Aprovado em 1° lugar (CR) no concurso TRE-TO para o cargo de Analista Judiciário - Área Administrativa - Especialidade: Contabilidade
Concursos Públicos“Eu recomendo que o estudo tenha alguns pilares: bom material; ciclo de estudos; disciplina e perseverança […]”
Confira nossa entrevista com Leonardo de Oliveira Souza, aprovado em 1° lugar (CR) no concurso TRE-TO para o cargo de Analista Judiciário – Área Administrativa – Especialidade: Contabilidade:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Leonardo de Oliveira Souza: Meu nome é Leonardo de Oliveira Souza, tenho 39 anos, sou casado e pai de duas meninas. Sou nascido e criado em Brasília, formado em Contabilidade. Tenho uma especialização em Gestão Pública.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Leonardo: A escolha inicial se deu por conta da estabilidade. Eu morria de medo de ter uma família e acabar ficando desempregado. Com o passar do tempo eu descobri o quão incrível é poder servir. Isso despertou o desejo de continuar estudando em busca de oportunidades que pudessem me colocar em uma posição na qual eu pudesse servir de uma forma mais direta e com uma melhor remuneração.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
Leonardo: A minha trajetória no mundo dos concursos se divide em dois períodos. Eu estudo para concurso desde 2010. Em 2011, tive a minha primeira aprovação em concurso de nível médio. Continuei estudando e, em 2015, passei em outro concurso de nível superior. Depois dessa aprovação, dei uma pausa nos estudos por conta do nascimento da minha filha. Em 2020, retomei e obtive essa aprovação no TRE-TO. Em todo esse período, seja na primeira etapa, seja na segunda, eu sempre trabalhei e estudei.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Leonardo: Em 2011, passei no concurso da UnB para o cargo de Assistente Administrativo. Em 2015, passei em outro concurso da UnB, só que para o cargo de Contador, ficando em 2º. Tive uma aprovação na Valec, mas acabei não assumindo. E agora, a aprovação no TRE-TO, cargo de Analista Judiciário, Área Administrativa (AJ-AA) – especialidade: Contabilidade, em 1º lugar. Mesmo sendo um concurso de cadastro de reserva, parei de estudar temporariamente e iniciei um Mestrado em Políticas Públicas pelo IPEA. Estou torcendo pelo PL nº 04/2024, que prevê a ampliação dos cargos da Justiça Eleitoral.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Leonardo: Acabei abrindo mão um pouco da vida social, como todo concurseiro. Mas a minha estratégia era de entregar tudo de segunda a sexta para ter o final de semana livre. Tanto na primeira etapa (das aprovações) quanto na segunda, estudei poucas vezes aos sábados e domingos. Em contrapartida, nunca deixava de estudar de segunda a sexta.
Houve uma vez, na primeira etapa dos estudos, em que haveria uma formatura do meu primo em um dia de semana. Minha mãe me ligou perguntando se eu iria, e eu disse que não, pois teria que estudar. Daí ela me respondeu: “meu filho, você está ficando doente”. (Risos). Nesse dia, a ficha caiu e decidi ir. Entendi que eu não precisava ser tão radical.
Nessa segunda etapa, já com as minhas filhas, adotei uma estratégia mais tranquila também. Buscava acordar mais cedo, para estudar antes de elas acordarem, e trabalhar da forma mais produtiva possível para fazer todas as minhas entregas do serviço e poder estudar no tempo restante.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Leonardo: Minha família, amigos e esposa sempre entenderam bem e me apoiaram. Claro que sempre aconteciam convites, e muitos deles eu acabava negando, ou ia e ficava pouco tempo, ou então ia, mas não bebia. Às vezes, alguém ficava um pouco frustrado, mas nunca fui pressionado ou desrespeitado.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Leonardo: Acabei optando por fazer concursos da área administrativa (área meio) voltados para Contabilidade. Assim, as matérias eram bem parecidas, e eu sempre escolhia fazer concursos cujas matérias estivessem bem alinhadas com o que eu estudava, para evitar ficar “pulando de galho em galho”. Com isso, desde junho de 2024, devo ter feito uns 8 ou mais concursos cujo edital era bem parecido.
