Aprovado em 27° lugar no concurso PC MS para o cargo de Investigador
Concursos Públicos
“[…] Organize os seus estudos, saiba o que vai estudar amanhã e qual será o próximo tópico. Tenha um plano B, com matérias mais fáceis, para os dias em que a energia estiver baixa […]”
Confira a nossa entrevista com Guilherme Reis dos Santos, aprovado em 27° lugar no concurso PC MS para o cargo de Investigador:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Guilherme Reis dos Santos: O meu nome é Guilherme, tenho 22 anos, sou natural de Aquidauana-MS e estou concluindo o curso de Gestão Pública.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
Guilherme: Desde criança, o meu pai que já era servidor público, me incentivou a estudar, mostrando que valia a pena. No entanto, eu nunca havia tentado de fato, pois pensava em seguir o roteiro mais tradicional de terminar a escola e começar uma faculdade. Essa mentalidade mudou perto do final do Ensino Médio, quando me machuquei jogando futebol e precisei ficar com o pé engessado, sem poder sair.
Nesse período, abriu o concurso da Câmara da minha cidade. Decidi aproveitar o tempo para estudar e, após passar praticamente um mês focado nisso, fiquei em 5º lugar na prova objetiva. Embora houvesse apenas uma vaga, essa boa colocação me motivou a seguir nesse caminho.
Inicialmente, eu não tinha uma área específica e estudava conforme os editais eram publicados, tendo prestado concursos para o Banco do Brasil, prefeituras e para o IFMS.
Já sobre a área policial, o que me atraiu, foi a busca por uma carreira mais dinâmica e com uma rotina menos monótona. Comecei a pesquisar sobre os cargos e a polícia se encaixou como uma luva em minhas pretensões. Já a admirava, porém, ao conhecer mais a fundo sobre as atribuições e o reconhecimento, me identifiquei ainda mais, decidindo assim entrar de cabeça no mundo dos concursos policiais.
A Polícia Civil de MS, que estava com notícias de edital, tornou-se o meu objetivo principal. A minha vida girou em torno desse concurso durante todo o tempo até a prova.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Guilherme: Tive um curto período em que não trabalhei, logo após terminar o ensino médio. Pouco tempo depois, passei em um processo seletivo para Agente de Combate a Endemias na cidade vizinha, onde trabalhei por quase um ano. Durante esse período, prestei o concurso da prefeitura da minha cidade e fui aprovado em 10º lugar para o cargo de Agente Administrativo, que é onde trabalho atualmente. Desde então, sigo conciliando o trabalho com os estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Guilherme: Fui aprovado no cadastro de reserva nos concursos da Câmara da minha cidade, do Banco do Brasil e do IFMS. No concurso da Prefeitura da minha cidade, fui aprovado e nomeado para o cargo que ocupo hoje. E, sim, pretendo continuar estudando para cargos de maior responsabilidade a partir de agora.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Guilherme: Na verdade, sempre fui uma pessoa mais reservada e caseira, nunca gostei muito de sair para festas e eventos sociais. Quando comecei a estudar de forma mais séria, passei a sair menos ainda. Os raros momentos em que saía, eram para encontrar os meus amigos, conversar, treinar ou fazer algo mais tranquilo.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Guilherme: Sou solteiro, não tenho filhos e a minha família e os amigos sempre me apoiaram. Acredito que isso foi fundamental. Recordo-me que, desde o início, as pessoas ao meu redor me diziam para continuar, que valeria a pena. Isso criou um ambiente favorável para eu seguir estudando, sempre incentivado, principalmente pelos meus pais.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Guilherme: Estudei aproximadamente 10 meses desde que decidi focar na Polícia Civil até a prova. Optei por estudar um pouco todos os dias, sem tentar bater metas absurdas diárias, priorizando a constância. Houve dias em que estudei menos de uma hora ou meia hora, mas nunca deixei de estudar completamente. Quando durante a semana eu não conseguia estudar bem, compensava aos finais de semana, dedicando de 5 a 6 horas líquidas de estudo. Na reta final, aumentei drasticamente o volume de estudo, chegando a 8 ou 9 horas por dia, todos os dias, até dois dias antes da prova. O meu foco estava em leitura intensa, resolução de questões e videoaulas. Para manter a disciplina, busquei motivação constantemente, assistindo entrevistas de aprovados e vídeos motivacionais. Criei um ambiente totalmente voltado ao meu objetivo, de forma que, mesmo nos dias em que a vontade não aparecia, o ambiente me ajudava a seguir firme.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Guilherme: Usei praticamente tudo que o Estratégia disponibilizou. A minha base em todas as matérias foi construída com videoaulas. No começo, por pressão externa, forcei-me a ler os PDFs, porque ouvia muito que era o método mais rápido e eficiente. Perdi um pouco de tempo nisso, pois não funcionou para mim. Eu não tinha o hábito da leitura e não conseguia absorver o conteúdo.
