.
Confira nossa entrevista com Leandro Alves de Menezes, aprovado no 44º Exame de Ordem Unificado:
Estratégia: Conte-nos um pouco sobre você, para que as pessoas que nos assistem possam te conhecer melhor. Qual o seu nome? Qual sua idade? De onde você é? Já concluiu sua graduação?
Leandro Alves de Menezes: Meu nome é Leandro, tenho 39 anos, sou natural de Curitiba/PR e sou bacharel em Direito.
Estratégia: Durante seus estudos para o Exame de Ordem, você trabalhava, fazia faculdade e estudava para o Exame (como conciliava?), ou se dedicava inteiramente aos estudos?
Leandro: Durante minha preparação para o Exame de Ordem, eu precisei conciliar várias responsabilidades ao mesmo tempo. Trabalhava e organizava meus horários para estudar para a OAB, mas não tive a possibilidade de me dedicar integralmente aos estudos. Por isso, minha rotina não foi rígida: eu estudava de forma mais esporádica, aproveitando os momentos disponíveis ao longo da semana. Mesmo assim, mantive constância nos simulados e nas revisões pontuais, o que foi fundamental para fortalecer meu desempenho e me preparar para a prova.
Estratégia: Foi a primeira vez que prestou o Exame de Ordem?
Leandro: Não, não foi a primeira vez que prestei o Exame de Ordem. Fui aprovado na primeira fase em 2023, mas, devido a um falecimento na família, não consegui me preparar adequadamente para a segunda fase. Naquela ocasião, fiz a prova apenas para conhecer o formato e sentir o ambiente. Agora, em 2025, decidi retomar meus estudos com foco real, disciplina e constância, com o objetivo de encerrar o ano aprovado.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver que havia sido aprovado?
Leandro: A sensação de ver meu nome na lista de aprovados foi marcante. Depois de tanta dedicação, disciplina e superação, percebi que todo o esforço realmente valeu a pena. Foi um misto de alívio, gratidão e realização pessoal. A aprovação confirmou que eu estava no caminho certo e reforçou minha confiança para continuar evoluindo na carreira jurídica.
Estratégia: Os seus colegas de faculdade e amigos que também estavam estudando também conseguiram aprovação? Qual você acha que foi seu diferencial para alcançar a aprovação?
Leandro: Os colegas foram aprovados em 2023, cada um trilhando seu próprio caminho, com ritmos e desafios diferentes. No meu caso, acredito que o meu diferencial não foi uma rotina rígida, pois meus estudos eram mais esporádicos devido às minhas responsabilidades. Mas, apesar disso, mantive uma postura estratégica: fiz todos os simulados, treinando exatamente no formato da prova, o que me ajudou a identificar pontos fracos, ganhar ritmo e desenvolver confiança. Essa constância nos simulados, mesmo sem estudar horas todos os dias, foi essencial para que eu alcançasse a aprovação.
Estratégia: Como era sua vida social durante a sua preparação? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social para passar o mais rápido possível?
Leandro: Na preparação para a primeira fase, eu ainda mantinha uma vida social equilibrada: saía com a família nos finais de semana e conseguia conciliar os estudos com momentos de descanso. Porém, na segunda fase a postura mudou completamente. Decidi focar ao máximo e reduzi quase toda minha rotina social. Passei a dedicar os finais de semana inteiros à resolução de simulados, treinos práticos e revisões direcionadas. Foi um período mais intenso, mas necessário para alcançar o nível de preparação que eu buscava.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o Exame?
Leandro: No meu preparo para o Exame de Ordem, utilizei principalmente o material do LDI, focando quase exclusivamente nos textos escritos. Esse formato funcionou muito bem para mim, porque me permitia ir direto ao ponto, revisar com agilidade e retornar facilmente às teses mais cobradas. As videoaulas eu usava apenas quando precisava esclarecer dúvidas mais específicas ou aprofundar algum ponto que exigia explicação mais detalhada, especialmente nas teses da segunda fase.