Para o concurso do TRE-TO, devo ter estudado de forma direcionada uns 45 dias. Mas lembrando que estudo para concursos dessa área desde 2020 (um tempo relativamente longo). A minha disciplina vem da necessidade de dar uma vida melhor para minha família e mais oportunidades para minhas filhas.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Leonardo: Eu usei basicamente as aulas em PDF e as videoaulas. Tentava ao máximo fazer uso dos PDFs, pois eu entendia que era a forma mais rápida de avançar nos conteúdos. No entanto, nas matérias mais complexas ou nas quais tinha mais dificuldade, acabava recorrendo às videoaulas. Outra ferramenta que utilizei foi a série de vídeos motivacionais do professor Felipe Duque. Ele aborda um viés mais espiritualizado, e o conteúdo me ajudou bastante a me manter motivado no meu propósito.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Leonardo: Confesso que não me lembro exatamente. Eu uso o curso há anos, desde a época em que só existia a possibilidade de comprar o curso para determinado concurso. Você baixava todos os PDFs e acessava direto do próprio computador. Acredito que tenha sido por algum anúncio na internet.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
Leonardo: Cheguei a usar material de outros cursos e o grande diferencial do Estratégia é a qualidade do corpo docente, principalmente na minha área (Contabilidade, Controle e etc.). Também já comparei alguns materiais pontuais, e o do Estratégia é sempre atualizado e bem revisado. Já fiz a comparação e, em algumas oportunidades, me deparei com o material de outros cursos trazendo, principalmente, Legislações Especificas desatualizadas. Outro ponto que o Estratégia tem de interessante é que os Fóruns de Dúvidas sempre são respondidos, e de forma tempestiva. Todas as vezes que utilizei, tive minhas expectativas correspondidas.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Leonardo: Usei esse material por um ano, mais ou menos, e decidi voltar a utilizar o do Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Leonardo: Destaco a qualidade do corpo docente. Para quem estuda para esta área de Contabilidade, Auditoria, Controle e Fiscal, o Estratégia tem os melhores professores. Silvio Sande, de Contabilidade; Herbert Almeida, de Direito Administrativo; Gabi, de AFO; Possati, de Contabilidade Pública; Guilherme Sant’Anna, de Auditoria.
Destaco também a completude e a confiança do material em PDF, além do fato de o material estar sempre atualizado, bem diagramado, com diversas questões recentes e comentadas. Gosto bastante também das revisões de véspera; elas acabam sendo um momento oportuno de consolidação do conhecimento. O gabarito extraoficial também é bem interessante; pois passa a sensação de que o Estratégia está nos acompanhando em todos os momentos do processo.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Leonardo: Estudava por ciclo de estudos. Em alguns momentos, tinha 10 matérias no rodízio (na maioria, já tinha esgotado o PDF e estava no modo revisão). Dividia as 10 matérias em 2 blocos de 5. Assim, por dia, fazia pelo menos um Pomodoro de 30 minutos para cada matéria. Minha média de estudo diária era de 2h a 3h líquidas. Nas matérias que não tinha acabado ou estava estudando pela primeira vez, eu fazia 2 ou 3 Pomodoros de 30 minutos.
Parece uma carga baixa, mas eu já trazia uma bagagem de outras aprovações e, muitas das matérias eu já tinha visto todos os PDFs; por isso, acabava só fazendo as revisões via questões. Por conta do serviço e das minhas obrigações com a casa e a família, eu não conseguia entregar mais do que 3h líquidas, visto que gastava umas 4h ou mais para conseguir chegar às 3h líquidas (marcava com relógio e só computava o tempo de efetivo estudo).
