Aprovado em 14° lugar no concurso PC MS para o cargo de Investigador
Concursos Públicos“[…] O caminho para a aprovação exige foco, planejamento e consistência diária. Haverá momentos de dúvida, cansaço e até frustração, mas cada hora dedicada ao estudo vale muito no futuro […]”
Confira nossa entrevista com Lucas Possodeli, aprovado em 14° lugar no concurso PC MS para o cargo de Investigador:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Lucas Possodeli: Sou formado em Engenheira de Produção e em Medicina Veterinária. Sou natural do Rio de Janeiro e tenho 30 anos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Lucas: Comecei a estudar para concurso em 2016, quando saiu o edital para assistente administrativo do Colégio Pedro II. Na época, eu cursava Bacharelado em Matemática, na UERJ, pela manhã, e Engenharia de Produção, à noite. A UERJ enfrentava um período de muitas greves e fiquei com horário mais livre.
Também comecei a procurar estágio na área de Engenharia. Em uma entrevista, junto com outros sete candidatos, percebi que todos eram muito qualificados. Alguns já estavam na segunda graduação, outros tinham pós-graduação, prêmios de robótica e até participado de intercâmbio no exterior.
Não fui selecionado, mas aquela experiência me fez refletir muito. Pensei: “Estou aqui estudando, me dedicando, e esse pessoal todo está lutando por uma vaga de estágio de R$1.500. Preciso buscar algo diferente.”
Foi aí que comecei a pesquisar sobre concursos. Sempre admirei a PRF, mas como ainda não tinha formação completa, resolvi começar por um concurso que trouxesse retorno imediato. Daí, me inscrevi para o Colégio Pedro II. Estudei intensamente por dois meses, mas não fiquei bem posicionado. Mesmo assim, percebi que havia encontrado um caminho.
Depois disso, entrei na onda dos concursos para os tribunais. Fiz TRT-1, TRT-2 e TJ-AM. Cheguei a ficar em cadastro de reserva, mas não fui convocado.
A partir do TJ-AM, decidi mudar de foco. Queria algo mais dinâmico, mais ligado à vocação que eu sentia — e a área policial me chamou a atenção. O concurso para a PCERJ estava para sair, e havia expectativa de PRF também. Comecei a estudar com esse novo propósito, mas aí veio a pandemia.
Nesse período, precisei ajudar meus pais na loja da família e acabei ficando sem tempo de estudar para concurso.
Retomei em junho deste ano, com foco total na Polícia Civil — e foi uma das melhores decisões que já tomei.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
Lucas: Sim, eu trabalhava e estudava ao mesmo tempo. No período pré-edital, minha rotina era bem puxada. Acordava cedo para estudar antes de sair para o trabalho e, à noite, quando voltava, estudava novamente. Fazia isso todos os dias.
Aos domingos, que era o único dia em que eu não trabalhava, eu tentava aproveitar ao máximo. Estudava de seis a oito horas seguidas.
Depois que o edital saiu, consegui uma flexibilidade maior no trabalho. Às segundas, quartas e quintas eu podia chegar mais tarde, e isso me deu um fôlego para estudar com mais qualidade.
Mesmo assim, foi um período de muita dedicação. Eu sabia que o tempo era curto, então cada hora de estudo era preciosa.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Lucas: Já tive boas colocações em outros concursos antes da PC-MS. No TJ-AM, para o cargo de Assistente Judiciário, fiquei em 647º, e no TRT-2, para o cargo de Técnico Judiciário, fiquei em 1.969º lugar.
Mesmo não tendo sido convocado, essas experiências foram muito importantes, porque me mostraram que eu estava no caminho certo. Só precisava ajustar o foco.
Hoje, depois da aprovação na Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, pretendo continuar estudando. Meu objetivo é a Polícia Rodoviária Federal, que sempre foi o meu grande sonho.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Lucas: Desde que retomei os estudos, decidi que queria realmente passar no próximo concurso. Então, precisei abrir mão de algumas coisas. Evitava sair com frequência e só ia em aniversários ou eventos de pessoas muito próximas.
Aos domingos, depois de cumprir meu tempo de estudo, costumava sair com minha namorada. Era o meu momento de descanso e de recarregar as energias.
