Aprovada em 1° lugar no CNU (Bloco 7 - MCTI) para o cargo de Analista em Ciência e Tecnologia - Comunicação Social
Concursos Públicos
“[…] O caminho dos concursos é exigente, mas também transformador. Estude acreditando que o seu momento vai chegar — porque chega para todo mundo que segue firme no processo.”
Confira nossa entrevista com Lumárya Souza de Sousa, aprovada em 1° lugar no CNU (Bloco 7 – MCTI) para o cargo de Analista em Ciência e Tecnologia – Comunicação Social:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Lumárya Souza de Sousa: Sou Lumárya Souza de Sousa, maranhense, tenho 31 anos e sou jornalista formada pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), mestre e doutora em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Já morei no Maranhão, Piauí, Rio de Janeiro e Portugal, experiências que moldaram minha forma de ver o mundo e de compreender o papel social da comunicação.
Sou apaixonada por políticas públicas e sempre tive o sonho de trabalhar no serviço público. Vim para Brasília para assumir um cargo comissionado, e hoje permaneço aqui, agora como servidora efetiva, após ser aprovada no Concurso Nacional Unificado (CNU 2024) — um passo marcante na realização desse sonho.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Lumárya: O desejo de unir propósito de vida e estabilidade. Sempre quis colocar minha formação e experiência a serviço do país, especialmente na área de comunicação pública. Estudar para concursos foi uma forma de transformar esse ideal em algo concreto: conquistar uma vaga por mérito e contribuir, de forma efetiva, para a gestão pública.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Lumárya: Sim. Trabalhar e estudar foi um grande desafio. Eu já ocupava um cargo comissionado no Ministério das Comunicações, com uma rotina intensa de reuniões, viagens e prazos. Conciliar tudo exigiu disciplina e estratégia. Aproveitava manhãs antes do trabalho e noites para estudar, e os fins de semana eram dedicados a revisar e resolver questões. Aprendi a usar cada intervalo de tempo de forma produtiva, sem perder o foco.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Lumárya: O CNU foi o primeiro concurso que fiz na vida. Até fiz uma prova antes, mas apenas para treinar o tempo de prova e entender a dinâmica de um concurso, já que nunca havia passado por essa experiência. Fui aprovada em 1º lugar no CNU para o cargo de Analista em Ciência e Tecnologia (área de Comunicação) no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Embora essa aprovação represente a realização de um grande sonho, continuo estudando. O aprendizado se torna um hábito, e quero seguir evoluindo dentro do serviço público, sempre em busca de novos desafios e oportunidades. Esse é apenas o primeiro passo da minha carreira no serviço público.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Lumárya: Durante a preparação, deixei de ter vida social. Mantive apenas os momentos mais significativos com minha família e pessoas próximas. Escolher o equilíbrio foi essencial — eu sabia que o tempo de foco seria temporário e que o sacrifício valeria a pena. Aprendi a dizer “não” para algumas coisas, mas nunca deixei de valorizar quem me acompanhava na caminhada.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Lumárya: Sim. Principalmente meu companheiro, com quem moro junto, já que minha família vive toda no Maranhão. Durante a preparação, tirei férias do trabalho e permaneci em Brasília, apenas estudando, precisando abdicar de visitar minha família. Mas, mesmo diante dessa situação, de longe, todos sempre me apoiaram e foram meu maior alicerce. Eles torceram por mim e vibraram com minha conquista. Além disso, o apoio emocional do meu companheiro foi fundamental — ter pessoas que acreditam em você quando o cansaço bate faz toda diferença. Esse suporte me deu força para seguir quando o processo parecia longo demais.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Lumárya: Estudei de forma direcionada por cerca de sete meses, de fevereiro a agosto de 2024. No meio do processo, também defendi minha tese de doutorado (em maio 2024), o que foi bem desafiador.
