à minha irmã, que me apoiaram, me ajudaram a manter o foco, me respeitaram nas horas difíceis e sofreram em conjunto comigo devido às minhas dificuldades.
Minha namorada, por sua vez, foi também fundamental na minha aprovação. Soube entender minhas dificuldades e aceitar os momentos em que eu precisava manter o foco nos estudos, foi também psicóloga para ouvir meus desabafos e aconselhar os meus passos.
Sou muito grato a todos os amigos e familiares que sempre torceram por mim.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Manoel: Eu acho fundamental fazer outros exames, mesmo que não seja exatamente o foco maior de estudo. Eu acredito que é muito importante saber a matéria, como também controlar o emocional para fazer uma boa prova no dia do concurso.
Na minha trajetória de estudos, tive o problema de ficar nervoso nos dias de exame, creio que seja pela minha cobrança para comigo mesmo. Comecei a me atentar aos cuidados a serem tomados para a realização dos exames, só realizando os exames. Percebi que alguns alimentos me faziam mal e deveriam ser evitados nos dias antecedentes e no próprio dia do exame, além de um cuidado especial com o sono que deveria ser controlado cautelosamente.
Devo dizer que os exames que eu prestava, em sua maioria, eram para engenharia ou tinham matérias semelhantes às de controle, para não sair muito do foco. Eu sempre me balizava nas matérias que eu estudava para controle, nessas, quando o desempenho era ruim, eu me sentia mal, mas sempre foi fundamental levar uns tombos para aperfeiçoar o método de estudo e focar mais nas coisas que eu ainda não dominava.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Manoel: A duração do meu período de estudos para concursos foi de 2 anos. Mas eu não estudava especificamente para o órgão que passei, sendo que meu foco era na área de controle e engenharia.
Foram várias provas nesse período. Creio que isso foi importante porque à medida que o tempo passava e saiam mais editais, eu revisava o conteúdo novamente.
Comecei os estudos no ano de 2017 e já no final desse ano teve o primeiro concurso da área de controle (TCE SP). A partir daí, quando saiu o edital, acelerei o estudo para conseguir cobrir o edital. Não me recordo se cumpri 100% deste, porém, foi um primeiro contato com grande parte da matéria.
Logo em seguida, no começo do ano de 2018, saiu outro edital da área de controle (TCM BA). Foi uma ótima oportunidade para revisar o conteúdo estudado no concurso anterior. Além de oferecer uma segunda fase escrita que me fez estudar para um modelo de prova que eu nunca tinha feito.
Depois veio o terceiro (TCE MG), concurso para o qual eu me dediquei bastante e foi também fundamental para amadurecer e revisar todos os assuntos.
Por fim, em novembro de 2018, saiu o edital da CGE CE. Apesar de ser na área que eu estava focado, a princípio foi um concurso que não me agradou, por ter como uma de suas fases um curso de formação – o curso era presencial e iria haver uma prova, em seu final, classificatória e eliminatória – o fato me fez pensar que a aprovação nesse concurso seria mais difícil ainda, por um momento pensei até em desistir. Mesmo assim, com tais dificuldades, resolvi investir na causa e tentar o concurso. Em um primeiro momento, o pensamento era focar na primeira fase e depois pensar no curso de formação, acabou dando certo.
Eu não conhecia o Ceará, gostei muito de lá e depois, com a classificação, agradeci por não ter desistido do concurso, e finalmente, com a graça de Deus, consegui minha sonhada aprovação.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Manoel: Sim. Comecei a carreira de concurseiro pensando em área fiscal, especificamente no concurso da Receita Federal, na época acreditava-se que o edital iria sair. Mas logo surgiu a oportunidade de prestar o TCE SP, quando conheci a área de controle, gostei, e não retornei mais o estudo para área fiscal.
Em seguida, ocorreu a sequência de editais para área de controle, conforme dito anteriormente. Assim foi mais fácil manter a motivação.
Vale lembrar que quando comecei os estudos, não havia edital na praça, e eu sabia que para conseguir melhores condições de emprego e de vida era preciso manter o ritmo para chegar competitivo quando saísse um edital de interesse, acho que esse fato foi a maior motivação para manter os estudos como prioridade.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Manoel: Conheci o Estratégia por meio de um amigo que conhecia uma pessoa que estudava por esse material. Na época eu estava bem no início da vida de concurseiro, estudando para a Artesp, então fui procurar pelo cursinho. Adquiri um curso de português para FCC (banca da Artesp) e gostei muito da sistemática apresentada. Em seguida, adquiri um pacote para começar a estudar direito administrativo, constitucional e financeiro.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?