A principal vantagem dos textos foi a objetividade e a facilidade para revisar. Por outro lado, a desvantagem é que, às vezes, somente o texto não transmite toda a lógica por trás de uma tese, e foi nesse ponto que as videoaulas ajudaram a complementar. Já as videoaulas, apesar de úteis, acabavam consumindo mais tempo, então eu as utilizava de forma bem estratégica e pontual.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Leandro: Conheço o Estratégia desde 2012–2014, quando comprei materiais para preparação de concursos. Já naquela época eu tive uma experiência muito positiva com a metodologia e com a qualidade dos professores. Então, quando decidi me preparar para a OAB, a escolha foi natural: eu já confiava no trabalho do Estratégia e sabia que encontraria um conteúdo bem estruturado e direto ao ponto.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o candidato é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos?
Leandro: A quantidade de assuntos realmente é um dos maiores desafios da preparação. No meu caso, eu adotei uma abordagem bem prática: em vez de tentar decorar tudo, foquei em entender as teses principais e em direcionar o estudo para o que mais cai.
O que realmente fez diferença foram os simulados e os exercícios. Eles me ajudaram a revisar de forma mais inteligente, reconhecer padrões de cobrança e perceber exatamente onde eu precisava ajustar a teoria. Quando surgiam dúvidas mais profundas, eu voltava ao material escrito ou assistia a uma videoaula pontual, sempre de maneira estratégica.
Meu plano de estudos também foi simples e realista: eu estabeleci metas semanais, não diárias, porque minha rotina não permitia uma rigidez tão grande. Assim, eu conseguia distribuir teoria e prática ao longo da semana e fechar o conteúdo sem me sobrecarregar. Essa flexibilidade, combinada com constância nos simulados, foi essencial para absorver o conteúdo de forma eficiente.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Leandro: Tanto na primeira quanto na segunda fase eu contei com a Mentoria do Estratégia, que foi essencial para me mostrar o caminho correto.
A escolha do Direito do Trabalho na segunda fase trouxe uma dificuldade maior, principalmente porque eu não tinha experiência prática na área. No entanto, com a orientação e a motivação da professora Priscila, consegui evoluir. Treinei sempre que possível, resolvi muitas peças e questões e, aos poucos, fui ganhando segurança para enfrentar a prova.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como você levou seus estudos neste período? Focava mais na releitura, em resumos, em exercícios, etc ?
Leandro: A reta final realmente é uma fase mais estressante, mas procurei direcionar meus estudos de forma estratégica. Na primeira fase, participei da Revisão de Véspera, o que me ajudou a conquistar pontos importantes justamente nas matérias que não tinham sido foco da mentoria.
Já na segunda fase, acompanhei as duas aulas: tanto a exclusiva para os mentorados quanto a aberta ao público. Esse reforço final foi fundamental para revisar as principais teses e finalizar a marcação dos artigos que considerei essenciais no meu Vade. Esse conjunto de revisões e ajustes pontuais fez toda a diferença na minha preparação.
Estratégia: Na semana da prova, nós sempre observamos vários candidatos assumindo uma verdadeira maratona de estudos (estudando intensamente dia e noite). Por outro lado, também vemos aqueles preferem desacelerar um pouco, para chegar no dia da prova com a mente mais descansada. O que você aconselha?
Leandro: Na semana da prova, acredito que o equilíbrio é a estratégia mais inteligente. Vejo que maratonar estudos dia e noite nesse período pode gerar mais desgaste do que ganho real, porque o candidato chega no dia da prova cansado e emocionalmente drenado. Por outro lado, também não acho que seja o momento de parar totalmente.
O que eu aconselho é manter uma rotina leve e objetiva: revisar pontos-chave, olhar anotações essenciais, revisar teses importantes e fazer pequenas leituras direcionadas. Nada pesado, nada que exija decorar conteúdos novos. O foco deve ser manter a mente ativa, mas descansada.
Dormir bem, comer bem, manter o emocional estável e confiar no que foi construído ao longo da preparação costuma ser muito mais eficiente do que tentar recuperar, em uma semana, tudo o que não foi estudado. A reta final é muito mais estratégica do que intensa.
Estratégia: Para a segunda fase, optou por criar uma peça de qual área do direito? Qual foi sua estratégia na hora de tomar sua decisão?
