Aprovado em 1° lugar (CR) no concurso TRT15 para o cargo de Analista Judiciário - Judiciário - Oficial Justiça Avaliador Federal - Polo: Ribeirão Preto
Concursos Públicos
“[…] equilíbrio sempre, para não estourar mentalmente, é sempre bom conciliar com uma vida social com família e amigos. No final das contas, ainda que tenha concorrência, é somente você e a prova, tendo foco, não há erro.”
Confira a nossa entrevista com Daniel Santos Negrello, aprovado em 1° lugar (CR) no concurso TRT15 para o cargo de Analista Judiciário – Judiciário – Oficial Justiça Avaliador Federal – Polo: Ribeirão Preto:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Daniel Santos Negrello: Tenho 28 anos, sou natural de Porto Alegre e me formei em Direito, pela PUCRS, em 2019.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Daniel: Depois que fui aprovado no Exame de Ordem em 2022, vi que a advocacia não era algo que eu queria, pois não via uma “paixão” pela profissão. Fui aconselhado a prestar concursos públicos, para aproveitar o conhecimento em Direito. Foi quando fiz o meu primeiro concurso, no mesmo ano, para o TRT4.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Daniel: Consegui ter dedicação total aos estudos, graças aos meus pais, que me incentivaram do início ao fim da jornada.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Daniel: Tenho aprovações tanto para o cargo de Técnico Judiciário como o de Oficial de Justiça. Na de Técnico, 357º no TRF3 – Seção SP, 8º no TRF5 – Seção PB, 22º no TRT15 – Polo Ribeirão Preto, 312º no TRT1 e 32º no TRF4 – Leste SC. Já para Oficial de Justiça, além da primeira colocação no TRT15, 72º no TRT1 e 15º no TRF4 – Paraná.
No momento, só espero ser nomeado para esse cargo. As pessoas me aconselham a prestar concursos para a Magistratura, Ministério Público, etc., mas é um passo muito longo ainda.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Daniel: As pessoas brincam que, para ser aprovado, precisa entrar no “modo caverna”: se isolar e focar apenas no concurso e foi quase isso que eu fiz. Eu só estudava e fazia isso todos os dias, seja em feriado, Natal, Ano Novo, etc. Porém, sempre que me chamavam para algum evento, reunião, eu não recusava, pois sabia que se eu não fosse aprovado em algum concurso, não seria porque eu estava me divertindo em outra coisa. Simplesmente, aumentava a carga de estudos no dia anterior ou seguinte e seguia em frente.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Daniel: Os meus pais já são servidores públicos e sempre me apoiaram, pois sabem que o serviço público é gratificante.
Muitos dizem que não se pode dizer que está fazendo concurso, para não dar azar ou por inveja dos outros, mas sempre que eu contava para os meus amigos e familiares, eu sempre era incentivando a continuar a perseguir a aprovação e tenho certeza que isso ajudou.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Daniel: Após a aprovação no TRT15, afrouxei os estudos e prestei alguns, sem muito sucesso. Porém, o último concurso que levei a sério, foi o do TRT1, dois meses após a prova do TRT15. Como eu já tinha uma ideia que tinha ido bem na prova do TRT15, estudei mais “leve” e sem pressão por resultados, pois sabia que já os tinha. Dois dias após a prova do TRT1, veio o resultado do TRT15 e foi só alegria.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Daniel: O meu período na faculdade não foi muito bom. Estudava somente para as provas, sem me importar com o conteúdo em si. Logo, ao estudar para a OAB, tive que reaprender tudo de novo e para isso, via videoaulas na internet sobre determinado assunto, anotava tudo que eu entendia sobre ele e fazia algumas questões. Alguns dias depois, fazia um resumo dessa matéria, que eu usaria mais tarde para revisá-la.