Foi um período de muito foco, mas tentei manter um mínimo de equilíbrio para não me desgastar completamente.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Lucas: O apoio dela foi fundamental durante toda a minha preparação. Sei que não foi fácil para ela, porque muitas vezes queria sair, passear ou até mesmo ver um filme comigo em casa, mas não podia, pois eu precisava estudar.
Mesmo assim, ela sempre me motivou a continuar e acreditou que eu conseguiria a aprovação. Ter esse suporte fez toda a diferença, porque me dava forças para seguir firme nos momentos mais difíceis.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Lucas: Desde que retomei os estudos até a prova, foram cerca de três meses e meio de dedicação intensa.
Antes do edital da PC-MS sair, eu estudava para a área policial de forma geral. Depois que o edital foi publicado, meu foco passou a ser totalmente nas matérias desse concurso.
O que me manteve disciplinado foi, sem dúvida, o desejo de mudar de vida. Sempre que sentia cansaço ou preguiça, lembrava do meu objetivo e isso me fazia seguir firme, hora após hora.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Lucas: Durante minha preparação, utilizei principalmente resumos que já tinha de estudos anteriores e os PDFs do Estratégia, que me ajudaram a organizar o conteúdo e revisar de forma eficiente. As videoaulas eu usei principalmente em Direito Penal, porque sou fã do professor Renan e gosto muito da didática dele. Ele consegue explicar os detalhes de forma clara, objetiva e de um jeito que realmente fixa o conteúdo. Não fiz aulas presenciais, mas o formato online funcionou muito bem para mim, porque me deu flexibilidade de horários. Isso foi essencial, já que trabalhava durante o dia. A maior vantagem desse método foi poder estudar de forma focada e personalizada, indo direto ao que era importante para o concurso. A desvantagem é que exige muita autodisciplina, pois não tem ninguém cobrando você — é preciso se manter firme o tempo todo. No meu caso, o que fez toda a diferença foi realmente organizar o estudo de forma estratégica e estar sempre revisando e resolvendo questões para fixar o conteúdo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Lucas: Conheci o Estratégia Concursos em 2016, quando comecei a estudar para o meu primeiro concurso, do Colégio Pedro II. Desde então, passei a utilizar o material como base para meus estudos, porque sempre achei muito organizado, completo e com uma didática que facilita o aprendizado.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
Lucas: Quando comecei a estudar para concursos, o Estratégia ainda não tinha planos de assinatura — pelo menos eu não sabia disso na época — então eu comprava o curso individual do concurso que iria prestar.
Teve uma vez que, por questões financeiras, acabei comprando o curso do GranCursos. Mas não consegui me adaptar ao material e pedi o reembolso.
Desde então, para todos os concursos que prestei, sempre estudei com o material do Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Lucas: Sem dúvidas, quando me tornei aluno do Estratégia senti uma diferença muito relevante na minha preparação.
O curso tem um material extremamente completo, que organiza todo o conteúdo de forma clara e estratégica. Além disso, conta com excelentes professores.
Meu preferido é o Renan Araújo, pela didática clara e objetiva, mas também gosto muito do Renato da Costa e do Brunno Lima.
Essas ferramentas e professores foram fundamentais para fixar o conteúdo e manter meu foco durante a preparação.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Lucas: Utilizei uma plataforma que organiza as tarefas e metas semanais de forma estratégica. No período pré-edital, eu estudava aproximadamente 30 horas líquidas por semana. No pós edital, aproveitava todo tempo livre que tinha para seguir o plano e estudar com foco total. O que fez toda a diferença foi cumprir o plano com disciplina, mesmo nos dias mais cansativos, porque sabia que cada hora de estudo contava para alcançar meu objetivo de aprovação.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Lucas: Para revisar, eu seguia uma rotina bem estruturada.
Resolvia todos os simulados do Estratégia, relia meus resumos e também fazia muitas questões extras para fixar o conteúdo.
Essa combinação de simulados, resumos e prática constante de questões me ajudou a identificar meus pontos fracos, reforçar os acertos e manter o conhecimento sempre em dia.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Lucas: Para mim, a resolução de exercícios é absolutamente primordial. Ela ajuda não só a fixar o conteúdo, mas também a ampliar o conhecimento e explorar diferentes formas de abordagem sobre cada assunto. Entre junho e setembro, apenas na plataforma de questões, resolvi 10.846 questões — e isso sem contar os exercícios que já vinham nos PDFs do Estratégia, que também eram muitos. Esse volume de prática foi essencial para ganhar confiança, identificar meus pontos fracos e me preparar de forma consistente para a prova.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade?
