Aprovada em 1° lugar no concurso CGM Niterói para o cargo de Auditor Municipal de Controle Interno
Concursos Públicos
“[…] Estar no Baile dos Primeiros representa não apenas a conquista das aprovações, mas também o fechamento de um ciclo e o início de uma nova fase da minha vida”
Confira nossa entrevista com Maria Victória Silveira de Andrade Cordeiro, aprovada em 1° lugar no concurso CGM Niterói para o cargo de Auditor Municipal de Controle Interno:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua idade, formação e cidade natal?
Maria Victória Silveira de Andrade Cordeiro: Tenho 28 anos e sou formada em Ciências Contábeis pela UERJ, com pós-graduação em Contabilidade Pública. Nasci e cresci na cidade do Rio de Janeiro.
Estratégia: Conte o início da sua trajetória, o que te levou a iniciar os estudos para concursos?
Maria Victória: A estabilidade profissional sempre foi muito valorizada na minha família, e cresci com esse pensamento. Mesmo antes de iniciar a faculdade, eu já sabia que meu futuro estaria no serviço público. Hoje, vejo que foi uma excelente escolha, não apenas pela estabilidade, mas também pela qualidade de vida que essa carreira proporciona.
Estratégia: Como você conheceu o Estratégia Concursos e porque tomou a decisão de se tornar nosso aluno?
Maria Victória: Assim que decidi iniciar os estudos para concursos, busquei um curso online pela praticidade e pela flexibilidade desse formato. Queria investir no melhor do mercado e ter a segurança de estar estudando com materiais de qualidade, que realmente me apoiassem na minha trajetória até a aprovação, e recebi muitas indicações positivas do Estratégia Concursos. Decidi testar e, desde o início, me adaptei muito bem ao material, o que reforçou minha escolha.
Estratégia: Como era sua rotina e plano de estudos?
Maria Victória: Antes da minha primeira aprovação, cheguei a trabalhar por um período em um escritório de contabilidade, mas decidi me dedicar integralmente aos estudos. Na época, não contabilizava horas líquidas, mas estudava em média quatro matérias por dia nesse período. Eu acordava, estudava, ia à academia após o almoço e, ao retornar, continuava estudando até a hora de dormir. Costumava iniciar o dia pela teoria e, conforme o cansaço aparecia, direcionava mais o foco para a resolução de exercícios.
Após a minha primeira aprovação, continuei estudando e conciliando os estudos com o trabalho, mas dessa vez com uma rotina mais leve. Durante a semana, estudava cerca de uma hora e meia por noite, geralmente duas matérias, e reservava um momento para relaxar, assistindo a uma série ou filme antes de dormir. Nos fins de semana, aumentava um pouco a quantidade de matérias e de horas. Nos dias em que estava mais cansada, estabelecia como meta estudar pelo menos meia hora, sempre priorizando a constância.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
Maria Victória: Quando estudei para a CGM Niterói, sim. O principal foi estabelecer uma rotina, com horários fixos após o trabalho. Não me cobrava estudar com tanta intensidade durante a semana, mas definia uma quantidade mínima de tempo e priorizava a constância. Já aos fins de semana, com mais tempo disponível, conseguia aumentar o ritmo e aprofundar os estudos.
Estratégia: Quais ferramentas do Estratégia você mais utilizou em sua preparação e quais eram os diferenciais de cada?
Maria Victória: No início da minha preparação, o coach foi essencial para me orientar, organizar a rotina e trazer mais disciplina aos estudos. Embora a Trilha Estratégica também fosse uma ferramenta importante, o acompanhamento do coach se destacava por ser mais personalizado. As videoaulas me ajudavam especialmente quando eu tinha dificuldade em algum conteúdo ou precisava complementar o estudo do PDF.
Com o passar do tempo e o ganho de maturidade nos estudos, fui identificando o que funcionava melhor para mim. A partir disso, passei a me basear principalmente nos PDFs e no Sistema de Questões, que se tornaram os pilares da minha preparação.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Maria Victória: Eu já vinha estudando com foco na área de controle e, quando saiu o edital da CGM Niterói, apenas intensifiquei a preparação por cerca de três meses até a prova. Ao longo desse processo, aprendi que a disciplina não depende da vontade do momento, mas do compromisso diário com os horários que eu mesma estabeleci para estudar, e foi isso que sustentou minha constância até a aprovação.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Maria Victória: Inicialmente, tive bastante dificuldade com a disciplina de Português da banca FGV, o que me causou estranhamento, já que sempre tive bom desempenho em provas de Português ao longo da minha vida. A virada aconteceu após assistir às aulas da professora Adriana, direcionadas especificamente para essa banca, e resolver muitos exercícios. Com isso, consegui compreender a lógica por trás da aparente subjetividade da FGV e passei a ir bem nas provas.
Estratégia: Qual sua estratégia de reta final?