Leandro: No meu caso, a escolha do Direito do Trabalho para a segunda fase surgiu inicialmente por sugestão de colegas e, também da minha família, que já tinham boas referências dessa área na OAB. Além disso, era uma disciplina da qual eu realmente gostava, o que tornava o estudo mais leve e natural. A combinação dessas recomendações com minha afinidade pessoal acabou guiando minha decisão. A partir daí, com a orientação correta e os treinos constantes, fui ganhando segurança para enfrentar a prova.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Leandro: Se eu tivesse que apontar erros na minha preparação, diria que o principal foi não ter conseguido manter uma regularidade maior no início. Meus estudos eram esporádicos e, em vários momentos, senti que poderia estar avançando mais. Ainda assim, escolhi não desistir. Ajustei o percurso, aceitei minhas limitações e segui em frente.
Por outro lado, os acertos tiveram um peso enorme na minha caminhada. O maior deles foi ter adotado uma postura estratégica, focando no que realmente importava e escolhendo materiais que eu sabia que me levariam ao resultado. Fazer todos os simulados, mesmo nos dias em que o cansaço apertava, foi decisivo. Eles me mostraram onde eu podia melhorar, me deram confiança e me fizeram enxergar que eu estava evoluindo.
Seguir a orientação da Mentoria e confiar no método também foi transformador. Nos momentos de insegurança, lembrar que eu não estava estudando sozinho me deu tranquilidade para continuar. No fim, foram esses acertos, a persistência, a estratégia e a constância nos treinos, que fizeram a diferença para alcançar a aprovação que eu tanto desejava.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? E qual foi sua principal motivação?
Leandro: O mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação foi lidar com a inconstância no início e com a sensação de que eu poderia estar rendendo mais. Conciliar trabalho, rotina e estudo me fez duvidar algumas vezes se eu realmente iria conseguir. Houve momentos de cansaço, insegurança e até de vontade de desacelerar, mas eu sabia que precisava continuar. A reta final também foi desafiadora, especialmente na segunda fase, quando decidi abrir mão da vida social para focar nos simulados e treinos. Foi um período intenso, mas necessário.
A minha principal motivação veio da minha família. Eles sempre acreditaram em mim, mesmo nas fases em que eu duvidava de mim mesmo. Cada palavra de apoio, cada gesto de incentivo e cada demonstração de confiança me lembravam do porquê eu estava seguindo em frente. Saber que eu tinha esse suporte me deu força para continuar, ajustar a rota quando necessário e não desistir. No fim, dedicar essa conquista à minha família tornou tudo ainda mais especial.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para o Exame da OAB? Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Leandro: Para quem está começando agora, o meu maior conselho é: seja realista, mas não desacredite de você. A preparação para a OAB não é uma corrida de velocidade, é uma jornada de constância. Não importa se no início seus estudos forem irregulares ou se parecer que todo mundo está avançando mais rápido que você. O que realmente importa é não parar, ajustar o percurso quando necessário, aprender com os erros e valorizar cada pequeno avanço. Ter um método e confiar nele é essencial, assim como estar perto de quem te apoia. No meu caso, foi a minha família que me deu força e motivação nos momentos mais desafiadores.
Também é importante compreender que ninguém chega à aprovação por acaso. Ela é construída nos simulados que você faz, nas revisões contínuas, nas dúvidas que você resolve e na coragem de seguir em frente mesmo quando tudo parece difícil. A aprovação não é um evento isolado. Ela é o resultado de um processo consistente, que se fortalece todos os dias, mesmo nos momentos em que o ritmo não é perfeito.
Por isso, indico fortemente a contratação da Mentoria, seja na primeira ou na segunda fase. Os professores e toda a equipe caminham junto com o aluno, oferecendo orientação, estratégia e apoio em cada etapa. Ter esse direcionamento faz diferença, especialmente nos períodos de incerteza. Se eu pudesse deixar uma mensagem final, seria esta: você é mais capaz do que imagina. Caminhe passo a passo, com disciplina e persistência e, quando perceber, estará vivendo o momento da aprovação que hoje parece distante. Acredite. Você chega.