A virada de chave foi quando vi a entrevista do primeiro colocado da PF, que disse ter sido aprovado assistindo principalmente às videoaulas. Naquele momento, decidi: “Não me importo com o que os outros dizem, vou estudar da forma que funciona para mim”. Comecei tudo de novo, focado nas videoaulas. Depois que eu já tinha uma base sólida, aí sim eu utilizava outros materiais para revisar ou aprofundar, como os PDFs, que são mais detalhados. Usei bastante também os Mapas Mentais e os resumos. Cheguei a usar por um tempo o Livro Digital Interativo, que achei interessante por mesclar videoaula, leitura e questões na mesma plataforma. Na reta final, o Passo Estratégico foi muito útil para aquela última revisão antes da prova.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Guilherme: O meu pai já utilizava a plataforma. Além disso, nas minhas pesquisas, vi que o Estratégia era o curso que mais aprovava, então, a escolha foi natural.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Guilherme: Passei em um processo seletivo para Agente de Saúde com o conhecimento que adquiri de outros concursos para os quais já havia estudado com o Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Guilherme: Sim, como mencionei, o que eu mais gosto no Estratégia é a variedade de ferramentas e possibilidades de estudo. Existem muitos jeitos diferentes de aprender e revisar a mesma matéria, inclusive, com professores diferentes. Acredito que essa completude do material é o grande diferencial.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Guilherme: Comecei analisando o edital do último concurso e percebi que algumas matérias tinham um peso maior. Decidi começar por elas. Lembro que Direito Penal e Processual Penal valiam muitos pontos, então, iniciei o meu ciclo com as duas, além de Informática e Português. Como não sou da área do Direito, sabia que precisaria de mais atenção.
Quando eu me sentia em um nível intermediário ou avançado em uma disciplina, eu incluía uma nova no ciclo, como Direito Constitucional, depois Administrativo e assim por diante, até o edital ser publicado.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Guilherme: Nos dias de revisão, o meu foco era a resolução de questões. Eu procurava diversificar ao máximo os exercícios para abordar a maior variedade de tópicos possível dentro daquele assunto. Depois, eu analisava o que errei e os pontos em que tive dúvida e, só então, eu voltava à teoria, consultando o PDF ou os mapas mentais. Eu investigava o meu desempenho para atacar diretamente meus pontos fracos.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Guilherme: A resolução de exercícios é uma parte essencial da preparação. Não basta saber o conteúdo; você precisa entender como ele é cobrado, por qual perspectiva a banca aborda aquele tema. Portanto, fazer questões é algo crucial. Eu fiz um número relativamente baixo, cerca de 7 mil questões apenas no estudo para este concurso da polícia, porém, sempre buscando investigar cada alternativa, entendendo o motivo do erro e do acerto.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Guilherme: Eu tinha e, ainda tenho, muita dificuldade com as matérias de Direito em geral. Para superar isso, o que eu fiz foi dar mais atenção e prioridade a elas: estudei mais, revisei mais e me esforcei para entender a lógica por trás dos assuntos. Tentei compreender a base de cada tema e acredito que isso me ajudou bastante a melhorar.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Guilherme: Antes do edital, eu estudava cerca de duas horas líquidas por dia durante a semana. Por causa do trabalho, eu chegava cansado e nem sempre conseguia manter um estudo de alta qualidade. Aos finais de semana, eu compensava, passando o dia estudando, com cerca de 5 a 7 horas líquidas.