Lucas: A disciplina em que eu tinha mais dificuldade era Língua Portuguesa. Confesso que fiquei com um certo receio, porque neste concurso eram 30 questões de Português — justamente a matéria em que normalmente meu desempenho é mais baixo.
Por saber da importância e do peso da disciplina na prova — 30% da nota total —, decidi dar atenção especial a ela.
Nos pontos em que eu tinha mais dificuldade, utilizei videoaulas, enquanto nos outros assuntos lia o PDF e resolvia muitas questões.
Essa estratégia me ajudou a superar minhas limitações, fixar o conteúdo e chegar mais confiante na prova.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Lucas: Na semana que antecedeu a prova, minha rotina foi focada em exercícios e leitura de pontos-chave nos meus resumos.
Na véspera, por ter de me deslocar do Rio de Janeiro até o Centro-Oeste, cheguei cansado no Mato Grosso do Sul. Tirei um cochilo no hotel e, ao acordar, assisti ao Aulão de Véspera do Estratégia até terminar o vídeo.
Foi um momento de revisão intensa e foco total, que me deixou confiante e preparado para a prova.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Lucas: Durante o período pré-prova, estava totalmente focado na prova objetiva e acabei deixando um pouco de lado o Teste de Aptidão Física (TAF).
Agora, após a prova, estou totalmente dedicado a essa etapa. Estou indo à academia ou fazendo atividades na rua cerca de cinco dias por semana, trabalhando resistência, força e condicionamento.
Meu objetivo é chegar preparado e confiante, mantendo disciplina e consistência tanto nos treinos quanto nos estudos.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Lucas: Um dos principais erros que cometi foi não manter o foco desde o início da minha trajetória. Nos meus primeiros concursos, eu mudava muito o foco entre áreas diferentes e, às vezes, me dispersava com várias oportunidades ao mesmo tempo. Isso atrasou um pouco meu progresso.
Outro erro foi, durante o período pré-edital do concurso da PC-MS, não ter dado atenção ao TAF, porque estava totalmente concentrado na prova objetiva. Mas aprendi que cada etapa precisa ser planejada estrategicamente. Entre os meus acertos, destaco a disciplina e a intensidade do estudo. Mantive uma rotina consistente, segui meus resumos, resolvi milhares de questões e fiz todos os simulados do Estratégia. Outro acerto importante foi buscar orientação e ferramentas estratégicas, como a plataforma que organizava minhas tarefas e metas, que me ajudou a organizar o conteúdo e manter o foco. Esses erros e acertos me ensinaram que planejamento, disciplina e foco são essenciais para alcançar a aprovação.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Lucas: No início da minha trajetória, lá em 2016, cheguei a pensar em desistir depois da reprovação no concurso do Colégio Pedro II.
Eu nunca tinha me dedicado tanto a algo, e mesmo com tanto esforço, não consegui o resultado que esperava. Naquele momento, pensei em parar.
Mas depois refleti: “Estudei só dois meses, enquanto tem gente que se prepara há anos. Se eu desistir agora, todo esse esforço terá sido em vão.”
Então resolvi continuar.
Em 2020, com a chegada da pandemia, precisei interromper os estudos para ajudar meus pais no trabalho. Mas não encaro isso como uma desistência, e sim como um ‘até logo’.
Voltar a estudar este ano e conquistar uma boa colocação na PC-MS mostrou que valeu a pena não desistir dos meus sonhos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Lucas: Meu principal conselho para quem está começando é: não tenha pressa e mantenha a disciplina.
O caminho para a aprovação exige foco, planejamento e consistência diária. Haverá momentos de dúvida, cansaço e até frustração, mas cada hora dedicada ao estudo vale muito no futuro.
Busque organizar seus estudos de forma estratégica, use bons materiais e ferramentas que ajudem a manter o ritmo, e não tenha medo de errar — os erros fazem parte do aprendizado.
Por fim, acredite no seu potencial e nunca desista. Eu vivi isso na prática, e a aprovação é apenas a consequência de todo esforço e dedicação investidos.
Lembre-se: só não passa em concurso quem desiste.