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Leonardo: Nunca gostei muito de simulados. Gostava de fazer as questões da banca para ter contato com o banco de dados ou com a linha de raciocínio da banca. Tentava também observar tendências (aquilo que era mais cobrado). Sendo assim, dava preferência por revisar via questões (revisão ativa), de preferência da banca. Se não fosse possível, buscava bancas que tivessem um perfil parecido com a banca responsável pelo concurso. Fiz uso também do Caderno de Erros. Um documento eletrônico editável (tipo Word), no qual eu copiava e colava aquilo que eu errava. De tempos em tempos (principalmente perto da prova), visitava esse documento e fazia uma leitura rápida. Esse Caderno também servia como bússola para me guiar nos filtros das questões. Quando via que já não estava mais errando, retirava o conteúdo do Caderno. Por isso a importância de ser em um formato editável. Em um caderno físico, eu não conseguiria excluir aquilo que eu não errava mais.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Leonardo: Li um livro chamado “Fixe o conhecimento”. O livro é sensacional. Ele traz um compilado de estudos acadêmicos feitos, principalmente nos Estados Unidos, demonstrando as formas mais eficientes de se estudar. Chegaram à conclusão de que a melhor forma de retenção de conteúdo é por meio do estudo ativo (fazer questões, tentar relembrar o que foi estudado) e de forma espaçada (fazer o estudo ativo daquele conteúdo de tempos em tempos).
Eu já valorizava fazer questões, mas, depois desse livro, tive ainda mais clareza. Vi que fazer resumos (algo que eu fazia no começo da preparação) toma muito tempo e cientificamente é comprovado que não é eficaz. Por isso, recomendo que a resolução de exercícios seja um dos pilares da preparação de qualquer candidato.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Leonardo: Tenho dificuldade com Direito Administrativo e Direito Constitucional. Acho que os conteúdos são extensos, e a cobrança de jurisprudência aumenta cada vez mais o universo do que pode ser cobrado. Tentei superar isso fazendo o máximo de questões possível, dando prioridade para às mais atuais, sempre tentando identificar tendências de cobrança das bancas.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Leonardo: Gosto muito de estudar até a sexta-feira que antecede a prova. Acredito que aumentar o ritmo na reta final faz muita diferença. Na véspera da prova, costumo acompanhar a Revisão de Véspera do Estratégia. Acho que os professores são sempre assertivos e conseguem antever possíveis questões de prova.
No caso do TRE-TO, não pude acompanhar, pois fui fazer a prova na cidade de Gurupi-TO e tive um deslocamento de carro de mais ou menos 600km. Acabei indo no sábado de manhã e voltando após a prova.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Leonardo: A prova teve cobrança de discursiva. Há alguns anos, tive o apoio da esposa do meu pai, que me ensinou diversas estruturas textuais. Assim, eu produzia os textos e ela corrigia. Depois, continuei treinando, mas, como via que conseguia escrever razoavelmente, seguia mais preocupado em estar entre os aprovados para ter a oportunidade de ter as discursivas corrigidas. E assim aconteceu: comecei a ser aprovado na fase objetiva e passei a ter a discursiva corrigida.
Acredito que uma boa preparação para a objetiva acaba te dando boas condições de ter uma bagagem para desenvolver o conteúdo da discursiva. Agora, se a pessoa tem dificuldade de escrever ou não conhece as estruturas básicas dos tipos textuais, é importante separar um tempo na rotina para praticar.
Na reta final, inclusive, eu fiz uso de Inteligência Artificial (IA). Escolhia uma prova de cargos semelhantes aos que eu ia prestar e fazia a prova discursiva. Depois, digitava e passava os parâmetros de correção da banca para a IA fazer a correção. Não é um mundo perfeito, mas é uma forma de ter um feedback da sua escrita.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Leonardo: Meu principal erro foi não ter organizado melhor a rotina para entregar mais horas de estudo. Acredito que, se eu tivesse estudado por 4h por dia e umas 5h no final de semana, teria alcançado meu resultado mais rápido. Mas eu fiz o melhor dentro da minha realidade. Pude acompanhar o crescimento das minhas filhas, ajudar em casa (minha esposa também trabalha fora) e entregar um bom trabalho no meu órgão.
Meus acertos foram a constância, resiliência, a organização e a escolha de um bom material. Tudo isso contribuiu bastante para a aprovação.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Leonardo: Desistir, não. Havia momentos de cansaço e frustração, que são normais na preparação. Mas eu tinha a convicção de que seria uma questão de tempo. Que poderia demorar, mas que a minha hora chegaria.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Leonardo: Eu recomendo que o estudo tenha alguns pilares: bom material; ciclo de estudos; disciplina e perseverança; vida espiritual ativa (oração, boas leituras, bons vídeos); estudo ativo (seja por questões ou outras ferramentas); e clareza sobre a sua motivação, ou seja, o seu motivo para agir e alcançar os seus sonhos.