Aprovado em 1° lugar no concurso TRT 15 para o cargo de Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade Estatística - Polo: Campinas
Tribunais
“É um tempo que vai exigir muito foco, muita dedicação, e que vai além de saber a matéria e saber fazer as questões. Muitas pessoas preparadas em relação a conteúdo perdem oportunidades por não estarem nos concursos certos […]”
Confira nossa entrevista com Fábio Ribeiro Brandão, aprovado em 1° lugar no concurso TRT 15 para o cargo de Analista Judiciário – Área Apoio Especializado – Especialidade Estatística – Polo: Campinas:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Fábio Ribeiro Brandão: Olá! Sou formado em estatística pela Unicamp, tenho 35 anos e sou natural de Campinas.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Fábio: Além dos benefícios, da estabilidade, há muitos concursados na minha família, então foi algo natural. Também foi uma época com bons concursos em Campinas.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Fábio: Durante um ano e meio, tempo em que foquei nos concursos, pude me dedicar apenas aos estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Fábio: Prestei quatro concursos, todos na área de estatística. Fui 3º colocado no concurso de 2023 do TRT 15; 2º colocado no concurso para servidor na Unicamp em 2024, cargo que tenho o privilégio de estar atualmente e que fui convocado pouco depois de prestar meu último concurso; 3º colocado no TRE-SP em 2024; e em 2025, em novo concurso do TRT 15, cheguei à primeira colocação.
Não descarto nada para o futuro, mas no momento estou satisfeito com minha situação.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Fábio: Como eu me dedicava apenas aos estudos, e podendo montar meu próprio horário havia uma flexibilidade, o tempo não foi um problema tão grande.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Fábio: Há muitos concursados na minha família, então além do apoio houve até incentivo.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Fábio: Entre setembro de 2023, quando comecei a estudar para meu primeiro concurso, até junho de 2025, quando fui convocado para o concurso da Unicamp, sempre mantive uma rotina de estudos. O edital para o último concurso do TRT 15 saiu poucos dias antes da prova do TRE-SP, então estava em plena atividade e não interrompi os estudos.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Fábio: Sempre preferi a leitura para os estudos. É mais ágil para voltar em alguma ideia que não ficou tão clara, para tirar alguma dúvida que surgir. Praticamente todo o meu estudo foi pelos PDFs.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Fábio: Por pesquisa na internet. Era meu primeiro concurso e, mesmo tendo uma boa base estatística na faculdade, a prova cobrou outras disciplinas e, mesmo na minha área, era importante ter um material dedicado à prova.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Fábio: Minha experiência foi apenas com o Estratégia. Como já disse, a Unicamp me deu uma ótima base, mas em um concurso com pouco mais de 3 minutos para resolver cada questão, que muitas vezes envolve contas longas, ter um material que dê agilidade para fazer a prova é fundamental. Não basta saber o conteúdo se não souber fazer a prova.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Fábio: Eu tinha um planejamento de estudar certo número de apostilas por dia, dependendo do tempo que faltava para a prova. Normalmente não estudava matérias diferentes no mesmo dia, mas quando fazia, mudava de matéria depois do almoço. Basicamente, estudava de forma mais intensa pela manhã, não tinha muito hora para começar mas terminava na hora de almoçar. De tarde já fazia um estudo mais tranquilo, muitas vezes alternando com outras atividades, e de vez em quando ia até a noite em um ritmo mais devagar. E evitava estudar aos finais de semana, um pouco de descanso faz bem.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Fábio: Para fixar a matéria resolvia muitos exercícios. Não gosto de fazer simulados contando tempo e pontos, mas mantinha os simulados junto com as provas antigas da banca e em algum momento passei por todas as questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Fábio: Não tem nem como calcular o número de questões que fiz. É importante chegar afiado na prova para não perder tempo, e são os exercícios resolvidos constantemente que dão esse ritmo.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Fábio: Eu não tinha experiência com questões que envolviam temas jurídicos, então naturalmente tive algumas dificuldades. Mas não existe milagre, é questão de estudar, praticar, até assimilar o conteúdo.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Fábio: Me programava para terminar o conteúdo 15 dias antes da prova e passar as duas semanas finais apenas resolvendo exercícios, voltando às apostilas de forma eventual quando aparecia alguma dúvida.
Na véspera já estava totalmente focado na prova, evitava fazer qualquer coisa que não fosse relacionada ao concurso.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Fábio: Particularmente, não gosto de questões discursivas da forma que elas costumam ser aplicadas. Por se tratar de 1 ou 2 questões, o número de conteúdos cobrados é muito baixo, e o peso da prova discursiva é muito grande. Um conteúdo que não ficou bem fixado pode derrubar qualquer um se aparecer na parte dissertativa. Mas tendo a questão temos que nos adaptar, então é importante guardar um bom tempo da prova para a discursiva, não só para evitar erros que podem destruir a nota final, mas para conseguir organizar bem as ideias e escrever de forma clara e concisa, mesmo que isso sacrifique algumas questões teste.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Fábio: Um ponto positivo é que rapidamente consegui criar o hábito de estudar. Acho difícil falar em erros, acho que o que planejei consegui fazer bem. Posso citar algo pontual na prova do TRE-SP, que 40% da questão discursiva era de um conteúdo que eu não tinha estudado, o que me tirou a chance de ficar na primeira colocação.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Fábio: Não pensei em desistir.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Fábio: É um tempo que vai exigir muito foco, muita dedicação, e que vai além de saber a matéria e saber fazer as questões. Muitas pessoas preparadas em relação a conteúdo perdem oportunidades por não estarem nos concursos certos. A boa preparação envolve pesquisa para encontrar concursos que não sejam tão divulgados, envolve conhecer as bancas e suas particularidades, envolve manter uma rotina constante mesmo que não tenha um concurso com edital aberto para quando abrir um edital interessante já estar com o estudo avançado.