Já na reta final, após o edital, o ritmo mudou completamente, peguei férias e entrei no modo “tudo ou nada”, estudando de 7 a 9 horas líquidas por dia.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Guilherme: Eu sou uma pessoa que gosta de atividade física, então, quando decidi estudar para a área policial, comecei a direcionar os meus treinos para o TAF. A única coisa que eu não fazia era correr, então, comecei do zero. Tive muita dificuldade no início, mas como comecei a treinar ao mesmo tempo em que comecei a estudar, houve tempo suficiente para evoluir e atingir os índices. Hoje, consigo bater as metas com tranquilidade.
Além disso, equilibrar os estudos com a atividade física me ajudou a manter o foco. Quando a mente estava cansada de estudar, eu saía para correr, ia à praça fazer barras ou fazia um treino de flexão em casa. Usar o corpo quando a mente estava esgotada me dava mais disposição para voltar a estudar melhor depois.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Guilherme: O meu principal acerto: Foi o meu estilo de preparação. Sou um pouco perfeccionista e gosto de fazer as coisas bem-feitas e levei isso para os estudos. Eu só avançava para um tópico novo quando eu sentia que realmente tinha entendido o anterior, independentemente do percentual de acertos em questões. Essa busca por construir uma base sólida, foi o que me permitiu alcançar a nota que obtive.
Os meus principais erros, acredito que foram dois: O primeiro foi no pré-edital, período em que sinto que poderia ter aproveitado melhor o tempo e procrastinado menos. O segundo foi no pós-edital, um erro de organização. Quando o edital saiu, com matérias novas, fiquei um pouco perdido, sem saber se focava no conteúdo novo ou se revisava o antigo. Levei umas duas ou três semanas para me encontrar e esse tempo foi precioso. Talvez pudesse ter tido um resultado ainda melhor com mais organização nesse momento.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Guilherme: De maneira fria, nunca pensei seriamente em desistir. Nunca tive aquele pensamento de “isso não vale a pena, estou cansado, não quero mais”. Mas, claro, às vezes, a dúvida passava pela cabeça, principalmente quando eu não conseguia entender um conteúdo ou errava muitas questões em sequência. Eu parava, refletia e pensava: “nossa, será que isso é para mim?”, mas eram momentos pontuais. No dia seguinte, eu já estava lá de novo, motivado. Sou muito competitivo, então, não ia deixar as questões me vencerem. Esses momentos ruins acontecem e fazem parte do processo.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Guilherme: O principal conselho que eu dou é: faça o “arroz com feijão” todos os dias. Haverá dias em que você não vai querer estudar, estará indisposto, dormiu mal ou algo ruim aconteceu. Mesmo nesses dias, faça o mínimo. Acredito que esse pouquinho faz toda a diferença. Se você teve um dia cheio e está prestes a dormir sem ter estudado, abra um PDF e leia um pouco, assista a uma videoaula de revisão no YouTube ou faça algumas questões em um aplicativo no celular. Faça isso por 15 minutos que seja. Isso cria um hábito tão forte que, no futuro, se torna mais difícil não estudar do que estudar.
Outra dica importante é investir no seu ambiente. Se puder, tenha um bom material como o do Estratégia, um bom computador, uma mesa e uma cadeira confortáveis. A médio e longo prazo, isso faz uma diferença enorme.
Por fim, seja organizado. Organize os seus estudos, saiba o que vai estudar amanhã e qual será o próximo tópico. Tenha um plano B, com matérias mais fáceis, para os dias em que a energia estiver baixa. E mantenha o seu ambiente físico organizado. Deixe o seu canto de estudos sempre pronto para você apenas sentar e começar. Não crie obstáculos para o início do estudo. Com tudo preparado, é só sentar na cadeira e fazer acontecer. Acredito que essas atitudes ajudam muito, principalmente para quem está começando.