Para manter a disciplina, estabeleci metas pequenas e realistas. Eu sabia que não teria longas horas diárias de estudo, então foquei na constância — mesmo que fosse pouco, estudava todos os dias. Essa regularidade foi o segredo para chegar até o fim.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Lumárya: Usei principalmente cursos em PDF e videoaulas do Estratégia Concursos, além de plataformas de questões e simulados. Os PDFs foram minha base, pois me permitiam estudar em qualquer horário, mesmo fora de casa. Complementava com aulas presenciais em um cursinho a noite, já que esse seria um horário de maior cansaço, após o trabalho, assim, me obrigava a ter mais algumas horas de estudo no dia.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Lumárya: Conheci por meio de colegas que já estudavam e sempre falavam sobre a qualidade do material e a didática dos professores.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Lumárya: Com certeza. O Estratégia me ajudou a estruturar o estudo de forma profissional. A organização dos PDFs, os mapas de questões e os simulados foram diferenciais que elevaram minha preparação. Também me senti mais confiante, porque sabia que estava estudando com base em um material de excelência. As revisões de véspera no Youtube também foram fundamentais.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Lumárya: Criei um cronograma semanal, intercalando três a quatro disciplinas por semana e estudando cerca de duas a três horas líquidas por dia antes do trabalho, e quando não conseguia acordar, compensava no horário do almoço. À noite ia para a aula presencial, com mais três horas de estudo todos os dias, além de ter aulas todos fins de semanas e feriados. Nos dias mais corridos, pelo menos revisava resumos ou resolvia questões. Eu me baseava na carga de importância das matérias e na frequência com que apareciam nas provas.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Lumárya: Usava resumos próprios e fichas de memorização. Também fazia revisões ativas por meio de questões — essa prática era essencial para identificar falhas e reforçar o conteúdo.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Lumárya: Imensa. Foi o ponto-chave da minha preparação. Resolver questões ajuda a entender o raciocínio da banca, fixar o conteúdo e lidar melhor com o tempo de prova. Não me recordo quantas questões, mas em algumas disciplinas consegui zerar o banco de questões da Cesgranrio.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Lumárya: Tive mais dificuldade em Administração Financeira e Orçamentária (AFO) e Raciocínio Lógico e Estatística — áreas que exigiam mais prática e domínio dos assuntos. Para superar, assisti a videoaulas específicas, refiz listas de exercícios e procurei compreender o raciocínio por trás das questões, não apenas decorar fórmulas.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Lumárya: Na última semana, foquei em revisão e estudei até o último minuto, focando nos tópicos do edital que sentia não ter tanto domínio. Estava de férias e tive mais tempo livre. Evitei conteúdos novos e priorizei a confiança.
No dia anterior, revisei apenas tópicos essenciais e assisti a Revisão de Véspera do Estratégia no Youtube.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Lumárya: Treinei bastante. Escrevia textos sobre temas prováveis, lia espelhos de correção e procurava manter uma estrutura clara e objetiva. Além disso, tinha um grupo de amigos e nos revezávamos nas correções uns dos outros.
Meu conselho é não deixar a discursiva para a última hora. Ela pode ser decisiva e exige treino tanto quanto a prova objetiva.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Lumárya: Meu principal erro foi querer abraçar todas as matérias ao mesmo tempo no início. Aprendi que o foco é o maior aliado.
O grande acerto foi persistir com constância e fé, mesmo sem resultados imediatos. Cada dia de estudo foi um tijolo nessa construção.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Lumárya: Sim, em alguns momentos o cansaço e a incerteza pesaram. Mas sempre lembrava do meu propósito e do quanto sonhei com essa conquista. Saber que eu estava construindo algo sólido, que mudaria minha vida e a da minha família, me deu forças para continuar.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Lumárya: Tenha paciência, fé e constância. Não é sobre ser perfeito todos os dias, e sim sobre não desistir. O caminho dos concursos é exigente, mas também transformador. Estude acreditando que o seu momento vai chegar — porque chega para todo mundo que segue firme no processo.