Há uma “guerra” entre quem prefere o estudo por PDF ou videoaula, porém, o estudante deve escolher aquilo que lhe é melhor. Eu acho melhor as videoaulas, porém, se eu fizesse o estudo por PDF, não absorveria bem o conteúdo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Daniel: Conheci através do estudo para a OAB, no final de 2021. Procurava aulas no YouTube de Direito Constitucional, Administrativo e Tributário e gostei da didática dos professores.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Daniel: Como dito anteriormente, eu “pescava” aulas esparsas no YouTube sobre várias matérias diferentes, dos mais diferentes cursos, entretanto, sempre achei o material do Estratégia melhor. Os professores conseguiam explicar a matéria como se você não soubesse nada e era disso que eu precisava.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Daniel: Aproveitei aquela chuva de TRT que teve em 2022 e fiz o TRT4, TRT9, TRT3, TRT17 e TRT18, mas sem nenhum êxito.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Daniel: Com certeza. O Português sempre foi uma matéria negligenciada por mim, desde os tempos da escola. Nos concursos que eu fazia antes do Estratégia, sempre ia bem na parte específica, mas falhava no Português. Então, para o concurso de Oficial de Justiça do TJSP de 2023, adquiri um curso de Português da Adriana Figueiredo e, finalmente, consegui compreender a língua portuguesa. Apesar de não conseguir a aprovação nessa prova, acertei 19 das 20 questões. A partir dali, não tive mais problemas com a matéria.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Daniel: Eu não costumava contar horas líquidas. Com todo o respeito com quem faz, mas acho uma perda de tempo. Para mim, pelo menos, se eu contasse quantas horas estudar, eu ficava ansioso para terminar os estudos e não rendia quase nada dele. O que eu fazia, era começar a estudar e terminava até cansar, claro que não estudava uma hora, mas se fosse pra contar, diria que era umas cinco horas por dia.
A partir de 2023, quando comecei a levar mais a sério os estudos, eu montava um cronograma de estudos. Como eu focava mais em concursos do Poder Judiciário, eles apareciam sempre, então não tinha o pré e o pós edital, o cronograma era sempre constante. Então, eu estudava a mesma matéria, como Direito Administrativo, por 4 dias de leitura da matéria e resolução de questões, depois mudava para outra, mais 4 dias e, assim, sucessivamente. Terminado o cronograma (geralmente umas 4 semanas antes da prova), eu encurtava o tempo para revisar para 2 dias, depois para 1 dia cada, até chegar na prova.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Daniel: Tenho uns 6 cadernos cheios só de resumos, foi bem importante para lembrar os pontos chaves de cada matéria. Não fazia muito simulados, focava mais em fazer questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Daniel: Primordial. Ajudaram a fixar o conteúdo e entender como as bancas funcionam. Contabilizo questões desde a metade de 2023. De lá pra cá, foram mais de 40.000 questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Daniel: As matérias de conhecimentos gerais, como Português, Informática, Matemática, etc., foram as que mais tinham dificuldade, pois mudavam sempre de prova a prova e eu não tinha uma consistência no estudo. Nesses casos, eu sempre procurava o perfil da banca e fazia questões dessas matérias.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Daniel: A semana era sempre uma pilha de nervos. Eu não via matéria nova e nem respondia questões, para não confundir a cabeça, mas fazia revisões “turbo” dos meus resumos da matéria, para fixar aquelas palavrinhas que a banca troca em alguma questão, por exemplo.
No dia anterior à prova, eu mesclei. Acordei cedo e assisti as revisões pré-prova e depois sai pra conhecer mais Ribeirão Preto. Voltei pro hotel e assisti mais revisão e fui dormir, mas quem disse que eu dormi, cheio de ansiedade?
Estratégia:No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Daniel: Tinham duas questões discursivas na prova, dois estudos de caso. Vou ser bem sincero: Eu não estudei nada para essas questões. Claro que eu estudei o esqueleto da resposta, mas para as questões em si, não. Como a matéria era a mesma da prova objetiva, eu já sabia o que deveria responder e não era um problema pra mim.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Daniel: Apesar de querer ser Oficial de Justiça, eu não teria feito os concursos de TRT de 2022 para esse cargo. Prestava somente para Oficial, quando deveria ter feito somente para Técnico ou até mesmo os dois juntos. Eu teria mais chances de aprovação e, quem sabe, já até estaria nomeado para Técnico.
Já os acertos, foi quando eu “profissionalizei” os estudos. Lembro até a data, 10 de julho 2023, após o concurso para a DPE-RS onde achava que já sabia de tudo e a prova foi uma tragédia. Daquele dia em diante, eu comecei a levar mais a sério os estudos, focando somente em concursos do Poder Judiciário, aprendendo aquilo que não queria aprender, como o Português e entendendo que apenas ter um bom desempenho, não era o suficiente.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Daniel: Claro, acho que a maioria que presta ou já prestou concurso, já pensou em desistir alguma vez. Saber que não tinha muita opção fora do concurso público, me fez continuar.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Daniel: Ser aprovado em concurso público independe de você ser um gênio ou não. Na escola, eu sempre fui um aluno “nota 7” e na faculdade eu não levava muito a sério, tendo que “reaprender” tudo na época do estudo.
O que precisa para ser aprovado é: disciplina e constância nos estudos, entender que o que está em jogo é o seu futuro e daqueles que você gosta. Mas claro, equilíbrio sempre, para não estourar mentalmente. É sempre bom conciliar com uma vida social com família e amigos. No final das contas, ainda que tenha concorrência, é somente você e a prova. Tendo foco, não há erro.