Manoel: Inicialmente eu sentia a necessidade de aproveitar todo o material oferecido pelo curso. Nesse sentido, eu buscava assistir primeiramente às videoaulas, em seguida fazia a leitura do PDF e por fim eu esgotava as questões da apostila. Percebi que era uma técnica um tanto demorada, devido ao meu discreto avanço no material. Embora eu estivesse aprendendo, era preciso otimizar o tempo, visto que a distância entre a divulgação de um edital e a data da prova não deixa margem de tempo a perder.
Abandonei as videoaulas quando saiu o concurso do TCE-SP. Com aproximadamente 2 meses de intervalo até a prova, comecei a fazer apenas a leitura dos PDFs e resolver muitas questões.
Não senti muita falta dos vídeos. Creio que comecei com tais aulas por certa insegurança e por nunca ter tido contato com as disciplinas, dessa forma, os vídeos ofereciam certo conforto. Entretanto, quando iniciei os estudos de maneira mais ativa (leitura e questões), senti que o meu avanço não se dava mais discretamente, e o aproveitamento era tão bom quanto inicialmente.
Com o amadurecimento no estudo acabei preparando/coletando resumos das aulas de cada curso. Os resumos não passavam dos próprios resumos que são oferecidos ao final dos PDFs, e quando não, eu os preparava ou pegava das aulas de revisão de véspera. Para as matérias que eu sentia maior dificuldade, sempre havia uma pasta com os resumos que eu usava para refrescar a memória.
Basicamente, nos últimos tempos, a atividade era revisar fazer simulados e muitas questões. Os simulados que eu realizava aos domingos eram situações bem próximas à realidade. Sempre deixava uma prova impressa, marcava o horário e preenchia o gabarito, de modo que além de saber os conteúdos era preciso saber fazer as provas. Assim era possível identificar minhas falhas e afinidades com cada assunto, a partir das correções, para aperfeiçoá-los.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Manoel: O meu desenvolvimento no estudo se deu ao longo do tempo. Como falei, no começo eu assistia aos vídeos, fazia a leitura do PDF e esgotava as questões das aulas. Nessa época eu estudava por ciclos, tinha programado um ciclo de estudos que englobava as matérias básicas para os concursos de auditoria, sem deixar de lado as matérias de engenharia. Comecei a notar que estava muito lento, em que pese o aprendizado estar sendo efetivo. Quando saiu o concurso do TCE SP, abandonei as videoaulas e foquei mais na leitura e solução de questões.
Ocorre que, como foram 2 anos de estudo, eu aproveitava a divulgação de um edital novo para poder revisar as matérias uma vez já estudadas para o certame anterior. Com a publicação de novo edital, eu já fazia a programação – uma planilha com todos os tópicos a serem estudados – e controlava os assuntos e o avanço através de cores escalonadas.
Quando havia matérias novas, a prioridade era pra estas e a tentativa era de esgotá-las o mais rápido possível, para poder fazer questões e revisões.
Quanto ao tempo de estudo, como eu não trabalhava e dedicava-me exclusivamente ao estudo, procurava utilizar um aplicativo de celular para marcar o tempo líquido. Sendo assim, percebi que cumprir as horas líquidas era bem difícil, e quando eu não marcava, havia a falsa sensação de estar estudando muitas horas. Então, enquanto eu não fizesse pelo menos 7 horas (líquidas) diárias eu não estava com o dever cumprido.
A ferramenta fundamental (no meu caso) eu diria que foi ler os PDFs, grifá-los, anotar os pontos importantes e fazer questões. Conforme já disse, eu tinha uma pasta de resumos sobre cada matéria, eles eram utilizados para refrescar a memória, principalmente na semana que antecede a prova.
Por fim, eu diria que cada um funciona de um jeito. No curso de formação da CGE tive contato com vários outros concurseiros que hoje se tornaram amigos, assim, era perceptível que cada um tinha sua forma de estudos. Não há uma fórmula, é necessário conhecer a si mesmo.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Manoel: Sempre tive dificuldades com língua portuguesa. Lembro-me do ensino médio que precisava penar para tirar aquele 7,0 (chorado) –média na época. E foi o primeiro curso que adquiri do Estratégia, língua portuguesa para FCC. Depois de 5 anos de faculdade e mais 3 trabalhando, sem nunca mais ver aula de português, tive a sensação de esquecer absolutamente tudo da disciplina.