Maria Victória: Durante a preparação, eu costumava anotar as questões que errava ou que me geravam dúvida. Na reta final, além de intensificar a resolução de exercícios, fazia a releitura dessas anotações, o que me ajudava a revisar pontos estratégicos e consolidar o conteúdo.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi a sua rotina de estudos para esta importante fase do certame?
Maria Victória: A preparação para a prova discursiva eu deixava para a etapa final, após concluir o conteúdo programático. Nesse momento, focava no estudo das regras e dos formatos básicos e treinava com a preparação de discursivas do Estratégia, que apresentava os temas e perguntas, e eu realizava os treinos escrevendo à mão.
Estratégia: De que forma sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada?
Maria Victória: Não sou casada nem tenho filhos, mas o apoio da minha família e amigos foi fundamental durante minha trajetória. Eu não conhecia outros concurseiros na época, então houve momentos em que me sentia sozinha e desanimada, mas eles sempre estiveram ao meu lado, me incentivando, acreditando no meu potencial e me ajudando a seguir firme mesmo quando eu mesma duvidava.
Estratégia: Qual a sensação de ter sido convidado para o Baile dos Primeiros do Estratégia Concursos?
Maria Victória: Estou tão feliz! Para mim, é um verdadeiro baile de formatura: um momento de celebração de toda a minha trajetória, de tudo o que foi construído com esforço, constância e renúncias ao longo do caminho. Estar no Baile dos Primeiros representa não apenas a conquista das aprovações, mas também o fechamento de um ciclo e o início de uma nova fase da minha vida.
Estratégia: Durante sua preparação, ouviu falar sobre o Baile dos Primeiros? Imaginou que um dia estaria nesta confraternização?
Maria Victória: Eu lembro de ver as divulgações do Baile dos Primeiros e de achar incrível, e querer viver aquilo, mas nunca imaginei que um dia estaria lá. Já me sentiria muito feliz apenas com a nomeação, mas conquistar o primeiro lugar e ainda receber esse convite é um sonho!
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Maria Victória: Muitas vezes se imagina que a aprovação em concurso depende apenas de estudar intensamente, mas, na prática, ela exige planejamento, ajustes constantes e um processo de tentativa e erro. Não existe uma fórmula única que funcione para todos.
Um dos meus principais erros aconteceu quando eu me dedicava exclusivamente aos estudos e deixava de reservar tempo para mim e para atividades de que gostava. Cheguei, inclusive, a faltar a aniversários de amigos por conta disso. Com o tempo, percebi que vida pessoal, relações e saúde mental são fundamentais. Quando a disciplina se transforma em autocobrança excessiva, ela deixa de ajudar e passa a atrapalhar o rendimento nos estudos.
Já os principais acertos vieram quando comecei a acreditar mais em mim e a entender o que realmente funcionava para a minha forma de estudar: como organizar a rotina, quais métodos usar e quais matérias priorizar. Esse autoconhecimento só foi possível depois de muitos erros — e hoje entendo que isso também faz parte do processo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? O que você diria para a sua versão de 5 anos atrás?
Maria Victória: Com certeza. Houve momentos em que pensei em desistir, especialmente quando me comparava com colegas que já estavam trabalhando no setor privado e me questionava se tinha feito a escolha certa. Ainda assim, segui persistindo.
Se eu pudesse falar com a minha versão de cinco anos atrás, diria para ter mais paciência e confiar mais em si mesma e no processo. O caminho pode parecer longo, mas, com constância, uma hora os resultados chegam.
Estratégia: Por fim, deixe sua mensagem para todos aqueles que estão começando e almejam chegar aonde você chegou!
Maria Victória: Escolham uma área de interesse e se dediquem às matérias que fazem parte dela, da forma que melhor se adaptem, sempre com bastante resolução de exercícios. À medida que os concursos forem surgindo, façam as provas. Não importa se vocês acham que ainda não estão totalmente preparados, se parece muito competitivo ou se estão apenas no início da caminhada.
Ao longo da minha trajetória, fui aprovada em 1º lugar na CGM Niterói (Auditora Municipal de Controle Interno) e na Secretaria de Fazenda de Niterói (Contadora). Além disso, todos os concursos em que fiquei no cadastro reserva acabaram resultando em nomeação: Contadora na EMGEPRON, Analista de Planejamento e Orçamento na Secretaria Municipal de Fazenda do Rio de Janeiro, Contadora na Controladoria Geral do Município do Rio de Janeiro e Auditora do Estado na Controladoria Geral do Estado do Rio de Janeiro. Isso me ensinou que os resultados nem sempre vêm no tempo que esperamos, mas chegam para quem permanece.
Haverá dias de desânimo, de cansaço e de solidão, em que tudo parece pesado e distante. Esses sentimentos fazem parte do processo e precisam ser acolhidos. Mas não deixem que eles façam vocês desistirem. Continuem, mesmo quando for difícil, mesmo quando a confiança falhar. A constância constrói resultados silenciosamente e, no tempo certo, a aprovação chega para quem insiste, acredita e segue em frente.