Quando comecei a fazer o curso eu estava na época de ver os vídeos (que foi excelente para mim, justamente por ter dificuldade com a matéria) e assim consegui aprender com qualidade. Sei que não sou gramático – longe de mim – acredito que seja até um pouco de dom, porém sempre consegui tirar o 7,0 nos meus concursos (e não saiu tão chorado assim, rs). Acredito que é fundamental encarar as dificuldades e os medos, portanto o segredo que utilizei para vencer o português foi encará-lo com uma atenção especial.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Manoel: Na semana antes da prova, revi meus resumos, as leis, a CF/88 e fiz questões dos últimos concursos da banca. Confesso que, para o concurso da CGE, não excedi muito a carga horária dos dias da semana. Naquela semana, eu estava cansado, já havia estudado bastante antes, logo, utilizei o tempo para fazer uma revisão sem extrapolar.
No dia anterior à prova, eu descansei. Nunca tinha feito isso, costumava acompanhar a revisão de véspera e rever os resumos, mas especificamente para a CGE minha atitude foi atípica. Na verdade, eu não imaginava que ia voltar à praia de Fortaleza tão cedo, então resolvi gastar o sábado nela. Sempre me cobrei muito, mas tomar tal atitude foi bom porque me tranquilizou, creio que o fato tenha me ajudado no dia da prova.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Manoel: Erros: O primeiro concurso que tive a oportunidade de estudar e prestar foi o da Artesp. Eu diria que foi uma lição por ter estudado de uma forma não focada. Explico: Peguei o edital do concurso e, baseando-me nos tópicos, estudei pelos materiais que tinha utilizado na faculdade, visto que o concurso era para o cargo de engenheiro civil. Depois de fazer a prova, reparei que as bancas dão maior ênfase em normativas e conhecimento das leis, assim como em um tipo específico de questões. É, o estudo tinha sido feito de forma errada.
Outro erro foi: não acreditar no meu potencial. Eu tinha em mente que a fase de concursos ia passar, provavelmente eu ficaria em algum cadastro reserva e algum dia seria chamado. Fiquei surpreso quando vi que estava muito perto e mais ainda quando fui aprovado dentro das vagas. Eu nunca deixei de acreditar ou parei de estudar, porém se tivesse acreditado mais, com certeza, eu teria sofrido menos.
Acertos: Programar os assuntos e o conteúdo a ser estudado. Organizar materiais e local de estudo. Marcar e controlar o tempo líquido de estudo. Estudar por material focado. Fazer muitas questões, provas e simulados. E o mais importante: ser persistente.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Manoel: O mais difícil foi lidar com a minha cobrança para comigo mesmo. Eu sempre quis dar o máximo de mim e não tinha muita paciência com a situação. Às vezes batia aquele sentimento de revolta, pensei até em sair do país e procurar algo interessante lá fora. Na data que saía a demanda de candidatos era um terror. Sempre havia poucas vagas e infinitos candidatos. Foi difícil lidar com isso.
Eu não esperava passar dentro das vagas e ficar esperando homologação e nomeação. A ideia era ficar numa posição bem modesta no cadastro reserva e um dia ser chamado. Com base nessa ideia, sempre mantive o foco e sabia que podia dar certo. Graças a Deus, foi melhor do que eu esperava.
Cheguei a pensar em desistir, sim. Devo agradecer aos meus familiares e amigos que sempre me aconselharam de forma positiva e contribuíram para que eu não abandonasse o grande objetivo.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Manoel: A grande motivação era arrumar um emprego melhor. Confesso que me formei em uma época boa e consegui emprego relativamente fácil. Entretanto, com a baixa na economia em meados de 2016, quando fui demitido, a dificuldade em se encaixar no mercado estava grande.
Eu não queria passar por dificuldades em minha vida profissional no futuro, como trabalhar em excesso, ser demitido sem nenhum motivo e outros, assim segui firme na busca por um cargo público.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Manoel: O conselho que dou é que o concurseiro deve manter-se determinado, programar-se, planejar o futuro. A disciplina e o controle são elementos fundamentais para quem busca tal objetivo. A conquista é demorada e deve ser feita passo a passo, de modo que ninguém aprende tudo da noite para o dia. O principal é ter fé e estar determinado a cumprir seus objetivos. Apesar das dificuldades, com muito esforço, a vitória certamente virá.
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